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terça-feira, 25 de outubro de 2016

A Comédia Latino-Americana

Assisti a peça A Comédia Latino-Americana de Felipe Hirsch no SESC Vila Mariana. Esse espetáculo é a continuação de A Tragédia Latino-Americana que infelizmente não vi. Um grupo pesquisa textos e escolhem alguns para a encenação. O elenco é incrível: Caco Ciocler, Caio Blat, Camila Mardila, Georgette Fadel, Javier Drolas, Júlia Lemmertz, Magali Biff, Manuela Martelli e Rodrigo Bolzan.

Incrível o espetáculo, excelentes os textos. Há um inédito de  Reinaldo Moraes sobre Hans Staden. Interpretações de Catatau de Paulo Leminski. Poemas do chileno Nicanor Parra e o texto do argentino Martin Caparrós sobre militante anarquista Soledad Rosas. Em um momento todos os atores se unem para contar a história de Rosa Egipcíaca, uma negra escrava, que chegou bebê em um navio negreiro, com uma história enorme. Quando foi para Minas Gerais foi entregue a negros que utilizavam o seu corpo. Foi o Padre Xota que a abrigou. Ele e ela foram acusados pela Inquisição. Foi a primeira negra a ler e escrever no Brasil. Há vários relatos, livros, um ficcional.
As fotos são de Patrícia Cividanes

Incrível a execução do texto Dupla e Única Mulher do equatoriano Pablo Palacio. Duas mulheres juntas, parecem grudadas, falam um texto sincopado, coordenado. Os isopores fazem um efeito incrível mudando completamente o cenário que tem a direção de arte de Daniela Thomas e Felipe Tassara. A iluminação de Beto Bruel é crucial para dar todo o tom da peça. Amei os figurinos de Veronica Julian. Gostei que os atores usam microfones, fica bem mais confortável para nós e eles. E no fato de ter legendas, já que são textos complexos, a legenda tornou-se fundamental. Há música ao vivo criada por Arthur de Faria que fica ao piano, acordeom e sintetizadores, ainda Adolfo Almeida Jr. no Fagote e Efeitos, Mariá Portugal na bateria, percussão e tímpanos. Gustavo Breier no Processamento Eletrônico, Georgette Fadel no trompete e Pedro Sodré nas guitarras e overdrives. A Comédia Latino-Americana muda a cada espetáculo. Os textos mudam ou a ordem porque o grupo está sempre experimentando. Eu vi um peça de 2h30 de duração. Antes era mais de 3 horas com um intervalo, eu vi sem intervalo. A Comédia Latino-Americana fica em cartaz até 13 de novembro.
Vou colocar uma entrevista da primeira montagem, não dessa que vi que foi a continuação dessa.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sons das Américas

Ouvi os CDs do Sons das Américas do Núcleo Hespérides pelo Selo SESC. Vocês sabem o quanto gosto de conhecer obras, compositores e artes de vários países. Sons das Américas ampliou os meus conhecimentos. Além dos ótimos CDs, músicos, o projetos traz textos excelentes contextualizando os compositores. Vários que adoro como Leo Brouwer (Cuba), Manuel M. Ponce (México), Samuel Barber (Estados Unidos), Carlos Gustavino (Argentino), Charles Edward Ives (Estados Unidos) e os brasileiros Mozart Camargo Guarnieri, Heitor Villa-Lobos, Claudio Santoro, Almeida Prado, Gilberto Mendes, Antonio Ribeiro, Aylton Escobar, Willy Corrêa de Oliveira, Flo Menezes, Silvio Ferraz, Achille Picchi e Paulo Porto Alegre, esses dois últimos que conheço os seus talentos como músicos, mas ainda não tinha ouvido suas composições. Conheci um pouco de outros incríveis, Gerardo Guevara (Equador), Alberto Ginastera (Argentina), Modesta Bor (Venezuela), John Beckwith (Canadá), Silvestre Revueltas (México) e Luiz Cluzeau Mortet (Uruguai).

O Núcleo Hespérides tem ótimos músicos e foi criado em 2002 para divulgar a Música das Américas. Alguns que participam do Sons das Américas são as sopranos Adélia Issa, Heloísa Petri e Andrea Kaiser, a mezzo-soprano Maria Lúcia Waldow, os barítonos Sandro Bodilon e Ademir Costa, o flautista Rogério Wolf, o violista Ricardo Kubala, a violoncelista Ji Yon Shim, os violonistas Eliane Tokeshi, Edelton Gloeden, Paulo Porto Alegre, Celso Delneri e Daniel Murray, a pianista Rosana Civile, o regente Tiago Pinheiro e o percussionista Joaquim Abreu. O fisiculturista Laércio Refundini tem participação especial − no papel do halterofilista da "Ópera Aberta", peça de teatro-musical de Gilberto Mendes. O projeto está muito bonito musicalmente. Gostei muito da embalagem do Sons das Américas, textos, visualização, organização e informações.  Essa foto é de Ed Figueiredo.

Beijos,

Pedrita