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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

A Vida da Gente

Assisti A Vida da Gente (2011) de Lícia Manzo na TV Globo. Eu quis ver de tanto que as minhas amigas elogiam essa novela. Realmente os diálogos são incríveis. A autora tem uma compreensão bastante profunda das relações. Essa versão foi condensada, mais pra quem já tinha visto, então ficou muito corrido e vários momentos cortados.
 

A novela tinha muitas doenças e eu não costumo ver na arte produtos com doenças. Vocês já repararam que raramente vejo filme com doenças. Em A Vida da Gente o recurso era usado para criar conflitos, tanto que algumas doenças a mais da principal só descobri nessa reprise. A trama central tem um triângulo amoroso que começou na infância. Os pais dos protagonistas casaram. Rodrigo (Rafael Cardoso) e Ana (Fernanda Vasconcellos) se apaixonam. Um grave acidente coloca Ana de coma por anos. Manu (Marjorie Estiano) assume a filha de Ana com Rodrigo, eles se apaixonam e se casam. Ana acorda e os conflitos estão gerados. Surge o médico (Thiago Lacerda) apaixonado por Ana. Outras doenças da trama são: o câncer de próstata em Laudelino (Stênio Garcia), ele opera e fica bem. E por último a Júlia (Jesuela Moro), uma criança, tem hepatite grave e precisa de transplante. Nicette Bruno era a avó das meninas, que personagem rico e lindo.
A Vida da Gente falou muito de pessoas imaturas com excelentes diálogos. Marcos (Ângelo Antonio), primeiro casado com a insuportável Vitória (Gisele Fróes), parecia não se aprumar profissionalmente, mas nesse caso não me incomodava tanto. Ele tinha um acordo com a esposa, ele cuidava da casa e das filhas e ela das finanças. Quando ele se separa é que complica, porque qualquer relacionamento é complexo com um homem sonhador, que nunca divide as despesas. Até dá se a nova esposa (Malu Galli) combinasse de sustentar todos, inclusive as filhas dele e do homem ser o dono de casa, mas quando o dinheiro é muito curto e esse não é o acordo, é muita deslealdade não dividir as despesas. Amava as personagens que faziam as filhas deles: Alice Wegmann, Ana Rita Cerqueira, Pietra Pan e Nathália Costa.
Tinham vários tipos de imaturos. Nanda (Maria Eduarda de Carvalho) tinha dificuldade de amadurecer. Vivia em baladas, do dinheiro do pai (Paulo Betti), mesmo sem viver com ele. Até que se apaixona e vai logo viver com o namorado (Marat Descartes) , mas ele tem um filho adolescente (Victor Navega Motta), o oposto dela, muito responsável e organizado. O companheiro morre uns meses depois, traço da novela ir sempre a extremos. Nanda e o enteado tem que se virar. O enteado vai para a casa do avô até se reconciliarem. 
O casal Celina (Lorena Cavalli) e Lourenço (Leonardo Medeiros) também foi muito bem construído. Ele amava demasiadamente a esposa, então a enrola, talvez até sem ter muita consciência, na questão da maternidade. Ela está prestes a fazer 40 anos e ele continua enrolando-a sobre a maternidade, nunca é a hora. Bastante desonesto, já que um homem pode mudar de ideia até na velhice se deseja ter filhos e a mulher tem o tempo biológico, mesmo que o mercado queira iludir com procedimentos, sendo que só uma minoria consegue, ainda mais quando se está mais velha. Ele tem uma atitude sem caráter e o casal se separa. Ele se arrepende e vai lutar pelo filho (Kaic Crescente). É uma bela trama.
Amei a história da Moema (Cláudia Melo). Ela passa a novela cuidando do marido doente, com uma dedicação invejável. Raramente ela conseguia colocar alguém pra cuidar dele e ir ao baile. Quando ela fica viúva ela resolve cursar a faculdade. O namorado (Luiz Serra) tem dificuldade de compreender Muito lindo como ela luta por sua liberdade. Com a mesma delicadeza e firmeza que sempre teve em sua vida. Os núcleos dos personagens do baile eram muito bem construídos. E amava ver Zéu Britto na banda.
Infelizmente a novela parece que contratou negros para atingir cotas. Personagens inconsistentes que só apareciam para dar enredo aos outros. Maria (Neusa Borges) chama Manu para que elas montem um bufê. Maria era cozinheira da casa principal, quando é mandada embora ela chama Manu para abrir o bufê. Manu fica muito bem de vida e consegue sustentar muitos personagens da novela: Ana em coma no hospital, a mãe (Ana Beatriz Nogueira) que vivia de aluguel em um apartamento bem confortável, o companheiro que vai investir na faculdade e a filha da Ana, compra um terreno enorme e constrói uma casa luxuosa. Mas Maria nem conseguia pagar a faculdade do Matias (Marcello Melo Jr.) que continuava sendo explorado como jardineiro na casa que trabalhava. Maria podia ter empregado o filho no bufê e pago a faculdade dele já que ele passa a novela estudando porque tinha um salário baixo e não conseguia fazer muitas matérias. Mas Maria podia pagar a faculdade. Matias é ressuscitado na novela para fazer o clichê patroa (Regiane Alves) usa empregado para o prazer. Wilson vivia atrás de arranjar uma namorada, mas nunca pensou em Maria. Tiveram que arrumar uma personagem de fora pra fazer o triângulo com Moema.


Beijos,
Pedrita

sábado, 25 de julho de 2015

Sexo Frágil: Quem Vai Ficar Com Soraia?

Assisti Sexo Frágil: Quem Vai Ficar com Soraia? (2013) de João Falcão no Canal Viva. Esse programa passava na sexta na TV Globo, bem tarde, nunca tinha visto um episódio todo. É um dia péssimo pra mim. Mas eu acompanhava as transformações do elenco e me divertia. Eles fazem todos os personagens, inclusive os femininos, essa a grande graça do programa. Fazem as esposas, irmãs, mães, namoradas, amigas, é muito engraçado. A série foi criada por Luis Fernando Veríssimo e adaptada pelo Guel Arraes.

Nesse Thiago Fragoso é a estonteante Soraia. Os quatro amigos estão em um trem e ela os seduz. Eles juram amizade, que não vão esconder, mas todos começam a seduzir Soraia escondido. Os quatro são Wagner Moura, Lázaro Ramos, Bruno Garcia e Lúcio Mauro Filho. Nesse Zeu Brito faz um personagem e canta no episódio. Eu vi uma entrevista uma vez, onde eles contavam que no começo eles iam e se vestiam de mulher, mas aí um chegava com um sapato mais bacana, uma unha maior, uma peruca mais interessante, e que eles começaram a se produzir mais, a meio que disputar quem ficava mais parecido com mulher e a mulher mais bonita. 

Beijos,
Pedrita

sábado, 28 de setembro de 2013

Saramandaia

Assisti Saramandaia (2013) de Dias Gomes na TV Globo. Foi uma brilhante adaptação de Ricardo Linhares da antiga Saramandaia. Direção geral de Fabrício Mamberti e Denise Saraceni. Eu amo realismo fantástico, e Saramandaia foi incrível. Belíssimo cenário, cores, figurinos, elenco, interpretações, ideias. E foi difícil ficar acordada para ver, ainda mais em dias de jogos. Eu tinha que ficar vendo outras programações e zapeando para ver quando começava. Um dia inclusive teve prorrogações no jogo e Saramandaia não apareceu. Mas era tão incrível, que valeu todos os sacrifícios.

Saramandaia falou de preconceitos, liberdade e respeito. Com linguagem própria, a maioria tinha "diferencices", como João Gibão que tinha a "corcundice", mas que na verdade eram asas. Sua noiva Marcina, tinha calores, ficava vermelha e soltava fumaça quando se apaixonava. Era virgem porque não tinha conseguido namorar ninguém porque os queimava. João Gibão foi interpretado brilhantemente por Sérgio Guizé. Marcina por Chandelly Braz. Linda a personagem da mãe do João Gibão interpretada pela Renata Sorrah. A tolerância dessa mãe, a forma de ajudar o filho a superar as suas "diferencices" foi contagiante.

Que lindo o amor do Seu Encolheu e Dona Redonda. Vera Holtz e Matheus Nachtergaele arrasaram, o cachorrinho Pingo deles também. Foi muito triste a festa de 25 anos de casamento, onde ninguém apareceu, nem os melhores amigos. A filha foi interpretada por Thaís Melchior que contracenava com André Bankoff. A trama da Dona Redonda foi ampliada e surgiu então a irmã gêmea da Dona Redonda. As roupas modernas, de menina, eram ótimas. Eu amei todos os figurinos de Gogoia Sampaio. Os cenários eram de May Martins, Fernando Schmidt e Claydiney Barino.Os efeitos especiais também eram muitos. E iluminação de William Gavião e Alexandre Reigada era belíssima.Obra de arte!

 Gabriel Braga Nunes estava ótimo como Aristóbolo e Débora Bloch como a Risoleta. A cidade toda sabia que ele era Lobisomem, mas ele era discreto, no dia que saiu do armário, todos passaram a evitá-lo. Os diálogos eram ótimos. O padre, interpretado brilhantemente por Maurício Tizumba, foi excomungado por ter casado um Lobisomem. Dona Paradeira, uma parteira preconceituosa, foi interpretada pela ótima Ana Beatriz Nogueira. Seu marido que punha o coração pela boca por Marcos Palmeira.

Todos os casais eram apaixonantes, até mesmo os dos vilões. Lindinho o romance de Stela e Tiago. Adoro a Laura Neiva, tenho aprendido a gostar da interpretação de Pedro Tergolina. Muito bem escrito o conflito da personagem Laura Rosado. Ela tinha uma paixão fulminante pelo malvado Carlito Prata, mas se esforçava pra retomar o relacionamento com o Dr. Rochinha. Ela foi interpretada muito bem por Lívia de Bueno. O Carlito pelo Marcos Pasquim. E o doutor pelo André Frateschi. Eu adorei esse personagem, ele era fascinado pelas "mudancices" de Saramandaia. Achava lindas as asas do João Gibão, e emoção do ator quando as viu foi linda. Ele era fascinado pelas raízes do personagem do Tarcísio Meira

Como eu me emocionava com o casal Dona Pupu e Belisário. Que amor lindo! Ele só uma cabeça e ela sempre moderna, estimulando o amor do filho com a Risoleta. Os dois foram interpretados por Luiz Henrique Nogueira e Aracy Balabanian. Muito bonitinha a trama da Dora interpretada pela carismática Carolina Bezerra e sua amiga Camila Lucciola. Os casais principais foram interpretados por Lília Cabral e José Mayer e Leandra Leal e Fernando Belo.  Adoro a atriz Ilva Niño que fez a braço direito da Vitória. Adorava a turma da barbearia: Zéu Britto, André Abujamra e sua esposa Georgiana Góes. Estava muito bem Val Perre que interpretou o capanga do Zico Rosado. Gostava também do delegado que fez voto de castidade interpretado muito bem por Theodoro Cochrane. Adorei rever a bela Angela Figueiredo. E a braço direito da personagem dela foi interpretada por outra bela atriz, Dja Martins.

E sim, Fernanda Montenegro arrasou como a Dona Candinha e suas galinhas imaginárias. Eram lindas as cenas dela com Laura Neiva e Tarcísio Meira. A sintonia das duas nas cenas era linda! Já estou com saudades de Saramandaia.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Guerra dos Rocha

Assisti A Guerra dos Rocha (2008) de Jorge Fernando no Telecine Premium. Desde que estreou na tv a cabo fiquei curiosa pra ver. É divertido! Nenhum dos três filhos querem ficar com a mãe. Um inclusive colocou a mãe pra fora da própria casa dela. Nessa briga de quem fica com a mãe, ela acaba indo tomar chá na casa da vizinha e os filhos acham que a mãe é a que foi atropelada e está no IML. As cenas da mãe com a amiga tomando chá com dois bandidos são as melhores. A dos filhos com os agregados não é tão engraçado.

O elenco é ótimo: Ary Fontoura faz a mãe. Nicette Bruno a amiga. A família tem ótimos atores: Giulia Gam, Marcello Antony, Diogo Vilela, Ludmila Dayer, Taís Araújo, Lúcio Mauro Filho e Cecília Dassi. Complementam o elenco: Aílton Graça, Zéu Britto, Ângelo Paes Leme, Antônio Pedro e Felipe Dylon. Adorei as amigas da mãe que vão ao enterro, adoro as atrizes: Berta Loran e Lupe Gigliotti.



Youtube: Trailer de A Guerra dos Rocha

From Mata Hari e 007

Beijos,
Pedrita

domingo, 19 de outubro de 2008

Saneamento Básico

Assisti Saneamento Básico (2007) de Jorge Furtado no Telecine Premium. Eu tinha visto o trailer e adorado o roteiro do filme, mas não consegui ver na época que esteve em cartaz nos cinemas. Fiquei muito feliz em conseguir dessa vez. É uma delícia de filme, muito divertido. Uma pacata cidade do Rio Grande do Sul tem um sério problema de esgoto. Há anos que tentam, junto com as sub-prefeituras, verba para resolver o problema, mas não é uma ação política que interessa, então nunca conseguem. Até que são informados de que há uma verba para um filme de ficção, que é um pouco mais do que a verba para o saneamento básico. Resolvem então fazer o filme para conseguir a verba para o saneamento básico. O filme é O Monstro da Fossa, mas mudam para O Monstro do Fosso.

Obviamente que é uma crítica aos desinteresses políticos por prioridades. E outro fator que faz o filme ser muito divertido é o elenco: Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia e Paulo José. Eles não entendem nada ou quase nada de fazer filmes, e é muito divertido a construção do filme. Há outros ótimos atores ainda no elenco como Tonico Pereira, Janaína Kremer Lázaro Ramos, Zéu Brito e Lúcio Mauro Filho. A trilha sonora também é bem bacana.
Música do post: Nenhum de nós - Canção da meia noite

Youtube: Saneamento Básico


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Fica Comigo Esta Noite

Assisti Fica Comigo Esta Noite (2006) de João Falcão no Cinemax. Eu adoro esse diretor e queria ver muito esse filme, tentei inclusive ir no cinema. Entrou para o rol dos meus filmes preferidos. Já revi trechos duas vezes e verei muito mais. Tinha amado A Máquina desse diretor, outro filme entre os meus preferidos que não canso de rever. Adoro esse diretor utilizar vários estilos de linguagens em seus filmes que são esteticamente impecáveis. Ele também utiliza muito a música como recurso de linguagem. Em Fica Comigo Esta Noite há inúmeras versões da música título do filme, que por sinal é a única utilizada na trilha sonora. Eu não conheço o texto original da peça do Flávio de Souza, sei que o João Falcão pediu para fazer algumas alterações, portanto não sei dizer o que foi mudado, mas o texto é genial.

São quatro personagens principais e cinco atores. Todos estão ótimos: Vladimir Brichta, Alinne Moraes, Gustavo Falcão, Laura Cardoso e Clarice Falcão. Achei muito lindo o diretor escolher duas atrizes para fazer um personagem. Vladimir vê a sua amiga idosa intepretada pela Laura Cardoso. E Gustavo vê a sua amada jovem interpretada lindamente pela Clarice Falcão. Fica Comigo Esta Noite é poesia pura, é um filme cheio de metalinguagem, fantasia e beleza.


Alguns outros atores que complementam o elenco são: Milton Gonçalves, Rodrigo Penna, Marly Bueno, Alessandra Mestrini e Zéu Brito.
Música do post: Fica Comigo Esta Noite:

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Clipe do filme


Beijos, Pedrita