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domingo, 27 de agosto de 2023

Um Dia com Jerusa

Assisti Um Dia com Jerusa (2020) de Viviane Ferreira na Netflix. Tinha tempo que queria ver esse filme premiado. Tinha até começado a ver há um bom tempo, mas depois não tinha mais Netflix. Separei pra ver agora que retomei esse streaming, mas infelizmente Léa Garcia faleceu antes. Que tristeza que fiquei! Ela está entre os meus atores preferidos e nesse filme está majestosa. E que filme lindo! Poético! Cheio de símbolos! É um filme bastante surreal e metafórico, uma preciosidade!

O filme começa falando um pouco de duas mulheres até que elas se encontram. Jerusa está preparando a festa de seu aniversário, seus filhos e netos logo vão chegar. A outra jovem faz uma pesquisa de sabão em pó. Ela é interpretada brilhantemente por Débora Marçal. Jerusa vai enredando e confundindo essa jovem que nunca consegue finalizar a pesquisa. E com isso ela vai contando a sua história e de sua família, sempre de modo poético. Inclusive nos créditos vem que um dos poemas declamados é de Luiz Gama. Queria rever pra saber quando é declamado.
Claro que os filhos e os  netos nunca aparecem. Eles iriam vir realmente? Ou ela está totalmente só e esquecida. Nada é claro e essa é a grande magia desse filme que começou inicialmente com um curta que quero ver, até ser transformado nesse brilhante longa. Há participações de Antonio Pitanga, e Tássia Reis. Lindíssimas as cenas finais com a música interpretada pela maravilhosa Virgínia Rodrigues.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Boca de Ouro

Assisti Boca de Ouro (2019) de Daniel Filho no Canal Brasil. Esse filme vem sendo muito elogiado, então queria ver. Esse texto do Nelson Rodrigues é incrível. Faz tempo que vi a icônica adaptação da obra por Nelson Pereira dos Santos

O elenco é incrível, todos arrasam! Marcos Palmeira é o Boca de Ouro. Lorena Comparato a Celeste e
Thiago Rodrigues, o marido.

Começa com a morte do Boca de Ouro. O excelente Silvio Guindane é o jornalista que vai entrevistar a ex, a ótima Malu Mader, que voltou com seu marido, Guilherme Fontes.

Hilário a "viúva" contando três versões da mesma história assim que os fatos mudam. A majestosa Léa Garcia faz uma participação. Ainda no elenco Karina Ramill, Raquel Fabbri, Edmilson Barros e Anselmo Vasconcelos.
 

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

M-8 Quando a Morte Socorre a Vida

Assisti M-8 Quando a Morte Socorre a Vida (2018) de Jeferson De na Netflix. Queria muito ver esse filme! Que filme lindo! Que filme triste!

Um jovem acaba de entrar na faculdade de Medicina. Ele se incomoda na aula de anatomia, onde é o único negro da turma, mas todos os corpos para estudos são negros. Gosto demais do Juan Paiva e da Mariana Nunes. A cena da mãe falando pro filho não desistir, que texto, que interpretação!
Ele acaba tendo contato com esses grupos de mulheres que procuram seus filhos desaparecidos. Esse núcleo é encabeçado pela Tati Tibúrcio. De cortar o coração ele querendo ver as fotos para ver se alguém é o M-8. M-8 era a identificação do corpo que estava na aula de anatomia interpretado por Raphael Logan.

O elenco é inacreditável, eu ficava sem fôlego a cada aparição. Trabalham na faculdade os personagens de Zezé Motta, Aílton Graça, Alan Rocha, Pietro Mário e Henri Pagnoncelli. Fazem participações Léa Garcia, Dhu Moraes, Malu Valle, Rocco Pitanga, João Acaiabe, Lázaro Ramos e Aramis Trindade. Alguns outros do elenco são Giulia Gayoso, Bruno Peixoto e Fábio Beltrão.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pitanga

Assisti ao documentário Pitanga (2017) de Camila Pitanga e Beto Brant no Canal Brasil. Quis ver inclusive nos cinemas. A trajetória de Antônio Pitanga confunde-se com a história do cinema brasileiro.. Sou fã desse ator.

Antônio Pitanga com Luíza Maranhão em A Grande Feira

O documentário mostra Pitanga na praia, depois segue para Salvador, onde ele encontra com profissionais que trabalhou. Contador de histórias, seus encontros são riquíssimos em conteúdo, uma aula de cinema brasileiro. Ele fala com Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Othon Bastos, Gésio Amadeu, Ney Latorraca, Tamara Taxman e Ítala Nandi. Com os diretores Cacá Diegues, Neville D´Almeida, Walter Lima Jr. e Hugo Carvana. Os músicos Maria Bethânia, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Caetano Veloso.

Antônio Pitanga em Barravento

Pitanga conta que Glauber Rocha ficou muito bravo com ele porque uma produção atrasou e o ator foi trabalhar com teatro. O documentário entra com uma linda entrevista do José Celso Martinez Corrêa e sobre teatro. Capoeirista, suas interpretações tinham muitos movimentos, eram muito viscerais.

No final as conversas são com os filhos. Camila Pitanga agradece muito ao pai o carinho com sua mãe, Vera Manhães. Em uma entrevista contam a beleza desse casal.

Muito emocionante as cenas do Pitanga com o filho Rocco e seus netos, que momentos delicados. O carinho e união de todos emociona.

No blog eu falei de alguns filmes que Antônio Pitanga participou:

O Pagador de Promessas

Tocaia no Asfalto

O Homem que Desafiou o Diabo

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Acalanto

Assisti ao curta Acalanto (2012) de Arturo Saboia no Canal Brasil. Eu não sabia da existência desse curta. Amo esses dois atores Léa Garcia e Luiz Carlos Vasconcelos. Estava no começo e foi aí que descobri essa preciosidade. Não deixem de ver, que lindo! A personagem leva uma carta para ele ler. Ele trabalha em um cartório, carimbando fichas. A carta acaba logo, mas ela pede que continue e diz que sempre tem mais.

Ele fala então que no dia seguinte lerá o resto. E assim passam dia a dia ele lendo a mesma carta pra ela. Ou inventando outras. De cortar o coração. O filme foi realizado em São Luís do Maranhão. Belíssima fotografia, lindíssimas as locações e o desempenho deles maravilhoso. Obra de arte!

Dá pra ver pelo Vimeo aqui.

ACALANTO (CURTA-METRAGEM) from Arturo Saboia on Vimeo.
Beijos,
Pedrita

sábado, 30 de abril de 2016

Trinta

Assisti Trinta (2012) de Paulo Machline no TelecinePlay. Eu não tinha muita empolgação em ver esse filme apesar de admirar o Joãozinho Trinta como carnavalesco. Gostei. O filme mostra um período da vida de Joãozinho Trinta até o primeiro carnaval.

Matheus Nachtergaele está incrível como Joãozinho Trinta. Não sabia que o Trinta tinha sido bailarino do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O filme conta que Trinta veio de São Luiz do Maranhão. A família arrumou um emprego de jornalista, mas ele prestou concurso e entrou para o corpo de baile. Logo percebeu que por ter 1,58 de altura nunca seria solista.

Trinta é convidado para nas horas vagas ajudar nos adereços do cenógrafo que era o Fernando Pamplona, também carnavalesco, interpretado por Paulo Tiephenthaler. A esposa, bailarina solista do municipal, é interpretada por Paolla Oliveira e é grande amiga de Trinta. Trinta sobe no Theatro Municipal até passar a ser cenógrafo de produções de ópera e ter seu nome em destaque nos programas. E é pelo Pamplona que Trinta chega aos barracões. Na Salgueiro, em um desentendimento do carnavalesco com o bicheiro dono da escola, Trinta é convidado a assumir as pressas a função. 

Trinta sofre então grande resistência da escola e o filme passa praticamente todo no preparo desse carnaval e nas desavenças entre Trinta e a equipe. O carnaval emprega muita gente, é uma grande produção, muita responsabilidade, expectativa. Uma mega produção. Liderar e se fazer respeitado não é uma tarefa fácil como em qualquer grande empresa. O personagem do Milhem Cortaz é o que mais tenta prejudicar Trinta, mesmo que isso venha prejudicar a escola. Fabrício Boliveira faz o auxiliar de Trinta que igualmente não acredita no carnavalesco no início. O bicheiro é interpretado por Ernani Morais. O parente de Trinta que tenta tirar o bailarino do municipal é interpretado por Marco Ricca. A mãe de Trinta por Léa Garcia. A destaque da escola que não quer participar da Salgueiro naquele ano por Mariana Nunes. O filme termina com a realização desse desfile que passa mesmo com imagens de carnavais de Joãozinho Trinta. Vários atores fazem participações: Jorge Maya, Vinícius de Oliveira, Augusto Madeira, Tatu Gabus Mendes e Marcello Melo Jr.. Lindos os figurinos de Kika Lopes.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Em Quadro

Assisti ao documentário Em Quadro (2009) de Luiz Antonio Pilar no Arte 1. Estava começando esse documentário, adoro os atores, e assisti. É muito bom! Em Quadro entrevista quatro importantes atores negros que adoro: Zezé Motta, Milton Gonçalves, Léa Garcia e Ruth de Souza. Muito interessante como cada um lidou e atuou nas produções, Alguns mais engajados, outros nem tanto, uma grande e fascinante diversidade.

Gostei que cada um foi entrevistado individualmente. Zezé Motta contou que onde estudava e morava a maioria era branca, então ela queria o cabelo liso. Quando foi aos Estados Unidos com peruca chanel ficaram horrorizados e foi aí que ela passou a usar o cabelo como é o dela mesmo. Na época se usava muito cabelo black power e foi assim que ela usou nesse período.

Quase todos falam do quanto gostaram de fazer o filme Filhas do Vento que gostei muito e comentei aqui. Contam que é um filme sobre uma família, suas dificuldades onde todos são negros. Mas não é um filme sobre racismo. E sim sobre uma família qualquer, que poderia ser de qualquer país.

Alguns dão depoimentos. Gosto demais do pesquisador Joel Zito Araújo que conseguiu resumir algo que tenho tentado dizer para amigas sem sucesso. Ele disse que o negro é escolhido para a dramaturgia para falar de negritude, e que o branco para humanidade. Eu penso assim. O negro é escalado para falar de racismo, preconceito. Só na TV Record acabei vendo novelas onde os atores eram escolhidos pelos personagens independentes de serem negros e brancos. Independente de serem ricos ou pobres. Ando bem cansada na TV Globo com a segmentação que criam. Se vai ter comunidade na novela, serão na maioria negros. Os brancos no asfalto. E só falam de negritude, racismo. E não personagens humanos sobre questões ampliadas. Não vejo a hora desse círculo vicioso se quebrar.

Milton Gonçalves falou bastante de cinema. Falou de Grande Otelo, do filme Macunaíma. Falaram muito também do filme com ele, Rainha Diaba de 1974 que não vi. O diretor Antônio Carlos Fontoura contou como foi. Milton Gonçalves foi apresentado ao roteiro. Vendo o quanto era forte, consultou o filho se ele aceitaria, e o filho aceitou e ele fez. Milton Gonçalves disse que gosta de interpretar bandidos.


Ruth de Souza atuou muito em filmes da Vera Cruz e comentou sobre Sinhá Moça que comentei aqui. Os cineastas Roberto Farias e Cacá Diegues também dão depoimentos. Cacá Diegues fala inclusive do belíssimo filme O Maior Amor do Mundo com a Léa Garcia e claro, Zezé Mota e Diegues falam muito do filme Xica da Silva de 1976 que também quero ver eu só vi a novela da TV Manchete. Não sei se concordo com o samba da abertura. Acho que reforça esteriótipos. Eu vi outro documentário sobre os negros nas artes, A Negação do Brasil, que igualmente gostei muito e comentei aqui


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Agosto

Assisti em DVD a minissérie Agosto (1993) da TV Globo. Direção de Paulo José, baseado no romance de Rubem Fonseca, adaptado por Jorge Furtado. Eu tinha lido o livro há vários anos e queria muito ver a minissérie. Concordo com a minha mãe que assim que começamos a ver queremos saber o que vai acontecer. Vi muito rapidamente, apesar de ser em várias horas.

A direção de arte é impecável. Tudo cuidado nos mínimos detalhes para a ambientação na década de 50. O elenco é incrível. José Mayer é o policial honesto, utópico, que tem uma úlcera. É angustiante a má alimentação dele. As duas mulheres que o atormentam são interpretadas pela Vera Fischer e Letícia Sabatella. Estão lindíssimas! Igualmente bela a Lúcia Veríssimo como a esposa do homem assassinado. Belíssimo ainda Norton Nascimento.

Tony Tornado arrasa como Gregório Fortunato. A minissérie se passa no final da vida de Getúlio Vargas, quando acontece o atentado a Carlos Lacerda. Muito bem relatada a parte histórica que anda em paralelo e até se confunde com a trama principal e ficcional. Ótimos os policiais interpretados por outros dois grandes atores Elias Gleizer, Carlos Vereza e Stênio Garcia. Mário Lago está majestoso como o chefe dos bicheiros que trás outros atores incríveis como Claudio Corrêa e Castro

Marcos Winter está excelente como o empresário perturbado. Incrível a realização da cena do suicídio. José Wilker é o outro empresário. Hugo Carvana um político influente. Sérgio Mamberti está maravilhoso como um senador, contracena com ele brilhantemente Rodolfo Bottino. Othon Bastos como um advogado do poder e do dinheiro. Lima Duarte como um matador. Ainda aparecem outros atores que adoro Milton Gonçalves, Léa Garcia, Ivan Cândido, Sylvia Bandeira, Antônio Petrin, Clemente Viscaíno e Nelson Dantas. A minissérie faz uma homenagem a Paulo Gracindo.

O DVD traz ainda uma entrevista com Paulo José e Carlos Manga. E matérias sobre a realização.

Beijos,
Pedrita