Em vários momentos elas acham que vão conseguir o direito ao voto. Em um momento as mulheres vão dar os depoimentos, as que tinham coragem, porque sofriam muitas discriminação ou mesmo represálias por se posicionaram. Quando vão todas juntas ouvir o resultado descobrem que não, que continuam impedidas de votar. E elas são brutalmente espancadas pelos policiais. Elas usavam condecorações de quantas vezes tinham sido presas. Nas prisões faziam greves de fome, mas como os oficiais não queriam mártires faziam absurdos para que elas aceitassem alimentos.
A personagem da Carey Mulligan representou as operárias. Em seu depoimento ela relata essas mulheres que trabalhavam desde muito cedo lavando roupas. Aos 7 trabalhavam meio período, aos 12 passavam a trabalhar período integral. Pela insalubridade do serviço, sempre na umidade, essas operárias viviam muito pouco. O elenco é grande: Grace Stottor, Brendam Gleeson, Romola Garai, Ben Whishaw e Shelley Longworth. O filho da operária é interpretada pelo fofo Adam Michael Dodd.
Helena Bonham-Carter interpreta uma farmacêutica, ela queria ser médica mas por ser mulher não conseguiu. Ela deu continuidade a botica do seu pai. Meryl Streep faz uma pequena participação interpretando uma líder sufragista Emmeline Pankhurst, que vivia na clandestinidade porque era perseguida pelos policiais para ser presa.
O filme relata um fato histórico muito determinante na causa. Uma sufragista, querendo chamar a atenção do rei, entra no meio de uma corrida de cavalos e é morta pisoteada. Só aí que as sufragistas conseguem destaques nos jornais. Até então a mídia raramente dava alguma nota. É quando acontece uma enorme passeata no cortejo fúnebre dessas sufragistas e é quando muitas outras mulheres aderem ao movimento e todas de branco com a faixa negra no braço. O filme termina nesse momento com imagens históricas. Logo depois as sufragistas inglesas conseguiram o direito ao voto. E vem uma lista dos anos que as mulheres puderam votar nos países. O Brasil veio antes da França. A maioria deu o direito ao voto nesse período quando mulheres do mundo todo lutavam pelo direito de votar. Fiquei chocada de descobrir que a Suíça só permitiu o voto da mulher na década de 70, perdi a vontade de conhecer esse país.
Beijos,
Pedrita