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sábado, 10 de maio de 2025

Loving Adults

Assisti Loving Adults (2022) de Barbara Topsoe-Rothenborg na Netflix. Foi o primeiro filme dinamarquês feito exclusivamente pra esse streaming, começo ruim porque o filme é bem mais ou menos. É um filme policial forçado, cheio de furos e com atuações canastronas. Eu já tinha abandonado outra vez, resolvi insistir. Dá pra ver sem grandes expectativas.

A esposa era violinista e abandonou a carreira para cuidar do filho doente. São escolhas que nem sempre há como se evitar. Acho que dificilmente uma mulher agiria diferente. O filho agora é saudável, está prestes a se formar, missão cumprida. O casal está bem de vida e ele está com uma amante mais jovem. Enfim, a conta chegou. Tudo aquilo que foi escolhido a dois, decidido pelos dois, vem em peso só para um. Ela é Sonja Richter, ele é Dar Salim. O filme é cheio de reviravoltas, a polícia é incompetente.
A escolha em como contar a história não poderia ser pior. O policial, aquele incompetente, conta para a filha e narra pra nós a história. Ao final descobrimos que a filha vai se casar logo após a história e o pai quis contar para a filha pra ela não acreditar no amor. Isso mesmo, antes dela entrar na igreja. Mais tóxico impossível.

Beijos,
Pedrita

domingo, 2 de março de 2025

Triângulo da Tristeza

Assisti Triângulo da Tristeza (2022) de Ruben Östlund no Max. Achei que esse filme era sobre cruzeiros, tem uma viagem em um grande iate, mas é sobre luta social. Ácido, com um humor desconcertante, o filme causa muito desconforto. O incômodo e as reflexões beiram a genialidade. O filme ganhou Palma de Ouro e é o mesmo diretor de outro filme desconcertante, The Square.

Começa com um casal muito, mas muito chato. Eles são modelos e ela ainda é influencer. Ela leva ele em um restaurante caríssimo e se faz de distraída quando a conta chega. São 20 minutos chatos dos dois discutindo sobre pagar a conta, quem ganha mais. Infantis para todo o sempre. Os dois são lindos Charlbi Dean e Harris Dickinson. Foi o último filme dessa atriz que morreu logo depois aos 32 anos. Ela não chegou a ver o lançamento do filme.

O filme segue para o cruzeiro. É um iate, grande, pra milionários. O casal conta que foi convidado, que é permuta porque ela é influencer. Em geral, lugares convidam gente jovem e bonita para colorir. Boa parte dos milionários são mais velhos, então é bom ter jovens no local. Os ricos são insuportáveis, os textos são desconfortáveis. O comandante (Woody Harrelson) não sai do quarto. Uma hóspede quer que todos os trabalhadores usem a piscina e caiam no tobogã. É uma fila de funcionários caindo no tobogã. É tudo muito irônico. Alguns outros do elenco são Vicki Berlin, Zlatko Burik, Jean-Christophe Folly, Sunnyi Mellis, Carolina Gynning e Iris Berben.
O iate é atacado e eles vão parar em uma ilha. É quando as relações se invertem. A funcionária invisível (Dolly de Leon) é a única que sabe pescar, fazer fogueira, então ela se determina comandante. O filme é muito inteligente. Mas não é um filme fácil de assistir. O final fica em aberto. Muito inteligente o final!

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Você vê a lua, Daniel

Assisti Você vê a lua, Daniel (2019) de Niels Arden Oplev e Anders W. Berthelsen no TelecinePlay. O filme conta a história do jornalista e fotógrafo Daniel Rye, sequestrado na Síria. O filme é baseado no livro de outra jornalista Puk Damsgaard. No Brasil resolveram tirar toda a poesia do nome e colocar o título O Sequestro de Daniel Rye.

Daniel Rye era um atleta. Por um acidente, ele resolve ser assistente de um fotógrafo. Ele se muda da cidade de interior que vivia para a capital da Dinamarca, Copenhag com a namorada. Viaja como assistente de fotografia para a Somália e descobre sua vocação. Ele passa a fotografar a vida das pessoas, o cotidiano, em meio a conflitos e guerras. Organiza uma viagem para a Síria. Lá terá uma síria que vai mediar as conversas, um motorista e um segurança. Em uma cidade é sequestrado. Vários jornalistas também são sequestrados nesse período. E passam a ser negociados por muito dinheiro. A Dinamarca não negocia com terroristas, então a família passa a tentar legalmente levantar os milhões que eles pedem. Os jornalistas são torturados o tempo todo. Demorei pra ver o filme porque é sofrimento demais. Esben Smed está impressionante, esse ator é incrível, já vi filmes excelentes com ele.
As famílias de poucos sequestrados conseguem o dinheiro. A maioria dos sequestrados é assassinada.

Vocês devem lembrar das cenas horrendas das decapitações filmadas com jornalistas vestidos de laranja. Há mapas de países mais violentos para jornalistas. Atualmente o de maior número de presos e assassinados é a China. Quando há guerras como agora, os países em guerra são os mais violentos com jornalistas. A Rússia é a segunda com maior número de jornalistas presos e assassinados atualmente. O México foi um dos que mais matou nos últimos anos. E apesar do Brasil não ter guerra, está entre os países mais violentos com jornalistas e que mais matam esses profissionais. Há vários mapas, gráficos, matérias, com nomes de jornalistas mortos.
Hoje Daniel Rye tem 35 anos e é jornalista e fotógrafo.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O Retorno de Mary Poppins

Assisti O Retorno de Mary Poppins (2018) de Rob Marshal na Disney. Eu amo a versão anterior, tinha vontade de ver essa. Gostei muito! Tem vários momentos mágicos exatamente como a anterior que quero rever porque faz muito tempo. Li que quiseram homenagear o filme anterior. Mas eu achei longo demais e bem chato em vários momentos. É lindo! Encantador! Mas tem um problema sério em não ter sido cortado em edição.

Dessa vez Mary Poppins vai ser babá dos filhos da antiga criança. Os irmãos adultos foram no passado cuidados pela Mary Poppins. E agora ela vai cuidar dos filhos de um deles. O pai ficou viúvo, está completamente perdido na casa, e ela reaparece voando do céu. Ele é o ótimo Ben Wishaw que está um pouco caricato demais. A irmã é Emily Mortimer. O garoto menor é a cara do Ben, Joel Dawson, fui até olhar se era filho mesmo. As duas outras crianças são Nathanael Saleh e Pixie Davies. A empregada é Julie Walters, achei meio etarista a atrapalhação dela e todos rindo. Ela devia estar aposentada e sendo cuidada, jamais ridicularizada.
Mary Poppins é a maravilhosa Emily Blunt. Ela está incrível. Li que no primeiro filme a Disney não queria que misturassem animação e atores, e que aceitaram pela insistência. O filme ganhou inúmeros prêmios e foi muito elogiado exatamente por essa união que deve ter sido bem difícil na época. São lindas as cenas mágicas com desenhos, efeitos, um verdadeiro sonho. Coloridas, felizes, são os melhores momentos do filme. Dessa vez é um acendedor de lampiões, da outra era um limpador de chaminés. Quem interpreta é o Lin-Manuel Miranda, que falam ser um grande ator de musicais. Não me identifiquei em nada, principalmente com a foz anasalada. Pior ainda insinuarem um romance dele com a personagem da Emily. Ideia pavorosa.
Depois do colorido maravilhoso, o filme fica profundamente escuro e chato. As cenas deles tentando parar o Big Ben pelo lado de fora, cenas que se arrastavam insuportavelmente. Chatas e desnecessárias porque na hora que eles não conseguem Mary Poppins voa e atrasa em um segundo. Por que não fez isso antes? São muito chatos também os personagens do Colin Firth e Meryl Streep. Não gostei nada do navegador no telhado e seu parceiro, totalmente sem função. Nem o dono do banco, Dick Van Dick, que aparece do nada também. Tudo muito chato. Acho que quiseram homenagear grandes atores, ou aumentarem o interesse colocando grandes atores no modo forçado. O filme tem mais de duas horas desnecessárias. 

Podiam ter investido em mais cenas coloridas.

Beijos,
Pedrita

sábado, 6 de abril de 2024

Limite

Assisti Limite (2018) de Ali Abbasi no Darkflix. A Claro TV incorporou nos seus streamings esse canal que tem algumas degustações. O filme é baseado no ensaio do sueco John Ajvide Lindqvist. Não sei nem o que dizer sobre esse filme. É estranho! Desconfortável! O diretor é iraniano-dinamarquês.

Eva Melander está completamente transformada para viver Tina, uma policial com habilidades especiais. Ela acaba conhecendo um homem semelhante a ela. Tina se orgulha de suas habilidades e trabalho, ela consegue pelo cheiro sentir sentimentos como medo, vergonha, desejo, sexo, com isso ela consegue descobrir criminosos. Vore (Eero Milonoff), o semelhante a ela, a confunde. É um filme muito diferente. O lugar onde ela tem uma casa é lindíssimo, no meio de uma mata, com um lago, belíssimo!
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres

Assisti Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2009) de Niels Arden Oplev no Film&Arts. Eu tinha visto o americano desse filme que comentei aqui. O 007 comentou que tinha o sueco e que eram três episódios. O primeiro tem 2h45 e é baseado no livro série Millennium de Sieg Larsson, jornalista e escritor sueco.

Nesse os protagonistas são Noomi Rapace e Michael Nyqvist. Eles são excelentes! A base é um filme clássico de serial killer, mas Millennium fala muito de supremacia da raça, nazistas, violência contra a mulher, poder. Os dois filmes são violentos, mas essa versão é bem mais explícita. 
O jornalista é procurado pra investigar a morte de uma jovem. E a outra jovem acaba ajudando e ela passa a trabalhar pra ele. Incrível o preconceito da família com a jovem por ser diferente. É uma família cheia de segredos, silêncios, são bem hostis.


Beijos,
Pedrita

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Culpa

Assisti Culpa (2018) de Gustav Möller no TelecinePlay. Logo que começou achei que já tinha visto. No blog não tinha, fui pesquisar e tem um americano baseado nesse com Jake Gyllenhaal. Eu acho que não terminei de ver porque não lembro os desfechos.

Esse é dinamarquês, com o maravilhoso Jakob Cedergren. É um filme muito, mas muito profundo sobre saúde mental. Ele está na função de atender as solicitações policiais. De repente uma mulher avisa que foi sequestrada, mas ela finge que está falando com a filha dela. Ele vai tentando ajudar. Interessante a tecnologia, a pessoa liga e ele já sabe quem é, descobre onde está, tem os dados, nome, endereço, telefone. A gente liga, passa tudo sei lá quantas vezes os dados, não fazem a mínima ideia onde estamos. Perdem tempo enorme fazendo perguntas que já podiam aparecer na tela.

A estrutura do filme é incrível. É toda ele ao telefone. No começo ainda mostra um pouco os colegas, alguns interagem com ele, mas no geral é ele ao telefone falando com as centrais para solicitar o socorro, ao celular com o antigo parceiro e amigo, com a sequestrada e com a família dela. É incrível porque só ouvimos as vozes, é só ele em cena. E não queremos largar. Fiquei em choque com os desdobramentos, por isso acho que não terminei o outro. Não lembrava de nada. Aos poucos ficamos sabendo a história dele. Ele responde um processo por ter matado uma pessoa enquanto trabalhava, ele alega legítima defesa. Interessante que claramente ele está com dificuldade de lidar com o chamado, mas não há psicólogos na polícia, pessoas especializadas em sequestro. Esse abandono deixa as pessoas muito vulneráveis em situações limite. Quando falamos que cuidadores precisam de apoio, policiais também, porque é difícil manter o raciocínio frente a tanta violência.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Ehrengard: A Arte da Sedução

Assisti Ehrengard: A Arte da Sedução (2023) de Billie August na Netflix. Descobri esse filme por um acaso, gosto muito desse diretor dinamarquês. É baseado no livro de Karen Blixen.

O protagonista é um pintor sedutor. Uma Grã-Duquesa se vê em apuros com o filho e pede a ajuda do artista. A direção de arte é belíssima, os lugares uma verdadeira inspiração. Lindo o elenco. Ele é Mikkel Folsgaard. A Grão-Duquesa, Sidse Babett  Krundsen.
Como moeda de troca pelos serviços, ele pede a contratação de sua musa, com a intenção de seduzi-la. A bela musa é Alice Bier Zanden. A Duquesa aceita, faz uma aposta pela conquista e ainda pede que seja informada de todos os detalhes picantes.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 26 de maio de 2023

O Sabor da Fome

Assisti O Sabor da Fome (2021) de Christoffer Boe no TelecinePlay. É um filme gastronômico de amor. 

Um casal tem um restaurante de alta gastronomia. Ele é um fera na cozinha, vemos ele preparando os pratos, tudo é milimétrico. Aos poucos o filme passa a ir e vir e contar a história dos dois interpretados pelos belos e talentosos Katrine Greis-Rosenthal e Nikolaj Coster-Wadal.
Eles tem dois filhos. Aos poucos descobrimos que o casamento está em crise. Ele sempre muito estressado com o restaurante, críticos, perfeição. Ela entra então em uma relação tóxica paralela com o personagem de Charlie Gustafsson. É um bonito filme.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Stille Hjerte

Assisti Stille Hjerte (2014) de Bille August no TelecinePlay. Eu estava vasculhando os inúmeros filmes em drama, gosto desse diretor, resolvi ver. O lindo roteiro é de Christian Thorpe. Que filme delicado e bonito! A tradução do título é Coração Tranquilo, no Brasil deliraram com o Coração Mudo.

É um filme que fala de muitos tabus. Incrível a condução dos temas, dos diálogos, da profundidade. Um casal comenta que os filhos estão chegando. Pelas conversas vamos entendendo o que acontece. A mãe decidiu antecipar a sua ida e reúne a família para o último jantar de Natal, fora do Natal. A mãe tem uma doença degenerativa, ela já perdeu o movimento de um braço e com o tempo terá que ser alimentada por sonda, terá problemas pra respirar espontaneamente. Ela decide com o marido médico como será feito para parecer suicídio e nenhum parente ser condenado.
Todos tem dúvida da decisão, até mesmo a mãe. São duas filhas. Uma casada vai com o marido e o neto. A outra vai com o namorado. As duas são muito diferentes. Inicialmente há muitas animosidades como acontece com as famílias. Até porque as filhas em momentos diferentes querem fazer a mãe mudar de ideia. Só o neto parece entender com uma clareza estarrecedora.
É muito bonito que aos poucos a família vai entendendo a decisão dos pais. As animosidades vão passando e surge uma fraternidade e um afeto emocionante. Com as desavenças, vão aparecendo as limitações que a mãe queria esconder, e as filhas vão entendendo de fato os motivos. Mas outros tabus são falados. A intolerância ao namoro da irmã. Como a outra é casada, há uma aceitação maior da presença do marido. Fala muito das convenções, é muito profundo. Fica claro como cada uma daquelas pessoas são fundamentais para o acolhimento e entendimento desse momento dificil. O namorado, que a maioria não gostava, ajuda muito a dar alguma leveza e conforto a todos e as irmãs, é tudo muito bonito. O ótimo elenco é interpretado por Ghita NØRBY, Morten GRUNWALD, Paprika STEEN, Danica CURCIC, Pilou ASBÆK e Jens ALBINUS.


Beijos,
Pedrita