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sábado, 5 de setembro de 2020

Lance Maior

Assisti Lance Maior (1968) de Sylvio Back no Canal Brasil. Há diretores que quero sempre conhecer seus trabalhos, não costuma ser uma tarefa fácil. Eu zapeava, achei que era um programa de futebol que tem nesse canal, vi o Reginaldo Farias, fui ver as informações e descobri esse filme, que preciosidade. É o primeiro filme desse grande diretor.

Reginaldo Farias é um mulherengo. Ele quer seduzir a deslumbrante personagem da Irene Stefânia, mas não quer casar com ela porque ela é pobre e trabalha em uma loja.
Ele quer casar com a ricaça interpretada por outra bela atriz, a Regina Duarte. Mas a moça conta ao seu pai que não está namorando, que o rapaz é só amigo dela, que ela não quer casar com um homem que não seja da sua classe. Enquanto ele não consegue levar pra cama essas duas lindas mulheres, ele sai com prostitutas e trata-se de uma doença venérea. No elenco ainda estão: Isabel Ribeiro, Jorge Botelho, Lota Moncada, entre outros. A música de abertura é interpretada por Marília Pêra. E eu amei os figurinos.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Zweig - A Morte em Cena

Assisti ao documentário Zweig - A Morte em Cena (1995) de Sylvio Back no Curta!. Eu tinha assistido do mesmo diretor o filme Lost Zweig.  A Liliane do Paulamar me avisou desse e gravei. Eu gostei muito e é interessante como os dois filmes se completam, não se repetem. Começa com imagens de cinema antigas de Petrópolis e um narrador lendo uma carta de Zweig para sua ex-mulher. Ele fala da beleza da cidade, que pode morar, apesar de ter largado tudo para trás, casa, livros e objetos.

Nesta foto estão Stefan Zweig e sua mulher Lotte. Ele veio ao Brasil com a Lotte. Tinha vindo ao Brasil e a Argentina algumas vezes dar palestras, até que se instala em Petrópolis. Nessa carta que é narrada inicialmente ele diz que ele vai gostar de morar na cidade, que é perfeita. O documentário entrevista pessoas, como Alberto Dines, que escreveu um livro sobre Zweig. Stefan e a mulher se suicidaram um tempo depois de morar em Petrópolis. Tudo indica que o Stefan estava desgostoso com os rumos da Europa. No final o narrador lê a última carta a ex-mulher onde ele diz que não vê mais Petrópolis como antes, que Hitler está vencendo e tomou a Europa, que vai demorar muito para ele voltar a Alemanha. Um entrevistado diz que Zweig queria voltar a publicar os seus livros em alemão, que mesmo a melhor tradução nunca era a mesma coisa. Outra entrevistado falou do tempo que a Lotte demorou para morrer depois dele, 4 a 5 horas, pensam se ela teria relutado de ir junto com Stefan. Eu fico pensando que amor tão intenso para alguém abraçar a escolha do outro e partir com ele. Depois de ter visto do filme em 2004 eu vi dois filmes incríveis com textos de Stefan Zweig, A Coleção Invisível e O Grande Hotel Budapeste. Eu nunca li um único livro desse autor que só tive conhecimento pelo filme do Sylvio Back. No documentário falam como ele era personalidade, que todos queriam autógrafos. Preciso ler algumas obras. Inclusive foi Stefan Zweig que escreveu uma biografia sobre Maria Antonieta. Os links com todos os posts no blog sobre Stefan Zweig estão aqui.

Beijos,
Pedrita

domingo, 27 de novembro de 2011

Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro

Assisti Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro (1998) de Sylvio Back no Canal Brasil. Vocês não imaginam como sonhava ver esse filme, achava inclusive que era mais antigo. Soube dele há uns anos e perdi uma vez que passou nesse canal. Todo o texto são os poemas de Cruz e Sousa. Esse filme é uma obra de arte, de beleza, interpretação, direção, fotografia, originalidade. Que beleza! Foi uma noite especial dedicada a Cruz e Sousa e a essa obra. Passou primeiro o filme e depois o making of. Logo no início passam escrito na tela um resumo da obra de Cruz e Sousa, todo o restante é relatado pelos poemas. Começa com Cruz e Sousa morto, em um vagão de carga no trem sendo trazido para ser velado no Rio de Janeiro. Cruz e Sousa estava vivendo, na verdade tentando sobreviver a uma tuberculose em Minas Gerais, mas não resistiu. É sua mulher que está com ele em todos os momentos.

Cruz e Sousa era filho de escravos alforriados. Foram os patrões dos pais que deram a ele todo o estudo e a formação que ele teve. O quanto é importante investir em formação e estudo para que as pessoas sem recursos possam prosperar ou mesmo se tornarem um gênio como esse poeta. Eu sempre amei os poemas de Cruz e Sousa. O poeta é interpretado brilhantemente por  Kadu Karneiro e sua esposa pela incrível Maria Ceiça. Obviamente que Cruz e Sousa sofreu muito preconceito, viveu praticamente na miséria.

O elenco todo é muito bom. Léa Garcia interpreta a mãe de Cruz e Sousa. Guilherme Weber é um dos amigos do poeta. Danielle Ornellas uma de suas musas, belíssima, inclusive é o primeiro filme que ela atua. Outros do elenco são: Carol Xavier, Jaqueline Valdívia, Luigi Cutolo, Marcelo Perna, Ricardo Bussy, Cora Araujo Ostroem,  Julie Phillipe dos Santos e João Pinheiro. Desse diretor eu vi outro incrível filme, outra biografia, a de Lost Zweig que comentei aqui. Também vi o maravilhoso Aleluia Gretchen, mas esse ficou nos blogs antigos.


FLOR DO MAR
Cruz e Sousa

És da origem do mar, vens do secreto, 

do estranho mar espumaroso e frio 
que põe rede de sonhos ao navio 
e o deixa balouçar, na vaga, inquieto. 
Possuis do mar o deslumbrante afeto, 
as dormências nervosas e o sombrio 
e torvo aspecto aterrador, bravio 
das ondas no atro e proceloso aspecto. 
Num fundo ideal de púrpuras e rosas 
surges das águas mucilaginosas 
como a lua entre a névoa dos espaços... 
Trazes na carne o eflorescer das vinhas, 
auroras, virgens músicas marinhas, 
acres aromas de algas e sargaços...

Há outros poemas nesse trecho do filme no vídeo.



Beijos,
Pedrita

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Lost Zweig

Assisti Lost Zweig (2004) de Sylvio Back no Canal Brasil. Vocês não imaginam o quanto ansiava por ver esse filme que já impressionava nos festivais mas tinha problemas de recursos para o lançamento. Imagino que muitos filmes brasileiros passem pelo mesmo problema. Recentemente li que ia estrear nos cinemas e qual não é minha frustração de ver que estreou em uma única sala em São Paulo e eu não consegui ver. Pelo menos o Canal Brasil resolveu essa questão não só colocando na programação esse filme, mas colocando também o documentário anterior feito pelo diretor sobre esse casal.

É sobre um período histórico brasileiro que mal aprendemos nas escolas, não sei se hoje mudou, mas aprendi que Getúlio Vargas foi um grande presidente, só depois no cursinho que aprendi que no seu segundo mandato se tornou um ditador ferrenho. Também soube por amigos que ele deportava do próprio porto judeus que vinham se refugiar no país e vimos isso também no filme Olga como ele era implacável com judeus. Lotte e Stefan Zweig eram judeus e vieram se refugiar no Brasil. Ele era um escritor que já tinha estado no país e se maravilhado. Como ele era importante e Getúlio Vargas desejava mostrar que não era antipático com os judeus, não só autorizou o casal de ficar no país como tiveram uma relação próxima. Mas começaram então as exigências políticas e solicitações de livros elogiando o Brasil. Até que todos se surpreendem com a notícia do suicídio do casal.

O Canal Brasil me proporcionou outra preciosidade, logo após a exibição do filme, passaram o documentário que Sylvio Back tinha realizado anteriormente. O filme é baseado em um livro do Alberto Dines e no documentário Dines fala sobre o casal e suas pesquisas, muito interessante.

O casal que interpretada os Zweig é excelente. Sylvio Back optou por fazer o filme em inglês com legendas, o que gerou infelizmente muita polêmica, mas acho que normal, já que muitos brasileiros só sabem criticar o nosso cinema por qualquer alfinete e elogiar filmes estrangeiros por qualquer bobagem. Os incríveis atores que interpretado os Zweig são: Rüdiger Vogler e Ruth Rieser, além de excelente é muito bonita. Outra bela mulher que atua muito bem no filme é Ana Carbatti. Quem interpreta Getúlio Vargas é Renato Borghi. Há vários bons atores conhecidos no elenco: Ney Piacentini, Cláudia Neto, Daniel Dantas, Kiko Mascarenhas, Kátia Bronstein, Denise Weinberg, Juan Alba, Odilon Wagner, Michel Bercovitch, Felipe Wagner, Carina Cooper e Sílvia Chamecki .

Lost Zweig ganhou três prêmios no Festival de Brasília: Melhor Atriz (Ruth Rieser), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. Cinco prêmios no Cine Ceará: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora e prêmio de Melhor Fotografia, no Festival de Cuiabá. A fotografia de Antônio Luís Mendes é realmente belíssima!
Música do post e que estava no filme: Marchinhas de Carnaval - Abre Alas - Chiquinha Gonzaga
Beijos,

Pedrita