O filme já começa impressionante. Mostra uma casa, segue para outra casa em miniatura, que ganha vida e vira a casa do filme. É sobre uma família disfuncional. Tem toda a parte macabra, mas dá perfeitamente para abstrair do irreal e olhar o real, quanta perversidade dessa família. Começa na morte da avó. Ela vivia em um asilo já que tinha ficado sem memória. A filha faz miniaturas e está montando o quarto do hospital com a mãe miniatura na cama, o médico. Mórbido demais!
A mãe diz que se arrepende de ter deixado a filha desde bebê aos cuidados da mãe dela. A menina tem sérios problemas de socialização.
Ela tem outro filho mais velho, adolescente. Essa mãe desatinada insiste que ele leve a irmã menor em uma festa de adolescentes que ele quer ir. Total falta de noção. Adolescentes em grupo não tem o grau de responsabilidade de um adulto. Deixar outra menina ir, expor a menina, é absurdo e pior, uma menina com tanta dificuldade de comunicação. Tudo dá muito, mas muito errado. A série de acontecimentos após isso beiram o insuportável, mas a família já era insuportável e muito desajustada antes.
Além do filme ter um roteiro de grande profundidade psicológica, tem um elenco que impressiona, com atuações contundentes. Toni Collette está insuportável como essa mãe desequilibrada e má, que mulher horrorosa, ninguém merece uma mãe como essa. O pai, Gabriel Byrne, irrita também pela passividade de ver todas as loucuras da mulher e ser incapaz de interagir ou ajudar seus filhos. As miniaturas da mãe são absurdas demais em desequilíbrio. A menina que faz a filha atua demais também e é interpretada por Milly Shapiro. O irmão, Alex Wolff, está impressionante também. Ainda no elenco: Ann Dowd e Mallory Bechtel.
Beijos,
Pedrita