
Assisti
As Mil e Uma Noites (1974) de
Pier Paolo Pasolini no
Telecine Cult. A abertura teve um vídeo com explicações do filme e da
Trilogia da Vida desse diretor pelo
Marcelo Janot. Eu já tinha lido poemas do
Pasolini, ouvido histórias, mas ainda não tinha visto nenhum de seus filmes e estava ansiosa. E foi bom ouvir antecipadamente os comentários do
Janot para entender melhor esse grande diretor. Esse é o último filme da trilogia, com conteúdo bastante erótico faz um apanhado sobre submissão, preconceito e liberdade. Soube pelo
Janot que o
Pasolini utiliza muito elenco de atores praticamente desconhecidos e regionais, alguns amadores e do povo. É realmente perceptível a simplicidade e espontaniedade dos atores que dá um frescor e um diferencial muito peculiar, gostei bastante.

As locações foram na
Etiópia, Índia, Irã e Nepal. E os filmes são mal dublados em italiano. Fiquei imaginando o quanto deve ter sido estranho para esses povos atuar nesses filmes e muitas vezes nus e na década de 70. Esse filme foi proibido nos Estados Unidos e Brasil. Nos Estados Unidos só foi exibido na década de 80 e no Brasil depois da abertura política.
As Mil e Uma Noites fala de amor, escravidão, preconceito, poder, dinheiro e debate metaforicamente vários temas políticos.
No elenco estão Ninetto Davoli, Franco Citti, Tessa Bouché, Margaret Clementi, Ines Pellegrini, Franco Merli e Francelise Noel.
As Mil e uma Noites foi vencedor do Grande Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes.
A trilha sonora belíssima é de Ennio Morricone.
Música do post: aderech arada, instrumenta
Youtube: Pasolini tribute

Beijos,
Pedrita