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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Effie Gray

Assisti Effie Gray (2014) de Richard Laxton no TelecinePlay. Não sabia desse filme, não conhecia essa história. Effie Gray (1828-1897) foi a esposa de um grande crítico de arte John Ruskin (1819-1900). O roteiro foi escrito por Emma Thompson, que inclusive está no elenco. Thompson é uma grande feminista.

Quando Effie era criança ainda, ele visitou a Escócia onde ela morava com a família, ficou encantado com a beleza dela, quando ela teve idade para casar, levou-a como esposa, mas nunca consumou o casamento. A crueldade com que ele a tratava é assustadora. Até porque era bem silenciosa. Inclusive pouco se sabe a fundo o que realmente aconteceu. Só se sabe que o casamento nunca foi consumado. Ele vive com os pais e ela nada pode fazer na casa. Apesar que isso é comum em pessoas abastadas como a família do marido era. Sua mãe tinha muitos filhos, a família era pobre. Eles tinham 9 anos de diferença.

A esposa de um grande galerista, Elizabeth Eastlake|que é também crítica de arte e autora tenta ajudar Effie. No início ela acha que é um sofrimento normal, como ela passou. Lady Eastlake conseguiu superar o início do casamento e se dá bem com o marido. Ela aconselha Effie e esta percebe que pode tê-la como amiga. Não muito próxima, porque Effie vivia enclausurada na belíssima casa da família do marido. Boa parte das esposas viviam assim. E nem todas eram infelizes com o seu destino. Lady Eastlake aparece no filme Mr. Turner também.
Conseguem arrumar uma viagem para o casal, para que a esposa fique longe dos sogros opressores, para ver se o casamento floresce. Mas o marido só quer escrever, Effie fica bem em Veneza, porque ele autoriza a esposa a sair com amigos, só que ela fica falada, já que na maioria das vezes está entre jovens rapazes. Ela era muito jovem também, o marido não tanto. Quando ela volta para a casa dos sogros fica doente, o médico indica uma viagem para a casa da família dela. Mas o marido leva a esposa e um pintor há uma minúscula casa em um lugar úmido e frio na Escócia. Effie fica melhor, porque tem os afazeres da casa, mas o marido a maltrata muito. É com esse jovem pintor que no futuro Effie casa após conseguir a anulação.
Effie Gray por Thomas Richmond

Imagino a dificuldade que deve ter sido para Effie provar que o casamento não tinha consumado. Ela precisa ir a médicos para comprovar a virgindade. Imagine a vergonha. Se já é desconfortável hoje, imagine antigamente. E depois pedir judicialmente. Tudo em silêncio pelos riscos que poderia correr. Ela sai de casa antes do marido ser intimado. Depois ela casa com o pintor John Everett Millais. Mas só subentendemos. Confesso que senti falta do restante da história. O primeiro casamento foi anulado, Effie casa com o pintor e tem 8 filhos. Não consigo imaginar o escândalo na época. Nas biografias que localizei na internet, John Ruskin tenta casar depois com uma outra ninfeta. Por sorte a família escreve para Effie para entender o que aconteceu e fazem a filha romper o noivado.

O filme é muito cuidadoso. Mas eu acho que o crítico amava as musas e queria que elas continuassem musas. Tinham fascínio pela pureza das adolescentes ou mesmo crianças. E creio que desejava que Effie fosse intocável para sempre. Quando Effie vai morar com ele e se torna humana, ele passa a odiá-la. Muito provavelmente faria isso com a pretendente futura. Effie é interpretada muito bem por Dakota Fanning. O primeiro marido por Greg Wise. O segundo por Tom Sturridge. Os sogros por Julie Walters e David Suchet. Claudia Cardinale faz uma pequena participação, preciso rever para encontrá-la. Alguns outros do elenco são: James Fox, Robbie Coltrane, Derek Jacob e Linda Basset.

Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de julho de 2016

O Duplo

Assisti O Duplo (2013) de Richard Ayoade no Max. Volte e meia aparecem chamadas no facebook de matérias com filmes relacionados. O Duplo estava lá. Eu uma matéria sobre filmes estranhos. Na relação estava o incrível O Homem Duplicado que comentei aqui. Então resolvi ver esse. Agora entendi, é baseado no livro do Fiódor Dostoiévski de mesmo nome que não li. É incrível! Adorei! Surreal, maluco e inteligente.

Jesse Eisenberg está incrível como O Duplo. Inicialmente ele é um rapaz invisível. Daqueles que ninguém lembra. Trabalha há 7 anos em uma repartição, perdeu o crachá, mas diariamente tem que explicar ao mesmo guarda que trabalha ali há 7 anos e preencher uma ficha. O guarda é interpretado por Kobna Holdbrook-Smith. Até que surge um igual a ele, mas de temperamento oposto. O tímido é honesto, carinhoso, dedicado, exímio funcionário. O igual a ele é mau caráter, não trabalha, desonesto, mulherengo, mas todo mundo ama e ninguém esquece. Muito rapidamente é amado no trabalho, está sempre rodeado de todo mundo.

O tímido é apaixonado e encantado por uma linda jovem que trabalha no departamento do xérox. Ela mora no apartamento em frente ao dele e ele a espia. Obviamente O Duplo a seduz muito rapidamente e o tímido fica sofrendo. Adoro essa atriz interpretada pela australiana Mia Wasikowska. Alguns outros do elenco são: James Fox, Yasmin Paige, Wallace Shawn, Cathy Moriarty, Phyllis Somerville e Noah Taylor. A trilha sonora é incrível e aparece de forma imprevisível. 

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Casa da Rússia

Assisti A Casa da Rússia (1990) de Fred Schepisi no Telecine Cult. Sempre quis ver esse filme apesar das críticas negativas. É baseado em um livro do John Le Carré, com um olhar bastante esteriotipado da guerra fria. Minha mãe também viu e igualmente amou as paisagens que são belíssimas. Uma fotografia majestosa da Rússia e dos lugares por onde os personagens passam. E os dois, Sean Connery e Michelle Pfeiffer, estão ótimos e lindos.  Ele faz um editor de livros que vai com regularidade a feiras na Rússia. Ela  leva escondido pra ele um livro que o autor gostaria que fosse publicado na Inglaterra discretamente.

Além dos protagonistas ainda estão no elenco: Roy Scheider, James Fox, John Mahoney, Klaus Maria Brandauner e Ken Russell. Vou falar detalhes do filme, meio ingênuo o autor acreditar que a moça pode depois ter um asilo tranquilo na Inglaterra e conseguir fugir com a família toda. Era perto da abertura política, mas o governo continuava engessado. Os que resolviam sair do país mesmo que com acordos políticos eram obrigados a ir sozinhos e deixar a família pra trás.








Beijos,








Pedrita

sábado, 31 de maio de 2008

Positivamente Millie

Assisti Positivamente Millie (1967) de George Roy Hill no Telecine Cult. Que delícia de filme! São muito inteligentes as estruturas de linguagens do filme. Logo no início já vemos a originalidade. Nossa protagonista está com cachos, uma saia longa e enquanto a música toca aparece em uma tela negra seus pensamentos. Ela analisa as mulheres e vê que precisa mudar o cabelo, encurtar as saias, comprar um colar de pérolas e ser uma mulher moderna. Ela olha pra nós e aí vem a tela negra com seus pensamentos. É muito divertido ver ela contracenar conosco. Essas cenas vocês podem ver no vídeo no youtube que passa a apresentação do filme. É ágil e inteligente!


Positivamente Millie tem bastante música, me diverti muito com o fato do elevador só andar com elas sapateando.


Nossa protagonista mora em um hotel para moças. Nós vemos que muitas mulheres desaparecem lá para o comércio de escravas brancas. Mas nossa protagonista é bastante desligada. Aparece lá sua amiga, uma órfã como as outras e começa a ser alvo da quadrilha.


Positivamente Millie é um filme leve, engraçado e bonitinho. Claro, apesar da mulher moderna ter os cabelos curtos, trabalhar bem, ela ainda busca um bom casamento. Não chega a ser um filme que quebra grandes paradigmas, mas é uma graça mesmo assim.
Nossa protagonista é a ótima Julie Andrews. Sua amiga é a bela Mary Tyler Moore. Os rapazes são interpretados por James Fox e John Gavin. Há outros personagens deliciosos interpretados por Carol Channing, Cavada Humphrey e Pat Morita.

A trilha sonora de Elmer Bernstein é uma delícia, tanto que ganhou Oscar. Os figurinos de Jean Louis são belíssimos!

Há várias montagens de musicais com essa obra. Há vários vídeos no youtube dos musicais.


Música do post e do filme, mas o arranjo do filme é outro: 04 - Baby Face

Youtube: Thoroughly Modern Millie




Beijos,
Pedrita