Assisti a peça Otelo no Teatro Commune. É baseada na obra de Shakespeare, transformada em comédia por John Mowat e dirigida por Augusto Marin.
Nessa adaptação Desdêmona, Myllena Oliver, que é negra. Ela se casou escondida com Otelo, Armando Liguori, um homem velho e branco.
Fotos de Carlos Garcia
Iago, Augusto Marin, começa a sua sucessão de intrigas.
A equipe toda é muito engraçada. Eles fazem vários personagens, até eu fiquei perdida. Incrível como eles não se confundem. Com alguns detalhes eles se transformam em várias pessoas. Natália Albuk faz a esposa de Iago, mas também a prostituta. Paulo Dantas interpreta os 52724 soldados.
Assisti Noite de Reis de William Shakespeare no Teatro Commune. Mais um projeto que integrou o Escola em Cena. A direção é de Eliete Cigaarini.
Foto – Sophya Rabassi
A peça é uma comédia onde uma jovem se veste de rapaz pra conseguir emprego. Essa montagem foi ambientada nos dias atuais. Claro que há muita confusão e diversão. No elenco Armando Filho (Malvólio), Bryan Parasky (Sir Toby), Caio Magaldi (Capitão e Feste), Sophya Rabassi (Olívia), Gabi Prota (Viola/Cesário), Ruan Pereira (Sebastian), Maira Natássia (Maria), Rafael Moreno (Sir Andrew) e Renan Villas (Orsino).
Ouvi o CD Puertas (2017) de Adelia Issa e Edelton Gloeden do Selo SESC. Adoro esses músicos e gosto demais de composições que me instiguem, que não sejam conhecidas e esse CD é um desses. Me deparei com vários compositores e poetas que não conhecia, enquanto ouvia fui pesquisando, ouvindo outros trabalhos dos compositores, dos poetas, vendo seus históricos, foi uma viagem musical fascinante.
O CD começa com uma obra de Stephen Goss, do País de Gales. A obra traz textos de Shakespeare. A segunda obra é do britânico Denis Aplvor que compôs com poemas do maravilhoso Federico García Lorca, gostei demais desse compositor, muito fascinante a obra. A próxima faixa é de Heimo Erbse, e os poemas de Joseph von Eichendorff, não conhecia nenhum dos dois que são alemães.O compositor seguinte eu já conhecia e gosto muito, Castelnuovo-Tedesco, a obra foi de Guido Cavalcanti.
Foto de Gal Oppido
Adorei conhecer o compositor Eduardo Fernandéz, uruguaio, e mais impactada ainda com os poemas de Gabriela Mistral que também não conhecia. Ela é chilena e li alguns de seus poemas, além do CD e é maravilhosa! O poema dela é que dá nome ao CD. Portas são sempre enigmáticas. Seus textos falam muito de falta de liberdade, submissão, são muito fortes, a música é igualmente densa. São três compositores brasileiros no CD, Jorge Antunes com uma obra do Bocage, Paulo Costa Lima com texto de Pierre Verger e Antonio Ribeiro que compôs com obras de uma das minhas poetas favoritas, Hilda Hilst, que textos maravilhosos.O CD é uma verdadeira preciosidade. Está a venda na loja do SESC, mas disponível também nas plataformas. Foi colocado só os áudios no youtube, vou colocar o CD aqui.
Assisti a ópera Sonho de Uma Noite de Verão de Benjamin Britten no Theatro São Pedro. Com texto de William Shakespeare. Tradução de Irineu Franco Perpétuo. Que ópera linda! Que montagem impecável! Cada detalhe, cada beleza, que elenco, inesquecível. A direção elegante foi de Jorge Takla, belíssimos cenários de Nicolás Boni, linda iluminação de Caetano Vilela, figurinos inteligentes de Fábio Namatame. Foi com a Orquestra do Theatro São Pedro com a regência do ótimoClaudio Cruz.A música é linda e instigante. Tudo uma perfeição.
No elenco grandes intérpretes: Rosana Lamosa, Luciana Bueno, Manuela Freua, Homero Velho, Daniel Umbelino, Rodrigo Lopez, Johnny França, Kismara Pessati, Saulo Javan, entre outros.
Essa trama é muito mágica e toda a montagem só aumentou o encanto. A ópera Sonho de Uma Noite de Verão fica em cartaz até 18 de novembro.
Assisti A Floresta Que Se Move (2015) de Vinícius Coimbra no TelecinePlay. É inspirada na obra Macbeth de Shakespeare. Gabriel Braga Nunes faz Macbeth e Ana Paula Arósio a Lady.
Os dois estão lindos e maravilhosos! Adaptaram para os dias de hoje, em cenários que poderiam ser em qualquer país. Maravilhosa a casa que é cenário da casa deles. Belíssima! Começa com ele e o amigo encontrando uma bruxa com as profecias. A bruxa é interpretada pela incrível Juliana Carneiro da Cunha. Logo uma profecia se cumpre e ele é eleito para vice-presidente do banco.
Para comemorar fazem um jantar, matam o presidente interpretado pelo Nelson Xavier. Ele é um alto executivo, então os dois são muito elegantes e também são econômicos nos gestos, nas palavras, claro que é o texto belíssimo de Shakespeare, mas eles são influentes.
Ângelo Antônio interpreta o braço direito de Macbeth que desconfia da morte do presidente. Sua esposa é interpretada pela Miriam Freeland. O filho do banqueiro pelo Fernando Alves Pinto. O delegado pelo Rui Ricardo Diaz. A secretária por Regina Remencius. O faxineiro por Emiliano Queiroz.
A Floresta Que Se Move é muito bem realizada. Gostei da adaptação para os dias de hoje e da inclusão da tecnologia, muito bem feita. Os celulares sempre presentes, já que são alto executivos. Câmeras no escritório ligado ao computador. Fotografias. E os dois protagonistas simplesmente arrasam. Os momentos de loucuras. A tensão está toda ali, ficamos angustiados com receio que descubram que eles são os assassinos quando deveríamos desejar que eles fossem descobertos.
Assinam a fotografia Pablo Baião e Alexandre Fructuoso. Direção de Arte de Walter Brunialti. Figurinos lindíssimos de Rosane Gonçalves, Também gostei demais da música principal de Villa-Lobos, a Bachianas Brasileiras nº 4.
Assisti a peça Tróilo e Créssida de William Shakespeare no SESI. A direção é de Jô Soares. Eu queria muito ver esse espetáculo, mas ia esperar o dia 25, para às 8h da manhã tentar os convites gratuitos. O SESI traz peças gratuitas. Em dois dias do mês, 10 e 25, distribui os ingressos às 8h que acabam rapidamente. Uma amiga consegue com uma certa facilidade, outras nem tanto. Mas eu ia tentar. Só que essa amiga teve outro compromisso e me disponibilizou o convite dela. Fiquei animadíssima. A peça está baladissima, semana de estreia, lotada, foi muito bom participar agora desse momento. E gostei de tudo!
São 23 atores no elenco. Como perceberam o elenco é incrível: Maria Fernanda Cândido, Eduardo Semerjian, Otávio Martins, Tuna Dwek, Ando Camargo, Guilherme Sant´Anna, Marco Antonio Pâmio, Ataíde Arcoverde, Kiko Berthollini, Ricardo Gelli, Fernando Pavão, Nicolas Trevijano, Giovani Tozzi, Adriane Galisteu, Felipe Palhares, Paulo Marcos, Luciano Schwab e Luiz Damasceno. Uma super produção.
Tróilo e Créssida é um texto pouco adaptado de Shakespeare. É uma comédia sobre os conflitos entre gregos e troianos. Como a direção é do Jô Soares, foram inseridos alguns atores cômicos, com várias piadas. É bem engraçado. O público delira. Na peça um lado está de branco e outro de preto. O texto ácido de Shakespeare está lá. Tróilo e Créssida fala do prazer de lutar, de motivos fúteis, violência, egoísmo, é muito atual.
As fotos são de Priscila Prade
Lindíssimas as duas musas que estão entre os conflitos: Helena de Tróia e Créssida dos gregos. A produção toda é impecável. Os cenários são de Chris e Nilton Aizner. A iluminação é de Maneco Quinderé. Os figurinos de Fábio Namatame. Adorei os figurinos dos guerreiros. Lindas as saias esvoaçantes das musas. Eu adorei os vídeos e fiquei muito feliz em ver que são de dois artistas do videografismo e mapping que admiro, Pri Argoud e André Grynwask. E olha que surpresa, as coreografias de luta são do Nicolas Trevijano que faz o Diomedes.
A temporada de Tróilo e Créssida vai até 18 de dezembro. Os ingressos são gratuitos e podem ser pegos na internet, nos dias 10 e 25, às 8h da manhã. Em geral com uma boa antecedência.
Essa foto é da Adriane Galisteu
Assisti A Arte do Encontro no Canal Brasil. A direção é de Felipe Nepomuceno com a apresentação de Tony Ramos. Quando fiz a postagem do programa O País do Cinema, meus amigos blogueiros comentaram sobre esse. Vi que tinha no Now também e vi três episódios. Gostei muito!
O que gostei mais foi o primeiro que vi com o Antonio Fagundes. Gostei demais do formato do programa, luz e cenário. É uma mesa de estudos, cheia de livros, duas cadeiras para esse tipo de mesa. Gosto quando a luz incide no meio, fica mesmo com cara de mesa de estudos. E esse é o formato, leituras, trechos de livros, de peças e de músicas. No do Antonio Fagundes, Tony Ramos começou lendo poemas de Fernando Pessoa, leu ainda Mário Quintana. Em um bloco os dois fazem uma leitura, muitas vezes primeira leitura, de um texto. Com Antonio Fagundes foi Hamlet de Shakespeare. Tony Ramos leu Hamlet e Antonio Fagundes o pai do Hamlet.
O segundo foi com a Maitê Proença. Tony Ramos começou lendo Adélia Prado. O apresentador ressaltou algo que já sei, a grande dramaturga que é Maitê Proença. Eu tinha visto uma peça escrita por ela, As Meninas, e ficado impactada e comentei aqui. A leitura foi de Roque Santeiro de Dias Gomes. Tony Ramos leu Sinhozinho Malta e Maitê Proença leu Viúva Porcina.
A última entrevista que vi foi com o Ney Matogrosso. Tony Ramos leu textos das músicas consagradas pelo cantor. E finalizou com uma do Chico Buarque. A leitura foi um texto que amo do Plínio Marcos,Dois Perdidos na Noite Suja. Quero ver os outros, curiosa pra saber quais textos serão escolhidos a cada programa. A Arte do Encontro vai ao ar inédito às quartas, às 21h30, com reprises quinta, às 13h e domingo, às 16h30. O dessa semana é com o Daniel Filho que estou ansiosa pra ver. Domingo é o dia que mais gosto de ver. Dá pra ver como eu vi, pelo Now.
Assisti a peça Solilóquios de Shakespeare no Teatro Bibi Ferreira. A direção foi de Hermano Leitão. No período dos 400 anos da morte de William Shakespeare vários eventos aconteceram em sua homenagem. Esse foi um deles e muito especial. Vários atores encenaram textos emblemáticos.
Nessa foto, Gabriel Monteiro.
Eu tinha me esquecido o quanto é maravilhoso ouvir textos de Shakespeare, além de incríveis a atualidade sempre surpreendem. Todos interpretaram vários personagens. Claudiane Carvalho (foto) além de um feminino, interpretou um masculino. Gosto dessa flexibilidade.
Gosto demais de todos os atores: Luana
Martins Roger Rodrigues (foto), Rogerio Favoretto, Rudy Serrati e Viviane Esteves. Hermano Leitãoaparece com um personagem. Foi uma única apresentação, que pena, nem posso convidá-los. O ingresso era um quilo de alimento não-perecível para as vítimas das chuvas em Caieiras.
O teaser é do filme que foi lançado há uns anos atrás, com alguns atores dessa montagem que vi e outros que não estavam dessa vez e comentei aqui.
Assisti a peça O Camareiro de Ronald Harwood no Teatro Porto Seguro. A direção é de Ulysses Cruz. Eu queria muito ver esse espetáculo, tinha visto entrevistas e nesse teatro eu pago meia entrada porque tenho Porto Seguro, não só no ingresso do teatro, para dois convites, como para o estacionamento. Que espetáculo incrível.
O projeto é do Kiko Mascarenhas que faz O Camareiro e convidou o Tarcísio Meira. Eu já tinha visto uma peça com o Kiko Mascarenhas, o incrível O Zoológico de Vidro, a melhor peça que vi naquele ano. Nunca tinha visto o Tarcísio Meira no palco, que incrível, que ator. Kiko Mascarenhas também está maravilhoso. Tarcísio Meira faz um grande ator conhecido principalmente por seus personagens Shakesperianos. Ele está com problemas de memória e precisa encenar naquela noite o famoso Rei Lear. É O Camareiro em sua dedicação profunda que lembra o tempo todo qual será o personagem da noite, as falas, a hora de entrar em cena.
Tudo é incrível. Amei os cenários de André Cortez. Gostei demais da solução para o palco da ficção. Nós vemos a coxia e de costas o palco, como se também estivéssemos na coxia. Também gostei da solução do personagem anunciando os próximos espetáculos. Era a noite de Rei Lear, no dia seguinte seria de Ricardo II, depois Hamlet e novamente Rei Lear. Encenam regularmente várias peças de Shakespeare, em dias alternados, que fantástico.
O texto é excelente. Esse ator está muito sozinho. Ele é casado, mas a sensação que temos é que a esposa está por interesse. Insuportável a insensibilidade dela de falar com ele quando ele está exausto tentando descansar entre um ato e outro. A jovem atriz também está interessada em um papel, ela na verdade dança em um cabaré e teve a oportunidade de fazer um personagem. Até mesmo o que faz o bobo da corte tenta conseguir um papel maior. Parece que só mesmo o camareiro e a produtora é que amam esse homem, mas esse ator os esquece. O período também é terrível, Segunda Guerra Mundial, há bombardeio na cidade, alguns atores do espetáculo foram presos. O elenco todo é incrível. A esposa é intepretada pela Chris Couto. A produtora pela maravilhosa Karin Rodrigues. A jovem aspirante atriz por uma atriz que adoro, a Karen Coelho. Ela também está em O Zoológico de Vidro. O bobo da corte por Silvio Matos e o especialista em efeitos especiais por Ravel Cabral. Eu entrei logo que liberaram a porta, quem fizer isso terá um presente maravilhoso. O Camareiro está limpando a coxia e preparando o espaço para o início da peça. Deliciosos momentos para aquele pouco público que já entrou no espaço, quase um espetáculo particular. Tudo é muito inteligente em O Camareiro que fica em cartaz até 13 de dezembro. Está lotando então é preciso comprar os ingressos com antecedência.