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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Boneco de Neve

Assisti Boneco de Neve (2017) de Thomas Alfredson no Telecine Play. Nunca tinha ouvido falar nesse filme, gosto do gênero e gostei muito. Tem um formato e questões diferentes. O diretor é sueco baseado no livro do norueguês Jo Nesbo. O roteiro central é sobre assassinatos em série. As paisagens são deslumbrantes, mas dá muita agonia tanta neve, fiquei imaginando o frio.

Achei bem diferente a estrutura dos policiais. Não querem dar ao policial casos, ele resolve então se juntar a outra policial sem ter autorização. Ficamos na dúvida se a policial também está trabalhando por conta própria. Um esconde do outro o que descobrem nas investigações. Não há heróis. Todos tem defeitos. 
Gosto muito do elenco: Michael Fassbender, Rebecca Ferguson, Charlotte Gainsbourg. J. K. Simmons, James Darcy, Toby Jones, Chloë Sevigny e David Dancik. Alguns outros do elenco são Jonas Karlsson, Michael Yates, Silvia Bussoic e Val Kilmer em um personagem estranho, mal aparece, muito sem função.
O roteiro é muito bom, surpreendente o desfecho. 
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Tudo Vai Ficar Bem

Assisti Tudo Vai Ficar Bem (2015) de Wim Wenders no Telecine Cult. Há um tempo pus esse filme para gravar já que gosto desse diretor. O nome melhor seria Nada Será Como Antes. Não sei o que o autor, Borj Olaf Johannessen, e o diretor pensaram, mas eu não acho que Tudo Fica Bem depois, muito pelo contrário.
Nosso protagonista sofre um acidente. Ele vive em um relacionamento que já ia mal e só piora. O que mais me assustou foi a total incompreensão das pessoas no entorno ele. Ele não suporta tudo o que sente e tenta suicídio. A ex, bem sarcástica, diz que o médico contou que não chegou a ser um suicídio, porque ele não morreria, que ele fez o ato de tal forma que sobreviveria. Sim, há suicidas que fazem o ato parcialmente, pensando em fazer completo. Pode até ser que inconscientemente só queiram pedir socorro e não morrer. Mas algo pode sair errado e morrer. E julgar alguém que tenta se matar, deixando brechas ou não, é muito, mas muito perverso. Essa mulher inclusive foi só para maltratar mais alguém tão frágil emocionalmente. Era melhor nem ter ido, podia ter enviado outra pessoa. E esse médico também, melhor teria sido ficar calado. Outra também julga a forma como ele lida com a sua história. Uns acham que ele não sentiu nada, sem saber de toda a história e ele sendo reservado, acham que ele viveu tranquilamente e não que estava sofrendo. James Franco está muito bem. sua ex é interpretada por Rachel McAdams.

No outro núcleo está a personagem da Charlotte Gainsbourg e Robert Naylor. Charlotte inclusive interpreta uma mãe relapsa, desligada. Mesmo depois de toda a tragédia ela vive esquecendo o outro filho sozinho em lugares perigosos.  Parece até que queria ser sozinha e se livrar dos filhos inconscientemente. Apesar de toda a tragédia que ela passa, ela continua só, sem o apoio de ninguém. A solidão das pessoas no filme incomoda profundamente. Ainda no elenco está Maria Josée-Croze.  Quem gosta de filmes psicológicos, Tudo Não Vai Ficar Bem tem muito a analisar.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 19 de maio de 2016

3 Corações

Assisti 3 Corações (2014) de Benoît Jacquot no Max. Eu gosto desse diretor e amo o elenco, coloquei pra gravar. Foi um filme muito difícil de assistir, desconfortável, claustrofóbico. Começa com o protagonista interpretado por Benoît Poelvoorde perdendo o trem.

De madrugada ele fica em uma cidade de interior, quando conhece a personagem de Charlotte Gainsbourg. Eles ficam conversando  muito tempo. Se beijam, não trocam nomes nem telefone e combinam dali há uns dias se encontrar na fonte em Paris, onde irão trocar os telefones. Ele se atrasa, passa mal do coração e se desencontram. 3 Corações fala muito de um encontro que não acontece e o quanto isso pode mudar completamente uma história. Sem conseguir encontrá-la, os dois seguem suas vidas. Ela vai embora para os Estados Unidos com o marido.

Ele trabalha no Fisco, um dia ele ajuda uma sensível mulher, chorando muito, que desde que a irmã viajou se atrapalhou nas contas. Ele oferece ajuda. Ela é a irmã da outra e é interpretada pela Chiara Mastroianni. Ele demora muito a descobrir quem é a irmã. Interessante a construção afetiva dos dois relacionamentos. O primeiro é daqueles arrebatadores, que não se consegue fugir, irracional. O outro é sereno, afetuoso. A mãe das duas é interpretada por Catherine Deneuve. Belo filme, mas difícil de assistir, angustiante.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Samba

Assisti Samba (2014) de Eric Toledano e Olivier Nakache no TelecinePlay. Tinha uma alta expectativa em relação a esse filme. Amigos tinham elogiado quando esteve em cartaz nos cinemas, mas eu queria ver um filme brasileiro que lançou na época e não vi. Fiquei feliz quando estreou na tv a cabo mas fiquei bem decepcionada. É um bom filme, mas longe de ser tudo o que me disseram. Há momentos bem arrastados, com um lado assistencialista piegas e equivocado.

Gosto bastante dos dois atores principais: Charlotte Gainsbourg e Omar Sy. Ele é um imigrante ilegal na França. Acaba preso, ela é voluntária em uma associação que ajuda os imigrantes. Os outros dois aparecem menos. De novo ele imigrante ilegal e ela da associação e são interpretados por Tahar Rahim e Izia Higelin. O filme é mais romântico que sobre imigração. Já vi filmes bem mais interessantes sobre a questão da imigração que esse.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Melancolia

Assisti Melancolia (2011) de Lars Von Trier no Telecine Cult. Eu queria muito ver esse filme, senti não conseguir ver no cinema. Esse diretor é sempre impactante e sempre seus filmes mexem, fiquei muito abalada, o 007 comentou que ficou igual. No início só imagens transformadas, a noiva caminhando, mas fios de lã cinza a seguram, como depois vamos saber ser o sonho dela. Pássaros caindo do céu enquanto ela está em câmera lenta. Cenas de uma poesia e beleza impactantes ao som da ópera Tristão e Isolda, ópera de Wagner. É um tempo enorme de magia e beleza, com imagens e música.

Depois começa com o casamento da personagem da Kirsten Dunst. Ela acaba de casar e segue para a mansão da irmã no campo, para a festa de casamento. Lars Von Trier é sempre irônico, mostra a hipocrisia da sociedade. Eles estão em uma limosine enorme que não passa nas pequenas ruas que levam a mansão. Atrasam muito e levam uma bronca da irmã, bronca a noiva leva o tempo todo. A segunda parte é com foco na irmã que vive na mansão. A relação das duas é bem conflituosa. A segunda está casada com um marido que não a respeita. A outra está em depressão. 

Um planeta Melancolia vai se chocar com a terra e destruí-la. Continuam os símbolos, a tristeza que vai tomar a terra. Não há esperança, alegria, tudo é desajuste e tristeza. A crítica social continua. Um funcionário mais velho é tão próximo de todos que é chamado de Paizinho. Um dia ele não aparece, a irmã pergunta para a outra se ele tem família, e a outra diz não saber. Vivem anos com o mesmo funcionário, o chamam de Pai, mas não sabem de nada da vida dele. A irmã é interpretada brilhantemente pela  Charlotte Gainsbourg que adoro. O elenco estrelado continua, o marido é interpretado por Kiefer Sutherland. Os pais das irmãs são outros atores que adoro Charlotte Rampling e John Hurt. Melancolia ganhou vários prêmios como Melhor Atriz para Kirsten Dunst no Festival de Cannes, merecidíssimo, ela está maravilhosa! 

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Novo Mundo

Assisti Novo Mundo (2006) de Emanuele Crialese no Cinemax. Uma co-produção entre França e Itália. Foi uma noite de escolha difícil. Os canais da tv a cabo iam passar esse que foi vencedor do Festival de Veneza e em outro um filme dinamarquês vencedor do Festival de Cannes. Escolhi esse. Gostei muito! Novo Mundo é ambientado na Sicília no início do século 20. Os moradores de uma pacata região da Itália, cheios de crendices, estão com vontade de seguir para o Novo Mundo. Seguem então na viagem uma avó, um pai e dois filhos. Pedem que eles protejam mais duas moças e outra belíssima, interpretada pela Charlotte Gainsbourg, se junta a eles. O protagonista é o ótimo Vincenzo Amato. Os outros são interpretados por: Francesco Casisa, Filippo Pucillo, Aurora Quattrocchi e Andrea Prodan.

A única forma das mulheres ingressarem no Novo Mundo é pelo casamento. Ou arranjado por carta com quem já vive nos Estados Unidos ou indo casadas. Há momentos de muito surrealismo quando eles imaginam o Novo Mundo. Maçãs gigantes, cenouras gigantes, dinheiros que caem de árvores. São momentos preciosos do filme. No pôster, eles estão andando no rio de leite que há nos Estados Unidos, onde ninguém passa fome.
A direção de fotografia de Agnès Godard é impecável. E as cenas de aglomerações, principalmente no barco, são impressionantes.

Assusta os testes que passam para os imigrantes quando chegam nos Estados Unidos. Questionados, os americanos explicam que é porque eles descobriram que a falta de inteligência é hereditária e que eles não querem pessoas assim no seu país. Eles deportavam aqueles que não passavam nos testes de inteligência.

Nuovo Mundo ganhou o Leão de Prata de Revelação, Prêmio UNICEF, Prêmio Pasinetti de Melhor Filme, Prêmio FEDIC, Prêmio SIGNIS e o Prêmio CinemAvvenire, no Festival de Veneza. Esse filme representou a Itália no Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Na trilha sonora toca a canção Feeling Good com a Nina Simone. Outra música é a que está no trailer.

Música do post: Nina Simone - Feeling Good
Youtube: Nuovomondo (The Golden Door) trailer - Better quality


Beijos, Pedrita