
Assisti no cinema ao filme Desejo e Reparação (2007) de Joe Wright, uma co-produção entre Inglaterra e França. Estava com muita saudade de ir ao cinema e fui com a minha mãe, queria ver pelo menos um dos filmes que concorrem ao Oscar deste ano. Eu e minha mãe gostamos muito de Desejo e Reparação, é muito bonito e traz um roteiro muito complexo baseado na obra de Ian McEwan. A edição de Paul Tothill é impecável, a história vai se desenrolando em pedaços, com retornos aos fatos, com outros olhares de outros personagens, com outras perspectivas.


Vou falar detalhes do filme: Fiquei impressionada com a não possibilidade de reparação dos erros, nem a amenização das conseqüências. Um erro grave, que poderia ser amenizado no futuro, mas que suas conseqüências só as agravam. A própria guerra dificulta toda a possibilidade de uma vida menos traumática. Mostra claramente o preconceito dos nobres ingleses com subalternos, atribuindo-os culpas que não lhe pertencem sem questionamentos e investigações. Minha mãe comentou que Desejo e Reparação mostra a imbecilidade da guerra, onde não há vencedores e rivalidades estúpidas como franceses maltratarem soldados ingleses mesmo estando do mesmo lado na guerra.
Desejo e Reparação ganhou Globo de Ouro de prêmio de Melhor Filme de Drama e Melhor Trilha Sonora de Dario Marianelli. Tem sete indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Saoirse Ronan), Melhor Roteiro Adaptado (Christopher Hampton), Direção de Arte, Fotografia, Figurinos e Trilha Sonora (Dario Marianelli).
Música do post e da trilha sonora: Claire de Lune - Debussy. É preciso clicar no play para ouvir, o Auto Play continua não funcionando.