Mostrando postagens com marcador José de Abreu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador José de Abreu. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de março de 2022

Um Lugar ao Sol

Assisti a novela Um Lugar ao Sol (2021-2022) de Lícia Manzo na . Eu amava essa novela que sofreu bastante com a pandemia. O começo foi gravado antes da pandemia, aí parou, depois tiveram que fazer ajustes pra poder finalizar.

A trama dos gêmeos era ótima, Cauã Reymond brilhou nos três personagens, três porque Christian como Renato também era outra pessoa. Abordava muitas questões. Um Lugar ao Sol falou muito sobre adoção em inúmeros personagens. Os dois eram do interior de Goiás. Como se fazia muito antigamente e ainda um pouco infelizmente, mesmo sendo ilegal, uma família vai buscar uma criança ainda não registrada de uma família pobre. Eram dois irmãos, um estava doente. A família só quer o que está melhor. Um cresce em uma família rica, a mãe o mima demasiadamente e o sufoca. Pra se libertar de toda a pressão, torna-se alcoólatra e usa drogas. Sem moral alguma vai comprando tudo e a todos. Christian é criado em orfanato, estudioso, sonha uma vida melhor e para o seu irmão de orfanato Ravi (Juan Paiva), bem mais novo que ele. Muito interessante que Christian toma o lugar do Renato e vai se parecendo cada vez mais com o irmão, mas não tanto, tem características diferentes. O final da novela desandou, Infelizmente a grande espera virou uma espera demais para a revelação de que Renato era Christian. No último capítulo, em um corre corre ruim, o que mais se esperou foi engolido em tão pouco tempo. 
Eu adorava o casal Rebecca e Felipe (Gabriel Leone). Andréa Beltrão estava majestosa. Ele, namorado da melhor amiga da filha (Fernanda Marques), ela modelo, com dificuldade de conseguir trabalho na área aos 50 anos. Pena que a autora não bancou a relação. E não foi por influência do público porque a novela começou já terminada. Todo o discurso que amor não tem idade foi por terra separando o casal. Até fez uma volta relâmpago em um momento mas mais fake impossível. A novela infelizmente teve muitos problemas de continuidade quando precisou ser esticada e muitos furos. Bom, ninguém usava whatsapp, tudo mundo aparecia na porta da casa, novela nunca tem porteiro, sem avisar. Felipe vai atrás de Rebecca, mas ela está voltando de um encontro. Teria que ser noite, ela foi dançar, como o rapaz vai sem avisar de madrugada? E o Alzheimer de Elenice que desapareceu. Ela já vinha com confusões mentais, esquecendo muita coisa., mas conseguiu fugir da clínica, achar a casa da Bárbara, lembrar em detalhes tudo o que ia dizer e um tempo depois no tribunal também lembrava de tudo. Essa autora ama doenças, fato que me manteve distante na exibição de outra novela sua. Em Um Lugar ao Sol a autora extrapolou nesse quesito. Até Felipe teve um câncer muito raro em jovens no intestino, nem se deu ao trabalho de escolher algo mais condizente com a idade dele. Os doentes em geral tinham maus raríssimos, precoces, que pouco se via, pra ser bem dramático. Doentes que ficaram ou já estavam eram a mãe da Rebecca (Débora Duarte), Felipe, Bárbara (Alline Moraes) e a mãe que já tinha morrido, só aparecia nos diálogos, Elenice (Ana Beatriz Nogueira), Santiago (José de Abreu), Túlio (Daniel Dantas), Gesiel (Antonio Pitanga), a gravidez da Ilana (Mariana Lima), sempre com maus raríssimos, onde teve uma escolha de Sofia, qual bebê ia querer salvar. José Renato (Genézio de Barros) que fica doente e morre. A parente da Elenice. O pai do Breno (Luiz Serra) sempre foi tratado como doente, mas nunca pareceu que necessitava de cuidados exagerados que impedissem sua filha (Claudia Missura) de ter uma vida própria. E após acidentes como com Ravi  e Aníbal (Reginaldo Faria). Elenice e Teodoro (Fernando Eiras) morreram de Covid, mas só comentaram, não mostraram. Dois adictos Júlia e (Denise Fraga e Eduardo Moskovis), não bastava um. E com várias cenas, demasiadas, no AA. Enquanto algumas cenas que desejávamos mal apareciam, outras ganhavam tempos absurdos. No começo queríamos ver mais em detalhes a transformação de Christian em Renato, depois a revelação. Mesmo a trama da Thaiane foi atropelada, resolvida a parte jurídica em conversas em voz baixa em um show.
Foi lindo demais o amor entre Ilana e Gabriela (Natália Lage). Ilana teve muita dificuldade de admitir que estava apaixonada por sua amiga de adolescência. Ilana teve um casamento muito difícil com Breno (Marco Ricca), que era imaturo. Ela que bancava as contas, trabalhava demasiadamente, mas ele cobrava um filho depois de muito tempo de casados. Ela aceita, engravida, e novamente parece que teria que gerir tudo sozinha. Gabriela veio pra somar, pra amar e dividir tudo, obstetra bem sucedida, poderia não só ajudar na criação da filha, mas como dividir as despesas e funções da vida adulta. Já Breno se encontrou e se uniu com outra imatura, a cansativa Julia.
As mulheres em geral eram fortes e batalhadoras. A avó Noca (Marieta Severo) ensinou a neta (Andréia Horta) a lutar por seus anseios. As profissionais (Stella Freitas, Ju Colombo e Georgina Castro) competentes do cantinho da Noca. A personagem Janine (Indira Nascimento) fez uma participação. Ela era uma talentosa escritora que se vê envolvida em uma trama sórdida de liberar direitos autorais. A professora (Betty Gofman) que interfere ajudando a aluna a ter coragem de lutar pelos seus textos e direitos. Ilana uma produtora de sucesso, com uma empresa no ramo da moda. A psicóloga (Regina Braga) que sabia mais ajudar os outros do que se ajudar e ter empatia. Até mesmo a amoral Ruth (Patthy de Jesus), que por meios errados era uma bem sucedida executiva. Cecília (Fernanda de Freitas) que era personal trainer e criava muito dignamente seu filho. Até mesmo a competente governanta (Ângela Figueiredo) que se perde quando vem uma nova chefe na casa.
Eu gostava da trama da Nicole (Ana Baiard) com o Paco (Otávio Muller). As cenas nas dublagens eram ótimas. Gostava dos dois serem do meio artístico, dois atores que complementam sua renda na dublagem. A filha o Paco foi interpretada por Samanta Quadrado e a mãe dela por Claudia Mauro. Tinham alguns ótimos personagens que apareceram na trama atuados por Renata Gaspar, Danilo Grangheia, Danton Mello, Isio Ghelman e Lara Tremouroux.
Fiquei bastante triste e frustrada com os atropelamentos na trama no final, as excessivas doenças, mas no geral eu gostei demais de Um Lugar ao Sol
Beijos,
Pedrita

domingo, 28 de novembro de 2021

Guerra de Canudos

Assisti Guerra de Canudos (1997) de Sergio Rezende no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme, mas por ser muito longo raramente é programado, tem 3 horas de duração aproximadamente. O Canal Brasil programou vários filmes com a Marieta Severo em comemoração aos seus 75 anos.

É um épico, com textos de Euclides da Cunha, sobre a guerra insana (1896-1897) contra um povoado. Era a República, tinha acontecido o fim da escravidão e era logo após a maior seca do sertão. Antonio Conselheiro (1830-1897) caminha com fiéis pelo sertão da Bahia, até que acha um lugar e montar um povoado. Todos muito pobres, passam a ter pouco, uma vida quase miserável, mas melhor e com alguma dignidade. Ele é interpretado por José Wilker

Cismam com o povoado e declaram guerra a ele. Durante seis meses morrem brasileiros de todos os lados. É de uma insanidade atroz. Não é um filme fácil porque as três horas são praticamente de guerra.

O elenco é primoroso:  Claudia Abreu, Paulo Betti, Roberto Bomtempo, Tonico Pereira, Selton Mello, José de Abreu, Tuca Andrada, Dandara Guerra, Denise Weinberg, Camilo Beviláqua, Murilo Grossi, Jorge Neves e Ernani Moraes.




Beijos,
Pedrita

sábado, 13 de setembro de 2014

O Rebu

Assisti O Rebu (2014) na TV Globo. Sempre tinha ouvido falar no outro O Rebu (1974) que tinha texto de Braulio Pedroso. Diziam que tinha sido inovador. Uma novela em dois únicos dias.  Fiquei encantada quando soube que iam fazer uma série baseada nessa história. A livre adaptação foi de George Moura e Sérgio Goldemberg. A direção foi de José Luiz Villamarim.

Após o começo de O Rebu, saíram matérias sobre o anterior. Há pouco do Rebu do passado. Abertura, algumas fotos, alguns trechos. O incêndio nos estúdios da TV Globo em São Paulo destruiu quase tudo, que pena. Não há como ter alguma reprise. Adorei esse O Rebu. Tudo impecável, fotografia, direção, figurinos. Adoro as atuais ágeis edições. A Marion e a sua amiga comentaram que adoravam quando os personagens contavam de um jeito para o policial, mas o flashback mostrava algo totalmente diferente. Realmente muito inteligente.

A Marion inclusive fez um post sobre a internet na festa. Realmente a atualização da trama foi ótima. A ricaça sempre de helicóptero, emprestando um helicóptero para vir mais rápido. Os selfs, os comentários da festa na internet. Os primeiros capítulos foram sobre a festa. A trilha sonora também era incrível.

Gosto demais do elenco. Na primeira versão o personagem da Ângela era um homem, gostei de ser uma mulher e interpretada pela enigmática Patrícia Pillar, que atriz. Possessiva, manipulava a filha adotiva, interpretada por Sophie Charlotte que arrasou. A cena das duas discutindo no capítulo final era impressionante. O assassinado foi interpretado pelo ótimo Daniel Oliveira. Maria Flor também teve uma grande personagem, casada com o jornalista doente interpretado por Júlio Andrade. Ela cuida do marido, mas não resiste ao assédio do Kiko, interpretado por Pablo Sanabio e vive uma vida dupla.

Os figurinos belíssimos tinham Patrícia Veiga como editora de moda. A maioria dos figurinos eram preto e branco, nude, cinza, raramente tinham cor. Adorava vários: os dois vestidos da Sophie Charlotte na festa, os dois da Cássia Kiss, a roupa da Ângela, o vestido da Camila Camargo, as camisas da promoter interpretada por Mariana Lima. Foi uma série de mulheres fortes, determinadas, nem sempre corretas. Adorei a força feminina da série. E da insinuação de romance entre elas. Ficava no ar, se era carinho feminino de amizade, ou algo mais.

 O casal que mais gostava era o do Alain com a ricaça descontraída Maria Angélica. Ele foi interpretado por Jesuíta Barbosa e ela por Camila Morgado. Todos na festa beberam muito, ela só queria se divertir, promoveu inclusive em um dos quartos um romance a três. A terceira foi interpretada por Bianca Muller. Ele um ladrãozinho barato que penetrou na festa com um convite roubado para roubar um pouco mais. Ela uma ricaça alegre. 

Adorei também o personagem do Cesar Ferrario e da possibilidade de romance dele no futuro com a promoter. Ele um ex-presidiário, ela uma mulher que usa drogas. Outros personagens que adorei foram a Betina (Laura Neiva), adoro essa atriz, Zé Maria (Val Perré) que era apaixonado pela Vicky (Vera Holtz).

Os protagonistas masculinos eram interpretados por José de Abreu e Tony Ramos. Assustador o Braga que apesar de saber que tinha pouco tempo de vida, perde tempo com tanto ódio e querendo manter a reputação e o seu dinheiro. O Rebu fez uma crítica a futilidade da alta sociedade, que vive de aparências. Essa versão denunciou muito a corrupção e escancarou jogos de poder.

Os policiais eram interpretados por Marcos Palmeira e Dira Paes. Michel Noher  fez sua primeira novela no Brasil interpretando um piloto de carros de corrida argentino, ele é filho de Jean Pierre Noher que interpretou o chef de cozinha. Alguns outros do elenco são: Bel Kowarick, Rodrigo Rangel, Ana Cotrim, Eucir de Souza, Hossen Minussi, Cyria Coentro, Marcelo Torreão, Elea Mercurio, Claudio Jaborandhy, Antonio Fabio, Nikolas Antunes e Deto Montenegro. Vinícius de Oliveira fez uma pequena participação.

O horário é muito difícil pra mim, difícil ficar acordada e ficou pior quando começou o horário eleitoral, porque passou a começar uma hora mais tarde, foi quando também intensificaram as matérias de queda no ibope, esse pode ter sido um dos fatores. Concordo que poderia não ter sido tão esticada, mas não concordo com o José Armando Vannucci que poderia ter a metade dos capítulos. Dos 30, se tivessem 20 ficariam melhores. Outro fator que me incomodava foi o tempo dos capítulos, muito curtos. Eu ficava acordada e acabava logo, me sentia enganada. Gostei que passaram segunda e terça, quinta e sexta, pulando a quarta-feira. Esperar acabar o futebol que não tem horário certo para acabar é insuportável. E em outras séries descobrir que pelo atraso do jogo não ia mais ter a série era mais insuportável ainda.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 8 de abril de 2014

Joia Rara

Assisti a novela Joia Rara (2013-2014) de Duca Rachid e Thelma Guedes na TV Globo. A direção foi de Amora Mautner. Eu adoro essas autoras, gostei de Joia Rara, mas não é a minha preferida. Foram lindas as cenas iniciais gravadas no Tibete. Gostei demais também da estética visual, a novela era em tons de sépia.

No início Joia Rara falou mais de Budismo, gostei que o tema esvaneceu na trama e ficou mais distante. Me incomodava muito o tom piegas das falas budistas, ou mesmo de auto-ajuda. Sim, Mel Maia estava demais como a Pérola, mas eu achava a personagem chata demais com as falas de que tudo se resolve. No final infelizmente a Pérola provou do próprio veneno de banalizar o sofrimento dos outros. Adoro a Bianca Bin, estava incrível como a Amélia, adorava essa personagem e gosto muito do Bruno Gagliasso que interpretou o Franz. José de Abreu interpretou o Ernest.

Como sempre vem acontecendo nas novelas das seis, as inovações aconteceram muito em Joia Rara. Laura, interpretada por Claudia Ohana, era uma rica mulher, de família abastada, elegante, com um marido grosseiro interpretado pelo Leopoldo Pacheco. Ela acaba se apaixonando por um artista plástico negro, muito mais jovem e pobre interpretado muito bem pelo Ícaro Silva. Lindo romance!

Outra história importante foi a do Peteleco, interpretado brilhantemente pelo João Fernandes. Ele era um órfão que foi enviado na infância com outras crianças para trabalhar na carvoaria, onde passou fome, maus tratos e todo o tipo de abusos. Essa trama inclusive chegou depois aos tribunais. Belo trabalho de Joia Rara em debater esse tema. Outra criança que estava em uma abordagem importante da trama e é igualmente uma graça foi o personagem do Xande Valois.

Adorava também a personagem da Cacau Protásio, a Lindinha. Ela trabalhava na fundição e acaba aprendendo com a personagem da Mariana Ximenez, a Aurora, a mobilizar as mulheres em protesto contra a lei do adultério. No final tiveram vários casamentos inclusive do casal dela com o Chaveirinho, interpretado pelo Glicério do Rosário. Adorava esse casal. A Iolanda, personagem da Carolina Dieckmann se candidata a política. As mulheres eram fortes, determinadas, excelentes profissionais, com raras exceções. Inclusive a Dona da Pensão Modesta, Porém Honesta, interpretada pela ótima Cláudia Missura.

Adorava as cenas de música no Cabaré Pacheco Leão. Gostei da diversidade das cantoras, das coristas. Adoro as atrizes: Simone Gutierrez, Fabiúla Nascimento, Giovanna Ewbank, Tania Kalill, Aninha Lima e Guta Ruiz. Marcos Caruso fez o dono do cabaré. A sua esposa era a Rosi Campos e a sogra interpretada pela Nicette Bruno

Adorava o romance do Toni e da Hilda interpretados por Thiago Lacerda e Luiza Valdetaro. Eu adoro essa atriz desde Cordel Encantado. Também gostava demais do amor da Iolanda e do Mundo. O Mundo, Domingos Montagner, se tornou um político respeitado. Também gostava do romance do personagem do Pedro Neschling com a Simone Gutierrez.

Adorei o romance da Belmira com o Odilon, interpretados por Juliana Lohmann e Tiago Abravanel. Eu adoro essa atriz. Outro casal que adorava e acho que todos adoravam eram a Cleontina e o Joel, interpretados por Luana Martau e Marcelo Médici. Também adoro essa atriz. Gostei do romance dos personagens da Nathalia Dill e do Rafael Cardoso, ela era uma grande designer de joias, lindas as peças que mostraram na novela. Lindíssimos também os figurinos. Gostava muito do personagem do Dr. Rubens, interpretado pelo Marcos Damigo. Eram muitos bons atores: Luiz Gustavo,  Vicentini Gomez, Silvia Salgado, Ana Cecília Costa, Renato Góes, Cristiane Amorim, Norma Blum, Paula Burlamaqui, Anthero Montenegro, Michel Gomes, Land Vieira, Max Lima, Gustavo Trestini, Jorge Maia, Márcio Ehrlich, Maria Gal, Karine Carvalho, Alexandre Rodrigues, Bia Guedes e Adelio Lima.

Lindos os números musicais de Aurora Lincoln e Lola Gardel, Mariana Ximenez e Letícia Spiller. Adorava os romances também. Lindo demais o ator Leandro Lima, a outro par romântico é um ator que adoro, o Ricardo Pereira. A briga das duas vedetes foi cansativa. Também cansei das maldades do Manfred interpretado pelo Carmo Dalla Vecchia e tinham furos demais. O Manfred foge com a menina, larga ela no meio do caminho, é morto e ninguém vai procurar a menina. Até a polícia volta pra casa. Eles não se reúnem para procurar a menina com os moradores da região como acontece normalmente. Também as sucessivas e fáceis fugas dele, enfim, foi muito chato. Adoro a Ana Lúcia Torre, mas era um personagem muito chato, bem como o personagem do Reginaldo Farias e o do Miguel Rômulo. 

Gosto dos atores que fizeram os monges. Linda a história do Lama Sonan com a Matilde. Ele foi interpretado pelo Caio Blat. Alguns momentos dos monges gostei muito e foram interpretados por Nelson Xavier, Ângelo Antonio, Fábio Yoshihara, Adriano Bolshi e Adriano Alves. O final com a passagem do tempo me incomodou profundamente, achei muito esquisito. A última semana de Joia Rara me agradou muito pouco.

Beijos,
Pedrita

sábado, 4 de janeiro de 2014

O Tempo e o Vento

Assisti O Tempo e o Vento (2012) de Jayme Monjardim na TV Globo. Eu estava com um pé atrás de ver esse filme desde que vi as chamadas na televisão. Parecia uma adaptação da minissérie e não do livro do Érico Veríssimo. E realmente tinha razão, é uma atualização da minissérie. Como ficou em filme e na televisão ficou transformada em três pequenos capítulos, a trama ficou muito atropelada.

O roteiro ficou todo embolado, eu mesma que li recentemente o livro e tinha visto a minissérie em 2010 tinha que quebrar a cabeça para lembrar da genealogia dos personagens. As paisagens eram lindas, mas a limpeza excessiva foi demais. Na época da Ana Terra tudo era limpo demais, dentes muito brancos, roupas limpas. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o gloss na personagem da Ana Terra e na do filho, a sombra dourada e o rímel da Ana Terra. Também me incomodou na atualização óbvia da minissérie. Foi Glória Pires que interpretou a Ana Terra, pensaram então na filha, na Cléo Pires, mas eu particularmente preferiria outra atriz já que a Cléo Pires tem várias interferências estéticas atuais que não combinavam com a vida rústica daquele tempo. Ainda me incomodou o lado indígena da Ana Terra, quando quem é o índio é o seu amado. Gostei de ter trechos das missões.

Outro ator que lembra muito o Tarcísio Meira é o Thiago Lacerda. Ele estava bem como o Capitão Rodrigo, mas acho que o diretor quis homenagear o Tarcísio Meira e fez o Thiago Lacerda imitar exatamente os gestos do Tarcísio Meira. Ficou esquisito. O elenco é excelente, linda a Marjorie Estiano como a Bibiana. Fernanda Montenegro faz a Bibiana idosa. Estão no elenco ótimos atores: Leonardo Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Paulo Goulart, Mayana Moura, Marat Descartes, José de Abreu, César Trancoso e Vanessa Lóes. Outros do elenco são Rafael Tombini, Ígor Rickli e Rafael Cardoso. Apesar de gostar de quadrinhos, não me identifiquei com a abertura melodramática. O melodrama foi o tom de O Tempo e o Vento, como tudo tinha que ser corrido e em pequenas pinceladas, só as cenas dramáticas tinham mais lágrimas, dramalhão e tempo.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Faca de Dois Gumes

Assisti Faca de Dois Gumes (1987) de Murilo Salles no Max. Eu escolhi esse filme olhando o que ia passar pelo controle remoto. É baseado do livro homônimo do Fernando Sabino e é um suspense e tanto. Com inúmeros e surpreendentes desdobramentos. Paulo José interpreta um advogado. Começa na festa de casamento de uma família. Esse advogado está desconfiado que a sua bela e jovem mulher o está traindo.

Ele começa silenciosamente a vigiar essa mulher. Descobre a traição e começa a planejar o seu álibi para matar ela e o amante. O desenrolar é surpreendente. Genial! E o elenco é excelente! Paulo José arrasa. O amante é interpretado pelo Flávio Galvão. Outros ótimos atores no elenco: José Lewgoy, Marieta Severo e a estreia de Pedro Vasconcelos no cinema. Os policiais são interpretados por Paulo Goulart e José de Abreu. Ursula Canto faz a esposa. A abertura do filme também é incrível e original. Faca de Dois Gumes ganhou vários prêmios como Melhor Direção, Som, Fotografia e Cenografia no Festival de Cinema de Gramado.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Preço da Paz

Assisti O Preço da Paz (2003) de Paulo Morelli no Prime Box Brazil. Descobri há pouco esse novo canal. Pelas exigências do governo que as televisões a cabo tivessem uma programação maior de produção nacional, vários canais surgiram. Esse está muito bem organizado, inclusive o site e traz somente filmes brasileiros dos últimos dez anos. Não conhecia a biografia do Barão do Serro Azul que ficou proibida por 40 anos. O Preço da Paz é baseado no livro A Última Viagem do Barão do Serro Azul de Túlio Vargas em um triste episódio de nossa história. Vou tentar achar esse livro pra ler. A adaptação do texto foi realizado por Walther Negrão.

O Barão do Serro Azul era um importante comerciante da cidade de Curityba, como era a grafia na época. Em 1894, os governantes de Curityba fogem, já que ficam sabendo que Paranaguá tinha sido tomada pelos maragatos. O Barão do Serro Azul é escolhido pelo povo por unanimidade para liderar a cidade. Não há soldados, então ele luta com a única arma que tem, o dinheiro. Ele faz um acordo com os maragatos, que por dinheiro, eles não iriam saquear Curityba nem atentar contra os cidadãos da cidade. Quando os federalistas chegam e os maragatos recuam, ele e os que ajudaram a comprar O Preço da Paz são acusados de traidores e sumariamente fuzilados sem nenhum julgamento. Essa história então ficou proibida por 40 anos de ser contada.

O Preço da Paz é um filme incrível, muito bem realizado e incompreensivelmente, ficou praticamente desconhecido. Eu pelo menos nem sabia de sua existência. O Barão do Serro Azul é brilhantemente interpretado por Herson Capri num dos seus mais enigmáticos personagens. Giula Gam faz igualmente brilhantemente a esposa dessa homem. Dois maragatos são interpretados por Lima Duarte e José de Abreu. Alguns outros do elenco são: Aldo Bueno, Danton Mello, Camila Pitanga e Alexandre Nero. Muitos bons atores aparecem durante o filme. A lista de figurantes é quase infinita. Nos créditos vieram listas e listas em ordem alfabética, falam em 1300 figurantes. O Preço da Paz foi um filme de dificílima realização, com muitas pessoas e que por essa dificuldade levou 7 anos para ser realizado. Li que foi praticamente todo realizado no Paraná. Os figurinos estão belíssimos e são de Beth Filipeck. O Preço da Paz ganhou no Festival de Gramado prêmio de melhor montagem, melhor direção de arte e melhor filme pelo júri popular.
Beijos,
Pedrita