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quarta-feira, 26 de março de 2025

Chaos Walking

Assisti Chaos Walking (2021) de Doug Liman na Universal. Esse canal foi incorporado ao Telecine sem custo adicional. Quem assinar Telecine vai ter esse canal junto. Eu gostei porque tem uns bons filmes. Em geral de ação, mas tem uns bons títulos. Esse é um bom filme de ficção científica. Termina com muitos furos, meio bobo, mas o desenvolvimento é muito bom. O filme é baseado no livro The Knife of Never Letting Go de Patrick Ness. Fiquei curiosa pra ler e ver se tem um final melhor.

Uma nave cai em um lugar lindo. As locações são em Quebec, Escócia e na Islândia. Lá há uma comunidade de homens. Aos poucos vamos entendendo o que aconteceu. O mais legal é que os homens tem os ruídos, as mulheres não, tudo o que pensam os outros ouvem. Deve ser torturante todo mundo saber o que pensamos. Eles criam mecanismos para esconder os pensamentos, mas nem sempre com sucesso. Tom Holland e Daisy Ridley são lindos e talentosos. Ele vai levar a jovem a outro lugar. Eles tem que atravessar uma linda floresta. Ele nunca tinha visto uma mulher, nem saído de onde mora.

Mads Mikkelsen é o vilão e prefeito do vilarejo que é dominado por um fanático religioso, David Oyelowo
Cynthia Erivo é prefeita de outra comunidade mais equilibrada. Há animais, famílias, respeito. Muito interessante essa abordagem sobre tolerância, poder, ódio e a utilização da religião para dominar e fazer o mal.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Canção do Por do Sol

Assisti Canção do Por do Sol (2015) de Terence Davies no Film&Arts. Não é o gênero que mais gosto. Carregado no melodrama, é daquele filme que sempre sabemos que algo muito ruim vai acontecer. E continuamente sempre o pior acontece. Além de muito longo, quase três horas de duração. Eu vi picadinho, sim, sei, é um pecado enorme, mas o filme se arrastou por aqui. Foi uma semana vendo de pouquinho em pouquinho. O roteiro é baseado no livro de Lewis Grassic Gibon.

A jovem vive com uma pai monstro e uma família numerosa. Tudo é bem artificial. Ele é muito, mas muito violento com o filho. Vive mandando o filho ir para o celeiro pra surrá-lo. Ela é Agnyness Deyn. Ele é Peter Mullan, o irmão, Jack Greenless. A fotografia é deslumbrante. Eles tem uma fazenda. Não entendo como conseguiam manter tantos acres de terra com tão pouca gente. A narração constante com estilo choroso da protagonista é muito chato.
Ela estuda muito e sonha em ser professora. Claro, uma tragédia se abate sobre eles e a família é desmembrada. O pai morre e a filha herda tudo sozinha. Artificial de novo nenhum irmão aparecer nem que seja pra viver com ela. Desaparecem como pó.

Segura de si, inteligente, ela escolhe um bom homem como marido, Kevin Guthrie. Mas claro que mais tragédia vai surgir. Vem a guerra.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Corsage

Assisti Corsage (2022) de Marie Kreutzer no TelecinePlay. Por enquanto sumiram as pastas de gêneros do Telecine no Now, fui então no cinelistas, em mulheres diretoras e o primeiro filme era esse. Fiquei pensando quando foi que entrou na programação. Nunca tinha ouvido falar e que obra prima, que filme maravilhoso!

É sobre a Imperatriz da Áustria, a Sisi, perto dos quarenta anos. Só com o filme que Sisi passou a ganhar dois ss. Depois dos 40 anos, é quando o marido perde o interesse por ela e ela fica entediada. De espírito livre, ela se incomodava profundamente com as convenções. Estava obcecada por peso, dá muita aflição ela na mesa não comendo nada. Também mostra os momentos que ela tinha compulsão alimentar, típico de quem tem desajustes alimentares. Ela pedia sistematicamente para as serviçais apertarem demasiadamente os espartilhos e se pesava compulsivamente. O filme fala muito sobre etarismo, principalmente as cobranças para a mulher e machismo. Vicky Krieps está maravilhosa!
Mas ela adorava cavalgar. Tinha uma relação complexa com os filhos. Claro, quando não se precisa pensar em boletos, no que vai comer, até se vestir alguém faz pra você, pode-se ter qualquer excentricidade. Os filhos de nobres sempre são criados por outras pessoas, só veem os pais de vez em quando. É mais fácil ter filho assim,, fácil nunca é. Para fugir do tédio da casa onde o Imperador ficava, ela ia muito a uma casa de campo, onde tinham inúmeros empregados, mas uma vida mais aconchegante e menos entediante.

O filme é belísssimo, originalíssimo como é construído, com uma trilha sonora deslumbrante. Ela gostava de ir em manicômios, dizia que se sentia bem entre aquelas mulheres. Perturbada pelos sentimentos complexos, ela tenta suicídio. O médico indica cocaína, um remédio, inofensivo. Freud mesmo fez inúmeros estudos sobre os excelentes resultados da cocaína em pacientes. Só anos depois que descobriram os malefícios, mais ou menos o que sempre acontece com a indústria farmacêutica. Volte e meia um médico insiste que o remédio não causa dependência, que ele vai ajudar a reduzir e tirar depois, que compensam os benefícios, mas após o vício a maioria não se responsabiliza, abandona, famílias, médicos, e ainda há muitos julgamentos por quem tem vícios. Não sabia que ela morria assassinada, mas o filme não termina com o assassinato, é bem lindo a forma como o filme termina, meio mágico. O filme todo é meio mágico. Belíssimo!
Beijos,
Pedrita

sábado, 22 de outubro de 2022

Deux


 Assisti Deux (2019) de Filippo Meneghetti no Telecine. Não tinha ideia desse filme, quis ver por esse lindo cartaz! Que filme lindo! Fiquei muito emocionada! Ganhou César!

Duas mulheres se amam muito. O carinho e respeito das duas é contagiante. Martine Chevallier e Barbara Sukowa arrasam. Elas querem se mudar pra Roma, pra isso uma delas teria que vender o apartamento. Ela diz que vai contar aos filhos. Ela é viúva e é muito hostilizada por eles, principalmente pelo filho. O filme fala muito sutilmente sobre a sociedade patriarcal. O tempo todo o filho questiona se a mãe amava de fato o pai, como se isso importasse e fosse de interesse dele.  E pra que maltratar tanto a mãe? As duas se desentendem e continuam no apartamento. Uma delas tem um AVC. então começa o tormento da outra.
A família não sabia do amor das duas. Que sofrimento a outra tentando se aproximar, estar junto, saber como a amada está, detalhes do problema de saúde. Cansei de ver a família sentir um certo alívio em afastar a relação "incômoda", afastando o doente de quem ama. Quando os filhos descobrem o amor das duas, pra afastar a mãe da companheira, a internam em um asilo. Isso mesmo, o amor não servia pra mãe, mas eles não cuidam da mãe, terceirizam o cuidado que não poderia ser feito pelo amor da mãe e sim por estranhos. Eles não queriam o trabalho de cuidar da mãe, mas não aceitavam que a companheira cuidasse, mesmo vendo que a mãe ficava melhor quando estava com a amiga. O bem estar não parecia o principal. Revoltante!
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 23 de junho de 2022

O Voo das Noivas

Assisti O Voo das Noivas (2008) de Ben Soombogaart no Film&Arts. O pôster consegue ser mais cafona que o filme. O roteiro é de Marieke Van der Pol.
 

Eu não sabia que após a guerra noivas tinham viajado para a Nova Zelândia para casar.
No filme, no avião, quatro amigos (Karina Smulder, Anna Drijver, Elise Schaap e Waldemar Torrensta)  se conhecem. Um homem e três mulheres. O filme começa com a morte desse homem no futuro em uma pequena participação de Rutger Hauer. Essas amigas seguem para o enterro e o filme passa a contar a história deles.

Não chega a ser um grande filme, mas é um roteiro bonito. Sem grandes surpresas, formato meio clássico, mas é um bom filme.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 13 de abril de 2022

O Quarto

Assisti O Quarto (2019) de Christian Volkman no Telecine Premium. De novo voltei na grade de programação para ver um filme que já tinha passado. No Brasil resolveram, pra variar, colocar spoiler no título. Eu tinha muito curiosidade em ver esse filme, é bem interessante. O começo até achei que iria ficar só naquilo, com poucas variações e foi impressionante, gostei muito das soluções do filme, mesmo que algumas sejam meio mirabolantes demais, mas funcionaram. 
 

Um casal muda-se para uma casa. Muito bonita! Dentro está um pouco detonada, ficou anos sem ninguém. É uma região onde é comum papéis de parede, daqueles bem feiosos, que já parecem sujos de nascença, imaginem velhos. Ele é pintor, ela é tradutora. Adoro a atriz, Olga Kurylenko, ele é muito lindo e gostei muito também, Kevin Janssens. Logo eles ficam sabendo que ninguém queria comprar porque os donos foram assassinados nela e o casal vai pesquisar. 
O marido acha uma porta escondida e depois de um tempo a sua chave. Lá dentro descobre que o que deseja é atendido. Ele começa a pedir Monalisa, Van Gogh. Ela começa a pedir roupas, joias. Comidas, objetos. Passam a pedir dinheiro, muito dinheiro. Ele resolve ir falar com o homem (John Flanders) que está no manicômio e foi acusado dos assassinatos, pega muito dinheiro e descobre que tudo vira pó ao sair da casa. Há muitos desdobramentos interessantes após esses fatos, eu achei que ficariam nessa trama, mas ela vai se abrindo e reabrindo, muito interessante. E de quem é o filho que ela engravidou? Do marido ou do filho ficção? Amei o desfecho duvidoso.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 12 de junho de 2020

As Inocentes

Assisti As Inocentes (2016) de Anne Fontaine no Festival Varilux de Cinema no Looke. Falta meia hora desse filme no festival. O roteiro é de Phillippe Maynial e é baseado em uma história verídica. Há lugares que está com o péssimo nome Agnus Dei.

O filme é ambientado na Polônia, em 1945. Uma médica é chamada para ver uma doente no convento.  Ela é francesa e da Cruz Vermelha, oficialmente ela não poderia ir atender as freiras por serem polonesas. Chegando lá ela descobre que tem que fazer um parto e que várias freiras estão grávidas. Russos tomaram o convento por bastante tempo e estupraram continuamente as mulheres. É um filme bastante trágico e profundo. A médica é ateia e comunista. As freiras falam muito pouco, a médica tem muita dificuldade de tratar as grávidas. Que filme delicado e profundo. Que adianta tanta fé se não ajudamos o próximo? A médica é interpretada por Lou de Laâge

As freiras por Agata Buzek,  Agata Kuleska, Joana Kulig, Anna Próchniak, Eliza Rycembel, Helena Sujecka e Klara Bielawka.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 19 de março de 2020

Mary Shelley

Assisti Mary Shelley (2017) de Haifaa Al-Mansour na Netflix. Não conhecia a história da autora. Ela veio de uma família fora dos padrões da época. Sua mãe quis largar o marido para viver com um casal em ménage. Ela acaba ficando com a família e morre logo depois do parto da sua filha Mary.

Mary Goldwin nasceu de uma família de escritores. Seus pais eram escritores respeitados. Ele tinha uma livraria. O pai não gostava muito dos textos da filha, que sempre falavam de temas macabros. Ela ia muito ao cemitério e ao túmulo de sua mãe escrever. Mary Goldwin escrevia muito e o tempo todo. O pai casa-se de novo, tem outros filhos. Mary tem muitos desentendimentos com a madrasta conservadora.

Mary, aos 16 anos, vai a Escócia onde conhece o grande poeta Peter Shelley. Eles se apaixonam, mas ele é casado e tem uma filha. Ela foge com a irmã pra viver com ele. O filme insinua o tempo todo que o poeta teria vários relacionamentos além da esposa e com a irmã. A esposa desconfia. O filme vai mostrando como as ideias do livro Frankestein e o Monstro foram sendo construídas.

Em um determinado momento o trio conhece Lord Byron e vão passar um tempo na mansão dele. Lá é feito o desafio pra quem escrever a história mais macabra. Felizmente Mary Shelley volta, mas com a ideia que surgiu e escreve seu livro. O médico que fazia parte do grupo escreve na mansão do Lord Byron que publica o livro como sendo dele. Mary Goldwin, ainda não estava casada com Peter Shelley porque ele ainda era casado, não consegue publicar o seu livro. Assustador que vários editores duvidam que o livro seja dela, insinuam que ele escreveu por ela ou com ela. Para conseguir publicar, ela aceita que o livro saia anônimo com prefácio de Peter Shelley, então todos acham que o livro é dele. Vende horrores, ganha inúmeras críticas favoráveis. Peter fica viúvo, eles se casam, e o pai dela que publica o livro com o nome dela. O filme tem um olhar muito feminino, não é à toa que a diretora e roteirista é uma mulher. Fica claro o olhar sobre as agruras de ser mulher. Se já é difícil provar o talento agora, imagine no passado.
Ellen Fanning está muito bem como Mary Shelley, como o filme passa-se no período que ela tem 16 a 18 anos, ficou perfeito. E é uma grande atriz. Mary Goldwin sofreu muito, nunca teve uma fica fácil nem financeiramente. O que teve mesmo foi uma sólida formação e muita literatura. Sua irmã é interpretada por Bel Powley. Peter Shelley por Douglas Booth. William Goldwin por Stephen Dillane. Lord Byron por Tom Sturridge. Aparecem ainda no elenco: Maisie Williams, Joanne Froggatt, Ben Hardy e Chiara Charterris.
Retrato de Mary Shelley.


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Souvenir

Assisti Souvenir (2016) de Bavo Defurne no TelecinePlay. Não aconselho esse filme pra ninguém, minto, só pra quem gosta de comédia romântica previsível e ruim. Quem gosta da Isabelle Huppert é melhor não ver, dá vergonha alheia ela participando desse filme. Não entendo porque colocaram no cult.

O começo estava me agradando. A personagem da Isabelle Huppert trabalhava em uma fábrica de bolos. Ela recebia três bolos cozidos do forno e colocava os adereços, duas folhinhas e frutinhas. Vivia solitária de forma confortável, bebia e fumava. Até que um rapaz é empregado e é quem entrega os bolos aos funcionários. 

Ele reconhece a funcionária como uma antiga cantora muito famosa de música pop que o pai é muito fã. Ela nega. Mas acaba aceitando por ele cantar em um clube. São muito cafonas as músicas e os movimentos. Souvenir era o nome da principal música. O filme passa então a ser um show de clichês de comédia romântica, muito cafona. O rapaz é interpretado por Kévin Azaïs.
Beijos,
Pedrita