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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Pranto Maldito

Assisti Pranto Maldito (2021) de Andres Beltran no Max. Porque sábado é dia de fantasminhas! Logo que começou e vi que o texto era em espanhol, fui verificar a origem. O filme é colombiano e foi uma grata surpresa. É um ótimo filme de terror, muito bem dirigido e conduzido, sem excessos, mas que dá tanto medo, mas tanto medo. Gostei tanto que fiquei curiosa em conhecer outros trabalhos do diretor. O filme é baseado na lenda Tarumama, a eterna busca pelo filho perdido. A mãe busca eternamente seu filho perdido.

Um casal com dois filhos vai para uma casa isolada. Primeiro eles viajam um bom tempo por uma estrada, depois fica de terra, aí param no meio de uma vegetação e caminham até a casa. Há uma grande floresta na frente. Com o tempo descobrimos que o bebê nasceu morto, e que o psicólogo aconselha que eles viagem para ter um convívio só entre eles, o núcleo familiar, para se reconectarem, já que o casal entrou em crise. A ideia é boa, mas concordo com a esposa, por que uma casa tão isolada? Eu sei, porque é filme de terror. Gostei muito do elenco, eles são Paula Castaño e Andres Londoño. Eu amei a casa. É toda de madeira, mas tudo moderno. A caldeira mantém água quente o dia todo, e o aquecimento da casa também, mesmo sendo muito frio. As portas, camas, móveis, além de lindos tudo funciona, bonitas fechaduras. Há um único banheiro com uma banheira linda e com água quente. Sem falar nas roupas de cama. O edredom do quarto do garoto é lindo. A casa dá para uma floresta e termina em um rio. A mulher que intermedia o aluguel da casa fala que morreu uma criança lá, filha dos donos da casa, por isso eles partiram, então que as crianças não sigam para o rio sozinhas. Claro que seguem né? É filme de terror.
A menina é a única que percebe que algo está errado. Todos os outros nem desconfiam. De madrugada uma mulher ensopada aparece chorando na chuva falando que o filho morreu no rio. No escuro, sem conhecer o lugar, a esposa manda o marido ir olhar. Sem lógica alguma. Eles só poderiam fazer algo no dia e olhe lá. O menino começa a aparecer machucado nos braços, mas ele mesmo não percebe que algo ruim está acontecendo. Uma graça os dois, Alanna de la Rosa e Jerónimo Barón. O final foi bem clichê de filme de terror, meio sem lógica naquele momento, mas funcionou. 
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 15 de abril de 2022

O Menino Mensageiro

Assisti O Menino Mensageiro (2021) de Carlos del Castillo na HBO Go. Que filme lindo! Acho que vai ficar pregado na minha memória. Muito emocionada!

É a história de Alfonso que existiu realmente em um pequeno povoado na Colômbia. O filme se passa na década de 50. Alfonso trabalha na mina de carvão. São inúmeros doentes com pneumonia. Sua mãe morre. É a época que as crianças ficam sozinhas. Ele perde o emprego e passa a ir de casa em casa pedir emprego e pequenos serviços. Até que arrumam uma ocupação na botica. O médico da cidade morreu, o dono da botica vive bêbado, então é Alfonso que passa a ajudar a cidade. Ele não ia mais a escola mas sabia ler e fazer algumas contas. Passa a ler compulsivamente as bulas, os livros sobre remédios. O garoto é interpretado lindamente por Wilmer Amado. 

Como o menino passa a ir de um lugar a outro passam a pedir tudo pra ele. O filme é lindo demais, eu queria conhecer o Alfonso.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

À Espera dos Bárbaros

Assisti À Espera dos Bárbaros (2020) de Ciro Guerra na HBO Go. Que filme! Em estado de choque! É baseado no livro do gigante Coetzee que quero ler. Li Desonra e como é indigesto. Esse também não deve ser uma leitura fácil, mas quero ler. É uma coprodução entre Itália e Estados Unidos. O diretor é colombiano e o escritor é da África do Sul.


 

O filme é o personagem do Mark Rylance, ele está impressionante. O filme é ele. O protagonista atua em uma posse colonizadora no deserto. Convive em harmonia com os locais, nômades e estrangeiros. Ele é um homem bom. Vem então um coronel interpretado pelo Johnny Depp. Ele acredita que com pressão, pressão, pressão, os bárbaros acabam falando. Claro, sob tortura uma pessoa pode inventar qualquer coisa, e inventa que os nômades preparam um ataque. Começa então um massacre aos povos originários da região. Muito semelhante a colonização no Brasil e em vários outros países. O colonizador se acha o dono do lugar e o que determina as regras, quem não obedece é punido severamente, ou entram em guerra. Ainda estão no elenco Robert Pattinson e Gana Bayarsaikhan.
O texto é filosófico e fundamental. O homem bom, com voz suave e sabedoria, tem as grandes falas do filme. Ele questiona quem são os inimigos, se os nômades ou os colonizadores. Questiona a tortura. Que filme impressionante!

Beijos,
Pedrita

sábado, 11 de abril de 2020

Z: A Cidade Perdida

Assisti Z: A Cidade Perdida (2016) de James Gray no TelecinePlay. Não conhecia o filme, está em aventura, não deixa de ser, mas é drama também. É a história do explorador Percy Fawcett que desapareceu no Mato Grosso com seu filho na última expedição. Fawcett fez várias expedições a Amazônia a pedido do governo britânico. O filme é baseado no livro do jornalista David Grann.

Charlie Hunnam interpreta Percy Fawcett. O filme começa com o explorador casado (Sienna Miller) e sendo convocado para ir mapear a região amazônica. Ele tem um filho pequeno e sua esposa está grávida. Acaba aceitando e segue com um grupo expedicionário. Interpretam o grupo que o acompanha em algumas das expedições: Robert Pattinson, Angus Macfadyen, Edward Ashley e Tom Holland.


Os sofrimentos são muitos, alguns morrem, mas eles chegam ao final do rio. Como exploradores acharam que eram os primeiros a chegar lá, ignorando os povos que já viviam no local há séculos. O filme foi gravado na Colômbia. Nesse lugar Fawcett acha cerâmicas e decide procurar a cidade que teriam moradores que tivessem feito os artefatos. Para a sociedade, indígenas eram selvagens. Fawcett fica muito surpreso que pudessem ser mais evoluídos do que imaginava. Se até hoje acham que indígenas "precisam evoluir", imagine naquela época. Também era a época que achava-se que uma mata devia ser explorada, como se ela não fosse evoluída o suficiente e como se não pudesse simplesmente existir com os seus povos, floras e faunas e suas regras próprias.
Apesar do caráter explorador, Fawcett via a evolução do indígenas, suas práticas, culturas, habilidades de caça, pesca e plantações. Fawcett volta para a Inglaterra, acaba sendo recrutado para a Primeira Guerra Mundial e é condecorado por bravura. 

Fawcett viajou três vezes para a região amazônica, até ir na última com seu filho mais velho e desaparecer. A cada viagem ele fica ausente por anos. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Los Silêncios

Assisti Los Silencios (2018) de Beatriz Seigner no Canal Brasil. Eu vinha lendo matérias e muitos elogios sobre esse filme. Assim que vi que ia passar no canal, coloquei pra gravar. O filme vai passar na retrospectiva do ano no Cine Sesc. É uma co-produção entre Brasil, Colômbia e França. Que filme triste!

No escuro da noite, uma mãe (Marleyda Soto) e dois filhos chegam em um barquinho em um lugar. Uma parente espera com uma lanterna. Essa mãe conta que seu marido (Enrique Diaz) e sua filha  (Maria Paula Tabares Peña) estão desaparecidos. Ela começa a luta para conseguir sobreviver nesse lugarejo. Leva o filho (Adolfo Savinvino), documentos e histórico escolar para conseguir uma vaga na escola. O lugarejo tem recebido muitos refugiados, então não há merenda pra todos. São 600 merendas para 2500 crianças. O uniforme é muito caro e obrigatório, ela pega um modelo e faz as roupas. Uma hora vemos o marido nessa casa e como falam muito de fantasmas, que os desaparecidos tornam-se fantasmas, eu desconfiei que ele era um fantasma.

Ao final, o que eu não imaginei, é que a menininha era também uma fantasma. Que tristeza! No final a mãe recebe a carta com a confirmação das mortes do marido e da filha, que foram mortos abraçados. E o filme termina com a cerimônia de adeus aos mortos. Eu achava lindo que tudo o que a menina tem é fluorescente, achava que ela gostava. Só ao final vi que é o símbolo dos mortos.

Que dor ver que na verdade, é porque ela estava morta. Los Silencios ganhou Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Brasília, Melhor Direção no Festival de Estocolmo e vários outros prêmios.



Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Albert Nobbs

Assisti Albert Nobbs (2011) de Rodrigo García na ClaroTV. Eu ouvi falar vagamente desse filme, mas tinha esquecido.. Quando vi que o pôster era de época fui ver. Que preciosidade! É um filme muito dramático, dolorido mesmo. É baseado no livro do irlandês George Moore de 1918. Adaptado pelo húngaro István Szabó. O diretor é colombiano.

Glenn Close interpreta Albert Nobbs. Ela está incrível. Ele é um garçom de um hotel. Aos poucos vamos conhecendo a sua história. Na adolescência ela viu um anúncio para garçom e foi como tudo começou. Quando viu que com as gorjetas conseguia juntar algum dinheiro continuou. Ela conhece um pintor, descobre que também é mulher e começa a perceber que pode ter uma família também. Ele sempre sonhou em ter uma tabacaria e pode se casar com a atendente. O pintor é interpretado por Janet McTeer.

Ele escolhe então uma funcionária do hotel, mas ela está envolvida com um mau caráter. Ela é interpretada pela talentosa Mia Wasikowska e ele por Aaron Taylor-Johnson. Os desfechos são muito tristes, a vida sem a medicina adequada, com tantas preconceitos não era fácil. Absurdo o mau-caratismo da dona do hotel no final, assustador. A dona da pensão é interpretada por Pauline Collins. O médico por Brendan Gleeson. Jonathan Rhys Meyers faz uma participação.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Todos se Van

Assisti Todos se Van (2015) de Sergio Cabrera no TelecinePlay. Que filme triste! O diretor é colombiano. É baseado no livro autobiográfico de Wendy Guerra, uma cubana que viveu maus bocados com briga de guarda dos pais em Cuba. Ela vivia bem com seu padrasto e sua mãe. Mas seu pai queria a guarda para tentar voltar com a mãe e usa o partido e as pessoas do partido para denegrirem a imagem da mãe.

Como pode alguém mentir em favor de outra quando é a vida de uma criança que está sendo definida? O governo autoritário e machista pergunta a uma criança, em uma audiência, lotada de estranhos, e com os dois pais presentes com quem a menina quer ficar. Não há tato, nada explicam pra menina. Horror dos horrores, mas tudo fica pior. O pai ganha a guarda, é bêbado, na casa não tem cama para a menina, ela divide uma cama de solteiro com o pai. Ela passa fome, ele proíbe dela ir na casa da vizinha e ainda a espanca. Ela fica dias com o mesmo vestido, sujo, passa frio. A escola a maltrata.

O governo aproveita para piorar tudo. Colocam a menina em um abrigo para adoção, mesmo a mãe sofrendo e querendo cuidar da menina. É um sofrimento para ela conseguir recuperar a guarda. Quando o padrasto é deportado é que ela consegue. O pai havia insinuado que o padrasto molestava a criança. A mãe tenta a documentação para ir ter com o marido na Suécia, mas o governo não autoriza que a menina saia do país. País que impede o direito de ir e vir das pessoas. A menina adorava o padrasto e as duas são obrigadas a ficar em um país que tanto as maltratou. É a menina que escreve a sua biografia que ganhou inúmeros prêmios. Incrível o desempenho da atriz, difíceis as cenas de espancamento. Ela é interpretada por Rachel Mojena. O pai por Abel Rodriguez. A mãe por Yoima Valdéz. O padrasto por Scott Cleverdon
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Heróis Demais

Terminei de ler Heróis Demais (2009) de Laura Restrepo da Companhia das Letras. Descobri essa autora em um sebo. Li dela A Noiva Escura que comentei aqui. Atrás do livro tinham indicações de Isabel Allende e Gabriel García Marquez, comprei sem conhecê-la. Amei! Depois ela ficou mais conhecida, veio até na Flip para falar desse seu último livro e comprei esse em uma promoção de dia disso ou daquilo com 50% de desconto. Ela mistura ficção com a vida dela como faz no livro anterior.


Obra de Alfonso Ferro

Tempos paralelos transcorrem em Heróis Demais. A juventude de militância da protagonista na Argentina, a busca pelo filho de dois anos levado pelo pai e a viagem da mãe e do filho, este adolescente, para saber o paradeiro do pai. O pai comete uma das maiores crueldades que alguém pode fazer a outro e uma grande violência contra a mulher. Ele vai passar o fim de semana com o filho de dois anos e desaparece com ele. Por ser militante ele sabia muito bem forjar documentos e desaparecer sem deixar rastros. Em paralelo a mãe com o filho adolescente viajam para a Argentina porque o filho quer rever o pai. 

Obra de Olga de Amaral

Muito interessante como a mãe vai contando ao filho tudo o que aconteceu. A sua história. Muitas vezes ela já contou essa história, alguns trechos inúmeras vezes, então o filho a corrige em vários momentos porque praticamente já decorou toda a trágica trama. Heróis Demais é incrível, essa autora é fascinante. Triste obra.

Tanto o compositor bem como os pintores são colombianos como a autora.


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Gabriel García Márquez

Assisti o GloboNews Literatura sobre Gabriel García Márquez. Vários escritores brasileiros que conheceram esse grande autor falaram sobre ele. Ana Clara Machado, o tradutor Eric Nepomuceno. Ana Clara Machado comentou que o estilo de Gabriel García Márquez começou a ser procurado nos escritores latino-americanos, mas quee o estilo da literatura brasileira é muito diferente.

Mostraram também um trecho de uma entrevista com Gabriel García Márquez onde ele diz que o seu livro preferido é O Amor nos Tempos do Cólera, exatamente o meu preferido, apesar de o mais famoso ser outra obra maravilhosa, Cem Anos de Solidão. Os livros que também adorei e li mais recentemente são Memórias de Minhas Putas Tristes e O General em seu Labirinto sobre Simón Bolívar. O programa ainda mostrou imagens do filme do livro O Amor Nos Tempos do Cólera e mencionou a participação da Fernanda Montenegro. Eu falei desse filme aqui.
Não sei por quanto tempo, mas é possível ver esse programa nesse link.

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Federal

Assisti Federal (2010) de Erik de Castro no Canal Brasil. Eu procurava algo pra ver, vi o nome desse filme e vim ver na internet do que se tratava. Vi o Selton Mello no cartaz do filme, resolvi assistir. A primeira cena é o Carlos Alberto Riccelli vestido como policial. Eu também adoro esse ator e igualmente gosto do Christovam Netto que compõe o grupo policial. O quarto agente é interpretado pelo colombiano Roberto Cano. Federal é uma co-produção entre Brasil, Colômbia e França.

Esse filme levou anos para ser lançado depois de realizado, Federal foi rodado em 2006 e lançado em 2010. A trama se passa em Brasília e esses agentes policiais investigam o tráfico e um traficante na cidade. As duas mulheres no elenco são interpretadas pela brasileira Analu Silveira e pela venezuelana Carolina Gòmez que foi Miss Colômbia. Eduardo Duzek também está no elenco e o ator americano Michael Madsen. A luta entre a polícia e os bandidos parece uma guerra civil, já que ninguém tem razão e age corretamente. O roteiro é bem embrulhado e não desenrola, só embrulha mais.

Beijos,
Pedrita