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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Encontrando Vivian Maier

Assisti ao documentário Encontrando Vivian Maier (2013) de John Maloof na HBO Signature. Eu soube desse filme pela Liliane do Paulamar, inclusive ela tem um post ótimo sobre o filme aqui. Começa com um jovem, John Maloof contando como encontrou o material de Vivian Maier (1926-2009). O documentário fala muito de objetos, de guardar objetos e de como os Estados Unidos trabalham com esses objetos. Há leilões onde caixas de pessoas são oferecidas, você só vai descobrir o conteúdo depois de adquirir.

O rapaz adquire uma caixa de Vivian Maier que nunca ouviu falar e descobre uma caixa repleta de negativos. Na contraluz ele acha que as fotografias são interessantes e vai pesquisar a pessoa. Logo descobre que Vivian Maier foi babá. Ele passa a querer entender porque uma babá fotografava tanto. Acha umas pessoas que pagam um depósito com outros objetos de Vivian Maier, essas pessoas queriam parar de pagar o lugar e o rapaz pega os materiais. Vivian Maier era uma mulher metódica, roupas, tíquetes, recibos. Nos recibos estão telefones, ele passa a ligar e descobre pessoas que tiveram Vivian Maier como sua babá.

Ele descobre que Vivian Maier foi operária, só depois que resolveu ser babá e estava sempre com sua máquina fotográfica registrando tudo. As pessoas acham que o trabalho de babá dava mais liberdade a Maier, ela estaria bastante ao ar livre com as crianças, assim podia fotografar. E podia passear com as crianças, levando-as onde queria.


Vivian Maier gostava de tirar fotos de pessoas e bairros pobres. Levava as crianças lá. Chegou inclusive a ser proibida de levar as crianças em bairros pobres por um dos pais que trabalhou. Vivian Maier tinha um olhar cínico e crítico sobre a vida, muitas vezes sádico quando ela ficou fotografando uma criança que cuidava que se machucou. Também fotografava muito mortos, pessoas machucadas. Amava aquelas notícias sensacionalistas trágicas, algo que é bastante comum em pessoas pobres. Sim, pode ser que ela tenha sofrido violência ou abuso em algum momento, mas pode ser somente esse interesse mórbido por sensacionalismo muito comum, infelizmente.

A quantidade de fotos que ela tirava eram impressionantes. Um especialista falou da câmera e acho que era o que fazia toda a diferença. Maier não precisava olhar com a câmera na frente do rosto. A câmera ficava pendurada ao pescoço, Maier olhava pra baixo para ver o foco, imagino que esse recurso intimidava bem menos o fotografado. John Maloof procura museus para que se interessem e ajudem no trabalho e na pesquisa, mas claro, ninguém se interessa. Se ela fosse filha de alguém famoso, mesmo com fotos ruins, iam se interessar. Como ela era uma mulher, pobre e desconhecida, mesmo com fotos incríveis, não se interessaram. Maloof faz sozinho uma exposição, o lado sensacionalista, babá que tira fotos ganha a mídia e finalmente o reconhecimento chegar por vias tortas. 

Esse material foi comprado no leilão praticamente na época que Vivian Maier morreu. Muitos acham que ela não teria gostado desse sucesso. Talvez da exposição excessiva de sua imagem, das entrevistas, mas acho difícil que não tivesse gostado que o seu trabalho fosse visto. Difícil adivinhar.

Só uma mulher relata maus tratos da babá. Quando criança Vivian Maier era cruel com a menina. Violenta mesmo. Os outros todos só falaram do lado reservado da fotógrafa. Esse lado me fascinou bastante, o quanto a fotógrafa não falava de sua vida. Ela inclusive inventava que tinha nascido na França, quando na verdade tinha nascido em Nova Iorque, pouco se sabe de sua história e de sua família. Gostei demais desse lado dela não gostar de falar dela, de permitir que pensassem o que quisessem sobre ela. Essa aura de mistério me fascinou muito. Tenho um apreço enorme por pessoas que gostam de ser reservadas, de pouco falar de si. As fotos falam por ela, talvez não o que de fato é, porque a arte permite muitas interpretações. E acho fascinante que ela parecia gostar que as pessoas imaginassem o que quisessem. Acho é mais precioso ainda quem não gosta de se expor demasiadamente.
Beijos,
Pedrita

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Mandela: O Caminho para a Liberdade

Assisti Mandela: O Caminho para a Liberdade (2013) de Justin Chadwick na HBO Signature. Eu coloquei para gravar. Há mais um filme sobre Mandela, ouvi críticas negativas sobre os dois, mas quero ver o outro também. E ler a biografia. Gostei bastante, vou depois pesquisar o que questionaram. Esse é baseado na autobiografia de Nelson Mandela, Idris Elba está muito bem como Mandela. O diretor é inglês.

Eu conhecia pouco da história de Mandela. Tinha admiração, tinha lido matérias, visto entrevistas, mas não sabia detalhes. Sabia que Mandela tinha ficado 27 anos na prisão, muito triste. Boa parte em uma cela solitária, tinha contato com outros presos, fazia serviços pesados, mas a maior parte do tempo sozinho e afastado da população, em um presídio na ilha. Mandela era advogado, defendia os negros nos tribunais e conseguia algumas vitórias. Como em As Sufragistas, Mandela luta pela melhoria de vida dos negros pacificamente. Até acontecer um massacre dos negros, principalmente mulheres e crianças que são assassinadas, a maioria pelas costas em uma manifestação pacífica. Mandela então resolve se unir a um grupo para fazer ataques e desestabilizar o governo vigente.

No filme vi que o primeiro casamento foi mais tumultuado. Sua mulher era religiosa e não gostava de confusões. É quando conhece sua esposa guerreira que tudo melhora. Ela não só o apoia como se torna militante. Infelizmente o sistema a destrói. Eles a torturam tanto, machucam tanto, que ela fica com um ódio sem precedentes. A distância também destrói o casamento. Ainda me assusto com o que os homens podem fazer uns com os outros e com o que podem fazer para destruir os outros. Winnie Mandela é interpretada brilhantemente por Naomi Harris.

Alguns outros do elenco são: Tony Kgoroge, Riad Moosa, Zolani Mikva, Simo Mogwaza, Fana Mokoena e Terry Pheto. A trilha sonora é muito impactante. Mandela: O Caminho para a Liberdade ganhou vários prêmios como de Melhor Filme no Festival de Munique

Beijos,
Pedrita

sábado, 4 de agosto de 2012

Longford

Assisti Longford (2006) de Tom Hooper no HBO Signature. Faz tempo que tento ver esse filme na tv a cabo. É um filme muito interessante, sobre um homem que acredita na fé, que o ser humano, qualquer um, mesmo um assassino, tem o direito de se redimir e de se arrepender. É um olhar que chega até a ser tolo, inocente demais, mas não há como não tentar pensar sobre esse olhar dele. Adoro a Samantha Morton, umas das atrizes atuais que mais gosto, a complexidade de suas interpretações são fascinantes. Ela interpreta uma jovem, que junto com o seu namorado, tortura, abusam sexualmente e matam crianças. No próprio julgamento o namorado assume que foi a obsessão de sua namorada que a fez aceitar tudo, por amor a ele. 

Acreditando nessa versão, esse homem de fé comete vários erros, não só de análise, mas de procedimento. A detenta pede livros e o primeiro que ele envia é sua autobiografia. Sabemos o quanto mentes perversas manipulam, e essa presidiária teve a mão tudo o que precisava para manipular esse homem para atender aos seus objetivos, conseguir liberdade condicional.  É interessante que o namorado chama esse homem. Esse assassino é mais agressivo, menos doce e sedutor, então o homem de fé logo se antipatiza com ele, em vez de analisar friamente que o outro não o seduziu e que o outro tinha a dizer. Muitas fichas de detentos que fizeram atos abomináveis, em geral, na prisão, são os mais simpáticos, solícitos, colaborativos, companheiros, muitas vezes levam o título de presos exemplares. Isso não significa arrependimento, bom comportamento quando estiver sem a vigilância do estado. Esse senhor de fé é interpretado por Jim Broadbent. A esposa por Lindsay Duncan. O namorado assassino por Andy Serkis. Longford ganhou Bafta de Melhor Ator, Melhor Edição e Melhor Roteiro.
Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 31 de maio de 2012

As Aventuras de James West

Assisti As Loucas Aventuras de James West (1999) de Barry Sonnenfeld no HBO Signature. Recentemente surgiu esse novo canal na HBO, ele passa quase só séries. Tinha uma certa curiosidade em ver esse filme, apesar das péssimas críticas que teve. Visualmente é muito bonito, muito bem realizado, belos cenários, figurinos, ótima fotografia, bom elenco, mas realmente não funciona. Era pra ser engraçado, mas eu não vi graça. Gostei das invenções mirabolantes, não todas, mas a maioria. É bem bolado.

Estão no elenco: Will Smith, Kevin Kline, Kenneth Branagh, Salma Hayek, Frederique Van Der Wal, Bai Ling, Musetta Vander, Sofia Eng e Garcelle Beauvais.



Beijos,
Pedrita