Sarah Gadon está incrível com Grace. O livro é baseado em uma história real, da Grace Marks acusada de matar seu patrão e a governanta junto com um outro funcionário. Mas não há prova de nada.
O funcionário era um mentiroso crônico e quando a série começa ele já foi enforcado. Não sabemos o quanto a Grace participou. Se ela foi a mentora como o funcionário diz, se ela combinou tudo com o funcionário, se ela foi cúmplice por não ter outra saída, se ela não queria nada daquilo. Só não me identifiquei com o ator que faz o funcionário, Kerr Logan, mas somente porque imaginei de outra forma, todos os outros pareciam que tinham saído da minha imaginação. Eu imaginava que o assassino fosse um homem mais violento e mais velho.
Como no livro um médico da mente vai na prisão tentar descobrir o que realmente aconteceu e a série, bem como o livro, passam a Grace contando a sua história e o incidente que a levou até ali. Adorei o ator que faz o médico, Edward Holcroft.
Como no livro, a série fala muito da condição da mulher, principalmente da mulher em trabalho subalterno. O tempo todo, quando questionada, ela diz os abusos que acontecem nas relações entre patrões e empregados. Os guardas do presídio também parecem tomar liberdades, espancar, bem como os do hospício. O corpo da mulher pobre é de todos. Também a série coloca a dúvida, se Grace queria contar histórias para o médico para mantê-lo interessado, ou se realmente aconteceu daquela forma. Nós mesmos vemos cenas feitas sob os depoimentos, bem diferentes da que Grace contou, mas a própria Grace pensa e vemos cenas diferentes também. Todas as dúvidas como no livro estão ali. Fantástico! Alguns outros do elenco são: Rebecca Liddiard, Zachary Levi, David Cronenberg, Paul Gross, Stephen Joffe e Anna Paquin.
Gostei que as colchas estavam lá. No livro Grace Marks fala muito da confecção de colchas, de que toda moça tem que ter uma certo número de colchas antes de casar. Do significado dos desenhos e colocaram as colchas como descritas e imaginadas por mim. As colchas na trama são personagens e contam histórias.
Beijos,
Pedrita