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domingo, 28 de novembro de 2021

Guerra de Canudos

Assisti Guerra de Canudos (1997) de Sergio Rezende no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme, mas por ser muito longo raramente é programado, tem 3 horas de duração aproximadamente. O Canal Brasil programou vários filmes com a Marieta Severo em comemoração aos seus 75 anos.

É um épico, com textos de Euclides da Cunha, sobre a guerra insana (1896-1897) contra um povoado. Era a República, tinha acontecido o fim da escravidão e era logo após a maior seca do sertão. Antonio Conselheiro (1830-1897) caminha com fiéis pelo sertão da Bahia, até que acha um lugar e montar um povoado. Todos muito pobres, passam a ter pouco, uma vida quase miserável, mas melhor e com alguma dignidade. Ele é interpretado por José Wilker

Cismam com o povoado e declaram guerra a ele. Durante seis meses morrem brasileiros de todos os lados. É de uma insanidade atroz. Não é um filme fácil porque as três horas são praticamente de guerra.

O elenco é primoroso:  Claudia Abreu, Paulo Betti, Roberto Bomtempo, Tonico Pereira, Selton Mello, José de Abreu, Tuca Andrada, Dandara Guerra, Denise Weinberg, Camilo Beviláqua, Murilo Grossi, Jorge Neves e Ernani Moraes.




Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 29 de março de 2019

Essas Mulheres

Assisti Essas Mulheres (2005) de Marcílio Moraes e Rosane Lima na TV Record. Sempre quis ver essa novela. Não consegui quando estreou, depois reprisaram, estava vendo, mas a TV Record tirou de repente porque não dava ibope. Criticaram inclusive quando a TV Record reprisou agora porque no começo estava mal de ibope, mas não tiraram, felizmente, e pude ver até o fim. Inclusive depois Essas Mulheres passou a ser o produto de maior ibope do horário. Era o tempo que as novelas eram realizadas em São Paulo, então praticamente todo o elenco é de São Paulo.
Essas Mulheres é livremente inspirada em três obras de José de Alencar, Senhora, Lucíola e Diva. Apesar da inspiração ser um autor tão retrógrado e machista, a novela era feminista e abolicionista. Essas Mulheres se passa na época de Dom Pedro II, onde ainda existia escravidão, mas fala-se o tempo todo na libertação dos escravos, de ter dignidade, que o estudo pode mudar a vida de uma pessoa. Essa novela é um clássico folhetim, com a história de três mulheres que sofrem o diabo até a redenção nos últimos capítulos. Amo as atrizes que interpretam as três mulheres: Christine Fernandes,  Miriam Freeland e Carla Regina. Como as novelas de antigamente, tudo fica atropelado no final com todas as tramas se resolvendo. Hoje em dia as tramas vão se diluindo antes do final, não fica tudo para os últimos capítulos.
Repleta de vilanias, Essas Mulheres tinham vilões insuportáveis interpretados por Paulo GorgulhoAdriana Garambone e Roberto Bomtempo. Linda a história de Marli, interpretada pela ótima Ingra Liberato, mais linda que nunca, que ganhou um amor proibido com Lobato (Milhem Cortaz).

Na trama há um jornal onde todos os textos abolicionistas aparecem e ainda a declamação de muitos poemas, inclusive de Castro Alves. Os jornalistas, a maioria abolicionista, estão sempre lutando contra as injustiças. Daniel Boaventura interpreta o dono do jornal. Gabriel Braga Nunes o abolicionista mais famoso. Marcos Breda o de sentimentos liberais. Marcos Winter faz um bon vivant que torra o dinheiro todo da família na Europa e na volta, para sobreviver, torna-se um grande advogado. A trama é bem feita, no começo o advogado é chacota na corte, tem enorme dificuldade, mas consegue superar o início difícil e a falta de experiência.
Mila se apaixona perdidamente por um médico alienista que estudou na Europa, interpretado pelo Alexandre Moreno, outro ator que adoro. Como sempre acontecia nas novelas da TV Record os negros tem personagens expressivos. Simão (Luciano Quirino) amava Jesuína (Valquíria Ribeiro). Simão vivia de pequenos trambiques e acaba sendo fundamental na trama. Sua irmã Raimunda (Lena Roque) era escrava da casa do ministro e vivia lá com seu irmão Martim (Fernando Oliveira). Os quilombos eram muito bem retratados. O líder do quilombo foi interpretado por Gésio Amadeu.

Eu adorei a história da Mariquinhas (Stella Tolbar) que se apaixonou pelo Ministro (Ewerton de Castro). Adoro os atores que fizeram o casal. Nunca tinha visto uma novela tratar com tanto cuidado uma história de amantes. É comum a mulher ser a culpada da sedução de um homem poderoso, hoje em dia ainda fazem a cena do espancamento da adúltera como nos tempos bárbaros. Já em Essas Mulheres o tema foi tratado com muita delicadeza. Mariquinhas era e é dessas mulheres que ficam sem história própria. Na trama ela já passou da idade de casar, não tem dote, então vai ter a função de cuidar dos parentes e sobrinhos, sempre, sem vida própria, vivendo a vida dos outros. Sem querer o ministro e ela vão se apaixonando. Ela resiste. Ele monta uma casa pra ela, que casa mais lindinha. Ela solicita que ele peça a benção a mãe dela e não é que ele pede? Obviamente a mãe fica horrorizada, mas o irmão jornalista tenta fazer a mãe entender que para a Mariquinhas ter um amor, quando não parecia mais possível, é muito bonito e pela vida que ela tem, poderia ser bom ter uma história só dela. Mariquinhas demora para tomar a decisão, mas segue para a sua casa depois. A condução da trama e a maturidade dela foi muito bonita e revolucionária até mesmo para os dias de hoje. Eu fiquei pensando o quanto as novelas falam pouco da família da amante. Muitas vezes a família sabe e as novelas abordam pouco essa questão.
Outro casal que gostava muito era do banqueiro com a professora, dois atores que também gosto muito, Luciene Adami e Luiz Carlos de Moraes. A filha fica horrorizada e faz tudo para acabar com o relacionamento, por sorte a professora não morre com o veneno que toma. Ela era uma mulher culta, tinha sido professora das três protagonistas de canto, piano. Muito injusto as damas da corte não aceitarem só porque ela não era uma mulher de posses, embora mais culta que a maioria. A doçura de Ordália era encantadora e como a atriz está linda.

Também adorava o casal Paulo (João Vitti) e Glória. Mas o barão (Tácito Rocha) que se apaixonou pela cortesã era muito simpático também. uma graça a filha da Gloria, Aninha (Camila dos Anjos), que se apaixona por Pedrinho (Leonardo Miggiorin). Que triste a história do casal Júlia (Raquel Nunes) e Geraldo (Theodoro Cochrane). Atualmente Cochrane tem em uma novela a mesma mãe que em Essas Mulheres, Ana Beatriz Nogueira. Muito engraçado o casal Nicota (Natália Rodrigues) e o paspalho Tadeu (Cássio Reis).

Por ser uma novela de época tinham muitos eventos com música. Gostei de ver Leonardo Fernandes ao piano e Sandro Bodilon cantando, aparecem outros músicos na trama.

O elenco é grande,  A Damiana (Paixão de Jesus), segunda mãe de Aurélia, a Firmina (Tânia Alves), Toquato (Petrônio Gontijo),  Bela (Talita Castro) Rodrigo (Carlo Briani), Nina (Maria Clara), Laura (Maristrani Drech), Emilia (Silvia Salgado), Lucia (Rejane Arruda) e Mateus (Rodolfo Valente). E participações especiais com grandes atores também: Selma Egrei, Celso Frateschi, Sérgio Mamberti, Antônio Petrin e Pascoal da Conceição. Como repararam pelas fotos, Essas Mulheres foram exibidas em vários canais a cabo.


Beijos,
Pedrita

sábado, 17 de março de 2018

Por Trás do Céu

Assisti Por Trás do Céu (2016) de Caio Sóh no TelecineCult. Que filme lindo!  Nós não entendemos bem porque aquele casal vive no meio do nada, com aquelas roupas. Aos poucos, em idas e vindas na trama, vamos conhecendo a triste história deles.

Eu adoro os dois atores Nathália Dill e Emilio Orciollo Neto. Os personagens entraram em um universo paralelo depois que uma tragédia se abateu sobre eles. As locações são lindas e li que foram filmadas na Paraíba. Alguns outros do elenco são Renato Góes, Léo Rosa, Paula Bulamarqui, Roberto Bontempo e Everaldo Pontes.
O texto é todo poético, metafórico e lindo. A trilha sonora também. Por Trás do Céu é um filme poético sobre vidas difíceis, em terras sem lei. Por Trás do Céu ganhou vários prêmios:  no 20ª CinePE levou cinco prêmios: Melhor Filme Pelo Júri Popular, Melhor Roteiro, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator Coadjuvante. Venceu o prêmio do público no 11º Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo. Participou na seleção oficial dos festivais FESTin Lisboa, Festival do Cinema Brasileiro em Munique e Festival Du Film Bresilien em Luxemburgo. E teve exibição quase inexistente nas salas de cinema no próprio país que continua ignorando o seu próprio cinema.


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Tiradentes

Assisti Tiradentes (1999) de Oswaldo Caldeira no Canal Brasil. Gravei em fevereiro, só vi agora. É um filme do período da retomada que iniciava. Com todas as dificuldades da época, conta a história de Tiradentes e dos conspiradores do reino. Tiradentes é interpretado por Humberto Martins. Boa parte do texto é em versos. Oswaldo Caldeira é filósofo, estudou e escreveu um livro sobre Tiradentes. A atualidade dos fatos incomoda. Impostos extorsivos, conspirações, pessoas divididos pelos seus ideais, políticos corruptos, falta de lealdade.

Tomás Antônio Gonzaga é interpretado por Eduardo Galvão. Marília de Dirceu por Giulia Gam. O elenco é incrível. Paulo Autran faz o padre confessor de Tiradentes antes da forca. No elenco estão: Marco Ricca, Júlia Lemmertz, Cláudio Cavalcanti, Rui Rezende, Rodolfo Bottino, Adriana Estevez, Ernani Moraes, Eduardo Tornaghi, Fernando Almeida, Roberto Bontempo, Nelson Dantas, Heitor Martinez e Cláudio Corrêa e Castro.



Beijos,
Pedrita

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mão na Luva

Assisti Mão na Luva (2013) de José Joffily e Roberto Bomtempo no Canal Brasil. Faz tempo que gravei esse filme, estava assistindo e a gravação cortou o final. Demorou bastante para o canal passar novamente e eu gravar. Agora foi em um horário mais fixo, mas mesmo assim fiquei olhando se continuava gravando, garantindo o final. Dessa vez deu certo.

Eu tinha adorado esse texto do Oduvaldo Viana Filho quando vi uma peça e comentei aqui. O texto é de 1966. É um excelente texto sobre o final de um relacionamento. Passa na noite da separação com lembranças, discussões, amores. No filme também mostram as cenas do que contam, o que não acontece com a peça.

Eu adoro esses atores, Miriam Freeeland e Roberto Bomtempo, mais talentosos e lindos que nunca. É incrível, a relação passa por várias fases. Começa com a decadência, as intolerâncias, as indiretas, mas eles lembram como se conheceram, no período do encantamento, a atriz nessa fase está mais solar, cabelo cumprido. São dez anos de relação, eles têm filhos. Também passa a dificuldade profissional do marido, um jornalista em crise profissional também. Eu gosto muito de filmes intimistas e é um bom caminho em época de crise. Não pode ser o único, mas um respiro de sobrevivência enquanto tudo não se equilibra. O filme é incrível, gostei de tudo!

Beijos,
Pedrita

domingo, 1 de junho de 2014

Cine Holliúdy

Assisti Cine Holliúdy (2012) de Halder Gomes no Canal Brasil. Queria muito ver esse filme. Tinha visto uma matéria onde falava dos inúmeros espectadores, 481.203 espectadores ao cinema em 2013 e faturou 4,9 milhões de reais. O longa Cine Holliúdy veio de um curta que ganhou vários prêmios e teve muito sucesso. O longa conseguiu ser realizado pelo primeiro edital do Ministério da Cultura para filmes de baixo orçamento.

Cine Holliúdy tem várias tiradas engraçadas. Logo no início avisam que será legendado porque o filme é em cearencês. A história é mais nostálgica, já que o Francisgleydisson quer montar um cinema em uma cidade que a televisão ainda não chegou, já que a televisão vem destruindo os cinemas por onde passa. No final um letreiro me entristeceu. Dos 184 municípios do Ceará, só 5 atualmente tem cinemas. Muito triste a falta de acesso a cultura nesse país.

O ator Edmilson Filho é impagável. Ele começou estudando Kung Fu e é faixa preta de Taekwondo. As cenas de lutas são hilárias. Ele vai com a família para a cidade de Pacatuba, que inclusive é um dos apoiadores do filme. Sua mulher é interpretada por uma atriz que adoro, Miriam Freeland. Uma graça o menino que faz o filho deles, Joel Gomes. Adorei os filmes que fizeram para exibir nos cinemas. Hilários. Cine Holliúdy é uma graça, nostálgico, engraçado, com ótimas piadas, crítico com a falta de acesso a cultura, inteligente. A transposição para o longa fez em alguns momentos ficar um pouco arrastado, não tão bem editado, mas gostei bastante.

O elenco é excelente: Jorge Ritchie, Angeles Woo, Márcio Greyck, Karla Karenina e Fernanda Callou. Há participações estrelares. Roberto Bontempo faz o prefeito de Pacatuba, Falcão interpreta um cego. Alguns outros mais conhecidos são Fiorella Mattheis e Rainer Cadete. A trilha sonora de canções bregas é deliciosa.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Anahy de Las Misiones

Assisti Anahy de Las Misiones (1997) de Sérgio Silva no Canal Brasil. Uma co-produção entre Brasil e Argentina. Sempre quis ver esse filme. Anahy de Las Misiones é ambientado no Rio Grande do Sul, quando acontecia a Guerra dos Farrapos. Uma família peregrina buscando objetos entre os mortos, para vendê-los entre os exércitos e manter sua subsistência. Anahy de Las Misiones é a matriarca desse grupo, interpretada maravilhosamente por Araci Esteves. O filme é falado em português arcaico e espanhol.

A família é interpretada por Dira Paes, Marcos Palmeira, Fernando Alves Pinto e Cláudio Gabriel. Outros que completam o elenco são: Giovanna Gold, Matheus Nachtergaele, Paulo José, Roberto Bomtempo, Nelson Diniz e o argentino Ivo Cutzarida.
Anahy de Las Misiones ganhou Melhor Filme (prêmio dividido com Miramar), Roteiro (Sérgio Silva e Gustavo Fernandez), Direção de Arte (Luiz Fernando Pereira), Ator (Marcos Palmeira), Atriz (Araci Esteves), Atriz Coadjuvante (Dira Paes), Prêmio Líder e Prêmio Unesco (dividido com O cineasta da selva) no XXX Festival de Brasffiado Cinema Brasileiro, DE, 1997 e Prêmio de Melhor Atriz (Araci Fsteves) no Festival do Cinema Latino-Americano, Trieste, Itália, 1998.


Música do post: Lenço farroupilha



Beijos,

Pedrita

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Achados e Perdidos

Assisti Achados e Perdidos (2006) de José Joffily no Canal Brasil. Eu quis muito ver esse filme quando esteve em cartaz nos cinemas, mas não consegui. Gosto muito desse diretor e os elogios a esse filme eram ótimos. E Achados e Perdidos é bárbaro! O roteiro é baseado em um livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza. É uma trama policial muito bem desenvolvida, com ótimo elenco. Começa com o assassinato de uma prostituta, interpretada pela ótima e bela Zezé Polessa. O maior suspeito é o seu amante, um ex-delegado, interpretado pelo excelente Antônio Fagundes. Junta-se a ele então a melhor amiga da morta, interpretada por outra bela e talentosa atriz, a Juliana Knust.

Começa então uma trama complexa, cheia de segredos, com vários momentos de lembranças do passado e flashs do que poderia ter acontecido. Nosso protagonista lembra muito pouco do que aconteceu e diz não saber nada sobre a morte de sua amada. A trilha sonora do André Abujamra também é bárbara. Além desses três atores, há outros do elenco, alguns em participação especial: Genézio de Barros, Malu Galli, Flávio Bauraqui, Roberto Bomtempo, Ricardo Blat e Hugo Carvana.
Achados e Perdidos ganhou 2 Lentes de Cristal no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, de Melhor Filme e Melhor Atriz (Zezé Polessa).
Música do post: Arnaldo Antunes - Consumado

Beijos,
Pedrita

domingo, 11 de novembro de 2007

Tolerância

Assisti Tolerância (2000) de Carlos Gerbase no Cinemax. Sempre quis ver esse filme porque li que o roteiro rodeava sobre o tema do relacionamento aberto. O casal interpretado pela Maitê Proença e Roberto Bomtempo vive uma relação aberta. Outro acordo é que eles contem tudo o que acontece com eles, interesses por outra pessoa, relacionamento com outro. Mas o filme utiliza esse argumento para fazer um filme de suspense, um mal filme de suspense.
Também a personagem da Maitê Proença é uma advogada sem escrúpulos. Ela tem um cliente que tem problemas de invasão de terras em guerra com o seu irmão. Fica tão deslocado e mal desenvolvida essa parte da história que chega a ser patética. Além desses protagonistas estão a ótima e bela Maria Ribeiro e Ana Maria Mainieri. Tentei colocar a música da banda do diretor do filme, mas era muito ruim. Não curto muito na área cultural profisisonais que fazem um pouco de tudo. Acredito que é melhor se concentrar em algumas áreas.

Beijos,
Pedrita