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domingo, 18 de maio de 2008

Blade Runner

Assisti Blade Runner (1982) de Ridley Scott no Telecine Cult. Eu sempre quis ver a versão do diretor e o Telecine resolveu passar uma versão final, que o Marcelo Janot explica no início, e está no blog dele o vídeo, que essa versão traz a do diretor somada a cuidados de imagens e algumas novidades. Eu só vi esse filme na segunda vez que passou no Telecine e esse fato já incomodou o 007. Ele é fã incondicional do Ridley Scott e desse filme e estava incomodado que eu não vi o documentário dias antes, nem o filme no dia de sua estréia. Então resolvi não desapontá-lo e vi um dia depois. Eu gosto de documentários, making of, mas gosto de ver sempre depois, gosto de desvendar o filme antes, de não estragar as surpresas. E pelo que vi o documentário não será exibido pelo menos por enquanto, uma pena, porque agora quero ver.

Assistindo Blade Runner eu percebi que devo ter visto várias vezes no passado. Eu lembrava de muitos detalhes, mas particularmente não me surpreendeu tanto as mudanças. Eu sempre achava que os produtores tinham desconfigurado o filme, que seria totalmente diferente a versão do diretor, mas não achei as mudanças tão significativas. Entendo que um criador não gosta que sua obra seja mexida, que alguns conceitos sejam mudados, que a liberdade de expressão deve ser mantida e que o comercial não deve influenciar na arte, mas não achei as mudanças foram tão grandes.


Eu sempre me diverti pelo fato do diretor mudar radicalmente o fim para atender aos produtores e meio que se vingou fazendo algo que destoava claramente de todo o contexto. Mas particularmente achei que a briga era porque o final seria completamente diferente. Achava inclusive que talvez significasse a morte de um dos dois. Mas não, o sentido é bem parecido, eles parecem fugir, mas nós não sabemos se eles conseguem. O outro final também não dava essa certeza. Tirar a narração realmente melhora no sentido que o filme fica com menos explicações, o que eu acho bem melhor. É muito melhor a arte não tentar se explicar e sim quem a vê tentar fazer a sua leitura. E é belíssima a cena do Unicórnio.Imagino que os produtores não tinham licença poética para compreender que não há necessidade de se explicar, é a nossa mente e a nossa percepção que depois promove debates acalorados sobre o que imaginamos ser. A arte gerando debate é bem mais rica do que aquela que vem explicadinha.
Gostei demais de rever Blade Runner ainda mais com a versão do diretor e melhorias tecnológicas. Continuo embasbacada com o magnífico desempenho do Rutger Hauer. Gostei de ver as belas Sean Young e Daryl Hannah. E claro, nosso protagonista, Harrinson Ford. Adoro a música do Vangelis da trilha sonora, que inclusive minha irmã tem em LP e ouvimos tantas vezes.

Confesso que seria bem melhor o 007 escrever esse post, é um de seus filmes prediletos e teria um texto bem mais rico, mas espero que gostem. Imagino inclusive que esse post deva dar bastante ibope. Também espero que o Telecine volte a passar o documentário porque agora quero ver.
Música do post: VANGELIS - BLADE_RUNNER





Beijos,
Pedrita