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segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Caminho para Meca

Assisti a peça O Caminho para Meca de Yara de Novaes no Teatro Cosipa Cultural. Uma amiga em convidou para ver esse espetáculo e não titubeei. É com a maravilhosa Cleyde Yáconis que simplesmente arrasa! Tinha visto há uns anos ela deslumbrante em Longa Jornada de um Dia Noite Adentro e não queria perder esse espetáculo. O texto me surpreendeu, é fascinante, não conhecia nada desse autor Athol Fugard que nasceu na África do Sul. Gostei tanto das frases que fui procurar livros do autor, achei traduzido somente um na Livraria Cultura e já coloquei na minha lista de desejos.

O texto é inspirado em Helen Elizabeth Martins, que viveu entre 1897 e 1976 em um vilarejo na África do Sul. Ela recebe uma visita inesperada de uma amiga que viajou 12 horas de carro para vê-la. Helen está com bastante idade e relata a amiga que o pastor e moradores do vilarejo desejam enviá-la para um asilo. Esse pastor inclusive aparece mais tarde para buscar a assinatura de sua suposta amiga. O texto fala de preconceito, racismo, oportunismo, solidão. É de uma beleza inestimável. Essa senhora solitária é uma artista e é incompreendida pelos habitantes convencionais de onde mora. A amiga é interpretada por Lúcia Romano e o pastor por Cacá Amaral. Gostei demais do cenário de O Caminho para Meca de André Cortez e da belíssima iluminação de Telma Fernandes. As belíssimas fotos são de João Caldas.

Essa peça estreou um novo espaço cultural, o Teatro Cosipa Cultura. Fiquei muito feliz de ver mais um espaço cultural em São Paulo e fora dos locais tradicionais. Várias vezes ouço conhecidos dizerem que não vão ao teatro porque ficam longe. Acho muito importante a criação de espaços culturais em vários bairros da cidade. O Teatro Cosipa Cultura me impressionou pela facilidade de chegar. É um pouco longe de onde moro, mas é tão fácil e seguro que fiquei tranqüila. Fica em frente aos prédios do Itaú, ao lado do Metrô Conceição e com estacionamento dentro. O teatro fica dentro do Centro Empresarial do Aço que também não conhecia. E fiquei impressionada como o teatro é grande e bem dimensionado.
Música do post: Ladysmith Black Mambazo - Ngingenwe Emoyeni (South Africa)

Beijos, Pedrita