Não era uma mulher livre e sim uma mulher dependente de homem. Estava sempre atrás de novas emoções, mas nunca parecia encontrá-las, estava sempre infeliz. Mesmo quando o trio se forma, não é um trio. Um aceitou ela ficar com o amigo na mesma casa para não perdê-la, mas ela fica só com o amigo e acha errado quando um tempo depois dorme com o primeiro. E não repete. Eram três pessoas angustiadas, insatisfeitas e infelizes. Um deles inclusive era mais machista ainda, porque mantinha uma mulher na cidade, ia e voltava quando bem entendia e a mulher da cidade ficava lá esperando, à disposição.
No início os três viviam em uma cidade grande, então ela era mais livre e feliz. Depois da guerra, ela se enfiou na casa de campo com um deles, teve uma filha, tinha uma pessoa pra cuidar da casa, e era incapaz de fazer algo por ela mesma, escrever um livro, ter algum trabalho. Vive só de ir atrás de homem e pior, não parece que fica feliz a cada noitada. Jules e Jim é realmente um filme feito por homens com um olhar altamente estereotipado do que é uma mulher. A protagonista foi criada na época da publicação de importantes obras de Simone de Beauvoir, bem depois das obras de Virgínia Woolf, portanto já haviam textos com mulheres a frente de seu tempo, independentes, livres e com vida profissional.
Sim, Jeanne Moreau está mais linda que nunca. Jules e Jim são interpretados por Oskar Werner e Henri Serre.
Beijos,
Pedrita