Mostrando postagens com marcador Cleyde Yáconis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cleyde Yáconis. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bodas de Papel

Assisti Bodas de Papel (2006) de André Sturm no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, tentei até ver no cinema, mas não consegui. Gostei muito do roteiro inicial. Uma cidade havia sido desapropriada para a construção de uma hidrelétrica. Passado muitos anos, o governo desistiu da hidrelétrica, isso é muito brasileiro. Começa então o filme com a notícia no jornal de que aquela cidade não será destruída e as pessoas podem comprar as propriedades, inclusive eles facilitavam para os antigos moradores retornarem. A personagem Helena Ranaldi viveu lá com seu avô, então compra a antiga casa novamente e o antigo hotel da família. Quando ela chega poucos estão retornando. É muito simpático ver a cidade ficando colorida e iluminada aos poucos.

Bodas de Papel é delicado e lindo no início. Tudo é cuidadoso! No início a narração fala de Serendípite, que é algo que o acaso faz acontecer. Uma mudança de planos, um atraso de alguém e você muda de lugar e encontra alguém. Não gostei do final. Podia ter ficado leve e simpático assim até o final. Mas quiseram um acontecimento forte, um momento de tensão, algo que enfraqueceu infinitamente a trama e levou esse lindo filme a um desfecho melodramático óbvio. Uma pena, porque é de uma doçura maravilhosa esse filme e seu roteiro inicial.

Gostei muito do elenco. Para contracenar com a Helena Ranaldi escolheram o ótimo e lindo ator argentino Darío Grandinetti. E traz ainda atores que adoro: Cleyde Yáconis, Walmor Chagas, Antonio Petrin, Sérgio Mamberti, Ângela Dip e Imara Reis.
Nos créditos, Bodas de Papel teve apoio da cidade de Serra Negra. Não consegui descobrir onde foram as locações.
Bodas de Papel ganhou três prêmios no 12º Festival PE Festival do Audiovisual de Recife, Melhor Filme do Júri Popular, Melhor Atriz Coadjuvante (Cleyde Yáconis) e Melhor Edição de Som (Fernando Henna e Simone Alves).

Música do post: Vivaldi, A. RV 461 Concerto for Oboe in A minor [I] Allegro non molto [Paul Dombrecht]



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Caminho para Meca

Assisti a peça O Caminho para Meca de Yara de Novaes no Teatro Cosipa Cultural. Uma amiga em convidou para ver esse espetáculo e não titubeei. É com a maravilhosa Cleyde Yáconis que simplesmente arrasa! Tinha visto há uns anos ela deslumbrante em Longa Jornada de um Dia Noite Adentro e não queria perder esse espetáculo. O texto me surpreendeu, é fascinante, não conhecia nada desse autor Athol Fugard que nasceu na África do Sul. Gostei tanto das frases que fui procurar livros do autor, achei traduzido somente um na Livraria Cultura e já coloquei na minha lista de desejos.

O texto é inspirado em Helen Elizabeth Martins, que viveu entre 1897 e 1976 em um vilarejo na África do Sul. Ela recebe uma visita inesperada de uma amiga que viajou 12 horas de carro para vê-la. Helen está com bastante idade e relata a amiga que o pastor e moradores do vilarejo desejam enviá-la para um asilo. Esse pastor inclusive aparece mais tarde para buscar a assinatura de sua suposta amiga. O texto fala de preconceito, racismo, oportunismo, solidão. É de uma beleza inestimável. Essa senhora solitária é uma artista e é incompreendida pelos habitantes convencionais de onde mora. A amiga é interpretada por Lúcia Romano e o pastor por Cacá Amaral. Gostei demais do cenário de O Caminho para Meca de André Cortez e da belíssima iluminação de Telma Fernandes. As belíssimas fotos são de João Caldas.

Essa peça estreou um novo espaço cultural, o Teatro Cosipa Cultura. Fiquei muito feliz de ver mais um espaço cultural em São Paulo e fora dos locais tradicionais. Várias vezes ouço conhecidos dizerem que não vão ao teatro porque ficam longe. Acho muito importante a criação de espaços culturais em vários bairros da cidade. O Teatro Cosipa Cultura me impressionou pela facilidade de chegar. É um pouco longe de onde moro, mas é tão fácil e seguro que fiquei tranqüila. Fica em frente aos prédios do Itaú, ao lado do Metrô Conceição e com estacionamento dentro. O teatro fica dentro do Centro Empresarial do Aço que também não conhecia. E fiquei impressionada como o teatro é grande e bem dimensionado.
Música do post: Ladysmith Black Mambazo - Ngingenwe Emoyeni (South Africa)

Beijos, Pedrita

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eterna Magia

Assisti a novela Eterna Magia de Elizabeth Jhin na TV Globo. Eu adoro novelas das seis e com essa não foi diferente. Está certo que começou difícil, precisou de alguns ajustes, mas eu amei! Acho que o 007 faria um tópico bem mais divertido que eu meu. Até o fim da novela ele fazia comentários sarcásticos sobre a participação do Paulo Coelho. Ele disse que o fracasso no ibope se deve ao azar que esse mago traz a televisão. E sua participação no início foi patético. Recentemente revi um Vídeo Show e ele chegou a ir para a Irlanda fazer umas cenas. Que desperdício! Ele não tinha dicção nenhuma e não se entendi nada do que ele dizia. Tanto que ele nunca mais voltou na novela, até seu quadro foi destruído.

Eu adorava o casal principal e ficava torcendo para que eles acabassem juntos. Sofrimento para essa pobre moça não faltou. O rapaz a largou no altar, disse não na hora do sim e fugiu com sua irmã grávida para a Irlanda. Gostei demais das transformações dessa personagem. Assim que ela vê que todos têm pena dela, ela se fortalece, vai para a capital estudar e se torna uma grande empresária no segmento das pedras preciosas. Ela é a excelente Maria Flor, eu adoro essa atriz e acompanho a sua carreira há um tempo. Principalmente desde que ela me emocionou em Cabocla. Ele foi interpretado por Thiago Lacerda. Sua irmã voluntariosa e mimada foi interpretada por Malu Mader.

Outro casal que eu amava era do Max e da Pérola. Eles também sofreram um bocado para conseguirem viver o seu amor. Eliane Giardini estava maravilhosa e eu gosto muito do Werner Schünemann. A trama de Eterna Magia tinha muitos segredos. Muitas histórias traziam segredos demais. Era muito interessante.

Em Eterna Magia apareceram ótimos atores. Eu e minha mãe delirávamos com a Suzana, interpretada divinamente por Daniela Fontan. Adorava quando ela tentava explicar o sumiço do "bibelau". Ou as desculpas quando ela dormia no sofá da patroa. Outros atores que gostei muito foram: o estrangeiro Pierre Kiwitt, os divertidos Eduardo Mancini e Nica Bonfim, que tiveram um final emocionante e lindo, a bela Milena Toscano que o 007 é fã, o gato do Vinicius Manne, minha mãe também suspirava por ele.


Eu adorava as famílias principalmente porque muitas eram pouco ortodoxas. A do Joaquim, interpretada maravilhosamente pelo Osmar Prado era a mais complexa. Ele largara a mulher porque se envolvera com outra. Só que ele descobre depois que ela morre que a maioria dos filhos que ele acha que teve com ela não eram dele, mesmo assim ele cria todos, claro, ele teve tem dificuldade de aceitar os "filhos", mas nunca deixou de amá-los. E ele ainda se casa de novo. A história deles era linda e os atores desse núcleo eram excelentes: Ana Carolina Godoy, Rafaela Victor, Guillermo Hundadze, Rita Guedes, Isabelle Drummond e Lara Rodrigues. Adorava também a família da Loretta, interpretada pela Irene Ravache e sua afilhada Marcella Valente.

Outra família maravilhosa era encabeçada pela incrível Cleyde Yáconis, com Aracy Balabanian, Isaac Bardavid, Thiago de Los Reyes, Cauâ Reymond e Marco Pigossi. Adorava ainda a família cômica dos donos do hotel e padaria da cidade, interpretados pela a doce Lívia Falcão, o simpático Carl Schumacher.
A trilha sonora também era muito bonita, tanto que minha mãe pediu que eu comprasse os dois CDs, nacional e internacional, para ela.



Beijos,
Pedrita