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sábado, 16 de janeiro de 2016

Além do Tempo - 2ª Fase

Assisti a segunda fase da novela Além do Tempo de Elizabeth Jhin na TV Globo. Direção geral de Pedro Vasconcelos. Essa novela foi tão marcante que a primeira fase eu comentei aqui. Na segunda fase os mesmos personagens apareciam nos dias de hoje, em outra funções com a vertente espiritualista de que alguns voltavam para resolver e evoluir. Não sou religiosa e nem sempre creio nessa visão espiritualista, mas a novela não carregou nessa filosofia. Aos poucos os discursos espiritualistas foram se diluindo, desaparecendo, e a novela abordou como foco a filosofia do amor, do perdão, de amar não só os que estão em sintonia conosco, mas de conseguirmos perdoar e nos perdoar, e amar e respeitar até aqueles que são diferentes de nós. Essa lição de tolerância e afeto foi muito emocionante, em um mundo tão cheio de ódios, desigualdades e intolerâncias. Esse diálogo da imagem foi no capítulo final.

E os personagens voltavam em novas funções e novos figurinos. E que figurinos. Amava todos, mas em especial os da Melissa com coletes de teares manuais, incrível utilizarem artesanato brasileiro para a confecção de roupas e objetos. Havia uma confecção na novela, da família da Zilda, interpretada pela Nívea Maria que nessa versão vinha repleta de filhos, com uma família feliz. Ela era mãe do Felipe, Afonso e Severa, que igualmente vem com uns figurinos lindos. Paola Oliveira arrasou de novo com a sua personagem. Júlia Lemmertz continua sua mãe, mais solar nessa versão. Ainda um pouco interesseira, mas é ela que ajuda e não abandona a filha em momento algum. Sempre orientando, mas amando. Linda demais a relação das duas.

Outro trunfo da segunda fase foi a novela ter ainda muitos segredos e dificílimo de serem descobertos. Nós nos surpreendíamos profundamente com os segredos. Logo descobríamos a raiva da filha pela mãe. Vitória e Emília vieram como mãe e filha. A mãe não reconhece a filha porque elas passaram décadas separadas, Nós achamos que a mãe abandonou a filha e por isso a filha a odeia tanto. Mas aí descobrimos as falcatruas do ex-marido da Vitória para se vingar do abandono da ex-mulher. Além do Tempo debateu muito rancor, vingança, posse, ciúmes. Sim, a mãe abandonou a filha pequena para ir viver com outro homem. É doloroso! Mas ela volta para ver a filha um pouco depois e o ex, em seu ódio, diz que a menina morreu de pneumonia porque não suportou o abandono da mãe. Que ele movido pelo ódio tenha feito essa barbaridade, é horrível, mas se ele tivesse um tempo pequeno depois, ou mesmo no dia seguinte pedido perdão e contado a verdade. Mas não, ele alimenta o seu ódio e ainda o transfere a sua filha por décadas, é cruel e monstruoso demais. Irene Ravache arrasa como Vitória, que interpretações. O Albieri é interpretado pelo Juca de Oliveira. A Emília por Ana Beatriz Nogueira e a Lívia, novamente neta de Vitória, por Alinne Moraes.

Como a maioria das novelas das seis, as mulheres são profissionais bem sucedidas. Em Além do Tempo várias são empresárias bem sucedidas, como Emília dona da Beraldine, uma empresa de vinhos filiada no Rio de Janeiro que compra uma vinícola em Bela Rosa para expandir os negócios, como Rosa dona da L´Osteria da Rosa o mais importante restaurante de Bela Rosa. Ela inclusive é uma chefe de cozinha invejada na cidade e é interpretada por uma atriz que adoro, Carolina Kasting, sua filha é interpretada pela linda Klara Castanho. Zilda dona de uma confecção de peças em teares, vendia roupas e peças para hotéis, uma grande confecção. 

E Gema, dona da agência de turismo de Bela Rosa, interpretada pela Louise Cardoso. Ela dividia sociedade com o marido que reencarnou do Faraó na vida passada, interpretado pelo ZéCarlos Machado. Ele era um faraó bom e volta muito mal nessa vida. É a Gema que é excelente profissional, ela promove passeios turísticos em Bela Rosa, sabe liderar bem em equipe. Ele é um encostão, preconceituoso e péssimo pai. O filho é interpretado pelo neto da Irene Ravache, Cadu Libonati que só aparece nessa fase. Ele é sensitivo, gostei que esse aspecto se diluiu na novela e ele vê que foi o fofo filho da Rosa na fase anterior. Raul é um internacional fotógrafo, muito premiado. Ele vai a Bela Rosa com um escritor famoso, de livros sobre vinhos. Raul é interpretado pelo Val Perré e o escritor por Felipe Cardoso, atores que adoro. Chico é o filho da empregada, a mãe morreu e a Gema promete a mãe que vai cuidar dele, e cuida dele como filho. Chico é interpretado por João Gabriel D´Aleluia.


Adorava as crianças, já não tão crianças assim. Essa foto é da confraternização final. Kadu Schons arrasou em cenas fortes e dramáticas. Felipe vem casado com a Melissa e os dois são pais do Alex. Nesse casal há um segredo também, Melissa não sabe de quem é seu filho. Alex sofre na separação com alienação parental que foi muito bem retratada na trama. Adorei que Felícia e a irmã só aparecem depois. Massimo, interpretado por Luís Melo, é um solteirão, teve um romance com Rosa mas não queria compromisso. A irmã de Massimo vai para Bali e envia as duas meninas para ele cuidar. É muito engraçado ele achar que são duas crianças e chegam duas mocinhas. Felícia agora ama moda, ao contrário de sua personagem anterior, é bem fresquinha. Flora Diegues que interpretou a Bianca precisou se afastar da trama. Com fortes dores de cabeça descobriu um coágulo no cérebro, foi submetida a uma cirurgia, passa bem, mas não voltou a trama. Ela tinha um romance engraçado com o personagem do Wagner Santisteban. Foi uma trama de muitas baixas. Alinne Moraes teve infecção urinária, passou o início da segunda fase atuando sentada. E Nívea Maria teve inflamação na garganta e foi afastada, conseguiu voltar no final.

Amava os figurinos da Carola interpretada pela Ana Flávia Cavalcanti. Ela volta manipulável na segunda fase como na primeira, mas consegue se libertar e se tornar uma pessoa melhor. Vários personagens ficaram sozinhos na segunda fase. 

Uma pena que a alegre Rita não tenha tido um par romântico, adoro essa atriz interpretada pela Daniele Fontan. Ela era uma funcionária bem sucedida na empresa turística. Ela cria uma aula de dança com as crianças. Severa, interpretada por Dani Barros também ficou sozinha. Lindíssimos também os figurinos dela.

Anita, depois de ter vivido um lindo casamento na primeira fase, volta mais amargurada na segunda. Gostei de não ser tão esquemática a trama. Ela viu os pais brigarem muito, acha que amor se desgasta, resolve ter friamente um filho com um pai escolhido. Se apaixona por Afonso, mas acha melhor se afastar e ter um filho sem envolvimento afetivo com um homem que também deseja ser pai da mesma forma. Gostei muito da novela abordar de forma madura essas escolhas. Se os dois pais quisessem o mesmo. Mas o Roberto esconde que aceita ser pai sem envolvimento porque acredita poder conquistá-la depois. Adoro a Letícia Persiles. Afonso é interpretado pelo Caio Paduan e Roberto por Romulo Estrela.

Roberto veio como um bem sucedido médico, irmã de uma bem sucedida pediatra. Depois de desistir de ter o filho com Anita, ele recebe resposta que foi aceito no Médico sem Fronteiras, emocionante ver ele com a camiseta da instituição cuidando de um doente. A irmã pediatra também tinha um trabalho social, ela cuidava das crianças do orfanato. Demorei um tempo para lembrar que ela estava na primeira fase, como a primeira esposa do Felipe, adoro essa atriz, a Elisa Brites.

Adorei manterem o segredo da identidade da austera Matilde. Era uma mulher reservada. O prefeito interpretado brilhantemente pelo Carlos Vereza falava o tempo todo se sua austera mulher. Que não podia saber isso, que não podia saber aquilo. No final aparece a maravilhosa Norma Blum, que tinha sido uma freira megera na primeira fase, pelo jeito não melhorou nada. O prefeito também só piorou. Manipulador, interesseiro e pior, não aparecia assim para os outros. Tudo o que fazia era na surdina. Ele promove muitas maldades só porque queria se dar bem. Personagem abominável. Outro personagem que não se regenerou, só foi ficando pior, foi o Pedro do incrível Emílio Dantas que eu já admirava na TV Record. Os tiques nervosos que ele criou para o personagem eram impressionantes.

Fiquei triste que Rosa ficou com o Bento, queria ela com o Massimo. Mas a regeneração do Bento foi muito emocionante interpretado magistralmente pelo Luiz Carlos Vasconcelos. Ele se sentia culpado pela morte da mãe e continua um homem amargurado, rancoroso e ruim. Pelo amor da filha e por amar Rosa, ele acaba tendo ajuda e consegue descobrir que não era culpado da morte da mãe e começa a sua trajetória para ser um homem melhor.

Continuei adorando a personagem da Doroteia. Mais leve nessa fase, ela continua interesseira e mãezona. Ela se torna a principal conselheira da filha. Apesar dos absurdos que a filha faz, ela aconselha, mas nunca a abandona. Um exemplo primoroso de mãe dedicada, que breca a filha quando precisa, mas que a ama incondicionalmente. Também continuou com seus textos impagáveis.

É muito emocionante quando Melissa segura na mão de Lívia para salvá-los. Diferente da primeira fase que Pedro mata Felipe, mesmo que isso mate sua amada. O texto continua incrível quando Melissa conversa com a mãe que diz que ela vai se tratar no Rio de Janeiro. E Melissa diz "o que eu faço para não sentir o que eu sinto". Lindo já que dizem na psicologia que o primeiro passo para mudar é perceber que se precisa de ajuda e ter a percepção que há algum problema. A maturidade do texto de Além do Tempo foi sempre impressionante. Adorei nessa fase que vinham frases dessa ou da outra frase fechando os capítulos. Emocionante o texto de Irene Ravache, que já tinha sido interpretado na novela e terminando com Feliz Natal. Gostei que o texto final foi na voz de Chico Xavier e gostei muito que o texto não era espiritualista e sim sobre o amor:
«Então, é possível, que tenhamos raiva ou que tenhamos ódio, é possível, sem termos direito para isso. 

Porque o ódio que sentirmos ou a cólera que alimentemos recai sempre sobre nós, no sentido da doença, de abatimento, de aflição e só pode nos causar mal, já que deixamos, há muito tempo, a faixa da animalidade para entrarmos na faixa da razão. 

Somos criaturas humanas e por isso devíamos sentir a verdadeira fraternidade de uns para com os outros, sem possibilidade de nos odiarmos, porque os irmãos verdadeiros nunca se enraivecem, uns contra os outros.»





Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Além do Tempo - 1ª Fase

Assisti a novela Além do Tempo - 1ª Fase de Elizabeth Jhin na TV Globo. Que obra de arte! Agora a novela segue no tempo atual. Essa autora mexe muito com o fantástico. Mescla ideias de reencarnação, com alguma vertente espírita, mas não fica com discursos. É o mote para a criação da história. Eu não costumo falar de novelas, séries e livros antes de terminar de vê-los, mas essa novela fecha um ciclo e começa praticamente uma segunda novela, uma incrível inovação que merecia um post a mais.

Um folhetim clássico, inspirado no amor impossível de Romeu e Julieta, mas com a inovação de seguir no tempo mais de 100 anos depois. Lindo o amor de Lívia e Felipe, ela interpretada pela linda Alline Moraes e ele por outro talentoso ator, Rafael Cardoso. Li entrevistas com a Alline Moraes que ela tinha muito receio de fazer uma mocinha, agora a atriz é mãe, e que tinha receio de não conseguir convencer já que a moça tinha sido criada em um convento. Mas ela foi tão incrível e ela mesma se surpreendeu com a aceitação do público. O sucesso está no maravilhoso texto. Os segredos que ela não podia revelar realmente não podiam ser revelados. 

A condessa interpretada magistralmente por Irene Ravache, um de seus melhores papéis, tinha mandado matar a mãe da Lívia várias vezes. Então resolveram deixar que a condessa achasse que tinha conseguido para a mãe ficar protegida. E um segredo assim não pode ser revelado. A mãe de Lívia foi interpretada por Ana Beatriz Nogueira. Muito interessante também a relação de crueldade entre a condessa e sua fiel escudeira interpretada incrivelmente pela Nívea Maria. Uma mulher amargurada que sacrificou a sua vida para criar o filho e vivia a sombra da condessa que só a maltratava. A sensação que eu tinha é que uma não podia viver sem a outra tão fechadas em suas neuroses de algoz e vítima.
As vilãs eram incríveis, arrasaram Paola Oliveira e Júlia Lemmertz. Júlia Lemmertz, interpretava Dorotéia, como ela mesmo dizia era uma plebeia, tinha tido a sorte de fazer um bom casamento com um nobre e sua filha era meio nobre. Amava o casal dela com o Bento, o vilão mor da novela, interpretado brilhantemente por Luiz Carlos Vasconcelos. Que personagem rico. Ele que fazia todas as maldades que a condessa ordenava. Uma delícia o romance que ele tem a Dorotéia.

Val Perré ganhou um grande personagem. Estava no início de Babilônia que ainda não acabara quando ele abraçou o Raul de Além do Tempo. Como é uma novela de época não seria possível ele não falar de negritude e de escravidão. Ex-escravo, ele tinha sido abandonado pela mulher que lhe deixou o filho. Além do conde Bernardo, ele era o único que conseguia fazer as rosas ficarem maravilhosas pelos seus cuidados e sensibilidade. Ele e a Gema se apaixonam, que casal lindo. Ela sofria porque o filho não aceitava, mas também porque era mais velha que ele. Mas ele não se importava com a questão da idade, só com a desavença entre mãe e filho porque ele sabia da importância de uma família já que era um ótimo pai. Pena que esse casal não pode ficar junto. A Gema foi interpretada lindamente pela Louise Cardoso.
Adorava todas as crianças, com histórias completas e consistentes. Foram interpretadas por Mel Maia, João Gabriel D´Aleluia e Kadu Schons. Adorava as preceptoras também interpretadas por Daniela Fontan, atriz que adoro e Dani Barros.

Incrível nessa cena com os empregados, quando ainda não conhecíamos suas histórias. As histórias dos empregados eram muito completas. Letícia Persiles, atriz que amo, interpretou uma doce e sonhadora jovem que cai na sedução de um conquistador, interpretado muito bem por Rômulo Estrela. Ele é filho de Dorotéia e junto com a mãe estão sempre preparando golpes. A família de Dorotéia está falida e precisa da bondade da condessa e de bons casamentos para não cair na miséria. Outra empregada que gostava muito da personagem foi Carola, interpretada por Ana Flávia Cavalcanti, ela trabalhava como empregada na casa da condessa, mas o sonho era poder ter dinheiro para pagar os estudos e ser professora.
Muito rica a história da personagem da Carolina Kasting, atriz que adoro. São vários segredos em vários personagens de Além do Tempo o que enriquecia muito a trama. Rosa Ventana tinha tido um filho e suas escapadelas eram para vê-lo. Com o trabalho ela pagava uma mulher para cuidar dele. Severa também tinha um segredo.
Uma das poucas novelas que foi tão correta com a música erudita. Melissa tocava muito bem piano, eles se sentavam após o jantar para ouvi-la. Eram peças pequenas, mas executadas inteiras na novela. E não as óbvias Claire de Lune. E sim outras obras, uma só romântica, as outras densas. Só quando o menino Alex foi aprender a tocar que começou pelas mais fáceis e algumas eram mais conhecidas, mas nem todas. Fiquei curiosa em saber de quem eram as mãos de pianista que mostravam. E muito bem feita a edição, parecia mesmo que era a Melissa tocando. E tiveram o cuidado de escolher uma ótima pianista, mas com dedos finos e bonitos como os da Paola Oliveira.

Eu já gostava do Emílio Dantas em personagens da TV Record, fiquei muito feliz com ele na TV Globo e em um personagem tão complexo. Um egoísta, ele só queria o seu amor pra ele, mas mesmo assim a põe em risco para matar o seu rival. As cenas finais ele arrasa e é muito surpreendente. Tudo é impecável. Cenários, figurinos, caracterizações, direções de cena e de arte. Essa novela é  uma obra de arte.

Tinham muitos atores e personagens que eu gostava: Felipe Camargo, Luís Melo, Carlos Vereza, Cassiano Carneiro, Michel Melamed, Othon Bastos, Norma Blum, Inês Peixoto, Caio Paduan, Marcelo Torreão, Flora Diegues, Nica Bonfim, Saulo Arcoverde e Wagner Santisteban.

Concordo com o FabioTV que o único ponto negativo foi a música da abertura. Não tinha nada a ver. E eu ainda ouvia sempre "palavras, palavras, palavras, ao Bento".


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Amor Eterno Amor

Assisti Amor Eterno Amor (2012) de Elizabeth Jhin na TV Globo. Eu gostei demais dos primeiros capítulos, aí exageraram nos fantasminhas e como não tenho a filosofia espírita, vi bem pouco, praticamente abandonei. Quando começou a ser bem mais próximo dos filmes de fantasminhas que gosto, aí quis ver, gostei muito da ideia de ter em um passado uma trama meio capa e espada. E como ficava mais inverosímel, aí voltei a gostar.

Logo no começo achei que a Elisa poderia mesmo ser uma fantasminha e que poderia ter encarnado na Miriam, ou que a Miriam poderia ser adotada. Mas quando a Elisa realmente apareceu achei que tinha me enganado. Adorei vários casais da trama. Adoro o Gabriel Braga Nunes, tinha amado a Letícia Persiles na minissérie Capitu, gosto dessas novas mocinhas, decididas, uma exímia jornalista, uma mulher corajosa. 

E gostei muito de vários casais da novela, gosto dessa modernidade nos casais, mais realistas, e as novelas da seis tem inovado muito no formato dos casais e de todas as idades. Adoro a atriz Daniela Fontan, já tinha adorado o trabalho dela na novela Eterna Magia. E ela estava incrível em Amor Eterno Amor, ela fazia um par romântico muito atrapalhado com o Pedro Fonseca, personagem do André Gonçalves. Adorava os figurinos coloridos dela, o amor dela por Copacabana. Também achei lindo o casamento dos personagens dos Nica Bonfim e Tony Tornado
Adorava o casal dos personagens do Felipe Camargo e da Carolina Kasting. Ele médico, ela psicóloga, os dois com filhos, e no final fizeram uma homenagem ao filme Os Meus, Os Seus, Os Nossos. E as histórias dos filhos e avós dos filhos também foi muito bonita. Outro casal que gostava muito eram dos personagens da Carol Castro e do Erom Cordeiro. Gosto dessa ideia atual da TV Globo de trazer atores do teatro para compor personagens, além de mudar mais e reciclar mais, dá um frescor e ritmo diferente as tramas. Então nos núcleos encontramos ótimos atores não tão conhecidos da televisão: Denise Weinberg arrasou como Angélica, Chico Expedito como Laudelino, Otávio Martins como Gil. E outros que vem fazendo sucesso nos cinemas, Sandra Corveloni como Solange, Flávio Bauraqui como Hamilton e Hermylla Guedes como Marlene.


Adorei a trama da Jáqui, Suzy Rêgo, e da Valdirene, Rosane Gofman. No começo a personagem da Jáqui era bem chata, mas a reviravolta foi muito bonita. Estimulada por sua auxiliar, ela acaba se tornando uma empresária, ainda somada a ajuda da filha, Adelaide de Castro, na administração. Uma trama de três mulheres fortes. A Valdirene inclusive tinha uma trama muito forte, já que sua nora não queria que a neta tivesse contato com a avó por ser uma má influência, já que a avó trabalhava como doméstica. Jáqui também teve uma trama afetiva engraçado do meio para o final. Engraçado o quarteto amoroso. Giulia Gam namorava o editor da revista interpretado por Murilo Grossi, era a melhor amiga do Gil que era irmão da Jáqui. O elenco jovem também era muito bonito e talentoso, Mariana Ruy Barbosa, Mariana Molina, Miguel Rômulo, Olivia Torres e Jéssika Alves. Linconl Tornado em papel cômico estava muito, nesse núcleo estava também o Nuno Leal Maia e a Camilla Amado. Outro casal cômico era dos atores Raphael Viana, Josué, e Andréa Horta, Valéria. As crianças eram interpretadas por Klara Castanho, Julia Gomes, Rafael Gevú, Caio Manhente, Luiza Gonzales e Luis Augusto Formal.


Os vilões da trama estavam muito bem. Cássia Kiss arrasou, seus figurinos eram maravilhosos e gostei muito da troca de perucas, tinham muito a ver com a personagem. E gostava da inteligência da vilã. Adoro o Luís Melo, gostei que ele meio que se redime no final, mas ele não consegue o amor dos outros, nem se integrar aos grupos, foi uma mudança interna que não gerou frutos sociais, gostei de não ficar bonzinho e todos se compadecerem. Essa realidade da trama foi algo que gostei muito. Carmo Della Vechia também estava muito bem como o  perturbado Fernando. Osmar Prado arrasou também como o oportunista Virgílio. Outros grandes atores da trama foram: Rosi Campos, Ana Lúcia Torre, Pedro Paulo Rangel, Reginaldo Faria, Othon Bastos, Carlos Vereza e Suely Franco. Alguns outros atores que gosto que estavam na trama foram: Laila Zaid, Maria Clara Matos, Gilberto Torres, Lucci Ferreira, Vera Mancini e Mayana Neiva. A trilha sonora também era muito bonita com a belíssima Ainda Bem interpretada pela Marisa Monte

Gostei da novela abordar o desaparecimento de crianças, falar da importância da carteira de identidade desde criança e de mostrar fotos de crianças desaparecidas ao final da novela pela FIA. Duas crianças foram localizadas durante a novela.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Cafundó

Assisti Cafundó (2005) de Paulo Betti no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, tinha acompanhado matérias e entrevistas com o Paulo Betti, mas me decepcionei. É um bom filme, mas cometeu alguns pecados irreparáveis. O pior dele está no roteiro de Clóvis Bueno que utilizou aquela técnica etérea de rebuscamento de texto que não diz nada. Querer falar difícil pra mostrar erudição e transformar em cult. Ficou forçado e ruim. A edição do filme também não é das melhores. E o início e o final nos dias de hoje é uma total viagem de mal gosto e falso intelectual. O 007 não gostou do final e disse que teve a sensação de que o dinheiro acabou e resolveram acabar ali mesmo. Também no final vem um texto que fala do João de Camargo, mas além de ficar pouco tempo na tela, não é visível na televisão, provavelmente só na tela grande, erro comum em filmes brasileiros, não pensar na visualização posterior da abertura e final para a televisão.

A história central é interessante, é ficcional baseada na verídica de um ex-excravo do interior de São Paulo que logo após a abolição fundou uma igreja que atendia aos pobres e negros. Incluvise eu já tinha visto uma das imagens desse santo em lojas afro com o nome de O Preto Velho, João de Camargo. Lázaro Ramos está muito bem como João de Camargo.

Alguns outros do elenco são: Leona Cavalli, Leandro Firmino, Flávio Bauraqui, Ernani Moraes, Valéria Mona, Luís Melo e Chica Lopes. O Paulo Betti faz uma pequena participação. Vários grupos atuam em Cafundó: Congada Da Lapa, Ka-Naombo, Art Negra e Banda Lyra. Cafundó foi gravado nas cidades de Lapa, Ponta Grossa, Paranaguá e Curitiba.

Música do post: Caboclo - Caboclo Da Moruganda (É preciso clicar no play porque o Auto Play não está funcionando por enquanto).


Beijos,


Pedrita

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eterna Magia

Assisti a novela Eterna Magia de Elizabeth Jhin na TV Globo. Eu adoro novelas das seis e com essa não foi diferente. Está certo que começou difícil, precisou de alguns ajustes, mas eu amei! Acho que o 007 faria um tópico bem mais divertido que eu meu. Até o fim da novela ele fazia comentários sarcásticos sobre a participação do Paulo Coelho. Ele disse que o fracasso no ibope se deve ao azar que esse mago traz a televisão. E sua participação no início foi patético. Recentemente revi um Vídeo Show e ele chegou a ir para a Irlanda fazer umas cenas. Que desperdício! Ele não tinha dicção nenhuma e não se entendi nada do que ele dizia. Tanto que ele nunca mais voltou na novela, até seu quadro foi destruído.

Eu adorava o casal principal e ficava torcendo para que eles acabassem juntos. Sofrimento para essa pobre moça não faltou. O rapaz a largou no altar, disse não na hora do sim e fugiu com sua irmã grávida para a Irlanda. Gostei demais das transformações dessa personagem. Assim que ela vê que todos têm pena dela, ela se fortalece, vai para a capital estudar e se torna uma grande empresária no segmento das pedras preciosas. Ela é a excelente Maria Flor, eu adoro essa atriz e acompanho a sua carreira há um tempo. Principalmente desde que ela me emocionou em Cabocla. Ele foi interpretado por Thiago Lacerda. Sua irmã voluntariosa e mimada foi interpretada por Malu Mader.

Outro casal que eu amava era do Max e da Pérola. Eles também sofreram um bocado para conseguirem viver o seu amor. Eliane Giardini estava maravilhosa e eu gosto muito do Werner Schünemann. A trama de Eterna Magia tinha muitos segredos. Muitas histórias traziam segredos demais. Era muito interessante.

Em Eterna Magia apareceram ótimos atores. Eu e minha mãe delirávamos com a Suzana, interpretada divinamente por Daniela Fontan. Adorava quando ela tentava explicar o sumiço do "bibelau". Ou as desculpas quando ela dormia no sofá da patroa. Outros atores que gostei muito foram: o estrangeiro Pierre Kiwitt, os divertidos Eduardo Mancini e Nica Bonfim, que tiveram um final emocionante e lindo, a bela Milena Toscano que o 007 é fã, o gato do Vinicius Manne, minha mãe também suspirava por ele.


Eu adorava as famílias principalmente porque muitas eram pouco ortodoxas. A do Joaquim, interpretada maravilhosamente pelo Osmar Prado era a mais complexa. Ele largara a mulher porque se envolvera com outra. Só que ele descobre depois que ela morre que a maioria dos filhos que ele acha que teve com ela não eram dele, mesmo assim ele cria todos, claro, ele teve tem dificuldade de aceitar os "filhos", mas nunca deixou de amá-los. E ele ainda se casa de novo. A história deles era linda e os atores desse núcleo eram excelentes: Ana Carolina Godoy, Rafaela Victor, Guillermo Hundadze, Rita Guedes, Isabelle Drummond e Lara Rodrigues. Adorava também a família da Loretta, interpretada pela Irene Ravache e sua afilhada Marcella Valente.

Outra família maravilhosa era encabeçada pela incrível Cleyde Yáconis, com Aracy Balabanian, Isaac Bardavid, Thiago de Los Reyes, Cauâ Reymond e Marco Pigossi. Adorava ainda a família cômica dos donos do hotel e padaria da cidade, interpretados pela a doce Lívia Falcão, o simpático Carl Schumacher.
A trilha sonora também era muito bonita, tanto que minha mãe pediu que eu comprasse os dois CDs, nacional e internacional, para ela.



Beijos,
Pedrita