
Fala muito de corrupção, poderia ser o filme do movimento Cansei, mas tem muitos problemas de roteiro. Parece que propositalmente, mas não gostei da estrutura de liguagem de Brasília 18%.
Um médico legista chega em Brasília para dar um laudo sobre o corpo de uma mulher. Todos acreditam ser de uma assessora parlamentar desaparecida. O médico legista é interpretado pelo Carlos Alberto Riccelli.

Começa então um jogo enorme de corrupção. Envolvem o médico em toda a trama política. Cada partido deseja um resultado e faz tudo para que sejam prevalecidos. Nosso protagonista está muito perturbado, ele acaba de ficar viúvo e com isso tem muitos sonhos acordado. Sua mulher é interpretado pela Bruna Lombardi. Todas as mulheres que aparecem em seus sonhos estão nuas.

O roteiro é do próprio Nelson Pereira dos Santos, mas não gostei, propositalmente confuso tem várias brechas e furos. Tenta criticar a corrupção, mas os sonhos malucos do protagonista enfraquecem a trama. Não é compreensível como o médico não aproveita a imprensa para revelar toda a pressão que estão lhe fazendo. Porque ele não entrega aos jornalistas a fita que mostra a moça sendo estuprada por vários políticos em uma festa. A fotografia de Edgar Moura é bem ruim. A música é de Paulo Jobim.
Também não entendi porque Nelson Pereira dos Santos desejou que todos os nomes dos personagens fossem de escritores famosos. Nosso protagonista é o Olavo Bilac. Outros são Machado de Assis, Marília de Dirceu e Rui Barbosa. Não vi sentido e achei inclusive constrangedor que aqueles personagens sórdidos trouxessem nomes de brasileiros ilustres da nossa literatura. Definitivamente não gostei de Brasília 18%.