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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Vemelho Monet

Assisti Vermelho Monet (2022) de Halder Gomes no Canal Brasil. Queria muito ver esse filme! Fiquei eufórica quando estreou no canal e coloquei pra gravar. É muito lindo e poético! Fala de todo o tipo de arte, não só as artes plásticas. Música, teatro, arquitetura. E é cheio de metáforas. O Vermelho Monet impregnou-se na minha pele.

Chico Diaz é um pintor. Sua musa é a belíssima Samantha Heck Müller.

Ele vive com usa belíssima esposa, Gracinda Nave. Ela depende dele pra tudo. É lindo o cuidado dele com ela. Ela está sempre linda, bem vestida, penteada. Ele sai com ela em lindos passeios por Lisboa. O filme é pura poesia. Com uma trilha sonora inspiradora.

Maria Fernanda Cândido é uma marchant e tem uma galeria de arte. Ela e a jovem atriz se apaixonam. O tempo todo os personagens falam de arte, muito lindo.
Matamba Joaquim é um milionário que gosta de comprar obras de arte.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Força de um Desejo

Assisti Força de um Desejo (1999) de Gilberto Braga e Alcides Nogueira no Canal Viva. Finalmente consegui ver essa novela que tanto falam. Minhas amigas amam, Malu Mader elogia sempre e que primor. Entrou pra lista das novelas que mais amo como as minhas amigas. Não sabia que era livremente inspirado na Mocidade de Trajano de Visconde de Taunay que quero ler agora. Uma trama muito bem escrita, tendo o amor de Ester e Inácio como eixo central. Ela uma cortesã e ele filho de um rico fazendeiro. Ele é Fábio Assunção.

Mesmo sendo uma novela antiga e falando de pessoas escravizadas, não cometeu os erros comuns de colocar os negros gratos e obedientes. Sim, amavam a casa, a única da região que não praticava maus tratos, mas questionavam o tempo todo a escravidão, lutavam por liberdade. A personagem da Chica Xavier é incrível. Há uma cena final onde os patrões os libertam e vão pagar salários, em vez do autor colocar os negros comemorando, mostram Chica Xavier cantando uma música onde dizia que os patrões os libertaram, mas não os ensinaram a nada. Eles não sabiam o que fazer com a tal liberdade.

Mesmo as relações afetivas eram mais próximas da real. Tudo era escondido, mas tinham traições, filhos fora do casamento. Era uma época que se o casal queria se separar cada um ficava em uma cidade, um na fazenda e outro na cidade, ou até mesmo um na Europa e outro no Brasil, com a desculpa de negócios, ou um parente doente que precisasse de cuidados. Força de um Desejo tem então adultério e filho fora do casamento, que surpreendentemente o marido assume como seu. Mas o autor era complexo e criou personagens complexos. O marido perdoa mas castiga a mulher o tempo todo. Em um aniversário dá grades nas janelas de presente e ainda faz toda a cena intimidatória. O elenco todo é inacreditável! Ele é Reginaldo Faria, ela Sônia Braga.
Depois ele parece realmente arrependido do mal que fez a esposa, que a amava. E resolve reconstruir a vida com Ester, mas de novo o autor mostra que ele era um homem perverso, já que ele mente para segurar a amada a ele.

Higino Ventura era o grande vilão com o incrível Paulo Betti. Denise Del Vecchio tem um dos melhores personagens de novela de sua carreira, não só pelo desfecho final, mas pela riqueza do texto. Ele tinha sido mascate e volta para a vila para se vingar de todos. Sua mulher é dedicada, daquelas que fazem tudo pelo seu marido. Ele enriqueceu e agora eles almejam os títulos e posições que o dinheiro já os concede. São hilárias as cenas dela e suas atrapalhadas de uma mulher barulhenta e inconveniente. Pra piorar os dois mimaram tanto a filha que é outra insuportável, e outro ótimo personagem de Lavínia Wlasak.
Isabel Filardis é outra que tem um grande personagem, a dúbia Luzia, é escrava, mas consegue juntar dinheiro pra comprar sua alforria. E claro,  a forma como consegue é bem questionável. A personagem então entra pro núcleo cômico, começa a aprender como obter favores financeiros para ter uma vida mais confortável.
Jesus, Sérgio Menezes, é um personagem fundamental para os temas abolicionistas e sobre liberdade. Liberto, ele passa a escrever para o jornal. Ele apaixona-se por Zulmira, Ana Carbatti, que tem dois filhos. Louise Cardoso era cortesã. O dono do jornal Daniel Dantas

Selton Mello está maravilhoso como o instável Abelardo, que saudades deu do ator nas telinhas, é um excelente diretor, mas o personagem trouxe saudade. A doce Juliana, Júlia Feldens, era apaixonada por ele que só a tinha como amiga. Proposital ou não, Abelardo é o personagem que mostrava a farsa dos patrões bonzinhos. Zulmira some e ele se contenta com a resposta do capataz, o ótimo Chico Diaz. Depois em um acesso de fúria manda açoitá-la. O personagem do Cristovão, Alexandre Moreno, que tinha Abelardo como melhor amigo, se revolta e percebe que eles são bem tratados na fazenda, mas que a linha é tênue até eles sofrerem maus tratos dos donos como os outros patrões.

Cláudia Abreu é a escrava branca que sofre o diabo na novela. Quando ela vai ser vendida no mercado negro, mostraram todos os horrores que todos passavam, violência, humilhações, crianças sendo vendidas. Cenas impactantes. Inclusive Olívia é estuprada. Ela era apaixonada pelo médico Mariano, Marcelo Serrado.

Natália Timberg é outra que teve um dos melhores personagens de sua carreira como a insuportável Idalina, ela fazia o inferno do marido, Cláudio Correia e Castro.
O elenco incrível não para: Antonio Grassi, José Lewgoy, Luiz Magnelli, Delma Silva, Dira Paes, Vinícius Marques, Rosita Tomaz Lopes, André Barros, Cosme dos Santos, Jayme Perriard, Clemente Viscaíno, Helena Fernandes e Nelson Dantas. Até o elenco que aparecia ocasionalmente era incrível Marco Ricca, Abrãao Farc, Victor Fasano, Murilo Rosa, Linneu Dias, Mariana Ximenez e Giovanna Antonelli.


Beijos,
Pedrita

sábado, 17 de dezembro de 2022

Todas as Flores - Primeira Fase

Assisti a Primeira Fase de Todas as Flores (2022) de João Emanuel Carneiro na Globoplay. Eu e minhas amigas noveleiras ficamos bem incomodadas que a novela não estrearia na TV aberta. Sem gostarmos das novelas que estão no ar, queríamos muito ver essa. Elas tem Globoplay, não paravam de elogiar, a internet e os críticos também, me rendi e assinei. Cancelei temporariamente Netflix, que é facílimo ir e voltar, o que me agradou demais, e assinei Globoplay por um ano. Que estou aproveitando muito! Gosto muito de novelas que tem várias protagonistas, Sophie Charlotte, Letícia Colin, Regina Casé e Mariana Nunes, sim, uma novela matriarcal. E todas arrasam!

Penso que talvez esse autor seja mais aberto a inovações e talvez esse motivo de o terem colocado no Globoplay. Como essa ideia de duas fases, parar a novela  no auge e voltar um tempo depois. Ele sempre inovou também nos roteiros. 
O elenco é bem diverso, alguns entre os atores mais adorados da TV Globo, mas outros grandes atores que ou não eram chamados para televisão ou ficavam na sombra. Cássio Gabus Mendes seria o grande vilão, mas é ele que está desbaratando a máfia do tráfico humano. Todos tem vários traços e camadas. Sua mulher e filha são lindíssimas e talentosas Naruna Costa e Yara Charry. A mãe é advogada. O pai é investigador e sócio da Rhodes, a filha tem então um cargo alto na empresa, mas é igualmente competente como os pais.

E não procuraram só atender a cota da lei, inúmeros grandes atores negros, em vários núcleos, no protagonismo, com personagens em várias profissões, classes sociais. Cada ator tinha o seu momento de destaque. Eu ouvi uma fofoca que a TV Globo vinha solicitando que as novelas encolhessem os seus elencos. Todas as Flores dava essa sensação, mas nem tanto, porque em algum momento era um núcleo que ganhava destaque. A novela tem o núcleo da Rhodes e da Gamboa, linda a vila que criaram na Gamboa. E como há muitos segredos, vamos descobrindo que muitos que estão no lado rico da novela, vieram da Gamboa. E ter uma loja permite que inúmeros patrocinadores apareçam.

Adorei que escalaram o grande ator de teatro Nilton Bicudo para um personagem complexo e emocionante. Raulzito era casado com Patsy, outra personagem ampla, com a incrível Suzy Rêgo. Ele está pra morrer, tem uma doença terminal, então quer aproveitar cada instante, vive em festas. Até que ele topa com uma das grandes personagens de Todas as Flores, Mauritânia, da maravilhosa Thalita Carauta.
Mauritânia é tão importante na trama que a internet encaixou ela no cartaz oficial. E que riqueza de personagem, sim, é cômico muitas vezes, mas a parte dramática me emocionou muitas vezes. Na juventude, Mauritânia vai tentar sobreviver como atriz pornô e é expulsa de casa pela mãe, com a maravilhosa Zezeh Barbosa. Mostra a hipocrisia da sociedade que condena uma mulher de ganhar dinheiro com o que é dela, mas não expulsa de casa o corrupto que rouba dinheiro dos outros. E pra falar profundamente dessa ironia, Mauritânia fica milionária e torna-se uma das sócias da Rhodes. No núcleo da Zezeh estão Xande de Pilares, Michele Machado, Jonah Bujark, Heloisa Honein e Mumuzinho.

A mocinha sofre o diabo. Ela descobre que tem uma mãe viva e uma irmã que precisa de transplante de medula porque tem um câncer. Pra piorar o destino dela, ela e o namorado da irmã se apaixonam. Formando um quarteto está o personagem de Caio Castro, outro que alterna muito entre vilão e mocinho.

O personagem de Humberto Carrão é bobão demais, que raiva que dá dele. Ana Beatriz Nogueira tem um lindo personagem que sai de cena logo. Ela é a diretora da Rhodes, uma das principais sócias, seu filho que assume o seu lugar. E que personagem de Fábio Assunção. É vilão, mas como alguns vilões dessa novela, ele alterna entre culpa e vilania. Ele quer se livrar da facção, mas não tem caráter suficiente. E adora dinheiro.


Outro que sofre o diabo é Diego. Nicolas Prattes arrasa. Ele e seu núcleo familiar é muito pobre e vão morar nas ruas. Ele aceita assumir a culpa de um riquinho mimado e só se ferra, inclusive sua família. 

A mãe de Kelzy Ecard arrasa. A irmã de Duda Batsow tem destinos insuportáveis. E o desenrolar de sua tragédia fica pra segunda fase, que agonia. O irmãozinho é Rodrigo Vidal.
Muitos atores estão em lugares diferentes do que normalmente atuam. Ângelo Antonio arrasa. Ele que ajuda Diego na prisão, mas tudo sempre tem um preço. Ele é casado com a linda Débora de Bárbara Reis

Adoro o núcleo dos perfumistas: Cleber Tolini (Márcio), Camila Alves (Gabriela) e Moira Braga (Fafá). A Rhodes tem um projeto de capacitação para deficientes visuais. Os diálogos eram demais e sutilmente falavam de capacitismo e preconceito. E que atores. Que delícia a personagem da Fafá. Também adorei o concurso garoto Rhodes com perfis de lindos homens diferentes. Que novela! Ainda no elenco estão: Jackson Antunes, Samantha Jones, Luis Navarro, Adriana Seiffert, Douglas Silva, Mary Sheila, Valentina Bandeira, Luiz Fortes e Leonardo Lima Carvalho. E participações de Chico Diaz, Denise Weinberg, Charles Paraventi, Angela Rebello, Bruno Ibañez e Antonio Karnewale. A trilha sonora é maravilhosa e tem no Spotify.

Beijos,
Pedrita

sábado, 30 de outubro de 2021

O Hóspede Americano

Assisti O Hóspede Americano (2021) de Matthew Chapman na HBO, Go e Max. Eu queria tanto ver que coloquei pra gravar. O horário de exibição do primeiro era péssimo, 23h. Eu não tenho SmartTV e o Now funciona pessimamente. Está muito pior agora que o streaming está mais forte. A gravação picotava e demorou um tempão pra entrar no Now o primeiro, o último até hoje não entrou, então baixei o HBOMax e vi por lá o último. O 007 disse que quem tem a Net Claro com esses canais não paga no streaming. Não li nada sobre isso, vou aguardar pra ver se é isso mesmo. Mas por enquanto só estou vendo o que não tem no Now da Net Claro.

A série tem só 4 episódios incríveis sobre a expedição de Marechal Rondon para mapear um rio. Chico Diaz interpreta Rondon magistralmente. Rondon era descendente de índios, preferia morrer a matar. Todo o elenco é incrível: Claudio Jaborandy é o médico, outros do grupo do Rondon foram interpretados por Theodoro Chrocane, Michel Gomes e João Côrtez
Theodore Roosevelt junta-se a eles na expedição. Ele tinha acabado de perder a eleição. O filho (Chris Mason) vai junto. Os dois já tinham ido em um Safari na África. A série conta um pouco também de Roosevelt. Quando foi presidente ele transformou várias regiões em reservas florestais como o Grand Canyon, contrariando mineiros e industriais. Era um amante da natureza como Rondon. Em uma entrevista na internet Aidan Quinn disse que queria um trabalho que o desafiasse e que ficou muito entusiasmado de participar da série e de interpretar esse personagem e que foi muito desafiador gravar na floresta. Nesse grupo ainda estão os atores Trevor Eve e Gene Jones. Dana Delaney interpreta a esposa de Roosevelt.
A expedição durou cinco meses. A série foi gravada na Chapada dos Guimarães (a 60 km de Cuiabá) e na Alta Floresta (a 789 km de Cuiabá).





Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Homem da Capa Preta

Assisti O Homem da Capa Preta (1986) de Sérgio Rezende no Canal Brasil. Mais um filme da série "todo mundo viu menos eu". Sempre quis ver, é raro passar, quando vi coloquei pra gravar. É um dos mais expressivos trabalhos de José Wilker. Ele interpreta Teotônio Cavalcanti, influente político de Duque de Caxias. A interpretação dele é majestosa. Arrepia!

Começa naquela época de coronelismo. Homens poderosos mantinham seu domínio a bala. Teotônio era muito popular, adorado pelo povo. Vivia de colete a prova de balas, sua metralhadora e sua capa preta de fundo vermelho. Já tinha sofrido inúmeros atentados, mas revidava da mesma forma, matava quem lhe atravessava o caminho. Tinha aquele hábito clássico no Brasil de trazer os pobres para uma festa e lá tirar titulo de eleitor para cada um. Incrível a direção. A esposa interpretada por Marieta Severo mal fala no início, mas é possível perceber toda a tristeza em seu olhar e silêncio. Volte e meia os filhos tinha que ir para escolas distantes porque o pai estava sendo ameaçado e atacado. Com o tempo fica mais civilizado, se aproxima de um jornalista e se elege deputado federal. Não sabia que Teotônio Cavalcanti tinha disputado Governador da Guanabara com Carlos Lacerda e perdido. No golpe de 64 consegue levar o jornalista para o Consulado da Suíça, mas se recusa a deixar o Brasil. O jornalista foi interpretado por Jonas Bloch. O operário que está sempre ao seu lado por Chico Diaz. Guilherme Karan interpreta Flávio Cavalcanti. Quando o filme foi lançado ainda era vivo e morava em Duque de Caxias. O elenco é impressionante: Tonico Pereira, Carlos Gregório e Paulo Villaça. Assustador como o texto é atual, parece que estamos vendo a política de hoje. A única diferença é que na época do filme a violência era explícita, bang bang mesmo. Hoje é mais sutil.

Beijos,
Pedrita

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Em Nome da Lei

Assisti Em Nome da Lei (2015) de Sergio Rezende no TelecinePlay. Gostei muito! É inspirada em fatos reais, na vida do juiz Odilon de Oliveira que atua na fronteira. Começa com um novo juiz chegando em uma cidade de fronteira. A procuradora e um investigador estão tentando provas contra o chefe da cidade, do tráfico e de todos os crimes na região.

Logo de início ele percebe que há um processo já julgado e faz o mandato de prisão. O rapaz a ser preso é o braço direito do dono do tráfico na cidade. O investigador acha que ele tem que ir mais devagar, que pode comprometer a investigação, mas o juiz não quer, e continua atuando. O elenco é incrível, com muitos atores que adoro: Mateus Solano, Paolla Oliveira e Eduardo Galvão.

Chico Diaz é o chefe do tráfico. Emílio Dantas seu filho bastardo. Mas são muitos outros que gosto: Silvio Guindane, Sacha Bali, Gustavo Nader, Roney Vilela, Dedina Bernadelli, Juliana Lohmann, Osvaldo Mil, Carol Chalita, Roberto Birindelli, Romulo Estrela e Paulo Reis

O filme mostra as teias que circundam negócios tão rentáveis, que enriquecem tantas pessoas. O juiz consegue um vídeo que mostra um desembargador recebendo dinheiro do advogado do traficante. Leva a um jornalista de São Paulo que vai publicar, mas não consegue, a direção do jornal não aceita porque tem muito político envolvido. Mesmo em São Paulo não há interesse em mostrar uma falcatrua porque fere políticos em Brasília e outros poderosos. Em Nome da Lei mostra que o tráfico da fronteira tem muito mais gente envolvida no Brasil. Como o juiz que o filme se inspirou, nossa protagonista tem que andar escoltado. O filme foi realizado em Dourados, cidade que sempre quis conhecer.
Beijos,
Pedrita