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sábado, 10 de novembro de 2012

Grande Sertão Veredas

Assisti a minissérie Grande Sertão Veredas (1985) de Guimarães Rosa na TV Globo. Tenho até vergonha de confessar, mas essa obra desse autor eu não li, li outros, mas essa obra ainda não me redimi com o Brasil e com ele. O livro de Guimarães Rosa é de 1956. Gostei muito da minissérie! A direção é do maravilhoso Walter Avancini. Ele sempre foi ousado, genial, é um diretor que faz falta. Há pouco tempo li que as minisséries dessa época precisavam ser mais longas e por isso eram esticadas demasiadamente, é o que acontece com Grande Sertão Veredas. O primeiro DVD é lento demais. Acho que perceberam que não devia estar agradando que ficou menos lenta nos próximos DVDs.

Essa minissérie recebeu muitos elogios, então minha mãe pediu muito que eu comprasse logo que soube que foi lançado. Ela agora me pede Tenda dos Milagres, mas até agora a Globo Marcas não lançou. Tony Ramos e  Bruna Lombardi estão impecáveis. O texto é de difícil compreensão, que dirá falado, e é genial. O cuidado dessa minissérie em cada detalhe é incrível. O elenco também é maravilhoso! Além dos atores principais, há muita participação especial de um grande elenco. O malvado é o Tarcísio Meira que está irreconhecível. Outro que demorei para reconhecer é o ator que se torna protetor do Tatarana, Umberto Magnani. José Dumont arrasa em seu personagem controverso. Os jagunços são ótimos atores. Taumaturgo Ferreira está ótimo,  bem como o excelente João Signorelli e Wilson Fragoso. Fazem participações os incríveis Rubens de Falco, Mário Lago, Maria Gladys, Linneu Dias, Neusa Borges, Sebastião Vasconcellos, José Augusto Branco e Denise Milfont. A bela Silvana Lopes faz a mulher do Hermógenes, parece que foi o último trabalho dessa bela atriz. Uma história é contada no meio da minissérie e tem só grandes atores. Yoná Magalhães, sempre linda e muito jovem, outro que está é o Ney Latorraca e ainda o grande Reinaldo Gonzaga. A trilha sonora é de Júlio Medaglia.

Eu fiquei imaginando o cansaço que deve ter sido o período de gravações. São horas e horas de minissérie, nos DVDs são 4, todos de mais de 3 horas de duração. A maior parte do tempo eles estão em lutas, no cavalo, andando. Não deve ter sido fácil a realização tanto para a equipe como para o elenco. Belo projeto!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Brasília 18%

Assisti Brasília 18% (2006) de Nelson Pereira dos Santos no Canal Brasil. Queria muito ver esse filme apesar das críticas não elogiosas. É realmente difícil falar mal de um filme desse grande diretor, mas Brasília 18% é ruim.

Fala muito de corrupção, poderia ser o filme do movimento Cansei, mas tem muitos problemas de roteiro. Parece que propositalmente, mas não gostei da estrutura de liguagem de Brasília 18%.

Um médico legista chega em Brasília para dar um laudo sobre o corpo de uma mulher. Todos acreditam ser de uma assessora parlamentar desaparecida. O médico legista é interpretado pelo Carlos Alberto Riccelli.

Começa então um jogo enorme de corrupção. Envolvem o médico em toda a trama política. Cada partido deseja um resultado e faz tudo para que sejam prevalecidos. Nosso protagonista está muito perturbado, ele acaba de ficar viúvo e com isso tem muitos sonhos acordado. Sua mulher é interpretado pela Bruna Lombardi. Todas as mulheres que aparecem em seus sonhos estão nuas.

A coitada da moça desaparecida é a que mais aparece nua de corpo inteiro. Tudo é propositadamente confuso. Ela é interpretada pela Karine Carvalho. Os políticos da trama são só atores famosos como Othon Bastos, Bete Mendes, Malu Mader e Carlos Vereza.

O roteiro é do próprio Nelson Pereira dos Santos, mas não gostei, propositalmente confuso tem várias brechas e furos. Tenta criticar a corrupção, mas os sonhos malucos do protagonista enfraquecem a trama. Não é compreensível como o médico não aproveita a imprensa para revelar toda a pressão que estão lhe fazendo. Porque ele não entrega aos jornalistas a fita que mostra a moça sendo estuprada por vários políticos em uma festa. A fotografia de Edgar Moura é bem ruim. A música é de Paulo Jobim.

Também não entendi porque Nelson Pereira dos Santos desejou que todos os nomes dos personagens fossem de escritores famosos. Nosso protagonista é o Olavo Bilac. Outros são Machado de Assis, Marília de Dirceu e Rui Barbosa. Não vi sentido e achei inclusive constrangedor que aqueles personagens sórdidos trouxessem nomes de brasileiros ilustres da nossa literatura. Definitivamente não gostei de Brasília 18%.


Beijos,


Pedrita