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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Boca de Ouro

Assisti Boca de Ouro (2019) de Daniel Filho no Canal Brasil. Esse filme vem sendo muito elogiado, então queria ver. Esse texto do Nelson Rodrigues é incrível. Faz tempo que vi a icônica adaptação da obra por Nelson Pereira dos Santos

O elenco é incrível, todos arrasam! Marcos Palmeira é o Boca de Ouro. Lorena Comparato a Celeste e
Thiago Rodrigues, o marido.

Começa com a morte do Boca de Ouro. O excelente Silvio Guindane é o jornalista que vai entrevistar a ex, a ótima Malu Mader, que voltou com seu marido, Guilherme Fontes.

Hilário a "viúva" contando três versões da mesma história assim que os fatos mudam. A majestosa Léa Garcia faz uma participação. Ainda no elenco Karina Ramill, Raquel Fabbri, Edmilson Barros e Anselmo Vasconcelos.
 

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

A Vida da Gente

Assisti A Vida da Gente (2011) de Lícia Manzo na TV Globo. Eu quis ver de tanto que as minhas amigas elogiam essa novela. Realmente os diálogos são incríveis. A autora tem uma compreensão bastante profunda das relações. Essa versão foi condensada, mais pra quem já tinha visto, então ficou muito corrido e vários momentos cortados.
 

A novela tinha muitas doenças e eu não costumo ver na arte produtos com doenças. Vocês já repararam que raramente vejo filme com doenças. Em A Vida da Gente o recurso era usado para criar conflitos, tanto que algumas doenças a mais da principal só descobri nessa reprise. A trama central tem um triângulo amoroso que começou na infância. Os pais dos protagonistas casaram. Rodrigo (Rafael Cardoso) e Ana (Fernanda Vasconcellos) se apaixonam. Um grave acidente coloca Ana de coma por anos. Manu (Marjorie Estiano) assume a filha de Ana com Rodrigo, eles se apaixonam e se casam. Ana acorda e os conflitos estão gerados. Surge o médico (Thiago Lacerda) apaixonado por Ana. Outras doenças da trama são: o câncer de próstata em Laudelino (Stênio Garcia), ele opera e fica bem. E por último a Júlia (Jesuela Moro), uma criança, tem hepatite grave e precisa de transplante. Nicette Bruno era a avó das meninas, que personagem rico e lindo.
A Vida da Gente falou muito de pessoas imaturas com excelentes diálogos. Marcos (Ângelo Antonio), primeiro casado com a insuportável Vitória (Gisele Fróes), parecia não se aprumar profissionalmente, mas nesse caso não me incomodava tanto. Ele tinha um acordo com a esposa, ele cuidava da casa e das filhas e ela das finanças. Quando ele se separa é que complica, porque qualquer relacionamento é complexo com um homem sonhador, que nunca divide as despesas. Até dá se a nova esposa (Malu Galli) combinasse de sustentar todos, inclusive as filhas dele e do homem ser o dono de casa, mas quando o dinheiro é muito curto e esse não é o acordo, é muita deslealdade não dividir as despesas. Amava as personagens que faziam as filhas deles: Alice Wegmann, Ana Rita Cerqueira, Pietra Pan e Nathália Costa.
Tinham vários tipos de imaturos. Nanda (Maria Eduarda de Carvalho) tinha dificuldade de amadurecer. Vivia em baladas, do dinheiro do pai (Paulo Betti), mesmo sem viver com ele. Até que se apaixona e vai logo viver com o namorado (Marat Descartes) , mas ele tem um filho adolescente (Victor Navega Motta), o oposto dela, muito responsável e organizado. O companheiro morre uns meses depois, traço da novela ir sempre a extremos. Nanda e o enteado tem que se virar. O enteado vai para a casa do avô até se reconciliarem. 
O casal Celina (Lorena Cavalli) e Lourenço (Leonardo Medeiros) também foi muito bem construído. Ele amava demasiadamente a esposa, então a enrola, talvez até sem ter muita consciência, na questão da maternidade. Ela está prestes a fazer 40 anos e ele continua enrolando-a sobre a maternidade, nunca é a hora. Bastante desonesto, já que um homem pode mudar de ideia até na velhice se deseja ter filhos e a mulher tem o tempo biológico, mesmo que o mercado queira iludir com procedimentos, sendo que só uma minoria consegue, ainda mais quando se está mais velha. Ele tem uma atitude sem caráter e o casal se separa. Ele se arrepende e vai lutar pelo filho (Kaic Crescente). É uma bela trama.
Amei a história da Moema (Cláudia Melo). Ela passa a novela cuidando do marido doente, com uma dedicação invejável. Raramente ela conseguia colocar alguém pra cuidar dele e ir ao baile. Quando ela fica viúva ela resolve cursar a faculdade. O namorado (Luiz Serra) tem dificuldade de compreender Muito lindo como ela luta por sua liberdade. Com a mesma delicadeza e firmeza que sempre teve em sua vida. Os núcleos dos personagens do baile eram muito bem construídos. E amava ver Zéu Britto na banda.
Infelizmente a novela parece que contratou negros para atingir cotas. Personagens inconsistentes que só apareciam para dar enredo aos outros. Maria (Neusa Borges) chama Manu para que elas montem um bufê. Maria era cozinheira da casa principal, quando é mandada embora ela chama Manu para abrir o bufê. Manu fica muito bem de vida e consegue sustentar muitos personagens da novela: Ana em coma no hospital, a mãe (Ana Beatriz Nogueira) que vivia de aluguel em um apartamento bem confortável, o companheiro que vai investir na faculdade e a filha da Ana, compra um terreno enorme e constrói uma casa luxuosa. Mas Maria nem conseguia pagar a faculdade do Matias (Marcello Melo Jr.) que continuava sendo explorado como jardineiro na casa que trabalhava. Maria podia ter empregado o filho no bufê e pago a faculdade dele já que ele passa a novela estudando porque tinha um salário baixo e não conseguia fazer muitas matérias. Mas Maria podia pagar a faculdade. Matias é ressuscitado na novela para fazer o clichê patroa (Regiane Alves) usa empregado para o prazer. Wilson vivia atrás de arranjar uma namorada, mas nunca pensou em Maria. Tiveram que arrumar uma personagem de fora pra fazer o triângulo com Moema.


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Coisa Mais Linda - 2ª Temporada

Assisti a segunda temporada de Coisa Mais Linda (2020) de Giuliano Cedrone e Heather Roth na Netflix. Eu tinha gostado muito da primeira que comentei aqui e que acaba de modo catártico. 

No Ano Novo, na praia, o marido (Gustavo Vaz) de Lígia (Fernanda Vasconcellos) atira nela e na amiga. Começa a segunda temporada com Maria Luíza (Maria Casadevall) acordando depois de quase ter morrido e descobrindo que sua melhor amiga não resistiu ao tiro. A série fala muito de questões femininas, mais difíceis ainda na época que é ambientada. A mulher que se separa, mas na verdade o homem que desapareceu, a que canta na noite, a mãe que é dona de um clube noturno, enfim, são muitos temas delicados e profundos.

Thereza acaba indo trabalhar em uma rádio dirigida pelo personagem do Eduardo Semerjian. O outro radialista é interpretado por Alejandro Claveaux. Aparecem nessa temporada os personagens de Kiko Bertholoni e Ângelo Paes Leme. Continuam no elenco Alexandre CiolettiEsther Góes, Ondina Clais, Gustavo Machado, Sarah Vitória e Leandro Lima.

 

Surge uma nova cantora, Ivone, irmã de Adélia (Pathy de Jesus). Como Larissa Nunes canta. Nesse núcleo aparece o pai delas interpretado por outro ator que adoro, Val Perré. Nesse núcleo tem ainda Ícaro Silva e Eliana Pittman

Eu amo essa série que novamente acaba catártica. Tinham confirmado a terceira temporada, mas agora, só depois da pandemia é que vamos conseguir saber quais projetos vão resistir a esse tsunami, mas espero sinceramente que volte.

Beijos,
Pedrita

sábado, 24 de outubro de 2020

Coisa Mais Linda

Assisti a primeira temporada da série Coisa Mais Linda (2019) de Giuliano Cedrone e Heather Roth na Netflix. Eu queria muito ver essa série e vi a conta gotas, finalmente consegui terminar. Gostei demais! É a história de quatro mulheres no final da década de 50. Eu adoro essas atrizes: Maria Casadevall, Pathy de Jesus, Fernanda Vasconcellos e Mel Lisboa. Arrasam!

Começa com Malu chegando no Rio de Janeiro. Ela é da alta sociedade paulistana e combinou com o marido que iriam ter uma casa noturna no Rio de Janeiro. Ela envia todo o dinheiro pra ele e quando chega no Rio ele sumiu e com o dinheiro dela. Arrasada, revoltada, recebe a ajuda de Adélia. E resolve seguir com o sonho de montar uma casa noturna, só que agora em sociedade com Adélia e sofre todo o tipo de preconceito. 
Lígia ama cantar e faz escondido do marido violento. Ela é apaixonadíssima pelo marido, mas ele é um verdadeiro monstro. A série tem muita música, jazz, bossa nova, a ótima trilha sonora está no Spotify.
Sua cunhada é a quarta protagonista feminina da série. Jornalista, ela é muito bem casada. Eles tem um relacionamento aberto. A série debate tantos, mas tantos temas, incrível. Fala de emancipação da mulher, dificuldade de entrar no mercado de trabalho designado a homens, relacionamentos com pessoas do mesmo sexo, racismo, machismo e aborto. As quatro tem uma dificuldade enorme de serem respeitadas como profissionais talentosas, são o tempo todo questionadas ou até mesmo podadas pelos homens da trama, sejam pais, chefes, críticos, profissionais ou maridos.
O elenco todo é muito talentoso: Ícaro Silva, Leandro Lima, Gustavo Machado, Thaila Ayala, Alexandre Cioletti, Gustavo Vaz, Ondina Clais, João Bourbonnais, Esthér Goes, Paulo Tiefenthaler e Nilton Bicudo

A série termina na passagem de ano para a década de 60. O final é catártico deixando inúmeros ganchos pra segunda temporada que vou demorar pra ver.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 6 de maio de 2008

Desejo Proibido

Assisti Desejo Proibido de Walter Negrão na TV Globo. Eu adoro novela das seis e essa foi apaixonante! Um texto maravilhoso, um elenco incrível, uma produção caprichada. Vai ser difícil falar de tudo sem esquecer detalhes importantes, mas vou tentar. Eu gostava muito dos casais protagonistas, acompanho o Murilo Rosa desde a extinta TV Manchete e ele é sempre maravilhoso e Fernanda Vasconcellos, que já gostava muito em Malhação, também arrasou. Os dois personagens mudaram muito durante a trama. Murilo interpretava Miguel, um padre, e ela uma menina independente.

Gostei muito das mulheres fortes e determinadas em Desejo Proibido, foram várias interpretadas pelas atrizes Letícia Sabatella, Eliana Fonseca, Eva Wilma, mesmo que essa tenha sida uma vilã, era uma mulher que nunca esmoreceu aos infortúnios, Nívea Maria, corajosa ao lado de um marido nem sempre previsível, Deborah Evelyn, Sthefany Brito que teve uma personagem que estudava apesar das pressões contrárias da mãe, terminou inclusive indo estudar engenharia como tanto sonhou, só não sei se mulheres podiam estudar engenharia nesse época.
Os personagens masculinos eram igualmente complexos. Daniel de Oliveira arrepiava em seu vilão. José de Abreu interpretou um homem amargurado e antiqüado, mas havia tanta complexidade em seu personagem que nos fascinava. Pedro Neschling estava ótimo como o oportunista Diogo. Gostei demais dos personagens e dos atores Rodrigo Lombardi, Alexandre Borges, Emílio Orciollo Neto, André Arteche e Thiago Martins.
Só me me incomodou um pouco foi quando a Ana foi mantida em cativeiro em um buraco sem luz. Infelizmente só se preocupam com questões afetivas impróprias para os horários, até questiono algo que julgam impróprio e não se preocupam com a violência exacerbada em horários que crianças assistem.
O núcleo cômico era uma delícia. Eu amava os sonhos da Florinda interpretados maravilhosamente pela Grazi Massafera, quem podia imaginar que ela se desse tão bem em um papel cômico? Marcos Caruso era outra preciosidade com seu Padre Inácio. Os diálogos do padre também eram muito bons e revolucionários quando falavam da complexidade da fé, dos milagres e sobre amor. Lima Duarte teve um personagem incrível, o prefeito que amava discursos cheios de palavras difíceis e vazias. A pensão da Dona Purezinha foi outro achado. Ela trabalhava cozinhando para a cidade, cuidando da pensão, dos filhos, enquanto o marido vivia cansado interpretado incrivelmente pelo Othon Bastos.

Adorava muito o casal Brasil e Cidinha. Adorei os atores Nando Cunha e Mary Sheyla. Mais uma vez o texto era elaborado e com o nome do Soldado Brasil fizeram várias alusões a situação do país, o mesmo recurso era utilizado nas falas do Prefeito Viriato. Adorava o Galileu Boticário interpretado maravilhosamente pelo Pedro Paulo Rangel, sua bela esposa foi interpretado pela linda Júlia Lemmertz.

Outra preciosidade era o Delegado Trajano interpretado muito bem por Cássio Gabus Mendes, nunca ri tanto. Eu adorava a sua filha menor interpretada otimamente pela Bruna Marquezine, me diverti demais quando ela leu Marx e saiu citando para as irmãs que igualmente adorava e foram atuadas por Camila Rodrigues e Fernanda Paes Leme.
A trilha sonora era linda e vou colocar a música de um belo momento de Desejo Proibido, a da noite de núpcias de Argemeiro e Eulália, da bela e talentosa estreante Aninha Lima.


Música do post e da novela : Silvio Caldas - A Deusa da Minha Rua







Beijos,
Pedrita