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segunda-feira, 22 de março de 2021

Segredos Oficiais

Assisti Segredos Oficiais (2019) de Gavin Hood no TelecinePlay. Nunca tinha ouvido falar nesse filme. É baseado na história de Katharine Gun, no livro de Marcia e Thomas Mitchell. Katharine é uma humanitária, mas na época do filme era uma tradutora de textos secretos na Sede de Comunicações do Governo.

É época que os Estados Unidos e a Inglaterra tentam justificar a importância da guerra do Iraque. A tradutora vê que estão mentindo, ela tem um documento que prova e resolve vazar esse documento, passa a uma ativista conhecida que leva à imprensa. A tradutora chega até se arrepender, mas um jornal publica. A força política para abafar é tão grande que dão um jeito de desmentir a veracidade do documento.
Enquanto isso o inferno de Katharine começa. Ele feriu as leis de segurança nacional, ela assume o que fez para que seus colegas não sejam prejudicados. Em retaliação tentam deportar o marido imigrante dela. Ele é curdo muçulmano e tentam o tempo todo fragilizar a tradutora. Ela fica muito revoltada quando vê que mesmo a votação da ONU dar contra a guerra, os Estados Unidos e a Inglaterra seguem com o plano e passam a matar inúmeros civis, crianças, mulheres e até mesmo soldados americanos em uma guerra de retaliação. Mas de qualquer forma o vazamento enfraquece os argumentos.
Katharine acredita que os vazamentos são necessários quando vidas humanas estão em risco e eu concordo. Como disse a personagem em seus inquéritos, ela trabalhava para o povo britânico, não para o governo, que governos mudam sempre. Sim, há uma lealdade em proteger as pessoas, não é certo manipular fatos para justificar guerras e matar inocentes. Keira Knightley está muito bem como Katharine. No momento do filme ela tem ainda muito medo de suas decisões e muita dúvida se deveria ter quebrado a regra, indo contra a lei. Só com o tempo ela vai percebendo a importância do seu ato corajoso. O filme é praticamente ela, aparece um pouco mais o seu marido interpretado por Adam Bakri. Os outros personagens aparecem pontualmente: Ralph Fiennes, Matt Smith, Rhys Ifans, Jack Farthing e Jeremy Northon

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Sergio

Assisti Sergio (2020) de Greg Barker na Netflix. Desde que soube que esse filme era realizado quis ver. O diplomata Sergio Vieira de Mello sempre foi muito respeitado, um grande negociador, idealista e humanitário. O filme mostra o atentado que o matou no Iraque e as relações do diplomata no Timor Leste, uns anos antes. Com isso conta um pouco a história do diplomata na época da ONU. O filme é baseado no livro da embaixadora Samantha Power, O Homem que Queria Salvar o Mundo: Uma Biografia de Sergio Vieira de Mello. Há um documentário do mesmo diretor de 2009 que quero ver.

Foi no Timor Leste que ele conheceu sua atual esposa, Carolina Larriera, uma economista argentina que também trabalhava na ONU. Ele foi muito bem sucedido nas negociações no Timor Leste que buscava sua independência. A Indonésia que dominava o país. No Iraque, Larriera era contrária a guerra ilegal, mas ele achou que deveria ir e ela foi junto. Wagner Moura interpreta o carismático Sergio e também produz o filme 
A atriz cubana Ana de Armas  interpreta Larriera. Clarice Abujamra interpreta a mãe de Sergio em uma pequena participação.
Sergio Vieira de Mello e Carolina Larriera.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Que Mundo é Esse? - Curdistão

Assisti aos episódios no Curdistão (2015) do Que Mundo é Esse? na GloboNews. A Liliane do Paulamar que comentou dessa série de documentários. Os quarto primeiros que assisti são sobre o Curdistão.

Recentemente o Guga Chacra tinha dito na GloboNews que os curdos são os que mais sofrem na Guerra da Síria. Com esses episódios aprendi que os curdos são os mais perseguidos pelo Estado Islâmico. O Curdistão é formado por pedaços de países, Turquia, Iraque, Irã e Síria. Três jornalistas André Fran, Felipe UFO, Michel Coeli e Rodrigo Cebrian viajam primeiro para a Istambul, capital da Turquia, onde vários curdos vivem ilegalmente. Vão em seguida para o Curdistão turco onde acontecem as eleições. Os curdos veem que é a primeira vez que podem ter 10% dos votos e representatividade no congresso. O grupo então acompanha as eleições e a conquista dos 10%. Os curdos são muito perseguidos pelo Estado Islâmico e percebi pelas entrevistas na Turquia que eles tem ideias mais liberais, principalmente os curdos que vivem na Turquia. Eles lutam pelos direitos dos homossexuais e das mulheres. Algumas entrevistadas usavam jeans, camisetas polo e não usavam véus. O Irã pune homossexuais com pena de morte.
Depois os jornalistas seguem para o Curdistão iraquiano. A cidade é grande, tem uma cidade habitada mais antiga do mundo e eles ficam em um hotel luxuoso. Só eles estão hospedados lá. Por ser muito próximo de regiões de conflitos, da guerra com o Estado Islâmico, quase ninguém vai a essa parte do Curdistão. As curdas do lado do Iraque já usam véu e se esgueiram para não aparecer. Eles seguem então para o enorme acampamento de refugiados, muito triste. Lá estão os Yazidis, que são os mais perseguidos pelo Estado Islâmico. São em geral os dessa etnia que tem as mulheres sequestradas e transformadas em escravas sexuais. 
No último episódio eles seguem para a zona de guerra para conhecer os Peshmerga, soldados curdos, considerados heróis para os curdos. Eles lutam praticamente sem recursos. Os soldados contam que é muito difícil porque o Estado Islâmico tem armamento de última geração, já que os Estados Unidos enviam armas ao Iraque, mas quando os iraquianos estão descarregando chega o Estado Islâmico e eles largam as armas tudo pra trás. Um é voluntário, se sensibilizou com a causa curda quando viu crianças curdas degoladas. Um outro curdo era jornalista, mas após presenciar o ataque se transformou em soldado. Todos tem lutam por uma causa, mas fica evidente a paixão pela adrenalina. Fiquei apavorada que os jornalistas não usaram colete a prova de balas nem equipamentos de segurança. O número de jornalistas que morrem exercendo o seu ofício é muito alto, no Brasil é altíssimo. Gostei demais, vou começar a ver os seguintes.
Beijos,
Pedrita