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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Salão Italiano

Assisti ao recital O Salão Italiano na Pinacoteca. Foi o último recital desse série Salões Históricos que tem a curadoria de Anna Maria Kieffer. Igualmente belíssimo. Se apresentaram a soprano Claudia Riccitelli, o tenor Martin Muehle e o pianista Aimar Santinho. Anna Maria Kieffer contou sobre um Salão Histórico italiano durou muito anos. Começou com um casal e era mais literário, falou dos nomes dos escritores que o frequentavam. Depois falou que esse casal se separou e o salão começou a mesclar outras artes e ser mais político. Na terceira etapa, o salão contou com o início da reconciliação e retorno do casal e foi quando a música teve maior representatividade. Quem nessa época passou a frequentar o salão foi Carlos Gomes. Anna Maria Kieffer comentou que em todas essas fases Verdi esteve presente. Eu sinto muita falta dessas reuniões culturais como saraus, ainda mais com grandes expoentes da cultura. No repertório eles cantaram árias conhecidas de grandes compositores italianos e ainda de Carlos Gomes.

crédito da foto: Priscila Prades

Repertório completo:

Vincenzo Bellini ( Catania, 1801 – Puteaux, 1835)

Vanne o Rosa Fortunata (Anônimo)
Vaga Luna, che inargenti (Anônimo)

Per Pietá, bell'idol mio (Pietro Metastasio))

Gioacchino Rossini ( Pesaro, 1792 – Paris, 1868)

La Regata Veneziana (Francesco Maria Piave)

- Anzoleta avanti la regata

- Anzoleta co passa la regata

- Anzoleta dopo la regata

La Serenata : Notturno a due voci (Carlo Pepoli)

Paolo Tosti (Ortona, 1846 – Roma, 1916)

Ideale (Carmelo Errico)

Luna d'Estate (Riccardo Mazzola)

A Vucchella (Grabriele D’Annunzio)

La Serenata (Giovanni Alfredo Cesareo)

Giuseppe Verdi (Roncole, 1813 – Milão, 1901)

Quando le sere al placido, da ópera Luisa Miller (libreto de Salvatore Cammarano)

Tu puniscimi, o signore, da ópera Luisa Miller

La Donna è mobile (M), da ópera Rigoletto (libreto de Francesco Maria Piave)

Carlos Gomes (Campinas, 1836 – Belém, 1896)

Sento una forza indomita, da ópera Il Guarany (libreto de Antonio Scalvini, baseado em José de Alencar)

From Mata Hari e 007


Hoje é um dia muito especial porque o Mata Hari e 007 completa 8 anos, isso mesmo, nem mesmo eu acredito. E com postagens quase regulares a cada dois dias da minha vida cultural. É muita emoção! O 007 chegou a postar uma única vez, quis continuar no nome, dá palpites, mas não escreveu mais. Eu comecei no iG. E assim fui vindo até aqui. O Blogspot estou há uns anos e muito feliz. Alguns posts nesses 8 anos eu guardei, outros não. Obrigada a todos vocês que me visitam e fazem esse espaço mais especial.


Youtube: Laudate Dominum W. A. Mozart



From Mata Hari e 007

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Salão Russo

Assisti ao recital O Salão Russo na Pinacoteca. Continuação dos recitais da série Os Salões Históricos de curadoria de Anna Maria Kieffer. Eu gosto demais de música russa, literatura russa, das artes russas e fiquei fascinada por esse recital, repertório maravilhoso. As canções foram interpretadas pela mezzo-soprano Vesna Bankovic, pelo tenor Mauro Wrona e pela pianista Dana Radu. Como sempre Anna Maria Kieffer falava trechos dos poemas que iam ser interpretados e percebemos o quanto a música russa tem suas peculiaridades. Uma serenata mais parecia uma parada militar. As músicas de amor, mesmo que com um texto alegre, eram melódicas e tristes.

Segue o repertório completo: Michail Glinka (Novospasskoye, 1804 – Berlin, 1857)
Bolero (Kukolnik)
(Minha maravilhosa querida, sou tão feliz com teu amor...
mas... e se me traíres? ...O amor é como um sonho alado - esperança, felicidade - perdoa tudo).
Rimsky Korsakoff (Tikhvin, 1844 – Lyubensk, 1908)
Nie veter, veia svisoti
(Não é o vento que sopra do alto: Tocaste a minha alma e ela está como as folhas ao vento...como alaúde de cordas rasgadas, cobertas com a neve fria de minh’alma; e tu a tocas como o vento das noites de maio)
Vostocny romans
(Romance Oriental : Manhã e noite o canário canta para a rosa, refletindo a beleza desta canção...Um jovem canta para sua donzela que não entende porque é tão triste a canção dele)
P. I. Tchaikovsky (Kamsko, 1840 – S. Petersburgo, 1893)
Moi anguiel, moi druk (A.A. Fet)
(Meu anjo, meu amigo, proteja-me silenciosamente)
Kak nad gariatshiu zaloi ( F.J. Tiutschew)
(Como o fogo consome as cartas de amor, minha vida se consome)
Piesn, Minioni – Niet, tolka tot, kto znal ( Goethe / L.A. May)
(Canção de Mignon: Só quem já passou por isso sabe o quanto sofro, esperando este encontro; sem força. Espero por aquele que está longe...e minh’alma queima)
Sriet schumnava bala (A.K. Tolstoi)
(No turbilhão do baile vejo, trêmulo, aquele rosto que tanto amei)
Sirinada D. Juan (A. K. Tolstoi)
(Serenata de D. Juan sob o balcão de Nisieta)
Ni otziva, ni slova, ni privieta (A. N. Apuchtin)
(Nem uma réplica, nem uma palavra : Entre nós há um deserto e minha pergunta continua sem resposta...entre a raiva e a saudade, sei: tudo passará, como o som da canção esquecida, como uma estrela cadente no meio da noite.)
Snova, kak prejde (A. M. Rathaus / B. Tutenberg)
(Novamente como antes: Estou sozinha, cercada de saudades...sob a luz da lua as folhas sussurram: onde estás?...Reza por mim, amigo, como rezarei – sempre - por ti)
M. Mussorsky (Karevo, Psoc, 1839 – São Petersburgo, 1881)
Das canções de danças da morte (A. A. Golenishtchev –Kutusov)
Trepak
(A tempestade de neve dança com um pobre bêbado)
Sirinada
(A morte faz uma serenata à uma donzela enferma)
S. Rachmaninoff (Semionovo, Novgorod, 1875 – Beverly Hills, 1943)
Son ( A. N. Pleshcheyev sobre Heine)
(Sonho: a utopia de um mundo perfeito)
Poliubila ia na petchal svaiu
(Me apaixonei por minha tristeza: Miserável estou: essa é a vida que me foi dada: levaram-no embora, e agora somos dois soldados solitários...mas essa á a vida que me foi dada)
O niet, maliu, nie uhadi
(Imploro: não me deixes: Nenhuma dor se compara à desta separação...dize-me : te amo...eu fraca e pálida, preciso tanto do teu amor...estejas comigo...não me deixes)

Youtube: N.Rimsky-Korsakov. "The Snow Maiden". Julia Lezhneva


Bejios,


Pedrita

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Yolanda Mohalyi - No Tempo das Bienais

Fui na exposição Yolanda Mohalyi - No Tempo das Bienais da Pinacoteca. Fiquei sabendo que esse exposição ia abrir no dia 5 e fui ver. Gostei muito. Essa artista plástica nasceu na Hungria, depois se naturalizou brasileira. Inicialmente se influenciou e conheceu Lasar Segall. É nítido nas obras dela na década de 30 essa influência. Aos poucos essa arte vai se transformando e criando uma identidade própria e impressionante. Adorei as obras da década de 60 e algumas com texturas. São 95 obras, entre telas e desenhos. Gostei muito de ver o esboço da obra que a pintora fez para uma igreja. A curadoria é de Maria Alice Milliet. Eu paguei R$ 6,00 que é o custo pra entrar na Pinacoteca, para ver o acervo do espaço, essa exposição, a da Lita Cerqueira e as apresentações musicais. Com R$ 6,00 é possível fazer vários programas em um na Pinacoteca. Mas aos sábados é gratuito. Essa exposição fica em cartaz até fevereiro.

Youtube: booh.art.br / potfólio - Yolanda Mohalyi


Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Salão Germânico

Assisti ao recital O Salão Germânico na Pinacoteca do Estado. Essa apresentação trazia um repertório alemão na voz dos solistas Martha Herr e Walter Weiszflog, acompanhados ao piano pelo Achille Picchi. A curadoria é de Anna Maria Kieffer. Eu gostei demais do repertório, não só bonito musicalmente, como divertido.

Uma dessas canções falava sobre a pulga. O rei adorava a pulga e a promoveu a ministro, que se tornou nobre, bem como toda a sua família. Os nobres não podiam nem se coçar, nem tentar matar as pulgas. Engraçada também a canção sobre os pais que devem segurar os seus biscoitinhos em casa, já que os homens são safados e as moças inocentes. Foi um belíssimo recital e gratuito.

Segue o repertório:



Sigismund Neukomm (Salzburgo, 1778 – Paris, 1858)
Fantasia Brasileira
Joseph Haydn ( Rohrau, 1732 – Viena, 1809)
Das Leben ist ein Traum (J. W. Gleim)
Eine sehr gewöhnliche Geschichte (Christian Weisse)
Guarda quì che lo vedrai (Carlo Francesco Badini)
Saper vorrei se m’ami (Carlo Francesco Badini)
Wolfgang Amadeus Mozart ( Salzburgo, 1756 – Viena, 1791)
Abendempfindung (Joachim Heinrich Campe)
An Chlöe (Johann Georg Jacobi)
Als Luise die Briefe ihres ungetreuen Liebhabers verbrannte (Gabriele von Baumberg)
Warnung (Anônimo)
Friedrich Zelter (Berlim, 1758 – 1832)Wo gehts Liebchen? (Goethe: Mailied)
Ludwig van Beethoven (Bonn, 1770 – Viena, 1827)
Adelaïde (Matthisson)
Aus Goethes Faust (Goethe)
Franz Schubert ( Viena, 1797 – 1828)
Der Hirt auf den Felsen (Wilhelm Müller)
Sigismund Neukomm
Addio agli amici del Brasile


Youtube: von Otter - Als Luise die Briefe ihres ungetreuen Liebhabers verbrannte (Mozart)



Beijos,



Pedrita

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Fotografia Como Eu Sou de Lita Cerqueira

Fui na exposição A Fotografia Como Eu Sou de Lita Cerqueira na Pinacoteca. As fotografias são maravilhosas. Lita Cerqueira é da Bahia e fez várias fotos de pessoas e algumas em eventos históricos. Como essa belíssima, uma das que mais gostei. Essa exposição é em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

Essa foto é Menina na lavagem do Senhor do Bomfim, Salvador, Bahia, 1994 e é a que mais gostei. Fiquei pensando nessa linda menina que deve ser uma moça hoje, talvez até modelo pela sua beleza.

Foto: Meninas Rendeiras, Ilha de Maré Bahia, 1976

Hoje as rendeiras estão em extinção. Poucas meninas hoje querem aprender os ofícios dos pais e buscam outras profissionais. Há muito recentemente trabalhos que profissionalizam as rendeiras, melhoram suas condições de vida para elas continuarem ou se interessarem pelo ofício. Essas meninas também devem estar moças hoje.

Lita Cerqueira nasceu em Salvador, na Bahia em 1952. Estão expostas 55 fotografias e essa mostra vai até fevereiro. Sábado é grátis, nos outros dias os ingressos para entrar na Pinacoteca custam R$ 6,00.

Música do post: Umbanda - Patuá da Bahia




Beijos,

Pedrita