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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A Pele Que Habito

Assisti A Pele Que Habito (2011) de Pedro Almodóvar no Max. Coincidentemente vi em seguida outro filme que perdi nos cinemas no mesmo ano, filmes que queria demais ver. A Pele Que Habito é muito, mas muito forte. Demora pra sabermos o que aconteceu e é absolutamente terrível o que aconteceu. Pela primeira vez Almodóvar me lembrou David Cronenberg e seus filmes tenebrosos. A Pele Que Habito é muito indigesto, mas é um filme incrível que mexe em muitos tabus, questões estéticas, é surpreendente.

Nosso protagonista é um cirurgião plástico. Em uma palestra ele fala de experimentos para criar uma pele mais resistente, que poderá auxiliar muito nos procedimentos cirúrgicos, fala que estuda em animais, mas vemos ele em seu laboratório fazendo os experimentos em uma mulher e promovendo todo o tipo de sofrimento a ela. Dá pra sentir o horror que um animal sente sendo submetido a todo o tipo de testes. Ela vive em cativeiro. Depois ainda questiona os exageros cirúrgicos dos cirurgiões plásticos tão em moda atualmente e os exageros anti-éticos para conseguir os seus feitos. Mas A Pele Que Habito tem muitas revelações, questionamentos. Antonio Banderas está sensacional, belíssima Elena Anaya. A empregada é a maravilhosa Marisa Paredes. Ainda no elenco Jan Corney e Roberto Álamo. Absolutamente incrível o filme, mas dificílimo de ver, fiquei muito mal depois, levei um tempo para me restabelecer. Vou falar detalhes do filme: Almodóvar coloca outro questionamento, o ódio que temos a estupradores e o desejo que temos de que eles paguem tudo o que fizeram. Almodóvar consegue nos incomodar com a vingança excessiva e se realmente podemos fazer justiça com as próprias mãos e se fazemos, não nos igualamos ao outro. A Pele Que Habito ganhou Bafta de Melhor Filme de Outro Idioma e Goya de Melhor Atriz para Elena Anaya, Melhor Maquiagem, Melhor Ator para Jan Corney e  Roteiro Original para Alberto Iglesias.



Beijos,
Pedrita


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Espinha do Diabo


Assisti ao filme espanhol A Espinha do Diabo (2001) de Guilherme del Toro no Telecine Cult. O filme é co-produzido com o México. O 007 tinha me avisado que esse filme estava na programação do canal, mas ainda não tinha conseguido assistir. Passa praticamente uma única vez por mês. Eu adorei O Labirinto do Fauno desse mesmo diretor e queria muito ver esse. É absolutamente maravilhoso! Parece uma preparação para o filme seguinte. Novamente há uma infância desastistida, abandonada e que sofre violências. Há inclusive um adulto que passou por tudo isso na infância e se tornou violento.

A Espinha do Diabo é igualmente ambientado na Guerra Civil Espanhola. Um casal acolhe crianças de revolucionários mortos, para que consigam sobreviver no anonimato. O filme começa com a chegada de um menino que não sabe que seu pai morreu na luta. Ele é abandonado por seu tutor lá sem saber. O sofrimento das crianças é muito doloroso. Mais uma vez esse diretor mistura fantasia e realidade. Não dá pra saber se as visões do menino são verdade, ou delírios de crianças assustadas e traumatizadas.

Os protetores nada afetivos são interpretados pela maravilhosa Marisa Paredes e pelo ótimo
Federico Luppi. O garoto é interpretado lindamente por Fernando Tielve. Seus amigos estão ótimos também: Íñigo Garcés, José Manuel Lorenzo e Junio Valverde. O rapaz vingativo é interpretado por Eduardo Noriega e sua bela namorada Conchita por Irene Visedo.

O compositor da trilha sonora é o mesmo de O Labirinto do Fauno, Javier Navarrete.

Música do post: pan's labyrinth- javier navarrete

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Youtube: El espinazo del diablo - Tráiler



Beijos,Pedrita