Assisti a ópera
La Fanciulla Del West de
Giacomo Puccini no
Theatro Municipal de São Paulo. Isso mesmo, uma ópera faroeste. Eu estava curiosa, é um drama, com libreto equivocado de
Guelfo Civinini e Carlo Zangarini. Apesar de trágica eu acabei rindo e me divertindo, porque é muito improvável a história que romantizou o garimpo. Uma jovem que nunca beijou é dona de um bar em um garimpo. Ela vive armada, mas não seria difícil ser rendida e estuprada. É inspirada na corrida do ouro na Califórnia, mas não há prostitutas, ela é a única mulher, casta e pura, faz-me rir. Um bandido aparece e eles se apaixonam. O roteiro é baseado na peça de David Belasco.
A música linda é tocada pela
Orquestra Sinfônica Municipal, regida por
Roberto Minczuk. Como nessa versão não há mulheres, só tem a protagonista e sua empregada, o elenco é praticamente todo masculino. Há muitas cenas com o excelente
Coral Lírico Municipal masculino. Belíssimos cenários de
Renato Theobaldo.
No dia que fui a austríaca Martina Serafin interpretou a protagonista. O tenor foi o argentino Gustavo Lppez Manzitti. O policial, Lício Bruno. Andreia Souza fez a empregada. Os outros personagens foram cantados por Paulo Queiroz, Andrey Mira, Johnny França, Eduardo Góes, Isaque Oliveira, Márcio Marangon, Fernando de Castro, Eduardo Trindade, Diógenes Gomes, Max Costa, Rafael Thomas, Sérgio Righini, Marcelo Ferreira e Miguel Geraldi. A direção cênica foi de Carla Camurati.