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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Mussum, o filmis

Assisti Mussum, o filmis (2023) de Silvio Guindane no TelecinePlay. O ótimo roteiro é de Paulo Cursino. Eu demorei pra ver esse filme elogiadíssimo porque queria um tempo distante de quando vi o documentário que gostei muito. Interessante como os dois produtos se completam. O filme é incrível, direção excelente com um elenco inacreditável!

Mussum, na verdade Antonio Carlos, era muito ligado a mãe. São as cenas mais emocionantes do filme, tanto na infância como no final da vida dela. Antonio Carlos na infância é interpretado pelo ótimo Thawan Lucas. A mãe é a maravilhosa Cacá Protásio. Ela queria que o filho estudasse. Empregada doméstica, não podia levar seu filho ao trabalho, então ela consegue interná-lo em um colégio militar. Ela fazia questão que ele fosse um oficial e pegava no pé dele para que estudasse e fosse militar. Ele gostava de samba e ela dizia que não dava futuro. A cena emocionante é ele ensinando a mãe a escrever. Antonio Carlos era muito, mas muito estudioso.
A outra cena de ir às lágrimas é Mussum cuidando da mãe que estava doente. Amo demais Neusa Borges e que talento. Airton Graça faz Mussum adulto, que ator. Ele canta pra ela, mas ela pede pra ele cantar uma mais alegre e pede a que minha mãe amava e vivia cantando A Dona do Primeiro Andar. Me emocionei mais ainda. O filme termina após a morte da mãe. Nos créditos que contam que Mussum morreu aos 53 anos em uma cirurgia de transplante de coração.
O ótimo Yuri Marçal faz o Antonio Carlos intermediário. Nessa foto ele está com Elza Soares da incrível Larissa Luz, Garrincha é Wilson Simoninha. O filme é muito, mas muito musical. Não tinha ideia que Mussum levou por muito tempo em paralelo como integrante dos Originais do Samba e comediante. Até mesmo quando ele foi ser humorista em São Paulo, o grupo seguiu com ele e faziam shows na cidade. Como Mussum trabalhava. 

Chega uma hora que ele ficava exausto, na época dos Trapalhões. Ele gravava praticamente todo dia e ia para os shows depois ou aos fins de semana. Só depois de muito jogo de cintura para manter os dois trabalhos é que finalmente ele larga o grupo de samba. Interpretaram os Trapalhões: Gero Camilo, Felipe Rocha e Gustavo Nader. Como humorista ele ganhava muito mais. Foi quando começou a ter uma vida mais confortável. 
Mussum teve dois casamentos. Leny é interpretada por Jennifer Dias e Késia Estácio. Com Leny Mussum ficou 4 anos e teve um filho. Neila é Cinara Leal com quem ficou até o fim da vida, foram casados 22 anos e tiveram um filho. Ao todo Mussum teve 6 filhos. Mussunzinho faz uma participação no filme como Nilton da Mangueira.

A vida de Mussum foi muito rica, não faltaram personalidades no seu caminho. Cartola (Flávio Bauraqui), Jorge Ben Jor (Ícaro Silva), Boni (Augusto Madeira), Grande Otelo (Nando Cunha), Chico Anysio (Vanderlei Bernardino). Outros do elenco são Stepan Nercessian, Alan Rocha, Edimilson Barros, Sergio Loroza e Mary Sheila.

Beijos,
Pedrita

sábado, 22 de junho de 2024

Tire 5 Cartas

Assisti Tire 5 Cartas (2023) de Diego Freitas no TelecinePlay. Fiquei curiosa pelo tarô.

A personagem da Lilia Cabral que lê as cartas, ela é esposa do cover do Sidney Magal, do Stepan Nercessian. Um anel aparece e eles fogem pro Maranhão. Há algumas belas cenas no estado.

Ela tem uma enorme rivalidade com a irmã de Claudia Di Moura. A propriedade da família não pode ser vendida, é uma pensão. Então ela fica por lá.

O sobrinho é interpretado pelo Sergio Malheiros. Ele gosta da personagem da filha da Lilia Cabral, a Giulia Figueiredo. Alguns outros do elenco são Guilherme Piva, Allan Souza Lima e Gabriel Godoy. Como toda comédia, acontece um bocado de confusões, pra tudo terminar em paz. O final emociona bastante com homenagens a Alcione e Sidney Magal.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Atrás da Sombra

Assisti a estreia de Atrás da Sombra (2019) de Thiago Camargo no Canal Brasil. Eu adoro o ator Bukassa Kabengele, e ele avisou no instagram que esse filme iria estrear no domingo. Avisei a Luli do Café com Leitura na Rede, nós vimos e amamos, que filme tenso!

 

O protagonista do filme está em apuros. Ele é detetive particular e recebe o pedido de um cliente de uma outra cidade. Precisando desaparecer, aceita. Segue para uma cidade muito pequena que já teve hotel e não tem mais, que não tem posto de combustível.

Logo que ele chega é hostilizado por dois policiais interpretados por ZéCarlos Machado e Érico Brás. Elencaço. A cidade toda hostiliza o visitante. Ele diz que é de uma empresa de seguros pra poder investigar a empresa que vem tendo seus funcionários mortos. Stepan Nercessian é profissional da empresa.

Uma boa alma resolve oferecer hospedagem ao protagonista. O rapaz fica com pena, fala com a avó que aceita hospedá-lo. Eu fique apavorada porque essa avó vive dando chá pra ele. Ela é a incrível Elisa Lucinda, gostei muito também do ator que faz o filho dela, Allan Jacinto.
Eu e a Luli ficamos impressionadas com o talento e a beleza da Bruna Britto. Personagem dificílima!

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Sob Pressão

Assisti Sob Pressão (2016) de Andrucha Waddington no Telecine Play. O roteiro é de Renato Fagundes e Leandro Assis. Eu relutava em ver esse filme. A realidade dos hospitais públicos no Brasil beira o insuportável e um filme que escancarasse esse tema seria muito doloroso. Mas acabei vendo o primeiro episódio da série na TV Globo, aí quis muito ver o filme.

O filme se passa em um único dia no hospital que fica ao lado de uma comunidade que passou a noite em tiroteio. Chega uma ambulância e a polícia. O policial foi baleado na cabeça e o traficante tem inúmeros tiros. Começa então a briga entre o chefe da cirurgia com o policial que acha um absurdo o traficante ser operado primeiro, quer até prender o cirurgião. O hospital está com a tomografia quebrada para avaliar a lesão do policial. Tudo precário, indigno. Pelo tiroteio muitos médicos e enfermeiros faltaram. Chega então uma médica que ia começar naquele dia e que tinha sido do Médicos Sem Fronteiras e trabalhado no Haiti. 

Há várias discussões com o diretor do hospital e a recente gerente administrativa. Muito bem realizado, muito triste. Júlio Andrade está incrível como o médico impecável, o melhor da equipe, mas que toma escondido muitos remédios e está exausto. Marjorie Estiano é a médica que chega. Outros médicos são interpretados por Ícaro Silva e Álamo Facó. O diretor por Stepan Nercessian e a administradora por Andréa Beltrão. O policial por Thelmo Fernandes. A série não tem o Ìcaro Silva e não entendi porque não escolheram um negro para substituí-lo. E é mais leve. Tem toda a densidade do filme, mas mostram pacientes sendo atendidos fora das salas de cirurgia, pacientes que vivem no hospital por não terem pra onde ir. É um pouco mais leve. O filme Sob Pressão incomoda muito, desconcertante. Dá muita vergonha desse país que designa milhões para fundo de campanha legalmente, bilhões ilegalmente e a saúde, educação e cultura nessa precariedade.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Magnífica 70 - 2ª Temporada

Assisti a série Magnífica 70 - 2ª Temporada (2016) na HBO. A criação é de Cláudio Torres, Renato Fagundes e Leandro Assis. Dirigida por Cláudio Torres e Carolina Jabor. A realização é da Conspiração Filmes. Eu ficava pensando como seria a segunda, tinha sido maravilhosa a primeira, que comentei aqui, e imaginando se iam conseguir que fosse tão boa. E é impressionante! Maravilhosa! Incrível como surgiram segredos eletrizantes e como temas complexos como a Ditadura Militar, Censura, drogas e o cinema da Boca do Lixo foram abordados.

A segunda temporada está mais anárquica. Tudo está mudado. Dora Dumar (Simone Spoladore) sumiu.  Seu irmão (Pierre Baitele) trabalha como ator na Magnífica e está com a Mestiça (Natália Rosa). Isabel (Maria Luísa Mendonça) está com Manolo (Adriano Garib). Na censura a doutora Sueli (Juliana Galdino) quer fazer cinema. Imagina as ideias mirabolantes dela.  Eles acabaram de fazer um filme militar. Ela tem um romance com outro da censura (Rodrigo Fregman). Surge na censura um puxa saco (Felipe Vidal) do Vicente que começa a querer proibir tudo o que a Magnífica faz.

Vicente (Marcos Winter) endoidou de vez. Esquizofrênico agora fala com o cineasta (Hamilton Vaz Pereira) que se matou porque ele censurou um de seus filmes. Ele acredita piamente que está fazendo um filme paralelo a filmagem de A Máquina do Amor.

Surge um policial (Felipe Abib) que investiga a morte do Larsen (Stepan Nercessian). Ele e Dora são viciados em cocaína, já que a droga surge na época  de forma devastadora na elite unida ao uísque. Tem também o Paladino da Família Brasileira (Taumaturgo Ferreira), um apresentador casado com uma beata (Mariana Lima). Achei incrível essa alusão as boas famílias brasileiras, ilibadas. Obviamente ele vive um devasso na clandestinidade, nem sua esposa sabe. Muitos atores que adoro estão no elenco: Charles Fricks, Mário Gomes, Ricardo Blat, André Frateschi, Leandro Firmino, Joana Fomm, Tammy Calafiore, Fábio Marcoff e Bella Camero.

No início do último capítulo eu achava que seria impossível uma continuação, mas eram delírios de um personagem, então há a possibilidade de uma terceira temporada. Espero que sim. Amo essa série. Até agora ainda estou impactada. Que texto, elenco, edição, reconstituição de época. Infelizmente a promoção da série foi muito precária. Quase não achei fotos, a página do facebook não foi ativada. Uma pena que a divulgação e promoção de Magnífica 70 - 2ª Temporada tenha sido tão precária, é uma obra e tanto. Entre as melhores séries que já vi.

Beijos,

Pedrita

domingo, 30 de agosto de 2015

Trash

Assisti Trash (2014) de Stephen Draldy no Telecine Premium. Estreou na semana passada na tv a cabo e por sorte eu coloquei pra gravar já que tinha um evento. Esse filme não entrou no TelecinePlay. Eu queria muito ver esse filme quando esteve em cartaz nos cinemas. Vi algumas matérias e queria muito ver. É absolutamente incrível por vários aspectos! Primeiro, é um filme de suspense muito bem realizado, ficamos agoniados o tempo todo. Segundo, por ser um grande filme social, sem ser panfletário. Me assustou o realismo do filme. E terceiro porque os meninos não-atores arrasam. Trash é baseado no livro de Andy Mulligan.

O filme é desses meninos. O roteiro é muito inteligente. Wagner Moura aparece muito pouco. Antes de ser pego ele joga uma carteira em um caminhão de lixo. Um desses meninos acha no lixão, pega o dinheiro, divide com o amigo e guarda a carteira. Vai olhar depois com calma e descobre que a polícia está atrás da carteira. Selton Mello faz um policial que oferece pagar mil reais pela carteira. Os meninos vivem no lixão e não consideram a polícia parceira e desconfiam. Se um policial quer tanto por uma carteira, algo deve ter. Se juntam aos dois amigos um outro que mora no esgoto. E que meninos inteligentes. Eles vão desconfiando e investigando, vão ao computador, e vão descobrindo os mistérios e cada vez mais se colocando em perigo. Os meninos arrasam: Rickson Tevez, Eduardo Luis e Gabriel Weinstein. Os três meninos não eram atores. Eles foram achados em lugares diferentes, em escola de samba e na Rocinha. Trash mostra o triste destino de crianças sozinhas que ficam completamente desprotegidas por não terem quem lute por eles. Tantos filmes que mostram como os órfãos viviam no passado, Trash mostra que pouco mudou a vida de quem não tem reclame por eles.
Lindos os princípios desses meninos, a solidariedade. Dão um banho de cidadania. No lixão um padre e uma ativista os ajudam e são interpretados por Martin Sheen e Rooney Mara. O político por Stepan Nercessian. Muitos atores fazem participações: Teca Pereira, Nelson Xavier, José Dumont, Leandro Firmino da Hora, André Ramiro, Charles Paraventi, Júlio Andrade, Enrique Dias, Jesuíta Barbosa, Adriano Garib e Gisele Fróes.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Magnífica 70

Assisti a série Magnífica 70 na HBO. Que obra de arte! A direção é de Claudio Torres e Carolina Jabor.  Magnífica 70 é baseada em um roteiro de Toni Marques. Um dos melhores personagens da carreira do Marcos Winter, ele está impressionante. Ele interpreta Vicente, um funcionário público da censura que define se os filmes brasileiros serão ou não censurados. Ele tem esse emprego graças ao sogro, um militar, interpretado pelo Paulo César Pereio. Nunca sabemos as emoções do Vicente. Ele faz tudo do mesmo jeito, praticamente sem expressões. Vemos uma personalidade atormentada, um olhar apaixonado muito raramente, mas dificilmente estamos sabendo o que acontece. Parece um homem muito inteligente, sensível, mas que reprime completamente suas emoções. As duas mulheres, sua esposa e a atriz, são interpretadas por atrizes que adoro: Simone Spoladore e Maria Luísa Mendonça.

Vicente fica muito perturbado com uma atriz e personagem de um filme e o censura. O produtor e a atriz vão tomar satisfações e ele fica perturbado. Resolve então procurar o casal e dizer que sabe como fazer o filme passar na censura sem dizer quem é. É forçado a dirigir a cena e parece tomar gosto de fazer cinema. Mas, como disse, ele esconde as emoções. Começa uma trama complexa, onde ninguém parece ser o que é, cheia de reviravoltas, maravilhoso. A dualidade toda é incrível. Vicente envolvido na Boca do Lixo, apesar de desejar a atriz, ele permanece casto quase todo o tempo. A esposa resguardada, vai fazer um tratamento em uma clínica da elite na linha Reishniana e acaba vivendo orgias e loucuras que o marido na Boca do Lixo nem imagina. Essa inversão do pudico e do devasso é incrível em Magnífica 70. Nada é o que parece ser.

Magnífica 70 acaba falando desse período hediondo da ditadura e do cinema da Boca do Lixo. É sensacional. O produtor da Magnífica 70 é um ex-caminhoneiro interpretado por Adriano Garib. A esposa do militar por Joana Fonn. Stepan Nercessian o dono da produtora. André Frateschi o ator canastrão e narcísico. O irmão da atriz por Pierre Baitelli. Os patrocinadores por Fábio Marcoff, Shalon Hsu e Carlo Mossy. O auxiliar do produtor por Leandro Firmino. Os profissionais da censura por Juliana Galdino e Rogério Fregnan.

Vários atores fazem participações: Bella Camero, Julia Ianina, Charles Fricks, Roney Vilela, Hamilton Vaz Pereira, Eduardo Galvão e Milhem Cortaz. Tudo é impecável, luz, cenografia, figurinos, ambientação de época e a trilha sonora, encabeçada pela canção Sangue Latino dos Secos e Molhados. O sucesso foi tanto que está anunciada a segunda temporada. Aguardo ansiosamente.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Meu Passado me Condena - O Filme

Assisti Meu Passado me Condena - O Filme (2013) de Julia Rezende no TelecinePlay. Eu não pensava em ver esse filme. O 007 disse que funciona, que é bonitinho e ele tem razão. O 007 gosta muito da Miá Mello. É mais um projeto patrocinado por cruzeiros. Eu adorei S.O.S. Mulheres ao Mar. Eu tive a impressão que os cruzeiros gostaram mais da propaganda do S.O.S.. Já que Meu Passado me Condena tem algumas questões que depõe contra cruzeiros. Meu Passado me Condena é uma bonitinha comédia romântica. 

Se eu soubesse que a Juliana Didone está no elenco já tinha visto antes. Adoro essa atriz. Também gosto do Alejandro Claveaux.

Começa com o casamento em um cartório dos dois protagonistas. Ele é interpretado pelo Fábio Porchat. Eles querem casar logo porque a lua de mel será em um cruzeiro. Eles se conheceram um mês antes e são opostos. Ele é um animador de festas infantis, é o negócio do seu pai. E ela uma economista. No cruzeiro eles descobrem que lá está um outro casal. Ele foi o namorado dela e a esposa foi uma paixão da infância dele. Começa a confusão. Vou falar detalhes do filme: Confesso que acho que a troca de casais bem mais lógica. As explicações para eles ficarem juntos é meio forçada. Pode ser verdadeira, porque com sentimentos nada é lógico, mas a troca parecia mais simpática. Mas essa dupla está em uma série, então tinham que ficar juntos. Já está pronto o segundo filme desse.

Um casal politicamente incorreto atrapalha mais ainda a vida dos dois casais. Eles trabalham no cruzeiro e fazem tudo para extorquir os passageiros. Eles eram casados e estão separados. Os atores são interpretados por Marcello Vale e Inez Viana. Espero que os cruzeiros não tenham funcionários como esses, que fazem tudo para empurrar serviços avulsos para que gastemos mais. O comandante também é politicamente incorreto. Ele é confundido pelo protagonista e pelo seu amigo em uma festa fantasia, e faz uma represália. Prende os dois amigos em uma parte do navio para se vingar. Por um curto espaço de tempo, mas igualmente politicamente incorreto. Imagino que funcionários assim sejam demitidos rapidamente pelo patrocinador do filme. 

Vários atores fazem participações: Catarina Abdalla, Rafael Queiroga, Elke Maravilha, Ernani Moraes e Stepan Nercessian. As locações são lindas. Angra dos Reis, Ilhéus, Salvador, Marrocos e Itália.



Beijos,
Pedrita