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sexta-feira, 25 de março de 2022

O Teu Sorriso

Assisti ao curta O Teu Sorriso (2009) de Pedro Freire no Canal Brasil. O canal programou filmes em homenagem ao grande Paulo José. Esse curta é uma preciosidade, que lindo!

O curta tem dois atores que amo Juliana Carneiro da Cunha e Paulo José. Eles estão no começo do namoro, vivendo a paixão. É lindo demais! Delicado, sublime, pedaços de corpos, rostos, mãos, emociona!

O curta pode ser visto no Vimeo e parece que tem no MUBI.
 
Beijos,
Pedrita

sábado, 19 de dezembro de 2020

Por Onde Anda Makunaíma?

Assisti ao documentário Por Onde Anda Makunaíma? (2020) de Rodrigo Séllos do Canal Curta! no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro no Canal Brasil. Mais um festival que, pela impossibilidade de ser presencial, usou as redes e os streaming para apresentar seus filmes. Esse filme foi realizado pelo canal Curta! Deve passar lá mais pra frente e é uma preciosidade, quanta poesia, quanta história.


 

O documentário fala dos dois Macunaímas. O Makunaímamito de origem de etnias da tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana e do Macunaíma de Mário de Andrade, o herói sem nenhuma caráter. O documentário é repleto de história.


Belíssimas cenas no Monte de Roraima, que paisagens deslumbrantes, que lugar lindo pra se conhecer. Lá realizaram entrevistas com  indígenas venezuelanos, da guiana e brasileiros de várias etnias Macuxi, Taurepang, Arekuna e Wapixana.

Apresentaram fotos do etnólogo alemão Koch-Grünberg, de 1910, sobre os povos indígenas, material de pesquisa que encontra-se em Berlim. Alguns reconheceram seus ancestrais nas fotos, lembraram de músicas.

Em paralelo falaram com os pesquisadores de Mário de Andrade, tiveram acesso ao IEB, Instituto de Estudos Brasileiros. Tatiana Longo Figueiredo falou do livro Macunaíma.

E desmembrou para o filme de Joaquim Pedro de Andrade. Falaram sobre o filme Paulo José, Milton Gonçalves e Joana Fonn. E mencionaram também o filme de Paulo Veríssimo.
A peça de Antunes Filho também foi lembrada. O saudoso diretor comentou que a censura ia sempre assistir para ver se proibia e que estava só preocupada com o nu das atrizes e deixou passar despercebido os textos polêmicos. Ainda falam sobre a peça Lígia Cortez e Cacá Carvalho. Mas o documentário traz muitos depoimentos, muita história, é de uma riqueza profunda. 

Fizeram ainda uma exposição com fotos de indígenas na cidade, cartazes nas ruas, junto com pessoas que por lá passavam. Tudo poético e de uma genialidade estarrecedora.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O Padre a a Moça

Assisti O Padre a a Moça (1965) de Joaquim Pedro de Andrade no Canal Brasil. Há anos queria ver esse filme, mas nesse canal os filmes antigos só passam de manhã. Por sorte agora posso gravar e ver quando dá. O filme é inspirado no poema de Carlos Drummond de Andrade. O padre chega em uma cidade fantasma de Minas Gerais, a maioria dos moradores partiu. Dessas cidades que prosperaram na extração de ouro, mas com a escassez dos minérios quase desapareceu. A maioria da população é idosa, os jovens partiram.

O padre chega para a extrema-unção do vigário. O padre veio pelas montanhas, não há estradas que unem a cidade ao estado. A moça é filha do dono da cidade. O dono é interpretado pelo Mário Lago, o padre pelo Paulo José e a moça por Helena Ignez. Fauzi Arap e Rosa Sandrini também estão no elenco. Além dos atores, moradores da locação em Minas Gerais também participam do filme.  O Padre e a Moça foram gravados em São Gonçalo do Rio das Pedras, Serra do Espinhaço e na Gruta de Maquiné. Direção Musical de Guerra-Peixe, com interpretação do Quinteto Villa-Lobos.

No poema a moça é virgem, no filme ela é de todo mundo. A estrada aparece milagrosamente no final. O padre e a moça fogem, apesar dele buscá-la em casa e dela se arrumar para segui-lo, ela não pega nenhuma trouxa, nenhuma bolsa. Os dois andam muito, mas quando retornam rapidamente a cidade é avistada novamente. Eu pude ver esse filme graças a duas restaurações, uma em 1999 e uma segunda pela Cinemateca Brasileira que utilizou parte da restauração de 1999 e outra de um material original.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 11 de março de 2016

Eles Não Usam Black Tie

Assisti Eles Não Usam Black Tie (1981) de Leon Hirszman na TV Brasil. Foi no facebook que vi que esse filme ia passar no canal. Na programação do canal aparecia só o nome do quadro, não o nome do filme, coloquei pra gravar sem ter certeza que entendi o dia certo, chequei no dia seguinte e era esse filme mesmo. Gostei muito. O texto é de Gianfrancesco Guarnieri que faz o protagonista.

Ele é operário, o filho, interpretado pelo Carlos Alberto Riccelli, também. A mãe pela Fernanda Montenegro e o filho mais novo por Flávio Guarnieri. O pai já foi preso por ter feito greve, não é mais época da Ditadura Militar, mas a polícia não mudou muito.

O filho vai casar corrido porque a namorada engravidou, interpretada pela Bete Mendes, ela também é operária. A mãe dela é interpretada por Lélia Abramo, o pai por Rafael de Carvalho e o irmão por Fernando Ramos da Silva. O futuro pai precisa de dinheiro e é incentivado pelo amigo, interpretado por Anselmo Vasconcellos, a ser espião na fábrica, fica tudo subentendido, o tempo todo ficamos na dúvida se ele realmente dedurou os colegas. E o filho não apoia a greve e fura a greve. 

O melhor amigo do pai é interpretado pelo Milton Gonçalves. O pai acha que as fábricas precisam se organizar melhor, se unir para fazer greve, mas um revolucionário é demitido e incita a greve antes da hora que é um fracasso. Esse revolucionário é interpretado Francisco Milani. Renato Consorte é o dono do bar. Alguns atores negros fazem minúsculas participações e algumas figurações como Gésio Amadeu, João Acaiabe e Aldo Bueno. Fazem pequenas participações ainda Paulo José, Antonio Petrin, Genézio de Barros e Nelson Xavier

Linda e clássica a cena do casal escolhendo feijão, que atores. A música tema é de Adoniran Barbosa. A direção da trilha de Radamés Gnatalli. Eles Não Usam Black Tie ganhou vários prêmios como Leão de Prata no Festival de Veneza. 

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Agosto

Assisti em DVD a minissérie Agosto (1993) da TV Globo. Direção de Paulo José, baseado no romance de Rubem Fonseca, adaptado por Jorge Furtado. Eu tinha lido o livro há vários anos e queria muito ver a minissérie. Concordo com a minha mãe que assim que começamos a ver queremos saber o que vai acontecer. Vi muito rapidamente, apesar de ser em várias horas.

A direção de arte é impecável. Tudo cuidado nos mínimos detalhes para a ambientação na década de 50. O elenco é incrível. José Mayer é o policial honesto, utópico, que tem uma úlcera. É angustiante a má alimentação dele. As duas mulheres que o atormentam são interpretadas pela Vera Fischer e Letícia Sabatella. Estão lindíssimas! Igualmente bela a Lúcia Veríssimo como a esposa do homem assassinado. Belíssimo ainda Norton Nascimento.

Tony Tornado arrasa como Gregório Fortunato. A minissérie se passa no final da vida de Getúlio Vargas, quando acontece o atentado a Carlos Lacerda. Muito bem relatada a parte histórica que anda em paralelo e até se confunde com a trama principal e ficcional. Ótimos os policiais interpretados por outros dois grandes atores Elias Gleizer, Carlos Vereza e Stênio Garcia. Mário Lago está majestoso como o chefe dos bicheiros que trás outros atores incríveis como Claudio Corrêa e Castro

Marcos Winter está excelente como o empresário perturbado. Incrível a realização da cena do suicídio. José Wilker é o outro empresário. Hugo Carvana um político influente. Sérgio Mamberti está maravilhoso como um senador, contracena com ele brilhantemente Rodolfo Bottino. Othon Bastos como um advogado do poder e do dinheiro. Lima Duarte como um matador. Ainda aparecem outros atores que adoro Milton Gonçalves, Léa Garcia, Ivan Cândido, Sylvia Bandeira, Antônio Petrin, Clemente Viscaíno e Nelson Dantas. A minissérie faz uma homenagem a Paulo Gracindo.

O DVD traz ainda uma entrevista com Paulo José e Carlos Manga. E matérias sobre a realização.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Juventude

Assisti Juventude (2008) de Domingos de Oliveira no Curta!. Eu adoro esse diretor e só pelos três protagonistas é uma proposta imperdível. Paulo José, Aderbal Freire Filho e o próprio Domingos de Oliveira interpretam três amigos que se reencontram. Rodeados de saudosismos, contam um pouco de sua vida atual e sua juventude.

A casa em Petrópolis que fizeram a locação é desbundante. Paulo José interpreta um homem muito rico, que teve um único e feliz casamento. O personagem de Aderbal Freire Filho é um médico e um namorador. Os três encenaram na juventude a peça A Ceia dos Cardeais de Júlio Dantas. As cenas deles rememorando esses momentos são hilárias. Fazem participações: Aleta Gomes Vieira e Edward Boggis.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Faca de Dois Gumes

Assisti Faca de Dois Gumes (1987) de Murilo Salles no Max. Eu escolhi esse filme olhando o que ia passar pelo controle remoto. É baseado do livro homônimo do Fernando Sabino e é um suspense e tanto. Com inúmeros e surpreendentes desdobramentos. Paulo José interpreta um advogado. Começa na festa de casamento de uma família. Esse advogado está desconfiado que a sua bela e jovem mulher o está traindo.

Ele começa silenciosamente a vigiar essa mulher. Descobre a traição e começa a planejar o seu álibi para matar ela e o amante. O desenrolar é surpreendente. Genial! E o elenco é excelente! Paulo José arrasa. O amante é interpretado pelo Flávio Galvão. Outros ótimos atores no elenco: José Lewgoy, Marieta Severo e a estreia de Pedro Vasconcelos no cinema. Os policiais são interpretados por Paulo Goulart e José de Abreu. Ursula Canto faz a esposa. A abertura do filme também é incrível e original. Faca de Dois Gumes ganhou vários prêmios como Melhor Direção, Som, Fotografia e Cenografia no Festival de Cinema de Gramado.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A Festa da Menina Morta

Assisti A Festa da Menina Morta (2008) de Mateus Nachtergaele no Prime Box Brazil. Eu relutei muito em ver esse filme. Sabia que era difícil de assistir, sabia que tinha que ver em um dia que estava com coragem. Achei que esse dia tinha chegado. É realmente um filme difícil. A Festa da Menina Morta é sobre um Santinho. Com um raciocínio torto, o povoado de um vilarejo acredita que uma criança de 3 anos seja Santinho só porque um cachorro trouxe um vestido da Menina Morta pra ele.

A Festa da Menina Morta começa com os preparativos para a próxima festa com o Santinho já adulto. Essa família vive do dinheiro dessa adoração insana a esse rapaz. Ele é bem afeminado, agressivo, maltrata a tudo e a todos. Daniel Oliveira arrasa. Ele sustenta com a fé do povo o seu pai alcoolatra e promíscuo. O pai é interpretado por Jackson Antunes que se relaciona com qualquer mulher do vilarejo e com seu filho.

A Festa da Menina Morta mostra essa insanidade de um povo inculto, sem ter outra festa e outra atividade cultural, segue por crendices. Mesmo aqueles que não acreditam, como o irmão da Menina Morta, ele se sente coagido a pedir a benção e levar o Santinho na procissão. Parece não haver escapatória para esse povoado. Esse irmão é interpretado por Juliano Cazarré. Outra personagem é interpretada por Dira Paes. Cássia Kiss e Paulo José fazem participações. As filmagens foram realizadas no município de Barcelos no Amazonas.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A Muralha

Assisti em DVD a minissérie A Muralha (2000) da TV Globo. Eu queria muito ver essa minissérie, minha mãe que me emprestou os DVDs. Eu tinha gostado muito do livro homônimo que foi inspirado de Dinah Silveira de Queirós que li há vários anos. A adaptação foi da Maria Adelaide Amaral. Nas entrevistas a diretora Denise Saraceni falou que esse projeto era para a comemoração dos 500 anos do descobrimento. A Muralha relata um período da história que preferimos esquecer. Bem diferente da história dos Bandeirantes que nos contam no colégio, A Muralha mostra que dá vergonha a forma como os portugueses tratavam os reais donos da terra, os índios. Corajosa a ideia da TV Globo de fazer essa minissérie tão sem glamour, com tanta violência e sem herois.

Antes da extração do ouro, os Bandeirantes viviam da captura e venda dos índios para o trabalho. Raramente chamavam os índios de índios, usavam bem mais outros termos: peça, negro e bugre. A Muralha também mostra a pretensão dos jesuítas em catequizar os índios ignorando e desrespeitando a cultura deles. A reconstituição de época é primorosa e vários índios ajudaram nesse trabalho. Na ficha técnica há uma extensa lista de fundações e tribos que ajudaram na constituição da minissérie. Nos bastidores contaram que não só atuaram como fizeram os cenários e figurinos de suas cenas.

O elenco é incrível. Leandra Leal está primorosa como a jovem que vem da corte para o matrimônio do seu noivo desconhecido. Os brancos pediam muito que viessem mulheres de Portugal para que parassem as misturas de raça. Não aceitavam os filhos com os bugres que sempre eram tratados a margem das famílias. Essa personagem chega com mais duas, uma judia interpretada por outra ótima atriz, a Letícia Sabatella e uma meretriz que vinha atrás de casamento, interpretada pela Cláudia Ohana. A Muralha é uma trama de mulheres fortes, guerreiras, que viviam todo o tipo de adversidades, já que os bandeirantes passavam a maior parte do tempo longe de suas famílias e elas precisavam sobreviver a aquele ambiente hostil.
Tarcísio Meira faz o religioso Jerônimo, hipócrita, sádico e ainda amigo do inquisidor da corte de Portugal. Os padres são interpretados pelo Paulo José, Matheus Nachtergaele e Cacá Carvalho. Da família de Don Braz outros ótimos atores: Marcelo Mendonça, Alessandra Negrini, Maria Luísa Mendonça, Vera Holtz, Regiane Alves, Deborah Evelyn, Leonardo Medeiros, Enrique Diaz, Leonardo Brício e Celso Frateschi. Além dos índios, alguns atores se caracterizaram como índios,  Maria Maya, André Gonçalvez, Patrick de Oliveira e Stênio Garcia. Na cidade estavam: Pedro Paulo Rangel, Caco Ciocler, Edwin Luisi, Sergio Mamberti e Emiliano Queiroz. Outra família é formada por Carlos Eduardo Dolabella e Ângelo Paes Leme. São muitas participações:  José Wilker, Elias Andreato e Beto Bellini. Os figurinos são impecáveis. As mulheres que vem da corte tem as roupas mais bem talhadas, enquanto os da terra, pela dificuldade de tecidos e confecção. tinham panos superpostos, praticamente sem cortes. Eu gostei muito da minissérie, pena que no terceiro DVD se arraste um pouco. A história já estava finalizando e esticaram para manter um prazo e ficou um pouco inverídica. Era muito fácil fugir e não ser achado, quase nada era desbravado. Estranho a facilidade com que achavam fugitivos. Depois no último DVD retoma o ritmo e finaliza bem. 



Beijos,
Pedrita