Assisti ao documentário Pitanga (2017) de Camila Pitanga e Beto Brant no Canal Brasil. Quis ver inclusive nos cinemas. A trajetória de Antônio Pitanga confunde-se com a história do cinema brasileiro.. Sou fã desse ator.
Antônio Pitanga com Luíza Maranhão em A Grande Feira
O documentário mostra Pitanga na praia, depois segue para Salvador, onde ele encontra com profissionais que trabalhou. Contador de histórias, seus encontros são riquíssimos em conteúdo, uma aula de cinema brasileiro. Ele fala com Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Othon Bastos, Gésio Amadeu, Ney Latorraca, Tamara Taxman e Ítala Nandi. Com os diretores Cacá Diegues, Neville D´Almeida, Walter Lima Jr. e Hugo Carvana. Os músicos Maria Bethânia, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Caetano Veloso.
Antônio Pitanga em Barravento
Pitanga conta que Glauber Rocha ficou muito bravo com ele porque uma produção atrasou e o ator foi trabalhar com teatro. O documentário entra com uma linda entrevista do José Celso Martinez Corrêa e sobre teatro. Capoeirista, suas interpretações tinham muitos movimentos, eram muito viscerais.
No final as conversas são com os filhos. Camila Pitanga agradece muito ao pai o carinho com sua mãe, Vera Manhães. Em uma entrevista contam a beleza desse casal.
Muito emocionante as cenas do Pitanga com o filho Rocco e seus netos, que momentos delicados. O carinho e união de todos emociona.
No blog eu falei de alguns filmes que Antônio Pitanga participou:
Assisti Novo Mundo (2017) de Thereza Falcão e Alessandro Marson na TV Globo. Direção geral de Vinícius Coimbra. Que novela!!! Além de falar de um importante período histórico brasileiro, ainda teve discursos incríveis sobre escravidão, índios, política, condição feminina. Foi tão impressionante e inesquecível que já estou com muita saudade.
Sim, fizeram algumas licenças poéticas, mas não tanto quanto o que falavam. Mostraram sim os inúmeros envolvimentos de Dom Pedro (Caio Castro). A novela começou com a vinda da Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil para casar com Dom Pedro. Eu tinha comprado antes da novela começar A Biografia Íntima da Leopoldina de Marsillo Cassotti que comentei aqui. Só depois que soube da novela e aí resolvi ler. Logo que Leopoldina está vindo ao Brasil, Dom Pedro estava se envolvendo com uma dançarina (Luísa Micheletti). Eu acho que ele amou a Leopoldina. Pessoas sedutoras gostam de fazer os outros caírem de amores. Dom Pedro era tão sedutor quanto Domitila (Agatha Moreira), os dois eram muito parecidos. Cheguei a achar que o envolvimento do Pedro com a esposa (Joana Solnado) de Avilez (Paulo Rocha) fosse licença poética, mas não foi. Tinham rumores que ele teria se envolvido com a esposa do oficial realmente.
Foi emocionante demais o Dia da Independência. A novela mostrou ainda o Dia do Fico. Muitos falavam se iam mostrar Pedro passando mal com diarreia, não deixaram claro se era diarreia, mas ele passou muito mal caminhando. Ele tentava voltar ao Rio de Janeiro e passou mal no caminho.
Logo que a novela começou passaram a dizer que Leopoldina era gordinha. Há um grande equívoco nessa informação. Leopoldina chegou no Brasil com 20 anos, casou e logo engravidou. Morreu com 29 anos e nesses 9 anos esteve grávida 7 vezes, sendo que cada vez são 9 meses e a mulher leva um pouco para desinchar após dar a luz. Algumas vezes, muito provavelmente antes mesmo de terminar a amamentação e desinchar ela estava grávida de novo. Gostei que Novo Mundo mostrou a importância política de Leopoldina. No livro vi que o pai dela era um grande diplomata austríaco. Ela aprendeu com ele a gerenciar conflitos e era ela que auxiliava muito Dom Pedro a resolver os inúmeros problemas que tiveram nesse período conturbado. Leopoldina foi determinante, bem como Bonifácio (Felipe Camargo).
As pessoas ficaram indignadas com a novela ter insinuado que Bonifácio teria se apaixonado por Leopoldina. Quem garante que não? Em tudo o que se lê sobre os dois sempre vem a frase que Leopoldina e Bonifácio estavam sempre juntos, que eles se identificavam muito porque os dois eram muito cultos. Que tinham altas conversas. Não podemos esquecer que princesas e rainhas sempre eram protegidas, quase imaculadas com raras exceções. Leopoldina era amada pelo povo, jamais deixariam qualquer insinuação manchar a sua imagem até por uma estratégia real. Mas quem garante que eles não tivessem nutrido algum sentimento? Sim, Leopoldina era católica demais, jamais aceitaria um envolvimento fora do casamento como se posicionou na novela. Mas achar que Leopoldina não seria uma mulher pulsante, é machismo.
Eram muitos personagens incríveis. Gostei demais de terem criado uma taberna suja, com poucos móveis. Essa reconstituição de época foi incrível. Era muito difícil ter móveis na época, roupas, os personagens repetiam muito as roupas, mesmo os do palácio. E banho não era algo comum. Era raro. Os personagens eram sujados. Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Viviane Pasmanter) foram inacreditavelmente incríveis. Licurgo criava pratos, inventou a feijoada, o frango a passarinho que ele enganava e era de pombo na verdade, pipoca e muitos outros pratos. Mas ele cozinhava muito, mas muito mal. E adoravam ter escravos brancos. Sempre davam um jeito de contratar funcionários sem pagar, explorando mesmo.
Eram tantos casais que eu amava. Wolfgang (Jonas Bloch) e Diara (Sheron Menezes) era um deles. Ela era escrava, ele a comprou e a alforriou. É linda a transformação dela. Inicialmente ela queria ser uma dama, com roupas exageradas cheias de babados. Ela sempre foi escrava de dentro. Quando descobre a violência dos escravos das plantações, resolve se vestir conforme suas origens. As mensagens subliminares de Novo Mundo eram muito impressionantes e inteligentes. Eu tenho curiosidade para saber se Ferdinando (Ricardo Pereira) ficaria com Diara em um primeiro momento. Gostaria de saber se mudaram, porque a rejeição a separação do casal Wolfgang e Diara foi imediata, eu queria o tempo todo os dois juntos e não queria que Wolfgang morresse. E gostei do final que deram ao Ferdinando, muito coerente.
Adorava também o casal Amália (Vanessa Gerbelli) e Peter (Caco Ciocler). Ele era médico e como homem das ciências era cético. Era ainda republicano. Muito interessante os textos dele que não acreditava em nada, tinha divergências com Dom Pedro, Bonifácio. O tempo todo eles falavam em respeitar a opinião do outro, de tolerância. Novo Mundo fez várias pontes com o momento político atual, estimulando a temperança, o diálogo. Até a abertura era muito inteligente, mostrando o caminho do ouro.
Outro casal que adorava era Cecília (Isabella Dragão) e Libério (Felipe Silcler). Ele um importante jornalista dono de um jornal, ela uma mulher a frente do seu tempo, como a maioria da novela, as mulheres em Novo Mundo eram muito fortes e determinadas. Cecília escrevia artigos contundentes sob pseudônimo contra a escravidão, sobre os direitos das mulheres. Mesmo sendo filha de um rico comerciante que enriqueceu com o tráfico de escravos, inclusive ilegal. Apesar de ser uma novela na escravidão, os textos falavam muito de igualdade. Os escravos não era submissos. Eram guerreiros, queriam sempre se juntar a grupos para libertar os irmãos e levá-los a quilombos.
Boa parte dos empregados eram brancos. Raros eram os negros escravos ou em funções de menor remuneração. Libério era escritor e jornalista, Diara esposa de um rico fazendeiro. Alguns piratas em cargos altos, eram os ricos e davam ordens. Os escravos de ganho, raramente mencionados na ficção, tinham função determinante na trama. Eles ajudavam sempre os bons a levarem e trazerem informações. Amava o trio de empregados do palácio, Dalva (Mariana Consoli), Lurdes (Bia Guedes) e Patrício (André Dias), esse de caráter totalmente duvidoso que odiava Leopoldina, idolatrava Carlota Joaquina (Débora Olivieri) e Domitila. No final juntou-se a esse grupo Nívea (Viétia Zangrandi). Adorei o final que deram as esses personagens.
Adorava os piratas, desde o começo da trama eles se misturavam nas histórias, saqueando, criando aventuras. Fred Sem Alma (Leopoldo Pacheco), Hassan (Thiago Tomé), Jacinto (Babu Santana) e a bela Miss Liu (Luana Tanaka) que nos proporcionou maravilhosas lutas.
Inclusive com a guerreira Jacira (Giulia Buscaccio), que episódio. Jacira é índia, se apaixona por Piatã (Rodrigo Simas), mas ela quer ser guerreira, ele ia ser pajé e não queria saber de caçar. Piatã foi dado ao pai de Ana e viveu em Londres ou viajando com o pai.
Eu gostei bastante também do núcleo dos índios. Os textos foram muito atuais sobre a matança em massa que os portugueses fizeram aos índios na colonização, mas também das violências sofridas nos dias de hoje. Interessante como as tramas se misturavam. Com elenco enxuto, volte e meia alguma trama se encontrava. No início os índios encontram Joaquim quase morto e o tratam. Ele passa a ajudar os índios e se torna Tinga.
Inclusive o botânico Ferdinando, após perder a sua amada (Maria João Bastos), passa a viver na mata e fazer pesquisas. Ele também vai a aldeia. E fica um tempo por lá.
Joaquim (Chay Suede) e e Anna (Isabelle Drummond) eram o casal ficcional. Eles tem um filho e acabam criando o Quinzinho (Theo de Almeida). Que ator fofo. No início Quinzinho era mudo, depois ficou muito tagarela, grande filho, grande ator. Fofo demais. Adorei que no final o texto brincou com a pieguice do casal. Mas mesmo Anna sendo a mocinha, ela lutava com espada, era heroína também.
Eram muitos personagens fortes. Sebastião (Roberto Cordovani) estava em todas as conspirações contra Dom Pedro. Queria enviar Dom Pedro de volta a Portugal, permanecendo o Brasil Colônia e sob ordens das cortes portuguesas. Excelente personagem. Sua escrava (Dhu Moraes) tinha sido abusada por ele quando jovem e tinha um filho bastardo, Matias (Renan Monteiro). Ela era praticamente a única negra conformada ao seu destino. A única que acreditava que não deviam irritar o patrão, que tinham até uma vida boa como escrava de dentro. Todos os outros escravos eram contrários a sua condição. Bela negra que casou depois com Matias, a Luana (Jeniffer Dias). Muito bonito que Novo Mundo teve casamentos católicos, indígenas e afros. Várias vezes tinham festas e danças afros.
Eram muitos personagens que adorava. Chalaça (Romulo Estrela), Thomas (Gabriel Braga Nunes), Padre Olinto (Daniel Dantas), Elvira Matamouros (Ingrid Guimarães), Greta (Julia Lemmertz), (César Cardadeiro), Tibiriçá (Roney Villela), Felício (Bruce Gomlevsky), Jurema (Jurema Reis), Dom João (Léo Jaime) e Comandante Millman (Ney Latorraca). Gostei muito de terem intercalado atores que adoramos com outros pouco ou quase desconhecidos em papéis de destaque como Ubirajara (Allan Souza Lima), Francisco (Alex Morenno), Rosa (Aline Morena), Shultz (Ruben Gabira) e Maria Benedita (Larissa Bracher). Novo Mundo foi uma novela que não subestimou o público, sempre indo além do que podia para fazer pensar, questionar, apaziguar e informar.
Assisti a minissérie Grande Sertão Veredas (1985) de Guimarães Rosa na TV Globo. Tenho até vergonha de confessar, mas essa obra desse autor eu não li, li outros, mas essa obra ainda não me redimi com o Brasil e com ele. O livro de Guimarães Rosa é de 1956. Gostei muito da minissérie! A direção é do maravilhoso Walter Avancini. Ele sempre foi ousado, genial, é um diretor que faz falta. Há pouco tempo li que as minisséries dessa época precisavam ser mais longas e por isso eram esticadas demasiadamente, é o que acontece com Grande Sertão Veredas. O primeiro DVD é lento demais. Acho que perceberam que não devia estar agradando que ficou menos lenta nos próximos DVDs.
Essa minissérie recebeu muitos elogios, então minha mãe pediu muito que eu comprasse logo que soube que foi lançado. Ela agora me pede Tenda dos Milagres, mas até agora a Globo Marcas não lançou. Tony Ramos e Bruna Lombardi estão impecáveis. O texto é de difícil compreensão, que dirá falado, e é genial. O cuidado dessa minissérie em cada detalhe é incrível. O elenco também é maravilhoso! Além dos atores principais, há muita participação especial de um grande elenco. O malvado é o Tarcísio Meira que está irreconhecível. Outro que demorei para reconhecer é o ator que se torna protetor do Tatarana, Umberto Magnani. José Dumont arrasa em seu personagem controverso. Os jagunços são ótimos atores. Taumaturgo Ferreira está ótimo, bem como o excelente João Signorelli e Wilson Fragoso. Fazem participações os incríveis Rubens de Falco, Mário Lago, Maria Gladys, Linneu Dias, Neusa Borges, Sebastião Vasconcellos, José Augusto Branco e Denise Milfont. A bela Silvana Lopes faz a mulher do Hermógenes, parece que foi o último trabalho dessa bela atriz. Uma história é contada no meio da minissérie e tem só grandes atores. Yoná Magalhães, sempre linda e muito jovem, outro que está é o Ney Latorraca e ainda o grande Reinaldo Gonzaga. A trilha sonora é de Júlio Medaglia.
Eu fiquei imaginando o cansaço que deve ter sido o período de gravações. São horas e horas de minissérie, nos DVDs são 4, todos de mais de 3 horas de duração. A maior parte do tempo eles estão em lutas, no cavalo, andando. Não deve ter sido fácil a realização tanto para a equipe como para o elenco. Belo projeto!
Assisti TV Pirata (1988) de Guel Arraes no Canal Viva. Fiquei muito feliz que esse programa de humor ia ser reprisado. Passa sábado bem tarde e reprisa à tarde também no fim de semana. Adorei rever algumas piadas, claro que nem todas são apaixonantes, fazer humor nem sempre tudo fica incrível, mas me diverti com algumas tiradas. Gosto também do quanto a TV Pirata renovou o humor. Me diverti com a cena na guerra, os três dando em cima de uma mulher, vem o marido dela e todos se escondem em um armário.
Divertido também ver um capítulo da novela Fogo no Rabo. O elenco é excelente: Luiz Fernando Guimarães, Regina Casé, Louise Cardoso, Pedro Cardoso, Ney Latorraca como o impagável seu Barbosa, Débora Bloch, Diogo Vilela. Pena que o Canal Viva exagere nos comerciais que andam insuportáveis. Foram 5 em uma hora de exibição do programa, sendo os comerciais com mais tempo que a TV Pirata. A maioria divulga a própria programação do canal, mas são tão repetitivos, cansativos e demasiados que gera aversão e não atração à programação.
Assisti Negócio da China (2008-2009) de Miguel Falabella na TV Globo. Eu amava essa novela, mas o público não gostou, então o autor resolveu mudar e passei a não gostar, virou um dramalhão. Gosto do lado lúdico do autor e drama parece que não é a praia dele, pelo menos no gênero que ele escreveu. Então abandonei por vários meses a novela e voltei a rever no final. Mas como gostei muito de vários aspectos, ainda mais do começo e de alguns personagens, resolvi dividir com vocês.
Eu adoro a Grazi Massafera e ela foi a protagonista. Ela sofreu muito preconceito no início, principalmente do autor, que se desculpou no final vendo a atriz que ela é e vai vir a ser. Eu já tinha adorado o desempenho dela em comédia na novela Desejo Proibido. Infelizmente o núcleo dessa atriz sofreu bastante na novela. Fábio Assunção, com problemas das drogas, resolveu sair da novela e voltar ao tratamento. Inicialmente a possibilidade da volta ficou em aberto, mas no final o autor resolveu que achariam o corpo do Heitor e o ator não voltaria. Minha mãe e acho que todos nós sofremos muito com a luta do Fábio Assunção a esse veneno que são as drogas. E ela ficou desolada que ele não conseguiu voltar. A homenagem que fizeram ao ator no final da novela foi emocionante.
Algo que eu gostei muito em Negócio da China e me impulsionou muito em escrever o post foi o resgate de atores afastados da telinha e a revelação de grandes talentos fora da telinha. Adorava a tia Saudade, interpretada pela ótima Duse Naccarati. Gosto demais das atrizes Bia Nunnes e Luciana Braga, essa segunda estava ótima em seu personagem, mas sua história era chata. Adorava o personagem simpático interpretada pela ótima Thelma Reston.
Adorei o núcleo que lutava kung fu. Lindo o ator que interpretou o verdadeiro Liu, Jui Huang. Ele era o mais fraquinho da turma, mas li que ele é estrangeiro, portanto tinha dificuldade com nosso idioma e isso podia atrapalhar na interpretação. Ele fez um par romântico lindo com a Flor, interpretada pela Bruna Marquezine , que também na trama só tinha 13 anos e deu o seu primeiro beijo na ficção. Ela cresceu tanto durante a novela que ficou uma moça mesmo ainda uma adolescente. Ela participou na última semana do Vídeo Show e comentou que a figurista sofria com as roupas dela, porque ela cresceu muito durante a novela. E os figurinos dela eram outra atração, fofos, inspirados em mangás.
Do núcleo do kung fu, adorei as revelações: Luciana Mizutani, Elder Gatteli e Anderson Lau, que estava ótimo como um vilão insuportável. Completavam o elenco atores que adoro: a doce Fernanda Rodrigues que estava ótima em sua primeira vilã e Ernesto Xavier. Gostei muito das cenas e dos efeitos especiais nas lutas de kung fu. E dos quatro bonequinhos que estavam na abertura e tinham segredos.
Adorava o trio das "colegas" e seus figurinos coloridos como as personagens femininas do Almodóvar: Maria Gladys, Débora Olivieri e Josie Antello. Em alguns momentos a trama delas até que se arrastou um pouco, mas elas eram tão divertidas, que era uma delícia vê-las em cena. Faziam par com elas os atores: Bruce Gomlevsky e Nil Neves , esse eu não conhecia. Gostei muito também da atriz Claudia Netto. Gostava demais do casal formada pelos atores Raoni Carneiro e Renata Vilela, mesmo que subaproveitados na trama. E das secretárias: Elida L. Astorina e Karina Anhê.
Eu e minha mãe adorávamos o núcleo português da trama, mas depois a história deles desandou e não nos agradava mais. Os atores são Carla Andrino, Joaquim Monchique, a divertidíssima Maria Vieira e o gato Ricardo Pereira . Ficou bem chato quando a ótima Claudia Gimenez se somou ao núcleo. Gostava da Semírames, interpretada pela Zezé Barbosa e do Zé Boneco, interpretado por Frederico Reuter, só não achava que ele cantava tudo o que diziam. Somavam a esse grupo os atores lindos e talentosos: Dudu Pelizzari e Juliana Didone. Ele se relacionou com uma atriz que amei, linda e talentosa, a Izabela Bicalho. E a Didone era par romântico com o Thiago Fragoso que fazia um triângulo amoroso com a personagem da Fernanda de Freitas. A história desse trio era muito chata. Adoro a Fernanda de Freitas, mas ela passou a novela com olhos lacrimejantes e vozinha chorosa, sendo que só no final realmente passou por um drama. Em toda a novela ela era uma menina rica, recém-formada, já em um cargo alto, alto salário, uma família razoável, bonita, mas só choramingava. Não convencia tanta tristeza em alguém tão feliz e que tinha tudo.
Haviam outros atores que gosto muito mas estavam em núcleos dramáticos que ficaram cada vez mais chatos durante a trama. Os atores são: Natália do Vale, Herson Capri, Nathalia Timberg, Oscar Magrini, Vera Zimmermann, Francisco Cuoco, Xuxa Lopes, Ney Latorraca, Leona Cavalli, Eliana Rocha, Dalton Vigh, Ioná Magalhães e Rodrigo Mendonça.
Youtube: Teaser Negócio da China de Miguel Falabella
Assisti Irma Vap -O Retorno (2006) de Carla Camurati no Canal Brasil. Eu queria demais ver o filme porque tinha amado a peça O Mistério de Irma Vap de Charles Ludlam. Apesar das críticas negativas queria relembrar alguns momentos da peça tão inesquecível. A sensação que fiquei é que não funcionou. E fiquei com um pergunta na cabeça: -Quando alguém vai montar esse texto da peça em filme? Ney Latorraca e Marco Nanini arrasam nos inúmeros papéis que representam. Mas nós só vemos são trechos da peça. E talvez quem não tenha visto a peça tenha se perdido na trama do filme e compreendido pouco, já que o texto é bastante específico do meio teatral, não sei se quem não tem costume com o gênero e não conhecia Irma Vap conseguiu entender.
Irma Vap -O Retorno começa com o desejo de um produtor de remontar a peça que fez tanto sucesso com dois atores jovens. A dificuldade está em conseguir os direitos. O diretor que vai dirigir a peça e sua mãe são interpretados por Ney Latorraca. O homem que tem os direitos e sua irmã por Marco Nanini e é essa a grande graça do filme, os dois interpretando esses personagens, mesmo não tendo muita graça a trama, eles são maravilhosos! No final do filme vemos muito corrido alguns trechos da peça que só foi mesmo para deixar mais saudade!
Os dois atores que iriam contracenar a peça são interpretados por Thiago Fragoso e Fernando Caruso. O produtor é interpretado pelo Marcos Caruso.
Irma Vap -O Retorno ganhou o Lente de Cristal de Melhor Filme - Voto Popular, no Festival de Cinema Brasileiro de Miami.
A peça O Mistério de Irma Vap ficou 11 anos em cartaz, levou 247.325 espectadores e entrou para o Guinness Book como a peça teatral que permaneceu por mais tempo em cartaz, com o mesmo elenco.