quarta-feira, 2 de março de 2011

Amantes

Assisti Amantes (1984) de John Cassavetes no Telecine Cult. Eu vi poucos filmes desse diretor, na verdade esse é o segundo. O título original é Love Streams. São dois irmãos diferentes, um ama todos, mas não ama ninguém e a outra ama demais. É um filme que incomoda, instiga. O que mais me incomodou foi a relação com as crianças e os animais. Os dois só bebem e fumam e piram. Ela parece mais perdida que ele.

Ele é o próprio John Cassavetes, ela, mais linda que nunca é a Gena Rowlands. Alguns outros do elenco são: Seymour Cassel, Margaret e Diahnne Abbott e Jakob Shaw.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 1 de março de 2011

Carmem em 3D

Assisti Carmem em 3D (2011) da Royal Opera House no Cinemark. Há uns anos começaram a trazer gravações de óperas para o cinema, sempre tive curiosidade de ver, mas nunca tinha ido. Fui dessa vez no Shopping Cidade Jardim ver Carmem de Georges Bizet. Não chega a ser minha ópera preferida, mas essa montagem é tão impactante que foi difícil não adorar. Gostei de tudo, elenco, cenários, iluminação, figurinos, orquestra. Foi com a Orquestra do Royal Opera House de  Londres, sob regência do maestro Constantinos Carydis. A diretora foi Francesca Zambello. Carmem foi interpretada por Christine Rice, Dom José por Bryan Hymel, Micaela por Maija Kovalevska e Escamillo por Aris Argiris.

Gostei muito do realismo dos figurinos. As ciganas vinham com roupas aparentemente encardidas, mesmo a Carmem. De tom avermelhado só o corpete e a saia debaixo da saia suja.  Só no final, quando Carmem é bancada pelo toreador é que seu figurino fica mais refinado. O Designer é Tanya McCallin e a  iluminação é de Paula Constable. Mesmo não sendo o melhor 3D que já vi, era uma sensação muito boa parecer que eu estava sentada no palco vendo toda a encenação. Essa sensação parecia que eu via ao vivo e não no cinema. Ressalto que eu tenho pouca experiência nessa nova tecnologia, o 3D, afinal só vi o Avatar e sobre o que eu tinha lido, esse filme foi muito estudado e testado antes da cópia. final.  

Carmem em 3D tem algumas exibições de 12 a 20 de março nos Cinemarks do Brasil todo, até mesmo em Manaus do meu amigo blogueiro Gammelo. As informações e as cidades em que serão exibidas estão no site do Cinemark.



Beijos,

Pedrita

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Máquina do Tempo

Assisti A Máquina do Tempo (2002) de Simon Wells na HBO. Tinha vontade de ver esse filme, tinha amado o que resultou nesse, sabia que esse não tinha muitos elogios e como mal ouço falar nesse filme imaginei que não deveria ser uma maravilha. Mas a ideia de poder voltar no tempo ou se adiantar a ele sempre me soou fascinante e acho que muitos também sentem o mesmo. O filme é bem fraquinho, funciona, é bonitinho, mas quando os monstrinhos do futuro chegam fica bem sofrível. São lindas as cenas no passado, quando ele pede a sua amada em casamento. Depois ele segue para o futuro e as soluções são interessantes. A Máquina do Tempo de hoje já tem recursos modernos, portanto em um futuro próximo que nosso protagonista viaja, 2033, não é muito diferente de hoje.

Quando nosso protagonista viaja distante demais, aí o filme fica bem tosquinho. Lindas as duas mulheres que aparecem no filme: Samantha Mumba e Sienna Guillory. Nosso protagonista é o Guy Pearce. Simpático o personagem do Orlando Jones. O Jeremy Irons não deve ter ficado muito confortável em seu personagem, espero que ao menos tenha ganhado muito bem para fazer esse papel. 


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Banhos

Assisti ao filme chinês Banhos (1999) de Zhang Yang no Telecine Cult. Sempre quis ver esse filme, tentei ver inclusive na época que esteve nos cinemas e não consegui. Mas é muito mais do que eu imaginei, já tinha lido várias matérias elogiando, pessoas que assistiram e amaram, mas não tinha ideia que era mais amplo do que imaginava. Um filho bem sucedido vai visitar o pai e o irmão. Faz anos que ele não os visita. O pai tem uma tradicional casa de banho e o irmão é especial. O filho só foi porque entendeu errado um desenho do irmão e achava que o pai tinha morrido. O pai percebe a confusão e fica magoado com a ausência do filho.

Me emocionei demais com a relação do pai com o filho especial. O fato de ser uma casa de banho não exclui o garoto. Ele ajuda como consegue e acaba tendo uma vida saudável e de interação, já que convive com os banhistas. É bonito ver a reaproximação desse filho que ficou tão diferente da família. Com o convívio do pai com os banhistas, ele acaba ajudando todos em suas questões pessoais. A sabedoria desse pai é emocionante. Outra questão triste é que toda a comunidade será demolida. É um filme muito triste e delicado, me emocionei muito.No elenco estão: Jiang Wu, Pu Quanxin e He Zheng. Banhos ganhou inúmeros prêmios.


Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Caso Morel

Terminei de ler O Caso Morel (1973) de Rubem Fonseca. Esse é o primeiro livro publicado de Rubem Fonseca. Tinha comprado esse livro há bastante tempo, em um sebo, por R$ 10,00. Esse é da Editora ArteNova e não é a capa desse do post. Eu achei essa capa bem ilustrativa, embora seja bonita a capa da Edição da ArteNova. No começo a leitura não engrenava, eu não tinha muita identificação mesmo gostando da qualidade do texto. Como em Complexo de Portnoy de Philip Roth, o sexo englobava quase toda a narrativa. Os dois foram publicados em uma época que a pílula liberou o sexo e começaram muitas experiências e descobertas. Hoje com a banalização do sexo, esse tema não fica tão ousado. Mas a trama é toda intrincada. Um homem visita regularmente Morel na cadeia que entrega textos para um livro. Assim vamos conhecer a história desse preso.

Obra Subúrbio Carioca (1971) de Di Cavalcanti

Adorei que logo no início o homem que lê esse texto começa a duvidar de sua veracidade. E começa a investigar. Tudo fica duvidoso e assim será, nós acabamos não tendo certeza de nada e isso é fascinante. Também adoro a profusão de diálogos de Rubem Fonseca e a "facilidade" como ele os constrói. São ágeis, fortes e cheios de vida.


Obras Formas Geométricas (1983) de Iberê Camargo

Anotei trechos de O Caso Morel de Rubem Fonseca:

“Matos e Vilela se encontram na porta da Penitenciária.”

“Queriam fazer uma daquelas fotos comuns de mulher com cerveja, na linha dos prazeres da vida, praia, mar, sol. Eu disse que era coisa velha, mas o contato chamado Alípio, achava que o publico esquecia as coisas, que todo mundo era imbecil, inclusive o cliente cervejeiro.”
“Você também foi advogado não foi?
“Fui.”
“Foi polícia, também?”
“Fui.”
“Que vida sórdida a sua. Polícia, advogado, escritor. As mãos sempre sujas.”

“Era impressionante o número de pessoas que fazia perguntas sem querer respostas.”


Beijos,
Pedrita