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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Primo Basílio

Assisti em DVD Primo Basílio (1988) de Eça de Queirós. Essa minissérie foi exibida na TV Globo, vi na época um pouco, achei que tinha visto mais, mas vendo no DVD vi que perdi bastante. Minha mãe que me emprestou o DVD. A direção é do Daniel Filho. É um projeto primoroso, elenco incrível, tudo perfeito, cenários, figurinos, iluminação, interpretações, momento histórico da televisão brasileira. No último DVD tinham entrevistas mais recentes, na época do lançamento do DVD, com o diretor e elenco. Daniel Filho contou que era o segundo trabalho da Giula Gam na televisão. Ela tinha feito teatro e era o primeiro trabalho de destaque. E ela está impressionante. Ela estava com 20 anos e disse que foi difícil interpretar uma personagem casada e que tinha um amante. Se ver casada e ainda em uma época antiga.

E minha mãe tinha razão, a minissérie é da Marília Pêra, ela está esplêndida como a malvada Juliana. E Primo Basílio mostra muito a diferença social entre patrões e empregados. Os empregados ficam em quartos com ratos, percevejos. A empregada explica pra Juliana que os restos da comida dos patrões vão para fazer molhos, que elas só podem comer pescoço e pés de frangos.  A Juliana extrapola nas maldades, mas os empregados eram muito maltratados.

Nas entrevistas, Daniel Filho contou que queria que os atores estudassem piano para dublar bem e que o Pedro Paulo Rangel gostou tanto que continuou estudando. O elenco é incrível. Giulia Gam é a prima, Tony Ramos o marido, Marcos Paulo, o primo, Marília Pêra a empregada megera, a empregada boazinha a voluptuosa Louise Cardoso, o amante dela, Guilherme Leme. Zilka Salaberry está incrível como a tia da Juliana. 

Outras que estão ótimas são Beth Goulart e Marilu Bueno. Os amigos do marido são interpretados pelo jovem José de Abreu, Sérgio Viotti e André Valli. Ainda no elenco: Thelma Reston,  Fábio Sabag, Ênio Santos, Norma Geraldy e Oswaldo Louzada. Há participações especiais primorosas como a da incrível Henriqueta Brieba, Alexandra Marzo, Cláudio Mamberti, Nica Bomfim e Vic Militello. Eu li o livro há vários anos e adorei, adoro esse autor.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Hora Marcada

Assisti A Hora Marcada (2001) de Marcelo Taranto no Canal Brasil. Comecei a ver por um acaso, zapeando, vi esse filme começando e fiquei pra ver. Vi realmente pelo elenco que é incrível, foi esse o único motivo que me fez ver até o fim. O protagonista é o ótimo Paulo Gracindo Jr.. Ele está em uma festa e nessa festa já conhecemos os ótimos atores do elenco. Ele é um sedutor, vai seduzir mais uma bela mulher que lê sua mão e diz que ele irá morrer dali há 7 anos.

Sete anos se passam e o suspense começa debatendo principalmente o tema da morte. No elenco ainda estão: Esthér Goes, Cássia Kiss, Othon Bastos, Tonico Pereira, Osmar Prado, Beth Goulart, Joana Medeiros, Odilon Wagner e Fábio Assunção.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Riacho Doce

Assisti em DVD a minissérie Riacho Doce (1990) de Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn. A direção é de Paulo Ubiratan. Minha mãe que me emprestou esse DVD, essa minissérie é baseada na obra de José Lins do Rego que não li, infelizmente. É uma bela minissérie, as cenas externas foram filmadas em Fernando de Noronha  e são belíssimas. A direção de fotografia é de Dante Leccioli. Os atores estão no seu auge de talento e beleza, Carlos Alberto Riccelli, Vera Fischer e Luíza Tomé. Na época que os atores interferiam menos em sua figura, menos intervenções estéticas, portanto muito mais bonitos e menos plastificados. Vera Fischer está deslumbrante com suas formas voluptuosas, com seus culotes e coxas naturais. Hoje exigiriam muita malhação e intervenções cirúrgicas de redução. Triste, a beleza de cada um é que é a mais bela. Suzy Rêgo também está lindíssima!

Recentemente começaram a discutir sobre a diminuição dos capítulos das minisséries, que tirariam enrolações. Eu não sentia isso, tinha visto histórias que tinham até muito mais a contar nos 5 ou 6 DVDs como Chiquinha Gonzaga, JK e Um Só Coração, minisséries que passaram pela história, tinham núcleos ficcionais que ajudavam a entender o contexto. Riacho Doce foi a primeira minissérie que entendi essa discussão. Eu acho que a arte não pode ter amarras demais. A TV Globo pode programar a grade de programação, o tema da minissérie é decidido muito antecipadamente e pode ter dois modelos, os mais longos e os mais curtos, dependendo da obra que vão adaptar ou criar. Em Riacho Doce muitas cenas são esticadas a exaustão. É uma bela minissérie, mas a trama fica arrastada em vários momentos. As cenas em Fernando de Noronha são deslumbrantes, aproveitam para esticar bem as imagens, mas em alguns momentos a trama fica bem cansativa.

Na minissérie um casal que morava na Suécia vai para Riacho Doce. Ela frágil é brasileira, no livro ela é sueca, o nome no livro também é outro. Carlos é interpretado pelo Herson Capri. A Vó Manuela é interpretada brilhantemente pela Fernanda Montenegro. Eu tenho dificuldade de embarcar na obra. Riacho Doce ainda não é das produções da TV Globo com tanta perfeição. Achava estranho que a primeira vez do casal é em cima de um morro, com o mar de paisagem, sendo que ela traía o marido e os pescadores poderiam estar no mar. Não conseguia entrar na cena e apreciar imaginando que alguém pudesse vê-los. Também há uma pequena quebra nas cenas em estúdio das externas, algo que hoje sentimos menos. Embora seja uma época que a moda não favoreça, os figurinos da Eduarda são belíssimos e são concebidos por Beth Filipeck.

O elenco é incrível:  Lú Mendonça, Beth Goulart, Nelson Xavier, Sebastião Vasconcelos, Osmar Prado, Ewerton de Castro, Roberto Frota, Suzy Rêgo,  Valéria Alencar, Adriana Canabrava, Ana Rosa, Pedro Vasconcelos, Joffre Soares, Rômulo Arantes, Chiquinho Brandão, Juliana Martins, Denise Milfont, Eduardo Felipe, Alethea Miranda, José Paulo Jr., Fábio Junqueira, Luís Maçãs e Fernando José.


Beijos,

Pedrita

domingo, 25 de abril de 2010

Simplesmente eu, Clarice Lispector

Assisti ao espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector de Beth Goulart no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Eu queria muito ver esse espetáculo desde que tinha lido matérias a respeito, adorei quando entrou em cartaz em São Paulo. Só que anda lotado porque assim que foi programado a excelente Beth Goulart ganhou Prêmio Shell por essa sua apresentação. E merecidíssimo, esse espetáculo é incrível. É um monólogo onde a Beth Goulart interpreta a Clarice Lispector e algumas de suas personagens. Enquanto Clarice é uma mulher forte e determinada, suas personagens já são mais românticas e diferenciadas. Percebemos claramente quando é a Clarice ou suas personagens. Além de recursos cênicos, a Beth Goulart muda completamente a interpretação, que atriz. Não é um espetáculo linear, são fragmentos da personalidade da Clarice Lispector que vamos costurando seja pelos aspectos apresentados da escritora, seja pelos seus personagens.

O cenário, a iluminação e os figurinos são belíssimos. Os figurinos ajudam na construção das persona-gens de Clarice. Beth Goulart coloca peças de vestuário que são entregues entre as frestas de um cortina do cenário e se transforma. Como os monólogos o espetáculo tem apenas uma hora de duração, o que torna tudo leve, agradável, mas ao mesmo denso e profundo como os belíssimos textos de Clarice. A equação toda fica impecável e marcante. Incrível espetáculo. Os ingressos do espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector custam somente R$ 15,00 e fica em cartaz até dia 20 de junho. Está lotando, então é preciso comprar com antecedência.



From Mata Hari e 007

From Mata Hari e 007
Beijos,









Pedrita

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Quartett

Assisti a peça Quartett de Victor Garcia Peralta no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, do dramaturgo alemão Heiner Müller , livremente inspirado na obra Ligações Perigosas de Chordelos de Laclos. Eu gostei muito desse livro e queria muito ver a peça, nunca li nada do Heiner Müller. Nossos protagonistas Beth Goulart e Guilherme Leme arrasam no palco. Os dois são muito bonitos e talentos. A essência da obra do Laclos está lá. Os dois são sedutores e sádicos. Gostam de seduzir maldosamente suas presas. Os dois estão nos dias de hoje, mas os sentimentos complexos vem da obra de referência. Além dos dois está a jovem donzela que eles planejam seduzir e ferir. Essa personagem só existe nas conversas fantasiosas e sádicas de nossos protagonistas. Eu vi o último espetáculo com o Guilherme Leme, quem passa a substituí-lo é o irmão da Beth Goulart. Por esse motivo eles estavam muito emocionados e nos contagiou. Eu gostei demais da química entre esses dois atores, deverá ser um bonito espetáculo com o irmão, mas eu gostei muito deste.

É uma produção caprichada e com bastante apoio de patrocínios, o que proporcionou uma bela estratégia de marketing, com um site muito bem produzido. Também é um espetáculo fácil de ser levado a outras cidades, já que viajou em alguns estados portanto fiquem de olho em suas cidades porque eles podem aparecer por lá. Eles estrearam no Rio de Janeiro, viajaram por Brasília, Curitiba, sete cidades do Rio Grande do Sul, e agora São Paulo. Adorei a trilha sonora criada por Daniel Belquer. A direção, os cenários, a iluminação (Maneco Quinderé) e os figurinos (Marcelo Pies) são muito bonitos.
Música do post: Beethoven_Fidelio_Cuarteto 1acto



Beijos, Pedrita