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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Antonio Vieira: Do Tejo ao Amazonas

Fui ao concerto de lançamento do CD-Livro Antonio Vieira: Do Tejo ao Amazonas no MIS - Museu da Imagem e do Som. Que evento maravilhoso! Adoro esse espaço! Eu sou fã dos Sermões do Padre Antonio Vieira desde a adolescência quando vi um monólogo no teatro. Fiquei muito impactada. E fiquei muito emocionada em saber que fariam um projeto com esses sermões que ganharam narração, música eletroacústica, canto gregoriano, percussão e vozes. Foi maravilhoso! Emocionante!

O projeto iniciou há sete anos. A Flip convidou Anna Maria Kieffer para preparar um evento para Paraty. A proposta de gravar os sermões veio de Joaci Pereira Furtado. O patrocinador deu pra trás e o projeto foi transferido para uma apresentação no Pátio do Colégio. Imaginem o trabalhão para uma única apresentação e aproveitaram para gravar em estúdio. Anna Maria Kieffer trouxe inclusive um ator português, o Luís Lima Barreto para recitar. Esse ator é muito atuante no teatro e no cinema, esteve em vários filmes do Manoel de Barros, logo os filmes que ele atuou eu não vi, infelizmente. Atuou também em um filme da Maria de Medeiros que tentei até ver e não consegui e é membro do Teatro da Cornucópia em Portugal. Depois de anos a Anna Maria Kieffer conseguiu apoio para a finalizar do projeto. 

Crédito da foto: Chico Escher.

E ver ao vivo esse ator português também foi muito emocionante. Os sermões são muito atuais. Fiquei muito impactada sobre o do omisso. Antonio Vieira fala do mal que faz o omisso, e como sei disso. Aquele que não se posiciona, que não vê, não protege. Belíssimo texto!

Trecho do sermão: "A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo; e pecado que nunca é má obra, e algumas vezes pode ser obra boa, ainda os muito escrupulosos vivem muito arriscados em este pecado."

Na eletroacústica estava Vanderlei Lucentini. Além da Anna Maria Kieffer, estavam entre os cantores Eduardo Janho-Abumrad e Alessandro Grecco. Na regência do coro, Roberto Rodrigues e entre os cantores Sandro Bodilon. Na percurssão, Elson Leonidas. O evento foi muito emocionante, gratuito e badaladíssimo.

Não há vídeos desse evento. Vou colocar dos artistas.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 17 de março de 2015

Quase um Século - Imagens da Memória

Terminei de ler Quase um Século - Imagens da Memória (2015) de Rodolfo Nanni da Akron. Eu conhecia um pouco desse cineasta, mas a sensação é que descobri que conhecia pouco demais. É fantástico. Rodolfo Nanni é primo de Victor Brecheret. Teve paixão inicial pela pintura, quando estudou com Anita Malfatti e fez um retrato dela. As artes plásticas o levaram a Europa, mas foi o cinema que acabou prevalecendo.

Rodolfo Nanni acabou despertando o desejo de fazer documentários para falar através do cinema do que o afligia, o que via. Fez em 1959 o documentário O Drama das Secas, muito triste na biografia ele contar como o material bruto se perdeu. 50 anos depois ele resolveu percorrer o mesmo caminho para ver como a região estava e fez o documentário O Retorno que falei aqui.

Rodolfo Nanni foi o diretor do primeiro filme infantil brasileiro, O Saci, que comentei aqui. Rodolfo Nanni foi muito próximo de outro grande diretor de cinema brasileiro, Walter Hugo Khouri, entre os meus diretores preferidos. A casa que viveu Rodolfo Nanni na rua Oscar Freire serviu de locação para o filme As Amorosas de Walter Hugo Khouri, eu não vi esse filme e quero muito ver. Foi nesse filme que Rodolfo Nanni conheceu Lilian Lemmertz e a convidou para estrelar  Cordélia, Cordélia (1971) com participação da Júlia Lemmertz, quero muito ver esse filme e os outros documentários que realizou. 

Obra Casario Parisiense (1949) de Rodolfo Nanni

O livro fala das viagens, da dificuldade de fazer cinema no Brasil. Rodolfo Nanni também conta de sua vida pessoal, de seu filho Pedro Nanni que seguiu para o cinema. Da sua segunda esposa, Anna Maria Kieffer com quem realiza projetos multidisciplinares. Alguns desses projetos comentei aqui. É fascinante ler tantos fatos incríveis, saber de tantas pessoas incríveis que Nanni conheceu, tanto contato com cultura, com pessoas que fazem cultura.

Beijos,
Pedrita

domingo, 14 de dezembro de 2014

Musicaplena e Brassuka

Fui aos Concertos CCBB de Música Clássica com o Musicaplena e o Brassuka na Igreja das Chagas do Seráphico Pai São Francisco. Mais uma belíssima apresentação gratuita nessa lindíssima igreja. Inicialmente tocou o Musicaplena, com instrumentos de época e repertório do período renascentista abordando o período musical da época de Shakespeare. Eu sou fascinada por apresentações com repertório de pesquisa e obras raras. Anna Maria Kieffer é pesquisadora e idealizadora do Musicaplena. Foi belíssimo!
Músicos do Musicaplena:
Sui Wong, soprano
Ana Maria Kieffer, mezzo – soprano
Alessandro Greccho,  tenor
Carolina Rosati Colepicolo, violino barroco
Iara Ungarelli, viola da gamba
Rosimary Parra, alaúde, guitarra barroca
Leonardo Fernandes, flautas, cravo,  órgão

Programa do Musicaplena:
William Byrd (1540-1630) - Hey Ho to the Greenwood
John Dowland  (1563-1638) - The Queen’s Galliard
John  Dowland  - Flow My Tears
John Dowland  - Can she excuse/ The Earl of Essex Galliard
John Dowland  - Come heavy sleep
John Dowland - Go, nightly cares
John  Dowland - Fine knaks  for ladies
Anônimo, Pammelia, 1609 -  Hey Ho, Nobody at HomeW. Shakespeare (1564 -1616)  Prólogo
(trecho de “ The Taming of the Shrew  /A Megera Domada”)
Thomas Morley ( 1557? – 1602)The Lord Souche’s Maske
Anônimo  -  The Willow Song ( “Othelo”)
Thomas Morley (1557 -1602 )    It was a lover and his lass (”As You Like It / Como Quiseres”)
King Henry VIII (1491-1547) - Come away, death (“The Twelfth Night” / Noite de Reis”)
Thomas Augustin  Arne (1710- 1778) Where the Bee Sucks (”The Tempest / A Tempestade”)
John Wilbie ( 1574?-1638)  - Adieu Sweet Amaryllis                                        
W. Shakespeare (1564 -1616)   Epílogo
(trecho de “A Midsummer Night's Dream / Sonho de uma Noite de Verão”)
H. Purcell (1659 - 1695) - Music for a while (“Oedipus”- John Dryden)
G.  F. Handel   (1685 – 1759) -  V’adoro, pupille (“ Giulio Cesare”)
G. F. Handel -  Dopo notte  (“Ariodante”)

Depois o Brassuka interpretou um repertório mais conhecido com obras de Villa-Lobos, Verdi, Puccini e Offenbach. A curadoria desses concertos é do Júlio Medaglia que fez a apresentação desse dia. A igreja estava lotada. 

Programa do Brassuka:
Fanfare La Peri (Paul Dukas)
Carmem - Aragonaise / Habanera / Toreador (Georges Bizet)
Can Can - Brass ensemble (Jacques Offenbach)
Nessum dorma (Giacomo Puccini)
Sonata No 22 (Johann Pezel)
Pavane Batallie (Tielman Susato)
Danças Renascentistas (Tielman Susato)
Earl of Oxford's March (William Byrd)
Suíte Batalha (Samuel Scheidt)
O Trenzinho Caipira (Villa-Lobos)

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Baldassare Castiglione e a música de seu tempo

Fui na apresentação Baldassare Castiglione e a música do seu tempo da série MusicaPlena na Figueira do Cambuci. O espaço é lindo e esse repertório foi maravilhoso. Foi um momento sublime. Essa pintura é um Retrato de Baldassare Castiglione (1478-1529) feito por Rafaello Sanzio. O espetáculo foi produzido pela incrível Anna Maria Kieffer. Baldassare Castiglione foi um escritor, diplomata e humanista italiano. Ele retrata a música da corte que trazia importantes compositores e obras. A apresentação tentou mostrar um pouco desse universo.

Anna Maria Kieffer é uma importante pesquisadora. Para esse repertório ela procurou músicas raras. Os músicos eram: Sui Wong, soprano / Anna Maria Kieffer, mezzo-soprano
       Alessandro Greccho, tenor / Ademir Costa, barítono
       Rosimary Parra, alaúde, guitarra barroca / Leonardo Fernandes, flautas, cravo, órgão 
      João Guilherme Figueiredo, viola da gamba. 
Na foto estão Alessandro Greccho, Anna Maria Kieffer e Leonardo Fernandes. Eu gostei muito que imprimiram as letras para acompanharmos. Também gostei que tinham compositoras mulheres no programa.

Programa completo: Maddalena Casulana (1544-1590) Ben venga il pastor mio                                       
2.       Bartolomeo Tromboncino ( ca. 1470- 1535) /
Vincenzo Capirola ( 1474 – 1548)  3 Frottole e un balletto:                                                                                  
                                                               Ben ch’amor mi faccia torto,                   
                                                                  Ostinato vo’ seguire
                                                               Balletto (Capirola)
                                                                   A  la guerra, si, a la guerra   
3.       Marchetto Cara (1470-1525)           Io non compro più speranza                                 
4.       Giacomo Gorzanis (1520- 1575)      6 Napoletane:                                                    
                                                                Guerra non ho da far
                                                                Lo fior che mi donasti
                                                               Che giova far morire
                                                               Duca vi voglio dir
                                                               Donna gentil
                                                               Sta vecchia canaruta
5.       Girolamo Cavazzoni ( c.1527-1577)Canzon sopra “i le bel e bon”                                                                 
6.       Giulio Caccini (1551-1618)               Amarilli mia bella                                              
7.       Francesca  Caccini ( 1587 1641)       Ch’amor sia nudo                                              
8.       Raffaello Rontani (? – 1622)           Caldi sospiri                                                       
9.       Jacopo Peri (1561-1633)                  O miei giorni fugaci  
Claudio Monteverdi (1567-1643)  Dialogo di Ninfa e Pastore   
                          
Lettera amorosa ( Se i languidi miei sguardi)                                              
Se vittorie si belle                                               
                                                                 Pur ti miro ( l’incoronazione di Poppea)                                                             
Orlando di Lasso ( c. 1532-1594)   Matona mia cara
Esse vídeo é de outra apresentação.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Digital Voices

Ouvi o CD Digital Voices de Leo Kupper. O compositor é belga, belíssimas obras interpretados pela mezzo-soprano Anna Maria Kieffer, pela soprano italiana Barbara Zanichelli e pelo baixo americano Nicholas Isherwood. Foi uma preciosidade que apareceu nas minhas mãos. A estreia mundial aconteceu na Bélgica. Leo Kupper compõe música eletroacústica. A primeira faixa Aviformes traz sons de pássaros e canto com Barbara Zanichelli, sublime. A segunda Kamana, totalmente diferente da primeira, com sons vocais diferentes e belíssimos por Anna Maria Kieffer. Depois dessas duas faixas, a 3ª, 4ª e 5ª são instrumentais, fascinantes. Incrível igualmente a últimas, Lumière Sans Ombre (Luz Sem Sombras) com o baixo Nicholas Isherwood, o nome é tão lindo quanto a música. Eu gosto muito de experimentação musical, de estudos da música, de sons inesperados. Ouvir algo tão diferente, tão pouco convencional, me eleva. Já tinha ouvido falar nesse compositor e ouvido algumas de suas obras, ouvir um CD todo foi algo indescritível. O CD Digital Voices pode ser achado na Amazon.

O vídeo é de outro CD.
 
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alma Brasileira - Villa-Lobos

Assisti ao concerto Alma Brasileira - Villa-Lobos no SESC Pompeia. O concerto começou com a apresentação da soprano Adélia Issa e do violonista Edelton Gloeden. No repertório só belíssimas obras de Villa-Lobos. Eu adoro esse compositor. Depois o maestro Rodrigo Vitta entrou com 8 violoncelos, eles interpretaram inicialmente uma obra instrumental de Villa-Lobos. Depois Adélia Issa voltou ao palco e interpretou a maravilhosa Bachianas brasileiras nº 5, uma das melhores interpretações que já ouvi dessa obra. A curadoria foi de Anna Maria Kieffer. O concerto foi simplesmente maravilhoso! E os ingressos custavam somente R$ 8,00.

Programa completo:

Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro,1887-1959)

Cantilena (de Modinhas e Canções I, 1936)
“Um canto que saiu das senzalas”, ambientado por Heitor Villa-Lobos.
 Melodia e letra recolhidas por Sodré Viana no Recôncavo Baiano.

Canção do poeta do século XVIII (modinha, 1953)
Letra de Alfredo Ferreira

Choros nº 1 (para violão solo, 1921)

Modinha (de Serestas, 1925)
Letra de Manduca Piá (Manuel Bandeira)

Lundu da Marquesa de Santos (de Modinhas e Canções I, 1936)
Letra de Viriato Corrêa

Estudo nº 11 (para violão solo, 1929)

Canção do amor (de A Floresta do Amazonas, 1958)
Letra de Dora Vasconcelos

Bachianas brasileiras nº 1 (para 8 violoncelos, 1932)

Introdução (Embolada) – Animato
Prelúdio (Modinha) - Andante
Fuga (Conversa) - Un poco animato 

Bachianas brasileiras nº 5 (para soprano e 8 violoncelos, 1938-1945)

Aria (Cantilena) – Adagio
Letra de Ruth Valadares Correa

Dança (Martelo) – Allegretto
Letra de Manuel Bandeira




Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comunidade Espanhola - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas

Assisti ao espetáculo Comunidade Espanhola, São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas na Biblioteca Mário de Andrade. A apresentação começou com zarzuelas sendo interpretadas pelo tenor Eric Herrero e o pianista Ricardo Ballestero. Herrero disse que ficou muito contente com o convite para o recital já que é raro no Brasil ter a oportunidade de interpretar zarzuelas. Depois se apresentou a violonista Gisele Nogueira. E por último o grupo folclórico galeco Lembrança e Agarimo. Gostei muito desse grupo de dança, é perceptível semelhanças com danças portuguesas e alemãs. E ainda as gaitas de fole que lembram a Inglaterra. O público estava muito animado, eram divertidas as manifestações em cada apresentação. A curadoria musical é de Anna Maria Kieffer.

A apresentação começou com dois palestrantes João Carlos Vilardaga e Eléna Pajaro Peres. Ele falou da primeira leva de espanhóis que vieram a São Paulo, em 1540. A província tinha 120 homens brancos. A população total em São Paulo era só de 1000 pessoas, entre mestiços, brancos e índios. Chegaram então 40 espanhóis. Vilardaga reforçou a influência espanhola em São Paulo. Outras levas vieram depois e que os espanhóis acabavam ocupando cargos de poder e interferindo na dinâmica da cidade. Depois Eléna Pajaro Peres falou das levas de espanhóis que chegaram no século 20. Um grande grupo veio com incentivo da igreja e do governo, eram carpinteiros, trabalhadores rurais. Outra leva veio por conta própria pelo interesse econômico e vários desses já tinham ao menos um parente onde ficar em São Paulo. Com isso se pulverizaram na cidade. Diferente do que aconteceu com outras culturas que foram vários para um mesmo bairro. Ela comentou que é difícil pesquisar a história dos espanhóis em São Paulo porque eles se incorporaram e pulverizaram por toda a cidade. Como sempre  o ciclo: São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas é gratuito e segue até maio. Continua lotado é preciso pegar senhas bem antecipadamente.







Beijos,


Pedrita

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Comunidade Japonesa - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas

Assisti ao espetáculo Comunidade Japonesa - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas na Biblioteca Mário de Andrade. Foi  incrível e tenho aprendido muito sobre os povos que vieram ao Brasil nessa série. A curadoria é da Anna Maria Kieffer. O programa começou com músicas clássicas tradicionais japoneses com os instrumentos kotôs, esses cumpridos da foto e o shakuhachi tocado pelo Danilo Tomic. Ele contou que foi quando viajava na Europa que conheceu esse instrumento, foi uma surpresa saber que veio da China para o Japão. Ele disse que vários instrumentos vieram da China para o Japão que os adaptou posteriormente a sua cultura. O shakuhachi era só tocado por uma religião no Japão, como um chamado. Só depois é que ganhou os palcos. 


Quando Danilo Tomic voltou ao Brasil ele procurou um mestre e passou a estudar o instrumento. Tocaram os kotôs: Tamie Kitahara e Yuko Ogura. No shakuhachi, ele e Alexander Iwami tocaram uma música japonesa inspirada nos sons que os veados faziam na época do acasalamento. O repertório era todo de preciosidades. Depois da música tradicional eles tocaram música contemporânea. Surgiu então um trio entre shakuhachi com Danilo Tomic, violoncelo com  Kayami Satomi e no violão Camilo Carrara. Alguns obras que foram interpretadas no violoncelo eram para kotô e foram adaptadas pelo Danilo Tomic ao instrumento. Tomic inclusive mostrou que cada partiura de kotô e shakuhachi tem grafia própria, diferente da universalização das partituras. No repertório ouvimos algumas músicas do compositor Danilo Tomic que gostei muito.

Antes da apresentação musical tiveram palestras de Jo Takahashi e Madalena Natsuko Hashimoto CordaroTakahashi contou que os imigrantes japoneses chegaram em 1908. Com excesso populacional no Japão, muitos foram incentivados a buscar outros países. Por uns 5 anos no Brasil, as dificuldades fizeram com que os japoneses se distanciassem de sua vida cultural, mas na tentativa de não esquecerem suas tradições, começaram a trazer filmes japoneses, daí a tradição em São Paulo da exibição de tantos filmes japoneses. Takahashi contou aue os filmes mudos no Japão eram apresentados de forma diferente. Um narrador-ator fazia além da narração as vozes de todos os que apareciam na tela. Os filmes japoneses eram exibidos depois na Liberdade onde os cineastas Walter Hugo Khouri e Walter Salles eram frequentadores assíduos, e os diretores de teatro José Celso Martinez Corrêa e Antunes Filho.Na plateia estava o cineasta Rodolfo Nanni que fez uma pergunta a Takahashi, já que Nanni tinha ido ao Japão para tentar fazer um filme que contasse a imigração no Brasil, mas que não foi realizado por falta de patrocínio. Takahashi lembrou que a Tizuca Yamasaki conseguiu fazer posteriormente a tentativa do Nanni porque conseguiu, com muito sacrifício, patrocínio no Brasil, mas não do Japão.





Beijos,
Pedrita

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Comunidade Russa - São Paulo: Seus Povos e Sua Música

Assisti a apresentação Comunidade Russa do projeto São Paulo: Seus Povos e Sua Música na Biblioteca Mário de Andrade. Dessa vez o Coro da Catedral São Nicolau  cantou a capela. Depois a mezzo-soprano Vesna Bancovic e a pianista Dana Radu interpretaram belíssimas canções russas. Anna Maria Kieffer leu as traduções das cançoes. No repertório, obras de compositores russos do Século XIX e XX: Glinka,  R. Korsacov,  Tchaikowski, Glier, Rachmaninov, Rubinstein. Nas palestras estavam  Annastassia Bytsenko e a escritora Tatiana Belinky. Ambas russas. Annastassia veio ao Brasil há uns dois anos e Tatiana Belinky quando tinha 8 anos.Annastassia estuda a imgrição russa no Brasil.
Foto de Marcos Correa
Não achei um vídeo com esse duo do recital Russo, então vou colocar um com essa pianista, a Dana Radu e a Andrea Kaiser que está também nessa programação e ainda  vai se apresentar em outra data.




Beijos,
Pedrita

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Comunidade Italiana - São Paulo: Seus Povos e Sua Música

Assisti ao recital Comunidade Italiana do projeto São Paulo: Seus Povos e Sua Música na Biblioteca Mário de Andrade. Foi simplesmente maravilhoso! O repertório retratava muito a imigração italiana. Começava com obras que representavam a terra, o mar e a amada. Depois o excelente grupo interpretou árias de óperas italianas. A curadora Anna Maria Kieffer contou que muito da música italiana que foi interpretada no Brasil nas casas. O grupo também interpretou canções muito conhecidas no Brasil.E obras de compositores brasileiros descendentes de italianos.


Abertura - Tradicional -  Saltarello 

A terra
Cantos tradicionais sardos recolhidos por Giulio Fara
     Lamento della madre
     Cantone
Cantiga napolitana atribuída a Vincenzo Bellini
     Fenesta ca lucive

O mar
Gioacchino Rossini
     La danza (Stà la luna in mezzo al mare)
E. De Curtis
     Torna a Surriento
Vidal / De Serra
     In terra lontana

A Cidade
Bixio / Rulli
     Mimì (Raconto sentimentale)
Martin / Guerrero
     La veste della nonna
E. Tagliaferri / Tulio Gentil
     Passa la ronda

A Herança
Tradicional
     Truccio, truccio, cavalluccio
Paolo Tosti / Carmelo Cimmino
     L’ultima canzone
Francisco Mignone
     Ninananna
Camargo Guarnieri / Manuel Bandeira
     Vai, azulão

O Espetáculo
Giuseppe Verdi
     La Donna è mobile, da ópera Rigoletto
Giacomo Puccini
     Vissi d’arte, da ópera Tosca
Carlos Gomes
     Canção do Aventureiro, da ópera Il Guarany
Giuseppe Verdi
     Libbiam, da ópera La traviata 

. No início Biagio Mario Villani entrou tocando piffero com Emilio Ferrara tocando zampogna. Depois Leonardo Fernandes ao piano acompanhou os cantores:  Adelia Issa, soprano, Alessandro Greccho, tenor, Anna Maria Kieffer, mezzo-soprano e Sandro Bodilon, barítono. Anna Maria Kieffer chamou Eloy de Abreu ao palco para cantar uma canção, ele era um dos cantores que cantavam em casas de italianos mantendo a tradição. Antes da apresentação musical teve palestra de Rosalba Fachinetti e Percival Tirapeli. O Percival Tirapeli mostrou as obras de arte em São Paulo de italianos e descendentes de italianos. Foi ilustrando um passeio pelos monumentos, arquitetura e museus de São Paulo pincelando algumas obras feitas por italianos. O sucesso desse projeto só aumenta e o seu público também, lota cada vez mais cedo. É preciso chegar sempre mais de uma hora antes pra garantir a senha e é gratuito.




Beijos,
Pedrita

sábado, 29 de janeiro de 2011

Comunidade Árabe - São Paulo: Seus Povos e Sua Música

Assisti Comunidade Árabe do projeto São Paulo: Seus Povos e Sua Música na Biblioteca Mário de Andrade. No início dois palestrantes, Soraya Smaili e Oswaldo Truzzi,  falaram da influência árabe na colonização do Brasil e especificamente em São Paulo. Depois os músicos Sami Bordokan, alaúde  e canto árabe, Cláudio Kairouz, kanoun e William Bordokan, derbaki ,bandir e  daff. 

A curadora do projeto, Anna Maria Kieffer fez uma participação. Por último cantadores de influência nordestina mostraram musicalmente as semelhanças e influências árabes. Se apresentaram Eliezer Teixeira, cantador e Trivolim Companhia de Expressões Populares.  O auditório estava lotado. Esse projeto é gratuito, começa sempre com uma palestra seguido de uma apresentação musical. É preciso chegar cedo e pegar senha porque está lotando. Gostei muito de rever a Biblioteca Mário de Andrade toda reformada.





Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Minha Vida é a MInha Cara

Assisti ao programa Minha Vida é Minha Cara - Faço Música Eletrônica x Faço Música Erudita no Canal Futura. Esse programa passa em uma TV local em Pernambuco e também no Canal Brasil. Nesse, músicos eruditos e DJs falam de suas vidas, hábitos e trabalho. A apresentação é do Otto e da Hermília Guedes. Nessa foto ainda está o produtor Braulio Tavares. Serão 52 episódios com áreas díspares. Dos músicos eruditos estavam um pianista, Ricardo Ballestero, uma cantora, Anna Maria Kieffer e um regente, Roberto Tibiriçá. Só consegui gravar o nome de um  músico eletrônico, o MC Galo da Rosinha, os outros não achei nada pra confirmar. E um jornalista do meio erudito, Irineu Franco Perpétuo. Mesmo entre os músicos eruditos os hábitos são muito diferentes. Gostei que mostraram esse funkeiro e alunos da Orquestra de Heliópolis falando dos estudos e de suas profissões. A Orquestra de Heliópolis integra jovens da comunidade acompanhando em todo o processo, inclusive profissionalmente, alguns já estão em orquestras no exterior fazendo aperfeiçoamento.


Anna Maria Kieffer falou de suas pesquisas em música. Ricardo Ballestero de sua paixão pelo piano. E Roberto Tibiriçá sobre o trabalho de um regente. Interessante que um músico que é DJ tem um discurso muito parecido dos músicos eruditos. Li que são 52 episódios, eu vi na quarta-feira, às 21h30, mas é preciso consultar a grade de programação no controle remoto pra localizar o programa, não achei informações na internet.

Foto de Rodolfo Nanni


Eu não localizei o vídeo desse programa no youtube, coloquei de outro episódio: Palco/Bastidores.



From Mata Hari e 007
Beijos,










Pedrita