Assisti dois Persona na TV Cultura. O programa é apresentado por Atilio Bari que criou o Persona e por Chris Maksud. O primeiro foi com um ator que adoro, Eduardo Silva. Eu vi o ator algumas vezes no teatro, em peças de Cacá Rosset que inclusive deu seu depoimento elogiando o ator. Eu sempre achei fantástico que ele é biólogo e foi professor por muitos anos em cursinhos pré-vestibulares.
Eduardo Silva ficou popularmente conhecido como Bongó do Castelo-Rá-Tim-Bum. Atualmente participa de vários filmes e de peças de teatro.
O outro Persona foi com outra atriz que adoro e igualmente já vi algumas vezes no teatro que é a Selma Egrei. Ela esteve recentemente em Pantanal que não vi, só algumas cenas.
A atriz comentou que gosta muito de diretores que permitem a criação. Que ela começou esse processo com Walther Hugo Khouri, entre meus diretores preferidos. Selma esteve no maravilhoso As Deusas. Eu amo esse filme que tem uma beleza estética acachapante. Sobre livre criação, Selama teve esse mesmo processo em Velho Chico, com Luiz Fernando Carvalho. Como Eduardo Silva, Selma Egrei tem outra profissão e é terapeuta corporal. É ativista dos direitos dos animais, ligada principalmente e ativamente a proteção de gatos.
Assisti a série Santos Dumont (2019) de Pedro Mota Gueiros e Gabriel Mariani Flaksman na HBO Go. A direção é de Estevão Ciavatta e Fernando Acquarone. Eu queria muito ver. Excelente! Queria conhecer em mais detalhes a história do Pai da Aviação que sofreu muito preconceito por ser latino e bastante reservado.
Logo no início, na França, ele se une ao clube da aviação que tinha grande rejeição com ele. A França queria que um francês fosse o primeiro criador do avião, então relutavam muito em dar prêmios a Dumont. O aviador também acreditava que suas invenções era da humanidade, portanto não as patenteava. O dinheiro dos prêmios ele dava aos engenheiros e profissionais que trabalhavam com ele, já que era rico e não precisava do dinheiro. João Pedro Zappa está muito bem como Santos Dumont.
Na infância é interpretado por Guilherme Garcia e mais velho por Gilberto Gawronski. É uma série linda, com direção de arte muito bem cuidada. Incríveis as réplicas dos aviões, as cenas com as tentativas dos voos. O elenco todo é ótimo. Os pais do Dumont foram interpretados por Bianca Byington e Leo Wainer. Juliana Carneiro da Cunha faz uma participação especial como a Princesa Isabel. No elenco ainda estavam Miguel Pinheiro, Thierry Tremouroux, Pedro Alves, Jean Pierre Noher, Joana de Verona, Carlos Carretoni, Mathieu Sintomer, Amanda Richter, Marcos Breda, Paulo Reis e Selma Egrei.
Santos Dumont ficou muito triste que seus inventos serviram para a guerra. Se pensarmos que recentemente um drone matou um político, não é de admirar que utilizassem a aviação para o mal. Muito triste! São 6 episódios. Achei o último confuso e atropelado, uma pena porque a série é linda.
Assisti Querida Mamãe (2017) de Jeremias Moreira Filho no Canal Brasil. Apesar das críticas ruins, eu queria ver esse filme por essa dupla: Letícia Sabatella e Selma Egrei. O roteiro é de uma peça de Maria Adelaide Amaral. É um bom filme que fala de uma família disfuncional que vive se agredindo verbalmente e se depreciando.
O texto destoa nos dias de hoje. A mãe é uma mulher independente, viúva, professora, que esconde uma doença da família, até mesmo da profissional que trabalha na casa dela, muito estranho que tenha um discurso tão retrógrado sobre casamento e homossexualidade. A filha é uma médica, todos mandam nela. Tem um casamento péssimo, o marido é muito agressivo com ela. É bem estranho que a filha queira ficar com o pai. O pai era agressivo com todo mundo, inclusive no trabalho, difícil que a filha preferisse ficar com ele e muito destoante também o preconceito da filha. Que ficasse um pouco rebelde, dormisse na casa do pai para afrontar a mãe, mas bem surreal querer morar com o pai. O pai é interpretado por Marat Descartes. A funcionária da casa por Graça Andrade.
A médica é incapaz de lutar pelo que quer. Todo mundo faz dela o que quer. Eu achei que finalmente ela tinha encontrado um amor saudável, mas a parceira é igualmente agressora. Na hora que a médica mais precisa de apoio, a parceira desaparece. Pelo jeito só queria o bem bom da relação. Quando a relação começa a tomar contornos mais sérios ela desaparece da vida da outra. Mui amiga. Ela é interpretada por Cláudia Missura. O médico é interpretado por Genézio de Barros. Uma graça a menina que faz a filha interpretada por Bruna Carvalho.
Assisti A Repartição do Tempo (2018) de Santiago Dellape no Canal Brasil. Eu vi uma chamada para esse filme que nunca tinha ouvido falar, fiquei curiosa e coloquei pra gravar. Adoro filmes surreais e gostei bastante desse. É sobre uma repartição pública em Brasília que cuida de patentes em invenções.
O personagem do Tonico Pereira é um inventor que traz uma máquina pra patentear que faz duplicatas de pessoas . O ator aparece no começo e no final do filme. O chefe da repartição adora a ideia e começa a confusão. O chefe é interpretado por Eucir de Souza.
Eu fiquei bem curiosa como a trama iria se desenvolver. Achei muito inteligente a solução para o final do filme, bem surpreendente, afinal haviam dois de cada um da equipe. Todo o elenco é ótimo: Edu Moraes, Bianca Müller, Rosanna Viegas, André Decca e Bidô Galvão.
O filme tem várias participações. Dedé Santana como policial, Sérgio Hondjakoff como um inventor, Selma Egrei como a mãe do chefe da repartição.
Assisti a novela Apocalipse (2018) da TV Record. Eu tenho o hábito de ver novelas que estão começando. Algumas vezes só vejo um capítulo, outras uma semana. Gosto de saber quem são os atores, qual a concepção. Não gosto das novelas religiosas em geral, mas estava curiosa sobre Apocalipse. Esse cartaz, que foi o de divulgação da novela, é da fase final quando Sérgio Marone interpreta o Anticristo e seus opositores são interpretados por Juliana Knust e Igor Rickli.
Logo no primeiro capítulo eu não queria perder mais nada. Não deixei de ver um único capítulo. Claro, isso só foi possível porque conseguia gravar quando ia perder algo. Infelizmente a novela não foi bem de ibope e eu tenho uma teoria. Eu acho que Apocalipse tinha textos muito complexos, elenco extenso para o público habituado a novelas bíblicas. Eu sempre dou uma olhada nas novelas bíblicas que passam e os textos são bem simples, com vocabulário fácil, muito explicadinha, maniqueístas, o que não aconteceu com Apocalipse que tinham textos densos, ótimo vocabulário e não claros em relação aos comportamentos, todos tinham vários lados. Os personagens eram complexos, cheios de camadas. Só mesmo o Anticristo era mal, o resto tinham atitudes conflitantes. Debora sofreu demais na primeira fase . Sonhava com uma vida diferente da sua religião, era de uma família de judeus ortodoxos, mas o diferente era estudar, viver no Ocidente, ser livre. E como Manuela do Monte estava maravilhosa. E que lindo o ator que fizeram pra contracenar com ela, Felipe Cunha. Na segunda fase Debora era claramente má, amargurada uma grande personagem para a excelente Bia Seidl. Adriano então foi uma surpresa, mulherengo, irresponsável, passa a ajudar os bons mesmo pondo em risco a sua vida. Ótimo personagem também para Eduardo Lago. O público ficou procurando Adriano no céu no final e reclamaram que não acharam, muito justo.
Na primeira fase eu comecei a ter dificuldade de entender a trama, muitos personagens. E uma pessoa no twitter me informou que porque a novela ia mal do ibope e que por isso começaram a correr e a picotar a trama, uma pena. Por isso estava tão confusa. Eu tinha que vir ao computador para ver que personagem era e que ator seria ele na fase seguinte.
Gostava muito das tramas de tecnologia, muito bem feitas. As explicações tenológicas também eram ótimas. E adorei a androide interpretada por Giselle Batista, só perto do final é que descobri que ela interpretou as duas androides, achei que uma tinha sido a irmã gêmea dela.
Gostei que na trama tinham também judeus ortodoxos, mas depois soube que tinham na bíblia também. Mas independente disso os textos eram muito bons, colocaram as tradições. Me aborreci quando na abdução muitos bons ficaram só porque não eram cristãos, como se deus diferenciasse as pessoas pelo livro sagrado que leriam e não por seus atos. Judeus bons não seriam abduzidos porque eram judeus, inclusive uma pesquisadora que estava quase descobrindo a cura do câncer não foi abduzida interpretada por Mônica Torres. Muitas mulheres da trama eram fortes e bem sucedidas. Nessa equipe de pesquisa ainda estavam duas outras cientistas interpretadas por Carla Marins e Thaís Pacholek. Lizandra Souto interpretou uma grande médica diretora do hospital.
Uma das minhas personagens preferidas era Bárbara, interpretada por Li Borges. Ela era uma âncora de televisão, tinham várias cenas no telejornal, muito bem feitas também. E por ter focado na carreira adiou a maternidade e tentava de modo independente ter um filho. Seu pai era um grande arqueólogo que vai trabalhar em Jerusalém, ele foi interpretado por Edson Montenegro. A própria Zoeera uma mulher forte, uma importante repórter da TV e depois lutou para proteger seu filho.
Outra atriz que adoro e estava no elenco é Samara Felippo, uma policial destemida que tem um romance com um colega de trabalho casado interpretado pelo ótimo Fernando Pavão. Gosto muito dos atores que estavam nesse núcleo: Roberto Birindelli, Augusto Zachi e Igor Cosso. O serial killer foi interpretado por Jaime Periard.
Dois personagens eram cientistas da Nasa interpretados pelos ótimos Emilio Orcciolo Neto e Marcello Valle. Como tiveram fases, e com a abdução muitos personagens sumiram, o elenco era enorme e famoso: Nina de Pádua, Jussara Freire, Selma Egrei, Flávio Galvão, Castrinho, Sidney Sampaio, Leona Cavalli, Beth Zalcman, Henri Pagnocelli, Claudio Gabriel, Jonatas Faro, Lu Grimaldi, Raphael Sander, Murilo Grossi, Luiza Tomé, Marcos Winter, Adriana Prado, ZéCarlos Machado, Pérola Faria, Paloma Bernardi, Sandro Rocha, Thaissa Carvalho, Jandir Ferrari, Junno Andrade, Flávia Monteiro, Juliana Silveira, Lucinha Lins, Marcelo Argenta, Bruno Daltro, Adriana Londoño, Rafael Sardão, Norival Rizzo, Joana Fomm, Carolina Oliveira, Miguel Roncato, Adriano Garib, Renato Livera, Maitê Pirajibe, Cacau Melo, Brendha Haddad e Juliana Xavier. Gostei demais de alguns atores que não conhecia: Thuany Parente, Andrey Lopes, Fran Elmor e o angolano gato Fredy Costa.
Já estou em crise de abstinência dessa novela e de seus personagens. Fiquei inconformada que não mudaram o final e não fizeram uma continuação.
Assisti O Escaravelho do Diabo (2016) de Carlo Milani no TelecinePlay. Eu quis muito ver esse filme quando estreou nos cinemas, é baseado no livro juvenil de Lúcia Machado de Almeida que tanto ouvi falar. É bonitinho!
Fiquei angustiada com o abandono do protagonista. A mãe foi ao exterior para uma feira de flores a trabalho. Um dia ele liga inúmeras vezes pra mãe que não atende. Ele está em uma casa lindíssima com o irmão mais velho, que claro, vivem as turras. A empregada também é grosseira, maltrata o garoto. Até que o irmão é assassinado com uma espada e o irmão jura descobrir o assassino. O menino é interpretado divinamente por Thiago Rosseti. O irmão por Cirillo Luna. Depois que o irmão é assassinado a mãe aparece no enterro e depois em casa em estado de choque. O menino continua solitário.
O policial é interpretado pelo Marcos Caruso e sua esposa pela Selma Egrei. Adoro esses dois atores. Gosto muito também do ator que faz o padre Jonas Bloch. Tem outros atores que gosto muito: Bruce Gomlevsky, Lourenço Mutarelli, Regina Remencius, Felipe de Carolis, Augusto Madeira, Celso Frateschi, Karin Rodrigues, Jairo Mattos e Ana Lúcia Costa.
Que linda a atriz que faz a musa do garoto, Bruna Cavalieri. Linda também a atriz que faz a cantora famosa Bianca Müller. Achei muito leve até mesmo para a faixa etária que queriam atingir, mas não sei como funcionou com meninos e meninas aos 9 anos.
Não entendi porque o trailer contou quase o filme todo.
Assisti Felizes para Sempre? na TV Globo. O texto é uma releitura da minissérie Quem Ama Não Mata de Euclydes Marinho. Excelente adaptação do texto. A direção maravilhosa é de Fernando Meirelles. Eu queria muito ver essa série, gostei muito das chamadas iniciais só com voz e imagens em lugares ermos. Depois fomos conhecendo um pouco da história.
Felizes para Sempre? começa com a família reunida para comemorar os 46 anos de casamento dos pais. Logo percebemos que há desajustes nos relacionamentos dos filhos, mas parecem conflitos comuns, só com o tempo é que vemos que os problemas são muito profundos e muitas vezes irreversíveis.
Uma mulher permeia as tramas, ela trabalha como prostituta. Essa personagem é amoral. Ela se apaixona por uma mulher, mas não sente escrúpulos em colocar um alucinógeno na bebida dela só para conseguir seduzi-la mais fácil. Ela só pensa nela, na satisfação dos seus desejos, é ambiciosa e está interpretada brilhantemente pela Paolla Oliveira.
O elenco todo é incrível, gosto demais dos atores: Enrique Diaz, Maria Fernanda Cândido, João Miguel, Selma Egrei, Cássia Kiss, Adriana Esteves, Martha Nowill, João Baldasserini, Rodrigo dos Santos e Caroline Abas. Não conhecia os atores: Perfeito Fortuna e Matheus Fagundes. Fazem pequenas participações: Cláudia Alencar, Bel Kowarick, Chrtistiana Ubach, Júlia Bernat, Ghilherme Lobo e Gero Camilo.
A trama é toda muito bem feita. Personagens complexos, o marido traído quebra o escritório do irmão e atira de raspão nele. Todos são imperfeitos. Fernando Meirelles quis que a trama se passasse em Brasília, muito bem feitas as cenas de corrupção, de construtoras em esquemas milionários, muito dinheiro no exterior, esposa laranja se fingindo de inocente. Trabalho impecável e inesquecível! O 007 também adorou.
Assisti Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2013) de Daniel Ribeiro no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, li muitos comentários favoráveis, infelizmente não consegui ver nos cinemas. Que filme lindo! É sobre adolescentes. Os protagonistas inicialmente são um garoto cego e sua melhor amiga. A mãe do garoto é muito controladora, sufoca o rapaz, tem dificuldade de deixá-lo ter mais liberdade. Chega então um colega novo na classe. E o trio se forma.
O garoto cego nunca beijou, quer que seja especial. Ele não percebe que a sua amiga está afim dele. É um filme sobre a descoberta do amor, do primeiro beijo, dos sentimentos. É um filme lindo demais, delicado demais. Os adolescentes estão ótimos: Ghilherme Lobo, Fabio Audi e Tess Amorim. O garoto sofre com colegas da classe que se aproveitam dele não enxergar para fazer maldades. Os pais são interpretados por Eucir de Souza e Lúcia Romano. A avó pela Selma Egrei.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho resultou de um curta muito premiado no Brasil e no exterior. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho ganhou Melhor Filme no Festival de Berlim.