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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A Porta ao Lado

Assisti A Porta ao Lado (2022) de Júlia Rezende no TelecinePlay. Vi esse filme no Now em drama. É um delicado filme sobre relacionamentos!

E com excelente elenco, Letícia Colin, Dan Ferreira, Bárbara Paz e Túlio Starling. Um casal se muda para um charmoso apartamento em um prédio antigo. Os apartamentos são lindos! A fotografia é belíssima!
O que já mora ao lado no prédio é mais convencional. Ele trabalha em um banco e tem uma vida financeira confortável. Ela é chef de cozinha, ele montou o restaurante pra ela.


O outro tem uma relação aberta. Financeiramente são ao contrário do casal vizinho. Ela herdou uma fazenda e produz orgânicos, o marido ajuda e está em um período sabático, pensando no que vai fazer. Os diálogos são muito bons. Dani Ornellas e Louise Cardoso fazem participações.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Regra 34

Assisti Regra 34 (2022) de Júlia Murat no Canal Brasil. Que filme incrível, mas profundamente desconfortável!

Gostei muito que o filme aborda temas tabus, que ficam muitas vezes só no nicho de quem gosta do tema, e sem aprofundamento filosófico. A protagonista gosta de práticas sexuais arriscadas, se colocando em risco. Também é com lives de sexo que ela consegue pagar a faculdade e entrar para a defensoria pública. Isso, ela é advogada. Sol Miranda está inacreditável! Que atriz! Porque as cenas são muito, mas muito difíceis. O grupo de amigos e parceiros que ela convive também são ótimos: Lucas Andrade, Lorena Comparato e Isabella Mariotto.
Ela vai trabalhar com mulheres vítimas de violência. Nas reuniões preparatórias pra função, há debates sobre a violência estrutural, patriarcado, prostituição. Esse tema inclusive dá um acalorado debate já que a personagem da Dani Ornellas acredita que as mulheres só vão para esse trabalho por falta de opção. E a protagonista questiona essa visão. E nós sabemos que ela tem prazer na sua outra profissão, a que realmente lhe dá situação financeira confortável. As abordagens são sutis, entrecortadas com a vida pessoal da protagonista. Só fazendo paralelos com o mundo real e o intelectual. Muito interessante! No núcleo da defensoria estão Marcos Damigo, Simone Mazzer e Babu Santana.
O filme aborda temas desconfortáveis. Seria possível controlar as perversões, sem conseguir colocar sua vida em risco? No momento da excitação seria possível perceber que passou-se do ponto e parar a tempo? A protagonista tem uma relação pervertida mas controlada com quem ama, uma se recusa e não participa. Esse casal se preocupa um com o outro, acolhe, conversa. Por que a protagonista teve desejo com alguém que seria muito perigoso? O que faz uma pessoa ter um prazer incontrolável pelo perigo?
Gostei muito também dos diálogos sobre violência. A protagonista na defensoria fala muito sobre a violência estrutural, pessoas que viveram sempre em meio a violência. Na área privada ela lê texto sobre violência consentida. Ela também questiona o fracasso em uma tentativa de ajuda a uma mulher vítima de agressão verbal. É um filme complexo, profundo, sem moralismos, só com os pensamentos dos personagens, fiquei muito reflexiva.


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Simonal

Assisti Simonal (2019) de Leonardo Domingues no TelecinePlay. Queria muito ver esse filme, conhecia muito pouco a vida do Simonal. O Brasil se especializou em filmes sobre os nossos músicos e acho que temos muitas histórias ainda pra contar.

Simonal surgiu na década de 60, tinha um grupo e teve a proposta do Carlos Imperial (Leandro Hassum) pra trabalhar com ele e cantar de vez em quando. Simonal vai fazendo a sua própria carreira, é convidado por Miele (João Velho) pra cantar em um bar badalado, depois para ter um programa de televisão. Eu fiquei muito emocionada com as músicas, porque várias não sabia que era ele que cantava. Minha mãe cantava várias e fiquei muito emocionada com a lembrança. São muitos números musicais. Fabrício Boliveira é dublado com a voz de Simonal. Gostei também que em alguns momentos colocavam trechos de vídeo com o próprio Simonal, fotos.

Era o início da televisão. Alegre, comunicativo, com músicas divertidas e com muito swing, caiu no gosto popular. Fabricio Boliveira está maravilhoso! Como amo esse ator. Simonal tinha personalidade forte, intempestivo, acabava se atrapalhando em administrar a sua carreira. Tinha uma equipe, mas era muito independente. Vendo o dinheiro entrar de modo abundante, gastava sem cerimônias. Uma sucessão de atos impensados o coloca em uma situação insustentável e a classe artística é impiedosa com os desatinos graves que o músico provoca.
Entendo a dificuldade de perdoar o músico na época depois de tantos desatinos. Um tempo depois talvez ele conseguisse retomar, mas como acontece na música popular, os ídolos e estilos são outros. Muitos músicos dessa época de Simonal tiveram dificuldade de continuar suas carreiras quando outros ritmos ganharam o público. Muitos continuaram cantando os hits que fizeram sucesso, outros tentaram se adaptar ao gênero novo, mas mesmo assim, passaram a ter muita dificuldade pra conseguir shows, ganhar um pouco e estar em evidência. Acho que na hora que Simonal poderia ter retomado a carreira de modo mais tímido, o público já estava em outras paradas. Tanto que o filme cita Sergio Mendes e mostrou Jorge Benjor, os dois vivem fora do Brasil
O elenco todo é muito bom. Isis Valverde interpreta a esposa Tereza Pugliesi. Alguns outros do elenco são Fabricio Santiago, Caco Ciocler, Mariana Lima, Silvio Guindane, Dani Ornellas, Bruce Gomlesvky e Letícia Isnard



Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de novembro de 2016

Dia da Consciência Negra

Resolvi fazer um post com negros da cultura que admiro neste Dia da Consciência Negra inspirada no blog Café com Leitura na Rede da Luli Ap.. Começo com as incríveis cantoras irmãs Edna D´Oliveira e Edinéia de Oliveira. Creio que o vídeo fale melhor que minhas palavras.
Amo o filme As Filhas do Vento que comentei aqui com atrizes que amo: Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Milton Gonçalves, Maria Ceiça, Dani Ornellas, Thalma de Freitas e Rocco Pitanga.


A maravilhosa escritora americana Toni Morrison que li A Canção de Solomon e comentei aqui.


Sancho com o maravilhoso Jorge Maria no musical O Homem de La Mancha que comentei aqui.

Na literatura o incrível poeta Cruz e Souza que vi o filme e comentei aqui. Cruz e Souza no filme foi interpretado por Kadu Karneiro.

O baixo Luiz-Ottavio Faria.




Sem falar nos documentários e entrevistas sobre o tema. Vou destacar A Negação do Brasil que comentei aqui.

Lima Barreto, onde destaco O Triste Fim de Policarpo Quaresma

O dançarino e coreógrafo Maurício de Oliveira da Cia. Maurício de Oliveira e Siameses. As postagens estão aqui.



Bertolezza na novela Liberdade Liberdade interpretada brilhantemente por Sheron Menezes. Sem falar no Barão e na Baronesa interpretados por Bukassa Kabengele e Dani Ornellas.

A história de Solomon Northurp no livro 12 Anos de Escravidão que originou o filme e foi magnificamente interpretado por Chiwetel Ejiofor. E foi quando descobri a incrivel Lupita Nyong em um personagem dilacerante.

O compositor erudito brasileiro Padre José Maurício Nunes Garcia.

O incrível Faroste Caboclo protagonizado pelo Fabricio Boliveira.



A quase insuportável autobiografia Infiel de Ayaan Hirsi Ali.


A ópera Colombo de Carlos Gomes protagonizada por Sebastião Teixeira.

A série Tenda dos Milagres com um elenco primoroso: Nelson Xavier, Milton Gonçalves, Chica Xavier, Solange Couto, Dhu Moraes, Antonio Pompeo, Toni Tornado, Joel Silva.

A incrível novela Lado a Lado protagonizada por Camila Pitanga e Lázaro Ramos. Tendo ainda no elenco: Milton GonçalvesZezeh Barbosa, Tião D´Ávila, César Mello, Ana Carbatti, Rui Ricardo Diaz, Laís Vieira e Cauê Campos

Já vi uns 10 posts que queria colocar aqui e se for procurar vou achar muitos outros. Vou parar por aqui.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Liberdade Liberdade

Assisti a novela Liberdade Liberdade (2016) de Mário Teixeira na TV Globo. A direção foi de Vinícius Coimbra. Impressionante! Maravilhosa!

Inicialmente conta um pouco a história de Tiradentes interpretada pelo Thiago Lacerda. Sabe-se que na época do seu enforcamento ele tinha uma filha, mas nada mais se sabe. Liberdade Liberdade foi inspirada no livro Joaquina, Filha de Tiradentes de Maria José de Queiroz. A Joaquina criança foi interpretada brilhantemente por Mel Maia. Na trama, a menina vê o enforcamento do pai, o personagem do Dalton Vigh tapa os seus olhos e a leva para a proteção, já que filhos de degradados também tinham que ser enforcados.

Logo a trama salta no tempo. Joaquina é uma mulher, interpretada maravilhosamente por Andréa Horta e tem dois irmãos. Só um é filho de sangue do protetor de Joaquina, André, interpretado magistralmente por Caio Blat. E uma irmã negra e forra Bertolezza, interpretada por Sheron Menezes.

Eu sempre presto a atenção em negros em novelas, vi documentários: A Negação do Brasil e Em Quadro. Leio matérias, mas achei que Liberdade Liberdade não ia poder mudar muito já que era a época da escravidão. E não é que Liberdade Liberdade me surpreendeu? Foram muitos negros livres, com papéis importantes. Parabéns ao autor. Ando cansada de autores que o negro só entra na trama para interpretar o negro e não para ser um ator do elenco. Logo no início um oficial português vem como espião da corte para tentar descobrir os inconfidentes, foi interpretado pelo belga lindíssimo Bukassa Kabengele. É uma época de barbáries, quase todos são mortos em combate, o oficial ia matar um inconfidente, mas esse o salvou e salva de novo. Ele deserda, volta marquês depois e querendo casar com uma negra fugida que encontrou. Ela, interpretada por uma  atriz que adoro, a linda Dani Ornellas, também tinha um papel importante, era a melhor garimpeira dos Raposo, embora ainda escrava. 

Ela compra uma escrava na cidade, a alforria para que trabalhasse para ela. A veste decentemente. A atriz é ótima e interpretada por Olívia Araújo que estava no núcleo cômico da novela. Logo ela é vendida para a taberna, mas nenhum dos seus patrões gostavam dela porque ela comia demais. É divertido ela roubando as comidas e comendo com gosto.

Logo  no início desconfiei que seria uma novela pesada, com desfechos trágicos e foi pior do que eu imaginei. Impecável como mostraram a crueldade daquele tempo e dos homens. Logo que Joaquina chega em Vila Rica ela se apaixona por Xavier, um inconfidente prometido em casamento por Branca. Xavier é interpretado pelo ótimo Bruno Ferrari. Ele fazia um personagem muito dúbio. Bom, queria a liberdade, mas faz muito mal aos seus pais. Primeiro mente que estuda medicina na Europa e usa o parco dinheiro do pai na revolução. Se o dinheiro não fizesse falta ao pai, mas fazia e muito. Em dívidas, principalmente dos altos impostos na época, vive com a esposa praticamente a míngua. Xavier volta e descobre a miséria dos pais, mas em momento algum tenta minimizá-la. Não pede aos revolucionários um pouco do que roubavam para ao menos os pais terem mais alimento a mesa. Os pais foram interpretados por Rita Clemente e Mário Borges.

E que personagem do Ricardo Pereira. Bravo ao ator. Um das melhores interpretações de sua carreira. Tolentino era um oficial muito, mas muito mal. Puxador de saco do intendente, fazia qualquer, mas qualquer coisa mesmo para agradar. Caio Blat desde o começo interpretava André, um homossexual e vamos vendo ele ter interesse em Tolentino, mas duvidávamos se o oficial entendia ou se interessava. Mas eles se apaixonam.

Tolentino continua mal e bruto, ao menor sinal de ciúmes entrega o companheiro e melhor amigo, que é levado a forca. Uma das cenas mais fortes da trama. Foi muito bem conduzido esse casal que protagonizaram a primeira cena de sexo entre dois homens na TV aberta. E o texto foi muito inteligente em mostrar a perseguição ao André, só ao André. Caio Blat é um ator adorado pelo seu público. Era um personagem que o público se apaixonou, dedicado as irmãs, a família. O enforcamento mostrou a maldade humana que ainda continua pelos inúmeros assassinatos a homossexuais. Só que André tinha rosto, afeto de muitos. A forma também foi muito bem realizada. O Tolentino carregando André e pedindo perdão. Xavier levando André até a irmã. Não foi mais só um homossexual assassinado, foi um homem que todos amavam. Liberdade Liberdade foi revolucionária e transgressora o tempo todo.
Os casamentos foram maravilhosos! Que vestidos! A Branca da Natália Dill estava maravilhosa, que atriz. Ela infernizava a vida do Xavier. Ela por capricho quis casar de branco, que não se usava na época. Má e impiedosa, seus textos politicamente incorretos eram verdadeiras bombas de arrogância, inveja e ciúmes. Sua mãe não tinha controle sobre seus mandos e desmandos e era interpretada por Chris Couto. Seu pai era um frouxo, interpretado por Genézio de Barros.

Joaquina já se casou como era na época, de bege. Belíssimo vestido também. Os figurinos foram assinados por Paula Carneiro. Gostei muito que banho era difícil na época. Na caracterização sujavam os atores, os dentes. como tomavam pouco banho, repetiam por dias o mesmo figurino. Incrível a direção de arte de Mario Monteiro. Cenários maravilhosos! Fotografia de Ricardo Gaglionne belíssima. Mateus Solano estava em um personagem incrível. Cruel e sádico, ele sofria porque se sentia inferior. Filho de uma prostituta teve a sorte de ser adotado pela família do pai e ter um melhor destino. Mas o sentimento de inferioridade o acompanhava. Assim que Rosa chega na cidade ele a quer. É a única mulher com educação europeia da cidade. Culta, linda, filha de um par do reino, seria uma excelente esposa para um intendente ambicioso, mas acho que amou verdadeiramente Rosa. Mateus Solano estava incrível em seu personagem complexo.

As personagens femininas também impressionavam. Mulheres fortes, a frente do seu tempo. Até mesmo as más como Dionísia, interpretada brilhantemente por Maitê Proença. Ela tinha sofrido muitas agressões e torturas de seu ex-marido que nós não sabemos quem é. Raposo o havia enviado para outro país. E ela era violentamente cruel com os seus escravos e se deitava com o personagem do David Junior que tinha um romance com a escrava interpretada por Heloísa Jorge. O marido aparece depois e é interpretado por Jackson Antunes. A bruxa era interpretada brilhantemente por Zezé Polessa. Uma mulher das ciências, estava sempre estudando os avanços da medicina. Ela sabia que uma pessoa que estava morrendo poderia receber transfusão de sangue, mas que podia morrer imediatamente se os sangues não se aceitassem. 

Lília Cabral era outra que tinha uma grande personagem. Dona de um bordel, ela era revolucionária e mãe do intendente. A prostituição foi tratada com muito respeito em Liberdade Liberdade. As meninas tinham personalidades diversas. Tinha a falsa e má interpretada por Hanna Romanazzi, a que era boa de administração e contas, interpretada por Yasmin Gomlevsky. Yanna Lavigne teve uma grande personagem. Apesar de prostituta, ela era ingênua e doce. Ela engravida, vai tirar, mas desiste. O personagem do André promete assumir a paternidade, mas nós achamos que eles nunca se deitaram, mas sempre ficavam horas no quarto para enganar o pai dele. Mimi, como chama seu personagem, passa maus bocados na trama.


Mão de Luva é outro incrível personagem na trama, tanto que vai ter alguns episódios na internet do começo de seu bando. Marco Ricca estava incrível. Outro personagem que chamou a atenção foi Simão interpretado por Nikolas Antunes. Eles eram os bandoleiros. Mão de Luva era um bandoleiro, temente a Deus e a serviço de vossa majestade.

Rômulo Estrela estava irreconhecível como um mercador e sequestrador de escravos. 

Fiquei triste que Caju ficou pra traz. Ele foi adotado pelo Raposo, vivia com os bandoleiros. Os irmãos o acolheram, mas no final ninguém levou-a a Europa. Deve ter ficado com o Mão de Luva e a Dionísia. Ele merecia um destino melhor, ir estudar na Europa. Uma graça o ator Gabriel Palhares. A correria para finalizar a novela antes do início das Olimpíadas prejudicou os últimos capítulos que ficaram um pouco atropelados e com erros de continuidade. Uma pena! Podiam ter colocado um capítulo maior na segunda no lugar do filme.

O elenco todo é incrível, estou tentando falar de todos. Adoro Juliana Carneiro da Cunha. Inicialmente ela parecia uma mulher boa. Depois parecia que estava com os inconfidentes, mas foi quando o personagem do Gabriel Braga Nunes apareceu é que entendemos os seus propósitos. Ela era uma infiltrada nos inconfidentes, para juntos com eles matar Dom Pedro e ajudar Carlota Joaquina a ser a rainha e o Brasil passar a ser governado pela Espanha. E também apesar da personagem ser culta, ela era preconceituosa, manipuladora e antiquada. Faz um inferno na vida da sua família impondo suas regras. Mais uma mulher forte. Lucy Ramos também fez uma participação como escrava dessa família, terrível o desfecho da atriz.


Todos nós ficamos tristes quando o Raposo morreu logo. Não tão logo, Liberdade Liberdade estava na reta final, mas realmente o desfecho mudou muito com essa morte. Esses três filhos foram sempre protegidos pelo pai. Com a morte eles passam a se atrapalhar e a sofrer muitas provações, a começar pela falta de dinheiro, já que foi roubado pela contador e depois pelo intendente. E Joaquina resolve alforriar todos os escravos, sem se programar. Só na casa ficam dois empregados, mas nas minas de extração, de onde vinha o dinheiro que os mantinham, ninguém ficou.

Bertolezza teve coragem de fugir com o seu amor, o irmão do intendente que era cego. O intendente não autorizava o romance com uma negra. Eles seguem para Lisboa onde ela conhecia muita gente e muito provavelmente viveram felizes. Ele queria viajar o mundo e foi muito bem interpretado por Vitor Thiré. O intendente tinha vergonha de ter um irmão cego. O rapaz fica culto como Bertolezza porque o irmão o esconde em um internato. 


Impressionante também a personagem da atriz portuguesa Joana Solnado, Má, traidora, ela sonhava em ser esposa do intendente, mas trabalhava para ele como serviçal. Ele a menosprezava, mas a usava para seu prazer sexual. Ela alimentava a esperança que em algum momento ele visse que ela era a mulher talhada para ele. E ela estava mais certa que ele. Ele precisava de alguém igualmente sádico e perverso. Os personagens eram muito ricos. Gostei muito dos taberneiros interpretador por Jairo Mattos e Letícia Isnard. Letícia Sabatella fez uma pequena participação como a mãe de Joaquina. O padre que não era padre por Marcos Oliveira. O capataz dos raposos, que homem ruim e traiçoeiro, por Bruce Gomlevsky. Mesmo sobrenome de umas atrizes que fez uma prostituta. Mariana Nunes como a escrava e ex-escrava fiel a família que trabalhava.
Liberdade Liberdade falava o tempo todo de liberdade. Cada personagem queria a liberdade para as suas questões. O cego de seu cativeiro. A bruxa para pesquisar a sua ciência. Os negros. Para que a homossexualidade não fosse crime.  Liberdade de escolha para o casamento. A Dionísia para se libertar do marido. E claro, os inconfidentes Xavier, Joaquina, Virgínia.  Enfim, todos de algum modo desejavam alguma a liberdade e o texto final sobre liberdade é lindo! Bravo a todos!

Beijos,
Pedrita