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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Zanele Muholi: Beleza Valente

Fui na exposição Zanele Muholi: Beleza Valente no Instituto Moreira Sales. Mais uma linda mostra de fotografia no IMS. Zanele é da África do Sul e especialista em fotografia LGBTQOAP+. São 100 obras na mostra.

Foto Somnyama Ngonyama II, Oslo, Noruega (2015) de Zanele Muholi

Eu tinha ficado impressionada com as fotos quando avisaram da abertura da mostra. São de uma potência inacreditável. E na exposição são enormes. Como muitas estão em molduras com vidros, as minhas fotos ficaram péssimas, peguei as imagens de divulgação. 
 
Foto de Apinda Mpako e Ayanda Magudulela, Parktown, Joanesburgo, África do Sul, 2007 de Zanele Muholi

Na entrada do IMS tem uma escultura feita por Zanele Muholi.

A mostra Zanele Muholi: Beleza Valente fica em cartaz até 22 de junho e é gratuita.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Rafiki

Assisti Rafiki (2018) de Wanuri Kahiu no TelecinePlay. Tem um tempo que eu vejo esse filme no Telecine, mas não com esse lindo cartaz. Se fosse eu já tinha visto faz tempo. É bem feio o cartaz que está por lá!

É a história de amor entre duas jovens. Achei que o filme ia falar da rivalidade política, já que os pais delas são candidatos rivais. Mas comecei a estranhar os diálogos, fui pesquisar e levei um choque. Sei que há muitos países que criminalizam o amor entre pessoas do mesmo sexo, mas nunca imaginei que o Quênia seria um deles. Há anos os quenianos são os vencedores na Corrida da São Silvestre, vejo tantas entrevistas, nunca imaginei que eles fossem de um país tão retrógado e preconceituoso. O país inclusive baniu o filme do conselho do Quênia "devido ao seu tema homossexual e clara intenção de promover o lesbianismo no Quênia, contrário à lei". Uma pessoa condenada por ter amor por alguém do mesmo sexo pode ser preso por 14 anos no Quênia. Tanta violência no mundo, inclusive no país, mas eles estão preocupados com quem uma pessoa beija na boca. A corajosa diretora processou o governo queniano.
Como são lindas Samantha Mugatsia e Sheila Munyiva, além de excelentes, que atrizes. E como são corajosas também, falar de amor em um país que o proíbe e o pune é muito revolucionário. Apesar das personagens viverem em Nairobi, uma das maiores cidades do país, a comunidade que elas estão inseridas é bem provinciana. Um toma conta do outro para praguejar e fazer mal, jamais para construir. A protagonista é brilhante, e é sua amiga que a faz entender que pode ser mais que enfermeira, que pode ser médica com as notas que tem e é o que ela faz. Apesar da comunidade quase matar as duas jovens, vários batendo nelas, elas que são presas. Conseguem ser soltas pela influência de seus pais. Nada acontece com os que quase as mataram. Como disse, a violência contra os seus semelhantes é aceita, o amor não.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Sangue e Água - 2ª Temporada

Assisti Sangue e Água - 2ª Temporada (2021) na Netflix. É muito tensa essa segunda parte. Agora a polícia fica sabendo da investigação da Puleng (Ama Qamata) e o cerco começa a se fechar.


O quanto os pais estariam envolvidos no roubo e tráfico de crianças? Fikile (Khosi Ngema) tem que lidar com a dúvida sobre os pais, ver seus pais serem condenados. Como ela diz em um momento, só piora, quando o DNA mostra que ela é a irmã sequestrada de Puleng, mas não é filha biológica do pai. São muitas questões complexas pra lidar. O roteiro é muito bem feito.

Essa temporada também fala de drogas. Uma estudante vendia maconha e oferecem que ela venda pílulas. Ela está com problemas sérios com a mãe e precisa de dinheiro pra tratá-la. Vê então uma oportunidade.

As relações se estremecem já que os pais são suspeitos de tráfico humano. Essa temporada acaba com um sequestro e muita tensão. Dois personagens inclusive entram na proteção a pessoa e precisam desaparecer. Por enquanto há mais duas temporadas.


 

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Sangue e Água - 1ª Temporada

Assisti a 1ª Temporada da série Sangue e Água (2020) na Netflix. Eu procurava uma série pra ver, comecei essa e não queria parar. É uma série sul-africana com um roteiro muito bem coordenado, cheio de suspense e questões complexas.

Começa com o aniversário de uma filha desaparecida. Um casal teve sua filha roubada no hospital. Eles tem ainda 2 filhos. O pai é acusado de fazer parte de uma quadrilha de tráfico de pessoas.
Ela desconfia que uma jovem pode ser sua irmã e começa a investigar. As duas jovens são lindas e ótimas Ama Qamata e Khosi Ngema. Pra isso ela muda pra um colégio mais caro. Gostei muito como a série fala de tecnologia. Jovens com hormônios há mil, usam muito a tecnologia como vingança. A série trabalha muito bem a tecnologia, como a inovação sem devidas conversas, pode virar uma arma péssima de difamação. Em uma cena uma grávida invade a sala de aula pra ofender a adolescente que ficou com seu marido. Vários alunos não só filmam, como postam os vídeos, sem pensar que estavam expondo uma colega de sala de aula e uma grávida.
O elenco todo é ótimo: Gail Mabalane, Thabang Molaba, Natasha Thahane, Cindy Mahlangu e Dillon Waldvogel.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 13 de junho de 2023

A Mulher Rei

Assisti A Mulher Rei (2022) de Gina Prince-Bythewood na HBOGo. Queria muito ver esse filme porque acompanhei as matérias sobre a realização, as entrevistas no lançamento e principalmente a visita que Viola Davis fez ao Brasil na época da estreia. Queria inclusive ter visto nos cinemas.
 

O roteiro é muito bem construído. É um filme de ação inspirada nas guerreiras Agojie no reino de Daomé, hoje Beijn, na África Ocidental. No filme elas lutam pela libertação dos escravos. Na história elas foram responsáveis pela escravização de muitos habitantes do país. Beijn é um dos países que mais tem descendentes no Brasil, já que foi muito grande o número de sequestrados e extraditados ao Brasil para serem escravizados.
No filme, as guerreiras estão recrutando novas adeptas. Algumas são órfãs, outras as famílias enviam as jovens por motivos variados. Elas fazem treinamento e depois são selecionadas as melhores. Elas não podiam casar e ter filhos, viviam para servir ao reinado. Demais a personagem de Thuso Mbedu que é sul-africana. Elas são lindas demais e que preparo físico. Viola comentou do treinamento corporal que tiveram para interpretar essas guerreiras. Entre elas ainda estão Lashana Lynch, Sheila Atim e Masali Baduza

Mesmo com a licença poética histórica, é muito bom ver um grupo de mulheres lutando por um bem comum. É um filme inspirador, com uma fotografia belíssima. As filmagens foram na África do Sul. Agora consigo entender a empolgação de Viola Davis nas entrevistas e ela está maravilhosa! Todas estão!


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de maio de 2023

O Último Trem Para A Zona Verde de Paul Theroux

Terminei de ler O Último Trem para a Zona Verde (2013) de Paul Theroux da Objetiva. Esse livro estava na minha lista, comprei, mas não lembrava mais do que se tratava e como chegou a minha lista. Gostei muito! É um road book!

O marcador de livros é da Livraria Cultura.
 

Paul Theroux é um viajante. Escreveu vários livros de viagens. Ele resolve retornar ao Continente Africano onde esteve aos 22 anos, 50 anos depois. Ele chega na Cidade do Cabo, fica em um hotel luxuoso e começa a visitar os lugares que passou antes. Eu gosto muito de ler livros de nativos dos lugares, mas foi uma experiência interessante também ver sob o olhar de um estrangeiro. A edição é belíssima e tem logo no começo um mapa que vai nos mostrando por onde Theroux vai passando.
Foto de Elizabeth Cecil
Obra sem título (2018) de Esther Mahlangu

Ele vai conversando com os companheiros de viagem e nos contando. Ele vai de ônibus, van, seguindo até a Namíbia e Angola. Na Cidade do Cabo ele segue para as favelas que conheceu, conversa com os moradores. Vê mudanças, alguns africanos preferem, mas a dificuldade de vida parece continuar. O autor lembra inclusive projetos no Brasil de moradias populares, sim, existiu aqui, principalmente em São Paulo, mas sempre insuficientes. E vê que na África do Sul não existem esses projetos.

Ele passa pelo Abu Camp em Botswana onde um amigo dirige o lugar. Interessante que ele fala acampamento, mas as acomodações são luxuosíssimas, a estadia é de 5 dias e é caríssima. Lá vê-se os animais caminhando. O gerente amigo dele trazia do mundo todo elefantes que sofriam em zoológicos, circos, sim, eles tinham vida melhor e mais livre em Abu Camp, mas não tanto assim. Theroux é sutil, mas percebemos as críticas em vários momentos.

Obra de Tamai

Theroux é muito cético em relação as ações humanitárias, principalmente com artistas famosos. No último capítulo ele explana melhor a visão dele que eu discordo bastante, já que ele acredita que a ajuda financeira do exterior mais atrapalha que ajuda. O fato de terem pessoas em alta vulnerabilidade e fome, demandam sim ajuda externa. Se uma parte da verba cai em corrupção, não é esse o motivo de secar a fonte. Mas ele acaba aceitando palestrar em um desses eventos em Tsumkwe, na Namíbia, uma região desolada. Ele vê crianças com baldes e é informado que elas irão andar quilômetros até conseguir água. Fiquei pensando se os organizadores desse evento não levaram água e alimentos para a população. Muito confortável palestrar sobre os problemas da região, com conforto, cafés, almoços, enquanto a população passava fome e sede.

Obra Sombra da Vida (2002) de Ndassunje Shikongeni

Ele acaba aceitando dar aulas de inglês em duas escolas. Ele procura ler livros de autores locais. Ele também menciona inúmeros livros de aventuras, ficção ou não. Muitos livros clássicos. Interessante como gosta do tema.

Obra A Cidade das Gruas (2022) de Benjamin Saddy

Quando ele chega em Angola vemos algumas semelhanças com o Brasil porque a colonização é a mesma que a nossa. Igual ao Brasil na corrupção, mas em Angola beira o insuportável,  na época que ele esteve no país; É bem mais insuportável que aqui, bem mais escancarada. Mas como aqui, os políticos lá só estão preocupados com os seus próprios interesses. A especulação imobiliária é como aqui, mas lá é realizada por chineses, que exploram profundamente os angolanos. Boa parte do país está desempregada, mais que aqui. As religiões promovem o obscurantismo que falta. O autor fala inclusive dos religiosos brasileiros que arrancam dinheiro dos fiéis. Lembro que alguns foram expulsos do país por essa prática. Theroux prefere as histórias do interior, onde ainda há alguns resquícios de tradições. Pelos relatos que ele fez do que viu e ouviu, não sei se concordo. Ele chega a pensar em seguir para Timbuktu que comentei aqui, exatamente no período que os fundamentalistas tomam o lugar como no filme, então desiste. É um livro desesperançoso que passa por muita fome, miséria, lixo e desolação.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Retrospectiva Spotify 2022

É um momento muito esperado a Retrospectiva Spotify. Fiquei surpresa que ouvi bem menos esse ano. 20.562 minutos. Deve ter sido porque trabalhei mais. Elephant Gun continua entre as mais ouvidas, agora em 4º lugar. Amo essa música! Esse ano eu criei a Playlist As mais mais, onde coloco as músicas que mais gosto de ouvir nesse momento. E deu certo, a retrospectiva mostrou exatamente as que gosto mais. E também é bom porque tem vezes que eu gosto muito de ouvir as músicas que gosto mais. Essa retrospectiva ficou tanto o que amo ouvir que acho que vou ouvi-la muito.

Mas eu sou Fominha de aventura. O texto é exatamente como sou, amo descobrir novas músicas, ritmos, tanto que minhas playlists são enormes, com horas de duração e sempre coloco mais. A cada filme, vou procurar a playlist, acrescentar mais e pra piorar estou em cócegas pra começar a ouvir as músicas mais ouvidas dos meus amigos, tenho diversão musical por bastante tempo.


 

As músicas mais ouvidas são realmente as que mais gosto de ouvir. 


E sim a música que mais ouvi é mesmo uma das que mais gosto de ouvir, The Blower´s Daughter de Damien Rice de um filme que amo, Closer.
Eu me divirto sempre com os gêneros. Um amigo no instagram até colocou interrogações em 2 gêneros dele que são mais esquisitos que o meu que também não sei. Eu ri demais com clássicos de adulto, que criança não ouve, deve ser isso.

Sem dúvida meus artistas preferidos.
Mas eu ouvi bem mais artistas diferentes. 1074 no total. Minhas retrospectivas anteriores estão aqui.

Essa retrospectiva é muito caprichada, inteligente, eu não paro de ver. Os artistas também recebem banners com o tempo que ouviram suas músicas, os países, quais músicas mais ouvidas. Eu tenho um carinho enorme pelo Spotify

E pela minha linda caixinha de som laranja da JBL.


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Kobie du Plessis

Assisti a apresentação de Kobie du Plessis no VI SPHarpFestival no átrio do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Essa bela e talentosa harpista é da África do Sul. Ela tocou música clássica e canções tradicionais do seu país como African Kwela and Mangwane Mpulele e South African Folk Tune.

O festival de harpa vai até domingo, são duas atrações diárias com harpistas diferentes e tudo gratuito.

 

Beijos,
Pedrita