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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pitanga

Assisti ao documentário Pitanga (2017) de Camila Pitanga e Beto Brant no Canal Brasil. Quis ver inclusive nos cinemas. A trajetória de Antônio Pitanga confunde-se com a história do cinema brasileiro.. Sou fã desse ator.

Antônio Pitanga com Luíza Maranhão em A Grande Feira

O documentário mostra Pitanga na praia, depois segue para Salvador, onde ele encontra com profissionais que trabalhou. Contador de histórias, seus encontros são riquíssimos em conteúdo, uma aula de cinema brasileiro. Ele fala com Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Othon Bastos, Gésio Amadeu, Ney Latorraca, Tamara Taxman e Ítala Nandi. Com os diretores Cacá Diegues, Neville D´Almeida, Walter Lima Jr. e Hugo Carvana. Os músicos Maria Bethânia, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Caetano Veloso.

Antônio Pitanga em Barravento

Pitanga conta que Glauber Rocha ficou muito bravo com ele porque uma produção atrasou e o ator foi trabalhar com teatro. O documentário entra com uma linda entrevista do José Celso Martinez Corrêa e sobre teatro. Capoeirista, suas interpretações tinham muitos movimentos, eram muito viscerais.

No final as conversas são com os filhos. Camila Pitanga agradece muito ao pai o carinho com sua mãe, Vera Manhães. Em uma entrevista contam a beleza desse casal.

Muito emocionante as cenas do Pitanga com o filho Rocco e seus netos, que momentos delicados. O carinho e união de todos emociona.

No blog eu falei de alguns filmes que Antônio Pitanga participou:

O Pagador de Promessas

Tocaia no Asfalto

O Homem que Desafiou o Diabo

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios

Beijos,
Pedrita

domingo, 4 de junho de 2017

Através da Sombra

Assisti Através da Sombra (2015) de Walter Lima Jr. no TelecinePlay. Eu tinha esquecido da existência desse filme, só depois de um tempinho é que lembrei que vi uma matéria sobre ele. Gostei muito, mas não entendi o final. Fui na internet buscar informações e levei um susto, é livremente inspirado no livro A Volta do Parafuso de Henry James que amo de paixão e todas as adaptações. A resenha do livro está nesse blog e uma de suas adaptações.

Eu adoro o gênero. Uma professora vai trabalhar em uma fazenda de café. O café não é mais o mesmo. Para justificar o eterno nevoeiro do livro, o café precisa ser queimado o tempo todo. Tudo é assustador, lindíssimas as locações. Virgínia Cavendish é a professora, adoro essa atriz. E amo os atores que fizeram as crianças, Mel Maia e Xande Valois. A governanta é interpretada pela maravilhosa Ana Lúcia Torre. Outra atriz que adoro interpreta a cozinheira, Dja Marthins. A belíssima fotografia é de Pedro Farkas.

Gostei bastante dos novos contornos da trama. O roteiro é do próprio diretor e de Adriana Falcão. Os funcionários são na maioria negros, mas parece não ter mais na escravidão. Os atores são: Romeu Evaristo e Dandara Mariana. Bem interessante essa indefinição do tempo. Os fantasmas são interpretados por Alexandre Varella e Isabel Guerron. Domingos Montaguer faz uma pequena participação no início, o texto arrepia, já que fala muito de morte. Há uma sexualização muito latente. Claro, as crianças gravaram em separado e o filme foi depois editado, mas Através da Sombra é bem picante. E gostei demais dos novos contornos do garoto. Ele é expulso da escola mas nunca descobrimos por quê. E é um perfeito machinho: "A minha fazenda", "Toca agora pra mim"... Ele quer sempre mandar na casa e é mimado pela governanta. O final ficou muito diferente e igualmente tomou outros contornos, podiam ter mudado totalmente e deixado mais claro, porque o filme é incrível. 
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Lira do Delírio

Assisti A Lira do Delírio (1978) de Walter Lima Jr. no Curta!. Tenho gostado muito dos filmes que esse canal está exibindo. Em um período que pouco é passado em outros canais. Em geral passam mais antigos ou mais novos. Essa década é menos apresentada e eu vi poucos filmes desse período. A Lira do Delírio começa em um bloco de carnaval de mesmo nome. Li que o diretor pensava em fazer um documentário sobre esse bloco. Nara Leão participa das cenas no bloco.

Após a gravação resolveram fazer um longa quase no improviso. São várias cenas que aos poucos costuram um pouco uma história após esse carnaval. Uma dançarina tem o seu filho sequestrado. Essa dançarina é interpretada por Anecy Rocha que não chegou a ver o filme pronto, morreu de acidente antes. Então a edição do filme é realizada como uma homenagem a ela. Anecy Rocha é irmã de Glauber Rocha e era esposa do Walter Lima Jr.

O elenco é incrível. Claudio Marzo, Tonico Pereira, Paulo César Pereio e Antonio Pedro. A Rosita Thomaz Lopes faz uma participação. No lugar dançante alguns músicos se apresentam em uma escada, um deles é o Jamelão. A trilha sonora é de Paulo Moura.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Os Desafinados

Assisti no cinema ao filme Os Desafinados (2008) de Walter Lima Jr. Eu queria muito ver esse filme. Tinha acompanhado as matérias sobre a realização, e não me conformava que eles não conseguiam verba para o lançamento. Mas valeu a espera. Eu e minha mãe amamos! E eles conseguiram fazer um bom lançamento, está em várias salas, com boa divulgação e o filme é absolutamente lindo! Os Desafinados é a história de cinco amigos, 4 músicos e um cineasta. Eles vendem uma música para um americano e resolvem ir aos Estados Unidos assistir ao lançamento da obra no país.
A trilha sonora do fime é maravilhosa, há vários ritmos, bossa nova, jazz, blues, samba, rock e aqueles ritmos fundidos geniais dos dias de hoje do grupo do Jair Oliveira, que está no filme também como ator, e muito bem por sinal. O elenco continua impecável, com os ótimos Rodrigo Santoro (mais lindo e talentosíssimo), Selton Melo e Ângelo Paes Leme. Há outro músico que atua no filme, André Moraes.
As mulheres também são lindas e talentosas: Cláudia Abreu e Alessandra Negrini. Os Desafinados é ambientado na década de 60, no Rio de Janeiro, Nova York e Buenos Aires. Ainda aparecem no filme: Michel Bercovitch, Vanessa Gerbelli, Genésio de Barros, Arthur Kohl, Antônio Pedro, Ailton França, Renato Borghi, entre outros.
Os músicos que dublam os atores são muito bons. Mas os atores tentaram se inteirar ao máximo com instrumentos para parecer mais natural. Rodrigo Santoro estudou piano. E se saíram muito bem, há muita naturalidade daquele clima musical cheio de sentimentos e algumas intrigas.
Música do post: Jazzamba-Desafinado
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Youtube: Os Desafinados Trailer
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Monge e a Filha do Carrasco

Assisti O Monge e a Filha do Carrasco (1995) de Walter Lima Jr. no Canal Brasil, uma co-produção entre Brasil e Estados Unidos. A produção é do Joffre Rodrigues. Sempre quis ver esse filme e nunca conseguia. É muito poético, bonito e complexo. Questiona muito as crenças, religiões e fala muito de intolerância. O Monge e a Filha do Carrasco é baseada na obra The Monk and the Hangman’s Daughter de Ambrose Bierce, ambientada em 1700. A cidade é fictícia e as locações foram realizadas em Ouro Preto.

Infelizmente não achei nenhuma foto com a bela Karina Barum que interpreta a filha do carrasco. O Monge e a Filha do Carrasco é em um período de muita ignorância, obscurantismo e de uma igreja claramente ligada ao poder local. O monge não acredita no que acham que ele deve fazer e tenta proteger a perseguida e discriminada filha do carrasco. O mais estranho é que o carrasco é marginalizado, mas ele só cumpre ordens das decisões jurídicas dos nobres cidadãos. O Monge e a Filha do Carrasco é um filme sobre hipocrisia. O monge fica confuso e nós mesmos ficamos incertos sobre o que é certo e errado. Texto complexo, filme difícil e triste.

O monge é interpretado pelo Murílo Benício. Outros do elenco são: Patrícia Pillar, José Lewgoy, Rubens de Falco, Paul Dillon, Eduardo Conde, Charles Paraventi, Nelson “Sacha” Rodrigues e Maria Gladys.


Música do post: 1 bwv1046, 2 adagio






Beijos, Pedrita