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sexta-feira, 20 de maio de 2022

A Vida Extraordinária de David Copperfield

Assisti A Vida Extraordinária de David Copperfield (2019) de Armando Ianucci no HBO Mundi. Eu coloquei pra gravar. É baseado no livro de Charles Dickens que não li.

Dev Patel faz o jovem e adulto David Copperfield. É um filme enorme de uma história enorme. O filme escolheu o tom da comédia.
David Copperfield era uma criança (Jairaj Varsani) feliz. Vivia com sua amada, doce, linda e jovem mãe (Morfydd Clark). Ela acaba casando novamente com um homem (Darren Boyd) pavoroso que tinha uma irmã (Gwendoline Christie) mais pavorosa ainda. Ele é enviado pra trabalhar na indústria da família do padrasto. São muitas reviravoltas.

Sua tia é interpretada por Tilda Swinton. O elenco é muito grande já que são muitas histórias: Peter Capaldi, Aneurin Barnard, Nikki Amuda-Bird, Hugh Laurie, Benedict Wrong e Ben Whishaw.

Beijos,
Pedrita

domingo, 23 de outubro de 2016

Grandes Expectativas

Assisti Grandes Expectativas (2012) de Mike Newell no TelecinePlay. Eu tinha amado o livro do Charles Dickens, visto uma série logo em seguida, fiquei com muita vontade de ver o filme quando entrou na programação do Now. O excelente texto de Grandes Expectativas geram sempre belas produções.

Uma graça o menino que faz o Pip criança, Toby Irvine. Adulto é o lindo Jeremy Irvine. Talvez sejam irmãos. A menina é interpretada por Helena Barlow e adulta por Holliday Grainger. Novamente eu tinha outra imagem da Biddy adulta. A criança era perfeita, mas adulta, como na série, não me identifiquei. O que mais gosto nesse texto é a complexidade de sentimentos. A maioria tem faces boas e ruins. Dependendo do personagem o mal ou o bem é ressaltado.

Dickens mostra como o dinheiro corrompe. Achei o filme mais ácido que o livro, mais amargo. O marido da irmã de Pip é interpretado por Jason Flemyng. O advogado que cuida das finanças por Robbie Coltrane. O amigo por Olly Alexander.

Ralph Fiennes interpreta o presidiário. Ele deseja tornar o rapaz que o ajudou no passado em um cavaleiro. No filme acentuaram o interesse como se fosse ter um brinquedo, um objeto para admiração. Não tanto por uma bondade. Achei interessante esse olhar.

A jovem Biddy continua perversa na vida adulta. Eu acho essa Biddy cínica demais. Como disse, essa adaptação é sombria demais. Mas muito interessante, menos romântica, menos idealizada, mais fria e cruel.
A protetora da jovem Biddy é interpretada por Helena Boham Carter. O livro é muito extenso. Uma série poderá englobar melhor tanto texto. Mas esse filme é muito bem editado e compilado. A essência está toda ali. A direção de arte, a iluminação e os figurinos são maravilhosos.

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

The Invisible Woman

Assisti The Invisible Woman (2013) de Ralph Fiennes no Max. Foi a sinopse pelo controle remoto que me fez escolher esse filme. O filme é baseado no livro de Claire Tomalin. É sobre a amante de Charles Dickens, o próprio Ralph Fiennes faz o Dickens. Era uma menina, de uma família de atrizes. A mãe e as irmãs são atrizes. Incrível como esse filme é a frente do seu tempo. Em uma peça de Dickens ele conhece essa menina e se encanta com ela, não só pela beleza, mas pela sua inteligência.

A compreensão dessa mãe sob o destino dessa filha é incrível. Ela se preocupa com o interesse do Dickens pela filha, mas com o tempo percebe que a filha terá melhor destino tendo um romance com o Dickens, já que todas são pobres e ela não é boa atriz como as irmãs que sempre terão trabalho. E realmente o destino dela acaba sendo melhor já que ela acaba ganhando uma casa confortável, que no futuro a ajuda a refazer a sua vida com outro nome. A direção está impecável, tudo é contido, discreto, como era na época. A bela jovem é interpretada por Felicity Jones. A mãe por uma atriz que adoro, Kristin Scott Thomas. Alguns outros do elenco são: John Kavanagh, Joanna Scanlan e Tom Burke.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Grandes Esperanças

Assisti a série Grandes Esperanças (2011) de Brian Kirk da BBC no Max. Eu vi que ia ter na programação, vim no computador ver quantos episódios e vi que o Max ia passar seguidamente os únicos três episódios de uma hora cada, portanto Grandes Esperanças teria 3 horas de duração. Resolvi assistir já que tinha lido recentemente o livro e comentei aqui. Há outras adaptações da obra, inclusive outra série da própria BBC, só vi essa até agora, quero ver as outras.

Gostei demais da adaptação, fascinantes os tons cinza de algumas locações, adorei os atores que fazem o Pip. O Pip criança é interpretado por Oscar Kennedy e lindo demais o rapaz que faz o Pip jovem, Douglas Booth.

Confesso que minha imaginação tinha pensado de forma diferente aos atores escolhidos para os personagens da Srta. Havisham, Estella e Magwitch, mas a magia da literatura é exatamente essa, criar em cada um a imaginação para os fatos e personagens. Mesmo sendo diferentes do que eu imaginava os atores estão incríveis. Eu imaginava uma Srta. Havisham mais opulenta, uma Estella com uma beleza diferente, mais estonteante e um Magwitch menor, baixo e com cara de mal, o que fazia com que todos achassem que ele era bandido. A Srta Havisham é interpretada por Gillian Anderson. Estella criança por Izzy Meikle-Small e a jovem por Vanessa Kirby, Magwitch por Ray Winstone. Orlick era como eu imaginava e foi interpretado por Jack Roth. O ferreiro também era como eu imaginava e foi interpretado por Shaun Dooley.

Grandes Esperanças é impecável na fotografia, figurinos, reconstituição de época, é uma bela série. O primeiro episódio é com o Pip criança vivendo com a irmã e o marido da irmã. O segundo episódio é quando ganha dinheiro para se tornar um cavalheiro e o terceiro quando descobre quem é que pagava os seus estudos. Vou falar detalhes do final: a série Grandes Esperanças termina diferente do livro, não fecha o que vai acontecer, deixa aberto, mas insinua a realização do amor de Pip por Estella, no livro ela não o quer. Alguns outros do elenco são: David Suchet, Frances Barber, Mary Roscoe, Harry Lloyd, Tom Burke e Perdita Weeks.

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Grandes Esperanças

Terminei de ler Grandes Esperanças (1860-1861) de Charles Dickens. Não é dessa edição da foto, é da edição da Editora Abril, Coleção Clássicos que paguei R$ 14,90 na banca. A coleção completa está esgotada, há alguns títulos ainda a venda. A edição é primorosa, apesar de capa dura, não é pesada. Não teve quem não elogiasse a bela edição de capa roxa. Grandes Esperanças é um dos últimos romances de Charles Dickens e foi escrito para um jornal, em vários capítulos e foi lançado em três volumes.

Obra Millbank de Cornelius Varley

Nosso protagonista é Pip, um órfão, que vive em uma pequena cidade criado por sua irmã bem mais velha. Essa irmã é cruel, maltrata ele e o marido. Por um acaso Pip é ajudado por um patrono misterioso e passa a estudar para ser um cavalheiro.  Grandes Esperanças traz três momentos da vida de Pip. A infância pobre, o momento que ganha apoio financeiro para os estudos como cavalheiro e o fim das esperanças. 

Obra In Lever Park de Alfred East

É uma belíssima e densa obra. Incrível como Charles Dickens tinha o domínio para o folhetim. Conseguia nos deixar ligados à obra a cada final de capítulo, imagino a ansiedade das pessoas pelo próximo capítulo no jornal seguinte. Grandes Esperanças é um folhetim clássico com uma profundidade analítica da sociedade. Também é um período de muitas injustiças, principalmente judiciais. A crueldade como as pessoas resolviam suas questões, a utilização do poder para prejudicar alguém. Como aconteceu na época, um condenado consegue seguir para a América e lá ser livre e ganhar fortuna, mas continua um fora da lei caso volte ao seu país de origem. Grandes Esperanças é cheio de contradições cruéis e trágicas.
Tanto o compositor como os pintores são ingleses.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

As Aventuras do Sr. Pickwick

Terminei de ler As Aventuras do Sr. Pickwick (1836) de Charles Dickens. Faz tempo que eu não falo de livros, esse genial que li é bastante extenso e levei bastante tempo pra terminar. Vocês não vão acreditar, mas comprei essa obra por R$ 2,00 em um sebo há uns anos. Gostei demais desse nosso protagonista, o Sr. Pickwick e como ele gosta de anotar as histórias que contam, cada capítulo é praticamente uma crônica, que pode até ser lida de forma independente. Com isso ouvimos muitas histórias, bem características da época, fantasiosas, algumas fantasmagóricas. E as aventuras que o Sr. Pickwick se enfia são muito divertidas e irônicas!

Obra The Eve of the Battle of Edgehill 1642 (1845) de Charles Landseer
Logo no início nosso aventureiro parece só se meter em confusões, e tudo meio que ao acaso. E se envolve muito rapidamente em duelos. É hilário a cegueira da sociedade e a crítica as honras. Adorei também quando nosso protagonista vai preso. Ele se irrita com o valor de uma indenização, não paga e vai preso. A prisão parece uma piada. Ele anda por onde e quando quer e basta ele pagar para conseguir um quarto com escrivaninha e todo o conforto. Ele mostra quantos pobres são presos só porque não pagaram contas, mesmo que seja por miséria. Como aqui, quem tem dinheiro compra o que quer e fica melhor instalado. Foi uma leitura deliciosa, rica, foram meses muito prazeirosos.

Obra Windsor Castle in Modern Times (1841-45) de Edwin Landseer

Anotei alguns trechos de As Aventuras do Sr. Pickwick de Charles Dickens, embora é uma obra que apesar de extensa é uma delícia de desvendá-la. Mesmo que demore, vá aos poucos, há tantas maravilhas nela que acredito não ser possível ficar distante de tanta genialidade:

“O primeiro raio de luz que ilumina a treva e converte em brilhante a claridade a escuridão em que pareciam envolvidos os primórdios da carreira pública do imortal Pickwick nasce do exame da seguinte ata dos trabalhos do Clube Pickwick, que o editor destes escritos tem o máximo prazer em apresentar aos seus leitores, como prova da cuidadosa atenção da infatigável diligência e da sagacidade pesquisadora com que procedeu à investigação dos muitos documentos que lhe foram cometidos.”

“Quem conhece um pouco de teatro conhece o exército de andrajosos pobretões que vive a cercar o palco de um vasto estabelecimento desse gênero –atores sem emprego fixo, bailarinos, figurantes, comparsas, etc.”

“Mas o amor é cego: Natanael era vesgo e é possível que essas circunstâncias, reunidas, o impedissem de ver o assunto à sua luz apropriada.”

“-Eu gostaria muito de saber que foi que o presidente do júri, seja ele quem for, comeu hoje ao almoço – disse o Sr. Snodgrass, no intuito de manter a conversação, na memorável manhã do dia 14 de fevereiro.

-Ah! – disse Perder. –Espero que tenha sido coisa muito boa.
- Por quê? – perguntou o Sr. Pickwick

- Porque isso é muito importante; importantíssimo, meu caro senhor – replicou Perker. – Um jurado bom, satisfeito, bem almoçado, é de grande importância para nós. Os jurados descontentes e esfomeados, meu caro senhor, sempre acham que a parte queixosa tem razão.”
Tanto os pintores, bem como o compositor, são ingleses. Os dois pintores são irmãos. O compositor criou várias suítes para planetas.


Música: Gustav Holst - Jupiter




Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Oliver Twist

Assisti Oliver Twist (2005) de Roman Polanski no Cinemax. Uma co-produção entre Inglaterra, República Tcheca, França e Itália, baseado no livro de Charles Dickens, que li a alguns anos. É uma história clássica bastante triste sobre um menino órfão. O que mais incomoda hoje é que utilizam muitos recursos melodramáticos da história para comover e emocionar, então fica envelhecida e repetitiva. Também há várias versões do filme seja para o cinema ou para a televisão. O primeiro foi em 1948.


A produção de Robert Benmussa, Roman Polanski e Alain Sarde é impecável e o elenco é excelente. O menino, interpretado por Barney Clark, é lindo e talentoso. Outros são: Ben Kingsley (na foto), Jamie Foreman, Harry Eden, Leanne Rowe, Lewis Chase, Edward Hardwicke, Jeremy Swift, Mark Strong, Frances Cuka, Chris Overton, Michael Heath, Gillian Hanna, Alun Armstrong, Paul Brooke e Jake Curran.




O filme fala sobre exploração infantil, pessoas que utilizam crianças para pequenos delitos ou gerar piedade para sobreviverem explorando-as. Um tema muito atual sobre uma sociedade que dá esmola ou condena crianças sem dar a elas o direito da infância. Dão trocados em faróis para parecer que se preocupam, mas não tomam posturas claras que realmente ajudem essas crianças.

Música do post: Wait For Me de Rachel Portman. Não é do filme, mas é da mesma compositora.


Beijos


Pedrita