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quinta-feira, 18 de abril de 2024

BBB24

Assisti ao BBB24 em inúmeras plataformas. Acho que foi o ano que diversifiquei muito por onde assisti. Pela TV Globo porque é sempre o melhor ver ao vivo com muita gente comentado no twitter, instagram, inclusive o meu grupo de amigos no Zap. Mas eu via ainda as entrevistas no Multishow e Globoplay. Foram muitos programas. Foi uma edição que gostamos muito! Mesmo que sem paixões, adorava acompanhar os participantes.

Fiquei muito feliz com a vitória do Davi, longe de ser meu favorito ele mereceu muito o prêmio. Batalhador, focado, insistente, um pouco além da conta, ele foi um grande jogador no BBB e um grande lutador na vida aqui fora desde criança. Não acho que BBB deva ser um programa assistencialista, que deva premiar pobrinhos, mas dá muito orgulho ver tantos participantes batalhadores, com uma vida difícil além da conta. O BBB reforçou o quanto o Brasil é desigual e o quanto uma minoria explora e humilha a grande maioria, que pelas inúmeras adversidades, nem sempre tem estudo suficiente, equilíbrio emocional suficiente pra lidar com suas questões. O BBB desse ano escancarou as diferenças sociais, inclusive financeiras. Eu adorava Matheus, outro batalhador pobre do interior do Rio Grande do Sul, que tinha um orgulho gigantesco de sua família. 
Davi foi violentamente perseguido na casa, não podia nem respirar que tudo era culpa dele. Sim, ele gastou comida demais em um café da manhã, mas assim que conversaram com ele, foi reduzindo os exageros, mas continuava a preparar a mesa pra todos. Sim, não sabia parar de falar, era chato às vezes, mas nunca mal, equivocado algumas vezes, mas diferente dos que o acusavam, ele teve muita dificuldade de estudo e de se informar. A perseguição me levou às lágrimas muitas vezes. É pavoroso ver alguém ser ignorado. Levantavam quando ele chegava, passavam por ele como se fosse invisível. Chorei muito quando ele mostrou sinais de não aguentar mais tanta perseguição. Mas sabe por que ele quis apertar o botão? Por que ele viu que as pessoas que insistiam em ficar do lado dele passaram a ser atacados e votados também. Ele não aguentou ser responsável pelos outros além de tudo o que já sofria, foi demais pra ele. Que bom que não desistiu. Só Davi e Isabelle que souberam disso tudo, os dois não contaram pra ninguém, não exploraram a piedade dos outros. Todos quando acordaram acharam que tinha sido uma noite como outra qualquer.
Bia foi um fenômeno no jogo. Over até não poder mais ela acabou estimulando os pipocas a igualmente elogiar os patrocinadores que devem ter amado o programa. Ela fazia comerciais como sempre fez no Brás, os outros muitas vezes só elogiavam, mas foi uma das primeiras edições que os participantes não paravam de elogiar os produtos, que ficavam felizes com qualquer prêmio. Eu adorava a Alane e a Deniziane, fiquei muito triste quando a Deniziane saiu, mas realmente ela foi magoando as pessoas e foi pela saída dela que Davi se fortaleceu se unindo as fadas. Alane sofre um grande baque na primeira grande briga do BBB. Fernanda resolveu falar do corpo dela. Inteligente, Alane dizia: você está falando do meu corpo. Infelizmente Fernanda não parou e só piorou os ataques. Uns dias depois uma edição mostrou Alane dizendo que após aquele ataque tinha dificuldade de por biquini e ir pra piscina. Depois dessa briga Alane passou a ser uma das minhas favoritas. 
Foi a edição dos endividados. Boninho avisou que quase todos tinham dívidas, inclusive os camarotes. Espero que reconsiderem camarotes na próxima edição. Os realities tem tido muita dificuldade de conseguir famosos pra suas edições. Como vários veem que nem sempre uma participação pode ajudar a alavancar uma carreira, ou mesmo voltar a trazer atenção a um famoso mais esquecido. Muitos saem muito mais muito queimados. Desde Karol Conká, a Globo tem sido mais cuidadosa com os famosos. Então esse tratamento diferenciado acabou sendo injusto com os pipocas. Em edições protegiam os camarotes, enquanto os pipocas eram expostos sem piedade. Fora da casa a diferença era igual. Camarotes participavam do programa do Huck, do Fantástico. Enquanto davam desculpas esfarrapadas para a não participação de alguns pipocas nos mesmos programas. Também na hora de comemorar prêmios, brindes, era muito comum caras de tédio, menosprezo dos camarotes, por valores que pra eles eram baixos. E euforia dos que precisavam de qualquer centavo de prêmio. Me incomodava também o Sincerão, que continuava a ser um Jogo da Discórdia. Criado pra tirar o jogo da pasmaceira, já vem nas últimas edições sendo uma incitação a violência.
Adorava Fernanda e Pitel. Incorretas em muitos momentos, elas eram o contraponto do quarto Fadas. Gnomos, elas eram ranzinzas, ácidas, mas incrivelmente perspicazes, viam o que muitos não viam. E viviam na cama. Boa parte das articulações eram na cama, então pra alguns eram plantas porque ninguém as via pela casa. Os memes foram maravilhosos. O vídeo da Fernanda na cama foi genial!

Eu adorava o Nós Vamos Invadir a sua Casa do Marcos Veras, até porque não tinha um formato sempre igual. Suzana Vieira foi icônica. Ficou principalmente como líder, com direito a fotos. Ary Fontoura quis usar a toca da Pitel. Sabrina Sato foi encontrar com os brothers. Deborah Secco estar em uma cama. Vários entraram na casa pra curtir a piscina. Foram dinâmicas diferentes e muito divertidas as ações do quadro.

Eu gostava bastante do Bate-Papo BBB no Gshow e Globoplay com o eliminado. Entrevistavam os ótimos Thaís Fersoza e Ed Gama. A edição preparava muito cuidadosamente os vídeos, as artes. Thaís foi muito criticada por ter ido pesado em um participante, aí ficou leve demais. Um meio termo seria melhor. Era depois da eliminação, então eu só via em outro dia e horário. E só vi os participantes que gostava. Quando não gostava às vezes via trechos nas redes sociais. Era divertido ver os que perseguiram Davi descobrir que ele tinha mais seguidores que todos, inclusive os famosos.










 


Beijos,
Pedrita

sábado, 13 de abril de 2024

Elas por Elas

Assisti Elas por Elas (2023) na TV Globo. O remake foi escrito por Thereza Falcão e Alessandro Marson. Eu adorava essa novela. Gosto muito de tramas com vários protagonistas, essa tinha 7 protagonistas. Infelizmente a novela foi mal do ibope, a Globo promoveu um encontro com pessoas que parece que não viam a novela. Então foi uma tristeza ver a trama entrar pro sensacionalismo. Foram 5 sequestros, um interminável, mas os outros eram longos também, e infelizmente aumentou o ibope. E foi desnecessário! Essa trama tem segredo e surpresa que não acaba mais, era só adiantar algumas revelações. 
É um remake. Não sei se concordo com essa profusão de remakes. Essa ideia de que funciona é relativo. A arte é sempre imprevisível, e que bom! Essa busca incessante por números, seguidores, prejudica muito os trabalhos. O texto original é excelente! Fiquei muito triste que não emplacou. 7 amigas se reencontram 20 anos depois, então eram 7 amigas na faixa dos 40 anos. 20 anos antes elas estavam na casa de campo de uma delas, e acontece a morte de um deles. Elas se separarem. Todas as tramas eram excelentes! Não sei nem onde por começar.
Como amava René. Maria Clara Spinelli estava incrível. René é daquelas amigas que queremos ter. E muito triste sua história. Seu marido (César Mello) desaparece levando tudo, o apartamento não tem mais nada. Eles tinham uma padaria. Que por dívidas faz René ir pra rua pela sua casa e pelo seu trabalho. Os dois filhos dele (Bia Santana e Richard Abelha) ficam com ela, que mãe amorosa. Uma adolescente. Ela tem que se virar para dar conta de continuar sustentando-os. Confesso que o desfecho de René me incomodou demais. A novela forçava o perdão em várias tramas. Fizeram vários recursos pra ele ser perdoado. Viciado em jogos, endividado, tentava pagar agiotas. Aí ele fica muito, mas muito doente, precisa de transplante. E René com pena, perdoa. René foi a mais injustiçada da trama. Traída por todos, pela filha, marido, irmã, namorado (Pedro Caetano), fica bem no final porque teve que perdoar na marra todas as violências que sofreu. Foi muito injusto com a linda personagem.
Eu adorava também Carol com a excelente Karine Teles. Cientista, pesquisadora, era uma mulher livre, sem medo do amor. Teve vários namorados na trama. Eu torcia pelo Marcos, Luan Argollo. A trama teve uma enorme dificuldade de bancar os relacionamentos que tinham mais química e que o público mais gostava.

Sim, gostei do casamento com a Natália, Mariana Santos, mas estava longe de ser o meu casal favorito. Carol recebeu uma proposta pra continuar suas pesquisas no Canadá, Natália seguiria com ela, a trama deixou meio no ar. O tempo todo os personagens queriam que Carol não fosse, achei um horror. Carol foi outra que forçaram um perdão a mãe (Julia Lemmertz) que a abandonou. A novela parecia acreditar na falácia do amor materno.

Márcia é outra que fizeram René engolir. Adorei que Mary Sheila ganhou um grande personagem. Márcia abandonou os filhos pequenos e volta mais de 10 anos depois. Sim, ela teve depressão pós parto, tinha um marido abusivo, ausente e que a endividava, o que fizeram a René engolir de novo. Mas é fato que Márcia levou décadas pra voltar porque quis ser livre e irresponsável. Coitados dos filhos que tinham esses pais, que bom que eles tinham René. Márcia era uma grande perfumista. Entendo a reaproximação, a guarda compartilhada, a convivência pelos filhos, mas forçar amizade com René, aí é demais. E foi dessa forma, René, a boa, que tinha que tentar ser amiga da egoísta. Ninguém pedia pra egoísta tentar ser amiga da René. René que tinha que abrir mão de suas dores, perdoar e tentar uma amizade.
Adorava o núcleo da Adriana. Mais uma grande personagem da Thalita Carauta. E como sofreu! Mas diferente da René, ela sempre bateu o pé pra ser respeitada. Ela tem uma das tramas mais complexas da novela, cheia de segredos. Só com o tempo que ela descobre que o pai de sua filha era o sogro de seu amado, o ótimo Mateus Solano. Quando ela engravida, menina ainda, é sua tia que a ajuda e vira seu braço direito. Adoro a Maria Ceiça, fiquei feliz que arrumaram um romance pra ela no final. Adriana e sua filha eram veterinárias. A tia trabalhava no Pet Shop que elas tinham.
Adorava Lara e Mário, o casal de maior química da trama e esses não foram separados. Lara, advogada, abandona a profissão pra cuidar da casa e dos filhos. Começa a trama ela ficando viúva e descobrindo que seu marido teve muitas amantes. Mário era o icônico Mário Fofoca, o detetive da trama. Sempre tinha ouvido falar do personagem, um detetive atrapalhado, na trama, apesar de ser muito, mas muito atrapalhado, era quem descobria os segredos. Débora Secco e Lázaro Ramos estavam demais. Amava Lara pulando o sofá.
Amava a família do Mário e da Taís. Me diverti muito com Raquel e Evilásio, principalmente quando eles passaram a ajudar o filho e ficavam vendo as câmeras do vilão de Cássio Gabus Mendes como se fosse BBB, com direito a pipoca e tudo. Adoro Maria da Penhah e Cosme dos Santos, grandes atores. Os figurinos dela eram demais. Raquel se aposenta na trama, o marido já era aposentado e cuidava da casa. 
Kesia fazia a filha deles, a Taís, e estava maravilhosa. Lindas as conversas com a mãe, tão acolhedora. Foi muito bonito que Pedro de Alexandre Borges assumiu o filho dela do relacionamento anterior. Sua personagem passou grávida a trama toda. Na internet já brincavam que o bebê só nasceria no próximo remake.

Dois casais que deram muita química e não entendi porque foram separados eram Chris e Tony e Yeda e Edu, esse então com menos lógica ainda. Edu tinha sido infiel a esposa (Monique Alfradique), era sedutor,  mas Yeda era livre e nunca quis relacionamento fechado, era o casal ideal. As duas eram irmãs com as ótimas Valentina Herszage e Castorine. Chris era uma fera em redes sociais e Yeda uma jovem advogada. Tony era um fera de internet e Edu de Luís Navarro um personal trainer.
Esther Góes fez uma participação especial. Ela foi Adriana na primeira trama. Foi muito linda a personagem que criaram pra ela. Giovane de Filipe Bragança ficou muito sozinho quando descobriu que foi trocado na maternidade, sua mãe tinha morrido. Então criaram uma avó. Foi meio corrida a trama, meio atropelada, mas muito bonita. Fiquei muito emocionada! Jonas Bloch também do outro remake também ganhou um personagem.
Helena e o pai eram os grandes vilões da trama. Isabel Teixeira e Marcos Caruso arrasaram. Tinham vários outros atores incríveis que apareceram: Ludmila Rosa, Paula Cohen, Luciano Mallmann, Rayssa Bratilieri, Regiana Antonini, Antonio Tabet, Erom Cordeiro e Diego Cruz. O final foi bem atropelado, foi uma pena. Perderam demais tempo com os sequestros, perseguições, algumas tramas ficaram apagadas. Mesmo assim adorei a novela.



Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Era Uma Vez

Assisti a novela Era Uma Vez (1998)  de Walther Negrão no Canal Viva. Eu tinha visto um pouco dessa novela em alguma reprise, quis ver. Sempre amei a família do sítio. Quatro crianças (Luiza Curvo, Alexandre Lemos, Alessandra Aguiar e Pedro Agum), um pai (Herson Capri) e um avô (Elias Gleiser). Na época que passou eu mal ficava em casa, trabalhava direto, sem folga.

Madalena (Drica Moraes) vai se esconder em uma cidadezinha "no meio do nada" pra fugir de um marido violento (Tuca Andrada). Se emprega de governanta dos pestinhas. Ela e o pai das crianças se apaixonam. Sim, é uma novela antiga, quando ainda achavam que não precisavam ser muito realistas, e sim, muito texto é machista, mas Elizabeth Jinh é uma colaboradora e já é possível ver excelentes diálogos atuais sobre a condição de mulheres e relacionamentos. Ainda era a época que as novelas não precisavam ter negros em suas tramas, então a novela ignora que a maior parte da população brasileira é de negros.
Acho que os casalzinhos mais esquisitos eram os mais jovens da trama. O playboy filé (Cláudio Henrich) vivia com uma turma em esportes radicais, depois que o pai (Jorge Dória) arruína financeiramente a vida da família, ele toma juízo. Mas é tudo muito fake, é bem história de rico que fica pobre, mas não é bem assim. Hipotecada a fazenda, conseguem de volta com uma chantagem frouxa e continuam ricos. Os duas pretendentes tem 18 anos mas ainda estão no colégio. Emília (Débora Secco) é muito estudiosa, mas deve ter repetido de ano várias vezes pra ainda não estar na faculdade. Até dá pra entender a pressa de Filé pra casar com Babi (Nívea Stelmann) que queria intimidade só casando, mas casar aos 18 anos, os dois sem trabalho, é bem surreal. Ele acaba se decidindo por Emília, em vez de só namorar e os dois estudarem, casam rapidinho também. E o celeiro? Ok, ele com raiva do pai vai morar no celeiro. "Não quero nada do meu pai". Bom, mas o celeiro estava nas terras do pai e o celeiro era do pai. Filé não entende porque Babi não quer morar com ele no celeiro, mas como é uma novela da ilha da fantasia, não tem banheiro. Oi? Viver de modo simples é uma coisa, mas sem banheiro?
Gostei que a Heloísa (Suzy Rêgo) ficou com o Xistos (Cláudio Marzo). Ela é detetive e aparece na trama praticamente como uma vilã. A novela resolve ser boazinha com os maus da trama. Heloísa se redime do mal que fez, ela passa a novela com comportamentos anti éticos, mas se redime ajudando Álvaro a encontrar Madalena. Os vilões também são chamados de loucos e internados em um hospício de luxo. Em novela hospício sempre é um bom lugar pra loucos, inclusive os pra ricos. Letícia (Sura Bertichevsky) não tem a mesma redenção. Depois de cometer um crime gravíssimo, abandona o filho em um orfanato, a pobre sofre o pão que o diabo amassou na novela, não arrumam um companheiro pra ela, nem uma carreira melhor. Até o filho (André Gonçalves) esquece dela depois que ela vai embora e some da trama. Até Waldir foi perdoado melhor que a pobre da Letícia. Waldir, depois de todas as maldades que fez a família do Xistos, volta ao seu emprego.
A família que eu mais amava era a do Catulo (Emiliano Queiroz) e da Quitéria (Stella Freitas). Ele era o sábio da novela, ponderado, aconselhava todos. O Xistos o tinha como confidente. Quitéria era a adivinha da trama, ela percebia tudo, como amo esses atores. Eles adotaram um filho, a história do filho deles também é bonita.

Ele se apaixona por uma mulher mais velha (Myrian Rios) com um filho adolescente (Eduardo Caldas). Lindo como os pais defendem o namoro do filho. Mas é novela antiga como eu disse, o pobre do adolescente só trabalha, estuda também, mas após os estudos tem que trabalhar, exaustivamente. Relações trabalhistas em novelas antigas são sempre esquisitas pra dizer o mínimo. O Pepe tinha o melhor arroz da região. Mas na hora da colheita explorava a cidade inteira na colheita em troca de uma macarronada. Ganhava a vida às custas de trabalho escravo. Não tinha um funcionário no "sítio". 
Mas achei importante abordar o abuso do ricaço sobre o seu funcionário. Rudy comprava cavalos, ok, sabia escolher bons cavalos, mas também ganhava as corridas porque tinha um bom jóquei. Apesar dele ganhar muito dinheiro com as apostas e enriquecer, era incapaz de remunerar melhor o seu funcionário, ou partilhar os lucros com ele. Tinham muitos personagens que eu gostava. 

A doce Cema (Maria Carol Rebello), uma irmã que todo mundo queria ter. Frei Chicão (Diogo Vilela) e Dona Santa (Nair Belo) tinham momentos lindos. Belíssimo o diálogo do frei falando pra irmã que ela fazia vista grossa as irresponsabilidades do filho (Marcos Frota). E ainda Luciano Vianna, Rejane Goulart e Tereza Rachel.

Em 1998 já tinha a mania de na última semana ter um sequestro, achando que o público gosta. Ainda era a época que as novelas não tomavam certos cuidados com produtos para crianças. Pela família do sítio, muita criança amava e acompanhava a novela, mas a trama fica pesadíssima no final. Teve tentativa de estupro, mostrou assassinatos, tentaram matar o Maneco, ele só sobreviveu porque a bala não o matou, mas foi espancado na televisão e atiraram nele, sequestros, mais de um. Eu insisti porque queria ver o final, mas a novela fica muito ruim e chata nessa fase. Teve uma crítica muito grande com o surgimento da classificação indicativa, sim, pode ter alguns moralismos, exageros, mas é muito bom que as novelas para crianças sejam mais cuidadosos com violências.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Mary Del Priore

Assisti a entrevista com a Mary Del Priore no Programa com Bial na GNT. Esse programa estreou recentemente. Vi um trecho de um, vi outro, mas foi nesse que resolvi postar. Não deveria, já que não li nenhum livro dessa historiadora, embora já esteja na minha lista faz tempo. Adoro História do Brasil, tenho necessidade de complementar meu curso deficiente e conhecer um pouco mais do país que vivo. Ela é sempre muito simpática. Ela falou de vários fatos que hoje se repetem, que não são acontecimentos isolados só dos dias de hoje. Bial colocou aquele quadro clássico do Dia da Independência para Mary Del Priore analisar historicamente. Ela falou que não eram lindos cavalos brancos e sim mulas. Falou da dificuldade de conseguir contar a história pelos poucos registros.

A outra entrevista que vi na íntegra foi com a Deborah Secco, atriz que adoro. Eles falaram bastante do filme Bruna Surfistinha, da diversidade de filmes que a Deborah participou. De maternidade, já que a Deborah foi mãe recentemente. Da participação dela em um dia no BBB. Gostei demais das entrevistas, elas estão disponíveis no Now, vou ver se assisto mais alguma.

Beijos,
Pedrita

sábado, 7 de março de 2015

Boogie Oggie

Assisti a novela Boogie Oogie (2014-2015) na TV Globo. Escrita por Rui Vilhena e dirigida por Ricardo Waddington. Já estou com saudades. Amei a novela ambientada nos anos 70. Cheia de suspense, romance, comédia, ágil, bem editada, excelente texto. Genial! Quando pensávamos que um mistério tinha sido revelado aparecia outro desdobramento. A trama principal era das filhas trocadas na maternidade. Uma amante largada, cheia de ódio, paga uma enfermeira sem escrúpulos para trocar os bebês. A novela começa quando essas jovens já são moças e a ex-amante volta para se vingar para localizar as moças e desestabilizar o ex-amante.

Bianca Bin arrasou com uma das filhas trocadas. Uma é filha de um amoroso mas austero militar de classe média. A outra mora em uma mansão de um pai amoroso que a mima de tudo quando é jeito e uma mãe cruel e indiferente. Tanto que a mãe fica feliz de saber que é a filha não é a filha, mas odeia a outra também.

A outra foi interpretada pela Isis Valverde, adoro as duas atrizes e elas eram fortes e determinadas. O namorado da outra se apaixona pela outra irmã trocada sem saber, ele é interpretado pelo Marco Pigossi. Os pais são: Fernando (Marco Ricca) e Carlota (Giulia Gam) e Elísio (Daniel Dantas) e Beatriz (Heloísa Perissé). Em um momento das novelas elas ficam sabendo da troca, elas se odeiam. Mas o segredo da paternidade continua. A oprimida Beatriz teve um caso na adolescência e a filha pode ser filha do vizinho.

 Como todas as novelas das 6, há muitos avanços comportamentais. Três homens tinham várias cenas na cozinha Tadeu (Fabrício Boliveira), advogado que estudava pra ser diplomata, Mário (Guilherme Fontes) corretor e Homero (Osvaldo Mil) esse o único que morava sozinho e era bandido. Sem alardes, sem texto de preconceito, a família chegava, ficava na sala e o marido de avental avisava que o prato preferido da família estava pronto. Tadeu, Rafael, e muitos outros volte e meia estavam arrumando a cozinha, lavando a louça. Dos romances da novela amei o de Tadeu e Inês (Deborah Secco). Tadeu era o meu personagem preferido. Pena que a atriz precisou sair antes porque vai estar em outra novela. Mas o autor não se apertou, criou uma trama tão linda pra ela. Um agente que vive nos Estados Unidos sugeriu a ela fazer vídeos de ginástica, como tinham na época. Lindo no último capítulo o Tadeu recebendo o enorme vídeo cassete e a fita pra assistir.

Outra dinâmica que ajudou muito foi as trocas de casas. O autor ultrapassou inúmeros limites com sacadas muito inteligentes nas trocas de personagens nas casas. Era um tal de Vitória para a casa dos pais biológicos e Sandra para a mansão. Mas as trocas iam além. Até normal o apartamento que moravam jovens ter sempre hóspedes novos. Inicialmente Tadeu e Ísis moravam lá, mas a tresloucada Susana com a excelente Alessandra Negrini em um de seus grandes papéis passou por lá. As cenas no banheiro eram geniais. A Susana inclusive foi uma das que mais peregrinou. Expulsa constantemente, morou no apartamento do Homero na casa da Cristina (Fabiula Nascimento) e inusitadamente no apartamento da Célia (Thaís de Campos) e de Artur (Gustavo Trestini).. Amei que a Susana ficou com o Fernando, eles eram muito parecidos. Ele colecionava amantes. Inusitadíssimo ele se envolver no final com a Cristina, muito inteligente o roteiro. Outra casa que mudou completamente a dinâmica com a separação da Cristina e do Mário. Acabaram se mudando pra lá a Susana e o Fernando, mas o Fernando como amante da Cristina e ex-amante da Susana, imaginem a confusão. Adorava o novo casal, Mário e Gilda (Letícia Spiller). 

Essa troca gerava uma dinâmica deliciosa. A pobre da Augusta  (Sandra Corveloni) precisa ir morar com o vizinho ranzinza Vicente (Francisco Cuoco). Bastava a trama começar a ficar repetitiva, alguma troca acontecia. Logo no começo se juntam a mansão a família do Ricardo (Bruno Garcia) em um excelente papel.

As festas eram lindas. Amei o casamento Rastafari de Danielle (Alice Wegmann) e Rodrigo (Brenno Leone). Ele foi escolhido em testes no Vídeo Show. Amava as imagens do Rio de Janeiro da época. A trilha sonora. E as inúmeras festas na Boogie Oggie sempre com confusão muito além do esperado.


Achei uma foto com algumas das crianças. Adorava a personagem da Claudia (Giovanna Rispoli), ela era uma pestinha. Com um pai exageradamente austero, ela fica rebelde e nos divertiu a trama toda. A atriz também cresceu muito durante a novela, ficou uma mocinha. E adorei ela ganhar uma viagem de volta ao mundo. Mas todos estavam ótimos Otávio (José Victor Pires), Felipe (Caio Manhente), Alessandra (Julia Dalavia) e Serginho (João Vithor Oliveira). Eles viviam no Fliperama, pena que não achei uma foto todos juntos.

O autor resolveu homenagear grandes atores. Além de Betty Faria e Francisco Cuoco em papéis importantes. trouxe atores consagrados para deliciosas participações. Francisco Cuoco chamava Madalena de Leninha, divertido perguntarem porque e ele dizer porque sim, na verdade porque eles fizeram par romântico em Pecado Capital e ela se chamava Leninha nessa novela. Para relembrar o embate de Tieta, surgiu Joanna Fonn na mansão como tia da Carlota. Uma personagem mandona que de hóspede passou a mandar na casa e nos empregados. O corvo era uma "Corva" como dizia Vitória interpretada por Pepita Rodrigues. Luiz Carlos Miele um informante. E Neusa Borges como uma cartomante.

Adorava os empregados. A medrosa Ivete (Aline Xavier) que sempre queria arrumar um namorado. A engraçada Leda (Marizabel Pacheco), o motorista Adriano (Eduardo Gaspar) e a cozinheira (Dja Marthins). Eles sofriam com os mandos e desmandos contraditórios dos patrões. Zezé Motta também interpretou uma empregada da Leonor (Rita Êlmor). 

Inclusive as participações na Boogie Oggie eram geniais. Zezé Motta cantou lá, Betty Faria e Francisco Cuoco participaram de um concurso de dança. Adorei também a breve participação de uma golpista fingindo de grávida, Jussara (Thati Lopes) pena que ela foi embora. E os dançarinos Lyv Ziese, Renata Ricci e Luis Navarro na Boogie Oggie. Eles também participaram da dança da mudança de casa. Acabam parando na casa da Augusta. Inusitado e hilário, mas com lógica. A Augusta passa a ter dificuldades de pagar as contas e o filho convida os três para ajudar no orçamento.

O elenco todo foi incrível, Uma pena não conseguir colocar foto de todo mundo. Adorei a Luisa (Alexandra Ritcher), as mulheres tinham características fortes, inteligentes. E imperfeita, ela escondeu que os pais eram porteiros, outros atores que adoro: Cacá Amaral e Ana Rosa. Ela participou da dança das cadeiras, infernizava a Carlota, mas depois vai trabalhar na VIP para investigar o Beto (Rodrigo Simas) em ótimo personagem também. Eu torcia muito para ele ficar com a irmã que não é irmã, a Vitória, fiquei feliz que ficaram juntos, mesmo que tenha sido sutil a aproximação. Gostava do casal intepretado por Caco Ciocler e pela portuguesa Maria João. Estava com saudades dessa atriz. O arqui vilão era interpretado por José Loreto. Amei que a Carlota deu a volta em todo mundo e se deu bem. Tinha lido outra possibilidade, mas gostei muito mais desse final. Ela era muito ardilosa, ficaria perfeitinho demais ela se dar mal.  Fizeram participações: Christiana Guinle, Junno Andrade, Laura Cardoso e Priscila Fantim.

Por ser uma novela cheia de aventura, as cenas de ação eram impecáveis. Lindíssima e triste a cena do acidente do noivo de Sandra. Muito bem feitas as cenas de atropelamento, as de tiro. Eu amei tudo nessa novela, figurinos, reconstituição de época, textos, personagens. Gostei de mostrar produtos da época, as latas de sorvete, crush, leite de rosas. Pode reprisar quanto quiser.

Beijos,
Pedrita