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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

The Handmaid´s Tale - 4ª Temporada

Assisti a 4ª Temporada de Handmaid´s Tale (2021) de Margaret Atwood na Paramount Channel. É a última temporada. Como sempre é muito difícil de assistir, mas acho fundamental pra compreender fanatismos e perseguições aos seres humanos.
As outras postagens estão aqui.

June (Elisabeth Moss) continua querendo resgatar a sua filha que foi sequestrada ainda criança e dada como filha a outra família. 
Os líderes de Gilead (Yvonne Strahoviski e Joseph Fiennes) e  que decidiram a estrutura daquela sociedade. Quem seriam as famílias com todos os direitos, quais seriam as mulheres estupradas pra conceber filhos pra eles, as que seriam serviçais, praticamente escravas, as que trabalhariam nos campos. E toda desobediência é coibida com violência e torturas. Eles estão presos no Canadá. Inteligente a série colocar que os fanáticos, mesmo no Canadá, queriam a liberdade deles, que o viam como ídolos. Que com todos os relatos ainda os achavam dignos de liberdade e privilégios. Tempos obscuros! Pessoas cegas com os fascistas!
June finalmente chega no Canadá, mas não queria, porque não conseguiu libertar sua filha. Muito bem feito o ódio que ela tem. Como fica violenta depois de tantos anos de silêncios, medos e obediência forçada. A série mostra que ambientes hostis transformam as pessoas, mesmo as boas, acabam ficando com marcas e comportamentos inadequados, ódio, gera ódio. Eu gostei demais do final catártico. E também de ficar claro que Gilead ainda existe, que líderes de outros países ainda querem negociar com fanáticos. Imagino que June nunca vai desistir de trazer sua filha de volta. Que aquelas mulheres nunca vão desistir de lutar pelas que ficaram pra trás. E as que ficaram nunca vão desistir de libertar outros e fugir. Já que a luta contra fanáticos nunca termina e nem sempre é justa. Grande série!
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

The Handmaid´s Tale - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada de The Handmaid´s Tale (2019) de Bruce Miller na Paramount Channel. Segundo vários relatos essa série maravilhosa e premiadíssima chega ao fim, mas no IMDB parece que já tem o episódio da quarta temporada, novamente quero saber como seguirá. Tive muito dificuldade de ver todos os episódios, é muito angustiante, mas profundamente necessários. Margareth Atwood escreveu o livro que li da primeira temporada, deu supervisão nas temporadas seguintes. Lançou recentemente O Testamento que conta o restante da história pela ótica dessa autora. Quero muito ler.

A série mostra o quanto o autoritarismo, quando não cortado pela raiz, vai ampliando e se tornando mais e mais perverso. Mesmo sendo uma série de ficção, acaba mostrando muito como regimes autoritários são assassinos e o quanto as mulheres são as mais atingidas.

June (Elisabeth Moss) agora está mais guerreira que nunca. No final da segunda temporada, ela não fugiu com a filha bebê para o Canadá para tentar resgatar sua outra filha sequestrada, Hannah. Entendam, a filha foi sequestrada para ser criada por outra família. Essa sociedade determina quem são as famílias de bem e quem são as peças para procriar, cuidar da casa, trabalhar de modo desumano em lugares contaminados.

June fica na casa de outro comandante (Bradley Whitford) e descobre que ele foi responsável por boa parte das regras monstruosas dessa sociedade. E pior, essas regras afetaram profundamente a saúde da sua esposa (Julie Dretzin). Ele a ama profundamente, mas é covarde o suficiente para não salvá-la daquela vida trágica. Nessa sociedade as mulheres não tem direitos, os partos são em casa, se dão algum problema, azar, mesmo que existam hospitais equipados. E essa mulher tem distúrbios mentais, precisaria de medicação constante para estabilizar o seu organismo, mas a sociedade não fornece a ela o que precisa e ela vive tendo surtos, é muito doloroso.
Mas as atrocidades com as mulheres são muitas. O sadismo é insuportável.

June resolve então fazer uma ação ousada, tentar tirar o máximo de crianças que consiga dessa sociedade para que no futuro não venham a ser estupradas, espancadas, enforcadas, escravizadas, mutiladas e sofrer todo o tipo de barbaridade. É muito emocionante quando ela pede as Marthas que enviem bolinhos se concordam pra saber quantas vão ajudar a tirar as crianças de lá. 52 mandam bolinhos. Porque tudo é silencioso, elas não podem conversar, se articular, tudo tem q ser muito cuidadoso. As mulheres, cansadas de tanta atrocidade e com o futuro das crianças, começam a se rebelar, mesmo q em silêncio, começam a destruir essa estrutura perversa. E a série não nos deixa confortável. A filha de June foi transferida pra longe, June não seguirá com o grupo. E Hannah não chega no Canadá. A série não traz alívio, sim, 52 crianças são libertadas, mas a heroína fica pra traz e sua filha também.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

The Handmaid´s Tale - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada da série The Handmaid´s Tale (2018) na Paramount. Eu tinha amado o livro e a primeira temporada e estou ainda impactada pela segunda temporada. Margaret Atwood escreveu o livro que serviu de base para a primeira temporada. Na segunda não há mais livro, mas nas duas temporadas ela dá consultorias, todas as suas ideias, a sua força, estão lá. Que obra!

Toda a monstruosidade humana está ali. Nessa vemos o casal que praticamente idealizou todas as teorias dominadoras sendo alvo de sua própria ganância. O ser humano buscando o poder e destruindo exatamente quem idealizou tudo aquilo para tomar o poder. E a maioria ali, vulnerável as suas regras monstruosas e absurdas. 

Nessa temporada mostram muito os campos radioativos. Mulheres que não pode mais dar filhos para as famílias dos comandantes, mulheres mais velhas, doentes, só mulheres, vão lá pra morrer mais rapidamente fazendo trabalhos forçados monstruosos, com alimentação tóxica. Alexis Bledel tem um grande destaque nessa temporada.

As maldades não param. Meninas que foram criadas no discurso alienante, crentes e adolescentes casam com desconhecidos. Triste demais a história de uma delas interpretada brilhantemente por Sidney Sweeney. Na verdade a série toda continua maravilhosa, com grandes atores e interpretações.

Nessa, as mulheres passam a ter muito mais força, inclusive coletivamente. E não só as oprimidas mais claramente. A segunda temporada mostra que as mulheres podem se unir para evitar desastres e se protegerem. São muito emocionantes tanto os momentos dramáticos de violência provocadas por mulheres, como os momentos de mulheres se unindo pelo conhecimento para tentar modificar sandices ou tentar salvar vidas.

Nessa sociedade as mulheres não podem ler, as que tinham profissões são obrigadas a ter outras funções. June pensa o tempo todo em conseguir sensibilizar as mulheres para que protejam seu filho no futuro. Ela terá que deixar a casa assim que der a luz, seu filho é do comandante e da esposa conforme a regra e quer que seu filho seja protegido. Ela também une as Aias e Marthas para que todas tentem se proteger e se ajudar. "Juntas somos mais fortes". São momentos muito emocionantes. O texto continua absurdamente incrível. Arrasam como sempre: Elisabeth Moss,  Yvonne Strahovski, Amanda Brugel, Joseph Fiennes, Max Minghella, Madeline Brewer Ann Dowd. 

Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de maio de 2018

The Handmaid´s Tale

Assisti a primeira temporada da série Handmaid´s Tale (2017) na Paramount. A direção é de Bruce Miller. Como queria ver esse produto. Tinha amado o livro da Margaret Atwood, essa série vem angariando inúmeros prêmios e comentada como a melhor série do ano, não queria perder. Demorou um ano para algum canal passar no Brasil. E a Paramount não colocou essa série em streaming. Só dava pra ver mesmo no canal. Como posso gravar, consegui ver quando quis se perdia.

Como em Alias Grace, Margaret Atwood deu consultoria pra série, mas diferente da outra, essa tem ampliações e modificações, e terá mais ainda na segunda temporada que está sendo gravada, como li em uma matéria. A série é tão maravilhosa como o livro. Um problema de infecção torna a maioria dos humanos inférteis. Um grupo cria um sistema perverso onde as poucas mulheres férteis se tornam aias para procriarem para famílias. A protagonista vai em uma família onde o casal foi o que escreveu parte das regras absurdas. Ela já teve uma filha que foi arrancada dela e está lá  na família para ter outra criança para ficar com o casal. Assim que o filho desmamar, se ainda for possível engravidar, a aia segue para outra família. Se não, ela irá para outra função nessa sociedade pavorosa, que pode ser infinitamente pior que essa, que pode ser cuidar de lixo tóxico. Para conseguir o controle elas não tem amigos, não podem conversar, são vigiadas constantemente e torturadas sempre que se rebelam. Ainda ganham outros nomes, o final do nome sempre é o da família que está inserida, quando muda de família o final do nome muda. Os que subvertem o sistema são enforcados e ficam em um muro como exemplo. A opressão a um povo é muito atual.
Interessante que em uma entrevista Margaret Atwood disse que o eixo era a religião, que o fanatismo tinha levado a essas atitudes extremas. Sei que foi ela que criou o livro e a estrutura, mas eu penso diferente, eu acho que o grupo utiliza os sistemas, inclusive a religião, para ter uma desculpa para a ditadura e o poder ao outro. Para torturar, tudo em nome de uma causa maior, nesse caso, a perpetuação da espécie.

Elisabeth Moss está incrível. Gosto muito do Joseph Fiennes e do Max Minghella. Insuportável a personagem da Ann Dowd que está incrível. Que triste a personagem da Madeline Brewer e que interpretação difícil, são os piores momentos da série. Muito irritante a personagem da bela Yvonne Strahovski. Há vários outros ótimos atores e bons personagens: Amanda Brugel, Samira Wiley, Alexis Bledel, O-T Fagbenle,  Nina Kiri, Jordana Blake e Ever Carrendane. Todos estão ótimos e gostei muito que o elenco traz várias etnias e descendências.
Entre os inúmeros prêmios de melhor série do ano estão Globo de Ouro de Melhor Série e Melhor Performance em Série Drama para Elisabeth Moss.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Elo Perdido

Assisti O Elo Perdido (2005) de Regis Wargnier no HBO Plus. Uma co-produção entre França, África do Sul e Inglaterra. Era uma noite de poucas opções, resolvi ver esse filme porque a Kristin Scott Thomas estava no elenco. Contracena com ela outro ótimo ator, Joseph Fiennes. Gostei bastante do filme que é muito indigesto e precisei de um certo esforço para continuar. No começo não entendemos ao certo. Os dois protagonistas mais negros caçam negros na floresta. Depois ficamos sabendo que um deles é cientista e acredita que os pigmeus estariam entre o macaco e os negros africanos na escala evolutiva da humanidade e querem aprisionar pigmeus para estudá-los. É difícil ouvir o cientista dizer que conseguiu caçar um macho e uma fêmea, como se aqueles seres humanos fossem animais. O Elo Perdido é ambientado em 1879, apesar de um período de muito estudo científico também de muita ignorância e preconceito.

O Elo Perdido não chega a ser um filme original, ele se remete a vários filmes que falam do ser humano utilizar outro como artista de circo para conseguir dinheiro. Do interesse desumano pelo exótico. Tema que já vimos em filmes como: O Garoto Selvagem do Truffaut, O Homem Elefante e King Kong. Mas é um filme bem realizado, esteticamente muito bonito, com uma fotografia belíssima dirigida por Laurent Dailland e uma bonita reconstituição de época com direção de arte de Zack Groebler e Nick Palmer.
Os dois jovens atuam muito bem e são interpretados por Lomama Boseki e Cécile Bayiha. Outros do elenco são: Hugh Bonneville, Iain Glen e Flora Montgomery.
Deve ter sido um filme difícil de interpretar pela forma complicada de comportamento de uma época tão claramente desumana. Não que hoje não existam questões complexas, mas são mais camufladas e politicamente incorretas.
O filme se arrasta um pouco em alguns momentos e o final força um pouco trazendo uma certa bondade a protagonista antes mercenária e transformando muito rapidamente um casal romântico de forma um pouco inverossímel, mas no geral é um bom filme que debate questões importantes sobre ciência e humanidade.
Música do post: 13 Shayalan Amabala


Beijos,
Pedrita