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Mama Gogó (2010) de
Friðrik Þór Friðriksson no
Max. Eu tinha visto uma chamada desse filme e quis ver. O diretor é da
Islândia. Esse filme é triste, realista e irônico. Sempre ouço que na Europa os idosos ficam sozinhos ou em asilos, que é comum.
Mamma Gógó é uma senhora independente, que vive bem em sua casa, tem três filhos, de vez em quando fica com o neto para cuidar, mas começa a ter esquecimentos e fazer confusões. Como gera transtorno aos vizinhos, eles mesmo irritados falam para os filhos a deixarem em um asilo. Ninguém sugere que alguém tem que morar com ela ou ela tem que morar com alguém. É muito natural a solução de um asilo. Inclusive um dos filhos é casado, eles ficam em casa, poderiam ficar tranquilamente com a mãe, talvez contratar uma pessoa para ajudar a cuidar dela, porque o casal tem disponibilidade de tempo. Eu não conseguiria deixar entes queridos próximos em asilos, me consumiria de culpa.

A nora não tem paciência com a sogra, não percebe que os desatinos dela são as confusões. O filho é mais presente, mas não hesita em deixar a mãe no asilo, mesmo ele praticamente não trabalhando. Assim que ele e as irmãs colocam a mãe no asilo eles começam a vender os bens dela e a casa para ficar com o dinheiro. Outra ironia do filme é sobre esse filho que é cineasta. Ele fez um filme sobre idosos que fogem do asilo, como ninguém na Europa tem interesse pelo tema, nem os idosos, o filme é um fracasso de bilheteria e ele começa a se endividar. O tempo todo há ironia pelo interesse do mercado em filmes mais comerciais, diretores mais conhecidos. No asilo também é predominante a presença de imigrantes, esses trabalhos de cuidados com idosos são em geral realizados por estrangeiros.
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A atriz principal que faz a Mama Gógó, Kristbjörg Kjeld, está impressionante. Ela começa altiva, segura, e vai se transformando em um trapinho, insegura no andar, o rosto diferente, que atriz. Outros do elenco são: Hilmir Snær Guðnason, Gunnar Eyjólfsson, Ólafía Hrönn Jónsdóttir e Inga María Valdimarsdóttir.

Beijos,
Pedrita