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domingo, 27 de outubro de 2019

Hereditário

Assisti Hereditário (2018) de Ari Aster na HBOGo. Que filme complexo! Difícil! A parte psicológica é de muita profundidade. Sempre fico pensando se psicólogos assistem esses filmes que não são fáceis. Nem todo mundo tem estômago para filmes de terror, mas na questão psicológica eles são muito profundos, entram no obscuro das almas, das neuroses, celeiros para pensamentos controversos. Esse é impactante demais!

O filme já começa impressionante. Mostra uma casa, segue para outra casa em miniatura, que ganha vida e vira a casa do filme. É sobre uma família disfuncional. Tem toda a parte macabra, mas dá perfeitamente para abstrair do irreal e olhar o real, quanta perversidade dessa família. Começa na morte da avó. Ela vivia em um asilo já que tinha ficado sem memória. A filha faz miniaturas e está montando o quarto do hospital com a mãe miniatura na cama, o médico. Mórbido demais! 
A mãe diz que se arrepende de ter deixado a filha desde bebê aos cuidados da mãe dela. A menina tem sérios problemas de socialização. 

Ela tem outro filho mais velho, adolescente. Essa mãe desatinada insiste que ele leve a irmã menor em uma festa de adolescentes que ele quer ir. Total falta de noção. Adolescentes em grupo não tem o grau de responsabilidade de um adulto. Deixar outra menina ir, expor a menina, é absurdo e pior, uma menina com tanta dificuldade de comunicação. Tudo dá muito, mas muito errado. A série de acontecimentos após isso beiram o insuportável, mas a família já era insuportável e muito desajustada antes.
Além do filme ter um roteiro de grande profundidade psicológica, tem um elenco que impressiona, com atuações contundentes. Toni Collette está insuportável como essa mãe desequilibrada e má, que mulher horrorosa, ninguém merece uma mãe como essa. O pai, Gabriel Byrne, irrita também pela passividade de ver todas as loucuras da mulher e ser incapaz de interagir ou ajudar seus filhos. As miniaturas da mãe são absurdas demais em desequilíbrio. A menina que faz a filha atua demais também e é interpretada por Milly Shapiro. O irmão, Alex Wolff, está impressionante também. Ainda no elenco: Ann Dowd e Mallory Bechtel.

Beijos,
Pedrita

domingo, 29 de janeiro de 2017

Navio Fantasma

Assisti Navio Fantasma (2002) de Steve Beck no HBO On Demand. Eu vi esse pôster no Now, fiquei curiosa, mas não sabia do que se tratava. Quando começou no MaxPrime resolvi dar uma olhada e achei que o filme era de época. Bom, os minutos iniciais sim, depois é um filme B, escuro, nos dias atuais. É muito estranho o filme ser de 2002, parece muito aqueles filmes de baixa qualidade dos anos 80. Mas dá pra assistir, distrai.

Navio Fantasma é daqueles filmes baratos que a produção chama um único ator de peso, nesse caso Gabriel Byrne e um bando de desconhecido. É bonito o início, no vácuo de Titanic. Um navio enorme, um baile, uma linda e sedutora cantora de vermelho, louças. Aí todo mundo morre, quase todo mundo. Vem para os dias de hoje, um grupo que procura navios afundados é estimulado por um homem a ir atrás do Navio Fantasma. O trailer parece um filme ágil e animado, é bem lento e arrastado. Por sorte perceberam que não rendia muito e fizeram bem curtinho.

Adorei a Emily Browing criança, acho que foi o que mais gostei de ver no filme. Ela estava no barco quando afundou e vive como fantasminha  no navio. O resto do elenco é interpretado por Julianna Margulies, Ron Eldard, Desmond Harrington, Isaiah Washington, Karl Urgan e Alex Dimitriades. O filme deixa a possibilidade de continuação, mas deve ter ido tão mal que desapareceu junto com o navio afundado.



Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Os 33

Assisti Os 33 (2015) de Patricia Riggen no TelecinePlay. Vi que era com o Antonio Banderas e com o Rodrigo Santoro, quis ver. A diretora é mexicana. Mas vi que era pesado, já que é sobre aquele acidente horrível onde mineiros chilenos ficaram presos embaixo da terra por meses. Logo no início do filme vem o texto: "a cada ano mais de 12 mil mineiros morrem em acidentes nas minerações no mundo todo". Esse é o tom do filme, o descaso e os interesses econômicos na extração de minério em detrimento de vidas humanas.

Os familiares se incomodaram com o filme, mas é porque é difícil resumir meses de angústia em duas horas. Mas o filme é muito bom e muito bem realizado. Também o filme conta uma história que já sabemos o final, todos, sem exceção foram salvos. Nos meses de angústia ninguém sabia se alguém sairia vivo, se estavam vivos. Por melhor que um filme sobre o tema seja realizado, sempre vai reproduzir minimamente o que aconteceu, tal a complexidade.

Muito assustadoras as estruturas das minas atuais. São ruas e ruas, andares e andares pra baixo da terra. O caminhão com os mineiros desce 10 andares, há mineiros em cada andar com máquinas. O tempo todo falavam que os mineiros estavam em uma profundidade de um Impire States. Lá no fundo, eles tentam subir escadas de emergência, mas elas eram uma mentira e acabam depois de uma pequena subida. O refúgio tinha que ter material de primeiros socorros, não há quase nada. Uma caixa com alimentos, chega a ser uma vergonha o pouco que tem ali. Por sorte, um deles, assume o racionamento, e os poucos alimentos, biscoitos, leite e atum, são ampliados por dias para os 33.  Esse mineiro é interpretado por Antonio Bandeiras. Um deles passa a filtrar um pouco de água, que está suja, mas é água e misturam ao pouco que sobra.
Rodrigo Santoro é o ministro chileno que vai ver o que aconteceu. Gabriel Byrne é o engenheiro que vai para realizar o trabalho. Juliette Binoche uma parente de um mineiro. É muito assustador como tudo acontece. São dez andares pra baixo da terra, a empresa que administra a mina não tem condições de cavar, então os parentes ficam atrás de uma grade e a empresa espera os mineiros morrerem, nada fazem. Só com a chegada do ministro, a pressão da imprensa e familiares, é que o Chile começa a enviar equipamentos para perfurar dias depois. Os familiares passam dias ao lado das grades sem nada acontecer, sem um salvamento que não ia acontecer. O mundo todo passa a ajudar, são equipamentos de várias partes do mundo, até o Brasil envia imãs para tirar peças quebradas das perfuradoras. 

Muitos dias depois chegam nos mineiros, depois de várias tentativas frustradas. A situação deles melhora. Passam a receber por um cano estreito alimentos, remédios, conseguem falar por vídeo com familiares, mas eles precisam suportar muitos meses, uns três pelo menos, até conseguirem enviar um pequeno elevador que traga um de cada vez. Há ainda um grande risco de desabamentos e serem soterrados.


No final aparecem os 33 hoje. O final parecia legenda do Brasil, a empresa que negligenciou os mineiros, que não colocou equipamentos de segurança mínimos, não sofreu nenhuma punição. Os 33 mineiros nunca foram indenizados. Muito assustador.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Capital

Assisti O Capital (2012) de Costa-Gravas no Max. Há tempos que vi esse filme na programação, mas não conseguia assistir. Adoro esse diretor e esse filme é absolutamente genial. O roteiro é baseado no livro de Stéphane Osmont. Como a maioria dos filmes desse diretor é muito irônico. Nosso protagonista está em um campo de golfe, um homem passa mal e ele diz que esse é o começo da sua história. O homem que passa mal é o presidente de um banco. Resolvem escolher nosso protagonista para presidente, não porque acham-no capaz, mas para que ele seja trocado logo depois.

Nosso protagonista percebe que algo está errado e quer ficar no poder. Sempre teve interesse em subir na carreira, desde a sua aproximação ao presidente e em ganhar a sua confiança. Ele contrata então um detetive para saber quem são as peças chaves do conselho, quem são os seus traidores. E começa a fazer tudo para permanecer no cargo e ganhar muito dinheiro. O protagonista é interpretado pelo Gad Elmaleh.

O Capital é muito inteligente. Mostra o jogo de interesses entre acionistas do banco em ganhar milhões, mesmo que as manobras sejam totalmente ilícitas e anti-éticas, mesmo que prejudiquem a maioria. Muito irônico quando ele vai visitar a família, as crianças todas brincando ao ar livre coletivamente, ele abre o carro cheio de presentes eletrônicos coreanos e depois as crianças em uma sala, cada uma com o seu brinquedo em total silêncio e isolamento. O elenco é muito bom: Gabriel Byrne, Natacha Régnier, Céline Salette, Liya Kebede, Hippolyte Girardot, Bernard Le Coq, Phillipe Duclos e Daniel Mesguich.



Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Eu, Anna

Assisti Eu, Anna (2012) de Barnaby Southcombe no Max. É baseado no livro de Elsa Lewin. É um filme de suspense, gostei muito e foi muito surpreendente. Fala muito de solidão. Uma mulher muito sozinha vai em eventos que proporcionam encontros. Um policial se encanta por ela, ele está investigando um homicídio. Eu sou fã da Charlotte Rampling e ela simplesmente arrasa nesse filme. Gosto muito também do ator que faz o policial, Gabriel Byrne.

Além desses dois grandes atores participam: Eddie Marsan, Jodhy May, Ralph Brown, Max Deacon, Hayley Atwell, Bryan Dick e Honor Blackman.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Leningrado

Assisti ao filme russo Leningrado (2007) de Aleksandr Buravsky no Cinemax. É uma co-produção com a Grã-Bretanha. Fiquei curiosa em ver esse filme. Foi muito difícil de achar informações porque as poucas que têm estão em páginas em russo. Li que o filme é baseado em fatos reais, mas não consegui achar informações para comparar o texto do filme e a vida da jornalista em que foi baseado. É a Segunda Guerra Mundial, Hitler está perto de ocupar Leningrado. A estratégia é impedir a chegada de alimentos para que todos enfraqueçam. Uma jornalista inglesa vai com um grupo fazer uma cobertura no campo de batalha, são atacados e ela é dada como morta. Ela acaba sendo resgatada por um carro e fica escondida em Leningrado na casa de uma família. Lá há duas crianças e ela começa a ajudá-las na sobrevivência.

Sempre li e ouvi da escassez de alimentos na guerra, dos cupons para receber o pouco que há, do mercado negro, mas nunca tinha visto nada tão radical como em Leningrado. A cota de pão vai diminuindo, até que eles começam a dar pelos cupons terra com açúcar. A jornalista é interpretada por Mira Sorvino, depois há um grande número de atores que não conheço. Gabriel Byrne faz uma participação.


Música do post: 09 - Rachmaninov - Piano Concerto No.2 in c- Piano Duet version - 1st Movement



Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Vanity Fair


Assisti Vanity Fair (2004) de Mira Nair no Telecine Premium. Uma co-produção entre Estados Unidos e Inglaterra. A estética desse filme é maravilhosa! Figurinos lindíssimos de Beatrix Aruna Pasztor, que ganharam o prêmio Golden Satellite Award, cenários impecáveis e uma fotografia maravilhosa de Declan Quinn. Vanity Fair é baseado no livro de William Makepeace Thackeray que não li, vou tentar achar para ler. Essa obra foi filmada várias vezes, 1915, 1922, 1923, 1932, 1935, 1967, 1987 e 1998, mas não vi nenhuma versão. Gostei muito da estética dessa.

Nossa protagonista é a bela e talentosa Reese Witherspoon. Em todas as chamadas do filme e textos que li falam de uma alpinista social, mas essa vesão do livro não me deu essa sensação. Só se coloriram demais e mudaram o perfil da protagonista. Quero ler a obra para comparar. Na verdade ela me pareceu uma mulher muito determinada que viveu em 1820. Filha de uma cantora de ópera, o que era considerado péssimo socialmente, artistas eram marginalizados e mulheres eram consideradas fáceis e de um pintor e sonhador. Quando ela fica órfã, vai para um orfanato e lá aprende vários ofícios e consegue alcançar a função de governanta, já que era muito prendada, cantava, tocava piano, pintava, falava francês.

Ela começa então a procurar um bom partido rico ou nobre para casar. Não vi nada demais nisso, já que todas as mulheres da época procuravam bons casamentos. Na maioria das vezes seus pais que resolviam essas questões. E as ricas e nobres faziam bons casamentos arranjados e garantiam o seu futuro. Nossa protagonista sendo órfã e filha de pais humildes não teria a mesma sorte, só se fosse inteligente o suficiente para aceitar condições não tão favoráveis, mas casar e se colocar socialmente. Não acho que isso seja uma alpinista social, pensar isso dessa mulher, nessa versão do filme, é ser preconceituoso com a mulher. Querer que uma mulher pobre não possa fazer um bom casamento e viver na miséria por toda a vida. E que pobre tem que definitivamente ficar no seu lugar e se tentar uma ascensão, e a mulher só era possível por casamento, era visto como uma alpinista social, quando na verdade ela só buscava uma sobrevivência mais confortável. Mas preciso ler o livro para ver se não romancearam muito nossa protagonista.

O elenco é extenso e com muitos atores bonitos: Gabriel Byrne, James Purefoy, Roger Lloyd-Pack, Ruth Sheen, Lillette Dubey,
Romola Garai, Tony Maudsley, Deborah Findley, John Franklyn-Robbins, Paul Bazely, Rhys Ifans, Jonathan Rhys Meyers, Bob Hoskins, Douglas Hodge, Meg Wynn Owen, Tim Preece, Geraldine McEwan, Natasha Little, Eileen Atkins, entre outros. Gostei bastante de Vanity Fair.


Beijos,
Pedrita