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domingo, 7 de setembro de 2025

DNA do Crime - 1ª Temporada

Assisti a 1ª Temporada de DNA do Crime (2023) de Heitor Dhalia na Netflix. Comecei a ver por engano já que tramas policiais de confrontos constantes não são minha preferência. Mas me deparei com uma ótima série, devo ir pra segunda temporada já disponível. Li que confirmaram a terceira, merece.

Eu gosto demais dos trabalhos do Dhalia e o elenco é incrível. Maeve Jinkings interpreta uma policial que acabou de ter bebê e quer voltar a trabalhar a campo. Ela vai ser parceira do personagem de Rômulo Braga. A série se baseou em um caso policial no interior de São Paulo, mas é ambientada na fronteira entre Brasil e Paraguai. O crime mais organizado que nunca trabalha com profissionais dos dois países, armamentos de ponta, veículos, jatos e muito, mas muito dinheiro. A policial tem conflitos no casamento, o marido de Erom Cordeiro se afastou das ruas para se dedicar ao filho, mas a esposa não consegue. Seu parceiro policial está revoltado porque seu parceiro anterior foi morto então quer prender o assassino. São muito bem construídos os conflitos pessoais dos personagens.
A série aborda a utilização da inteligência como arma de investigação. Equipes de pesquisa começam a analisar os DNAs dos bandidos e começam a ligar as facções para rastreá-los. Muito interessante o personagem de Guilherme Silva. Começa ele no Rio de Janeiro com vários celulares escondidos no carro. Ele é um policial afastado, vai para a equipe, mas está proibido de ir a campo. Ele se infiltra no crime. O tempo todo temos dúvidas se ele está com os criminosos ou com os policiais.
Pedro Caetano lidera a equipe policial. Alguns outros do elenco são Alex Nader, Miguel Nader e Daniel Blanco.

No crime tem o Sem Alma de Thomás Aquino. Um bandido muito perigoso e letal que se converteu ao evangelho na igreja, é todo religioso, mas continua violento. As cenas de ação são muito bem realizadas.

Muito bem construída a trama do DNA. Alguns policiais acham um trabalho menor, mas é a investigação pelo DNA que ajuda a equipe a mapear os crimes, criminosos e antecipar as ações.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Recital de Piano do Centro de Música Brasileira

Assisti ao Recital de Piano do Centro de Música Brasileira no Mackenzie Higienópolis. Foram dois pianistas que ficaram em terceiro lugar no Concurso de Piano Hotel Toriba 2024. Primeiro tocou Isabella Perazzo. Gosto muito dessa pianista e amei a escolha do repertório. A pianista é da Paraíba, então costuma incluir no repertório compositores do seu estado, como José Siqueira, que adoro. Dele, ela interpretou divinamente Cantiga e Sonatina nº 5. Muito bonita as duas obras de Emilia de Benedictis, a compositora era também pianista. Perazzo tem participado das comemorações de 90 anos do compositor José Alberto Kaplan (1935-2009), então tocou dele a Sonata.

Programa 

José Siqueira

Cantiga

Sonatina nº 5 (Allegro brilhante, ⁠Devagar – Modinha e ⁠Allegro non troppo – Dança)

Emília De Benedictis

Berceuse

Recordação (Noturno nº 1)

J. A. Kaplan – Sonata (Allegro Enérgico, ⁠Scherzo – Presto, Lento – Livremente quase Cadenza e Alla Toccata)

 

Com Jordan Alexander, tocaram a Brasiliana nº 8 de Osvaldo Lacerda  para piano a 4 mãos.


Jordan Alexander tocou obras de Édson Santana, Lorenzo Fernandes e Villa-Lobos. O recital foi gratuito.

Programa

Édson Santana

Toccata

Fantasia das Flores

Poetina 1

Lorenzo Fernandez – 3 estudos em forma de Sonatina

Villa-Lobos – Festa no Sertão


Beijos,
Pedrita

domingo, 31 de agosto de 2025

In on It

Assisti a peça In on It no Tucarena. Queria muito ver esse espetáculo pelos prêmios e elogios que recebe. Gostei bastante!

O grupo diz "entender não é fundamental e sim a experiência".

O texto é do canadense Daniel Maclvor. A direção é de Enrique Diaz. No palco dessa vez Fernando Eiras e Emilio de Mello. Os três se alternam nas produções. In on It estreou em 2009 e desde então vem se apresentando e viajando. Eu adoro os três atores. Eiras começa um drama sobre a imprevisibilidade da vida. Mello está na plateia vendo. Ele para o texto de Eiras e pergunta se é assim que ele quer começar o espetáculo, de modo tão trágico. Dá-se então o tom da peça. O tempo todo eles alternam entre personagens e conversas sobre escolhas dramáticas, muito bom.
Entre as discussões sobre escolhas dramáticas, surgem personagens, como o homem que descobre que vai morrer. Dramas familiares, traições, despedidas. A linguagem corporal é incrível. No formato de arena eles sobem e descem na plateia, discutem na coxia, ficam sozinhos ou em duplas, fiquei cansada só de ver os dois ágeis em ação. Sem falar nas dancinhas que amei, ainda mais ao som de Sunshine, Lollipops and Rainbows de Lesley Gore, que amo. Adorei as conversas sobre música. Eiras começa ao som de Maria Callas, Mello fala se o fato dele gostar de erudito ou dizer que gosta de ópera é verdade, ou só pra mostrar erudição. Eles fazem o público dar palpites, é bem divertido.

In on It está nas últimas apresentações, até 28 de setembro.






Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de agosto de 2025

A Menina Passarinho

Assisti a peça A Menina Passarinho da CTI - Teatro Paulo no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. Foi o último evento do encontro que já estou com saudades. Eu queria muito ver esse espetáculo porque tinha ficado encantada com as fotos. Adoro teatro de bonecos. Sim, era teatro, música e tinha também bonecos. Que história linda.

A menina quer ser um passarinho. O texto e a direção é do Edu Brisa. Tudo é lindo! Os figurinos são de Samuel Cabral, que também assina o cenário e Eder Lopes. Os bonecos são de mamulengos feitos por Oscar Luiz (latino) Mamulengo de Si Mesmo. Tem música ao vivo, todos cantam e tem instrumentos no palco. A menina é interpretada por Juliana Crifes e tem a ajuda do amigo de Beto Bellinatti na busca por ser passarinho. A mãe dela é o boneco da primeira foto.
A professora é um boneco e a voz dela é gravada pela Odília Nunes. O espetáculo é muito lindo!
O teatro estava lotado e tinham muitas crianças. Esse encontro tem sempre conversas ao final. Edu Brisa contou que Odília Nunes é uma importante palhaça de Pernambuco. Ele disse que o grupo pesquisa histórias, principalmente de cordel, para criar as deles.
Eu já tinha visto um espetáculo do grupo, A Casa de Farinha do Gonzagão que comentei aqui
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Na Trilha do Cinema

Assisti 3 episódios da série Na Trilha do Cinema no Curta! Agora há um recurso da ClaroTV que permite solicitar gravar todos os episódios de um programa, espero que repitam e eu possa ver os primeiros. Está disponível para assinantes do CurtaOn. André Abujamra que apresenta e ele também já fez várias trilhas pra filmes. É um tema que adoro, amei o programa. O primeiro que vi é com outro gênio das trilhas, o Antônio Pinto. Eu amo suas trilhas, a Eu na Rua de Nine Days está nas minhas playlists. É dele a trilha maravilhosa de Central do Brasil, Abril Despedaçado, Primeiro Dia, Marighella.

O segundo que vi foi com Flavia Tygel. Foi muito descobrir quais trilhas eram dela. Me emocionei muito com o relato de As Polacas que quero muito ver. Ela trabalha com uma diretora do meu coração, a Susanna Lira e fez a trilha para o impactante Torre das Donzelas.

 
O último foi muito divertido, Abu entrevistou Abu. Inclusive Abu é o responsável pela trilha de A Melhor Mãe do Mundo que acabei de ver e amei e de vários filmes da Anna Muylaert. O compositor falou em mais detalhes as trilhas de Carlota Joaquina que acaba de ser relançado e Carandiru.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A Melhor Mãe do Mundo

Assisti no cinema A Melhor Mãe do Mundo (2025) de Anna Muylaert no Reag Belas Artes. Foi no projeto Folha que eu amo. Primeiro passa o filme e depois a diretora e a atriz principal conversaram com o público. Eu amo saber detalhes, então é maravilhoso esse formato. E o mais incrível ainda é que é gratuito! Estava lotado! O filme foi ovacionado ao final. 

Inacreditável o trabalho da Shirley Cruz, que atriz. Começa com ela na delegacia denunciando o marido que a bateu. Ela é catadora de materiais recicláveis. Ela vai trabalhar, vai em casa, pega os filhos, põe na carroça e segue para a casa de seus primos em Itaquera. E vai trabalhando pelo caminho com os filhos. Demais as crianças, Rihanna Barbosa e Benin Ayo. O filme começa com uma música maravilhosa na voz de Negra Li. A bela trilha sonora é de André Abujamra.

Ela leva dias até chegar na casa da prima em Itaquera. Lá é acolhida com os filhos, bem tratada, mas infelizmente a família tem uma cabeça ultrapassada. A prima diz que casamento é assim mesmo. Ela é Luedji Luna. E pior, avisam o ex. O ex não é pai de nenhum dos filhos da catadora. Os filhos tem pais diferentes. E é o maravilhoso Seu Jorge. O filme mostra a dificuldade que é sair de relações de abuso quando ainda há amor. Ela ama muito o marido, que não é marido no papel e tem dificuldade de se libertar da sedução dele.
Me emocionei demais com a personagem da Rejane Faria. Ela está em situação de vulnerabilidade como a Gal, vende bandeiras na rua. E é ela que diz, do jeito dela, que a Gal não pode aceitar a violência. Ela é Munda e conta que vive na Ocupação 9 de julho, que vai enviar o seu contato, que se a Gal quiser, ela ajuda no processo. 

É na Ocupação 9 de Julho que Gal encontra acolhimento e ajuda pra recomeçar. Ela é apresentada ao apartamento que vai viver com os 2 filhos, tem fogão, alguns móveis e vai ter ajuda até conseguir se estabelecer e poder colaborar. Quando se restabelecer, a regra é seguir e abrir espaço pra outro que precisa. Eu estive exatamente nessa ocupação há uns anos e fiquei impactada com a quantidade de mães cheias de filhos. Uma me contou inclusive que não conseguem alugar apartamentos com tantos filhos.
Ao final, na conversa estavam Shirley Cruz, Anna Muylaert e Rihanna Barbosa, mediadas pela jornalista da Folha, Catarina Ferreira e com a psicanalista Vera Iaconelli. Eu venho acompanhando notícias do filme faz tempo. Adoro acompanhar bastidores nas redes sociais. Então gosto muito desse programa da Folha, pra saber um pouco mais. Todos nós estávamos muito emocionados! Shirley contou que fez um trabalho corporal para puxar a carroça. Que falou com catadoras do Cambuci. Falaram da seleção das duas crianças. Rihanna já trabalha como atriz.

Anna contou como foi a seleção do Benyo com 5 anos na época e que na primeira cena no chafariz no centro, ele não queria fazer. Anna conversou com ele, disse que sim, eles podiam ir embora e foi conversando até que ele concordou e depois passou a entender o que seria atuar e se soltou. Ele é uma graça. Shirley contou que ela e Rihanna, deixavam Benyo atuar livremente. Anna disse o personagem que foi improviso a maior parte do tempo.

Em casa eu vi a entrevista da Shirley Cruz no Conversa com Bial na GNT e soube mais histórias do filme.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Ronaldo Miranda - Piano Concerto

Ouvi o álbum Ronaldo Miranda - Piano Concerto (2025) pela Naxos no Spotify. Que álbum! Absurdamente impactada! Que obras! Ronaldo Miranda está entre os maiores compositores da atualidade! Linda capa do álbum.

E a interpretação foi só com grandes artistas. Com a excelente Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob regência do ótimo maestro Fábio Mechetti e com o incrível Eduardo Monteiro ao piano. O resultado não podia ser mais maravilhoso! 
Eu cheguei a acompanhar fotos e trechos pelas redes sociais na época das gravações, ansiava bastante pelo lançamento.
Lindíssima a obra Piano Concerto em 3 movimentos, Tenso, Grave e Lúdico. Embora muito diferente da obra Macunaíma do compositor, me lembrou bastante, pela força visceral. É algo que se sente no corpo e que interpretação dos músicos, orquestra e piano. Já ouvi inúmeras vezes. Horizontes tem também  3 movimentos, A Partida, A Espera e A Descoberta e é uma obra que causa desconforto, muito interessante! A que ficou mais conhecida e difundida do álbum foi Piano Concertino, em dois movimento, Alegro e Alegretto, mas foi mesmo a primeira que gerou críticas contundentes em elogios. Foi uma grata surpresa a Variações temporais (Beethoven). Não conhecia!

Ronaldo Miranda na foto de Vânia Laranjeira
Foto do acervo pessoal do compositor feita na época da gravação do álbum que está disponível em todas as plataformas. Da esquerda para a direita, Fábio Mechetti, Eduardo Monteiro e Ronaldo Miranda.

O álbum Ronaldo Miranda - Piano Concerto da Naxos está disponível nas plataformas de streaming.
Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de agosto de 2025

Cícera

Assisti a peça Cícera do grupo Contadores de Mentiras no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. Nossa!! Que espetáculo!! Maravilhada!!

Fotos de Valéria Félix

É um monólogo com Daniela Santana, responsável pela criação e dramaturgia. Ela começa vendada com movimentos, enquanto, vozes e cantos aparecem. Ela é Cícera e começa a contar sua história. Que trabalho corporal impressionante! É a história de muitas Cíceras, batalhadora no Nordeste, vem para São Paulo com as quatro filhas, é assaltada na rodoviária. Aqui em São Paulo tem a quinta filha. Ela trabalha com fumo de corda. Tudo é mágico, só assistindo! 

Incríveis os objetos de cena que vão ganhando vida para contar cada momento. Eles colocam uma lona. A cenografia é de Daniela e Cleiton Pereira. A iluminação de Samuel Vital
Ao final eles conversam com o público e Daniela contou que a Cícera era a mãe dela e ela a quinta filha que nasceu em São Paulo. Que o grupo foi com a mãe pra Alagoas, sem contar pra ela que estavam anotando tudo para o espetáculo. Que as vozes iniciais eram da Cícera e irmãs, dos que contaram as histórias pra eles, das músicas que cantaram. Muito emocionante!
O teatro estava abarrotado, nunca vi tanta gente lá, muita emoção. Uma família do bairro levou uma panelona com pipocas e pacotinhos pra presentear o público, foi uma alegria só. Cícera serve café no meio da peça. Tudo muito acolhedor! Que noite inesquecível!


O Encontro Paulista de Teatro de Grupo está terminando. Hoje ainda tem espetáculo e oficina e semana que vem também, sábado e domingo. Um grupo diferente cada dia. Nem acabou e já estou com saudade! Tudo gratuito! Que sonho!
Beijos,
Pedrita