sexta-feira, 20 de abril de 2012

Liberté

Assisti Liberté (2009) de Tony Gatlif no Max. Gostei demais desse filme tão bem realizado, com interpretações tão autênticas. Liberté é baseado no livro de Jacques Signot. Começa em 1943. Nômades se refugiam na floresta, mas sai uma lei onde eles são proibidos de continuar itinerantes. Foram muitos ciganos para os campos de concentração, muitos mortos. Achei real demais essa comunidade nômade que é inspirada em fatos reais. O diretor é Argelino, de origem cigana. Há a intolerância na guerra dos alemães com os ciganos, mas Liberté mostra que o preconceito vai além dos soldados alemães. Franceses também querem que os ciganos partam de onde moram. A prepotência e violência humana de se achar melhor que o outro, de perseguir e matar o outro só porque são diferentes.

O elenco é talentoso e belíssimo: Marc Lavoine, Marie-Josée Croze, James Thiérrée. Mathias Laliberté, Carlo Brandt e Bojana Panic. Fiquei muito impressionada com esse filme.

Beijos,

Pedrita

sábado, 14 de abril de 2012

Aquele Beijo

Assisti Aquele Beijo (2011-2012) de Miguel Falabella na TV Globo. Eu e minha mãe começamos seguindo essa novela, depois eu passei a acompanhar, lia matérias, via um ou outro capítulo. Gostei das mulheres fortes e talentosas dessa novela. Várias com nomes diferentes e fortes, e roupas coloridas como as mulheres de Almodóvar.

Eram fortes e determinadas: Sarita (Sheron Menezes), uma estudante brilhante de advocacia, a melhor da turma, Marisol (Mary Sheila), a estilista talentosa, Dona Otília (Patrícia Bueno) que seguia com o sonho de sua mãe de cuidar de um lar de crianças órfãs, Bernadete (Karin Hills) que criou um creme de alisamento de cabelo e também se afastou quando viu que o seu namorado estava em dúvida. A Cláudia (Giovana Antonelli) também era uma mulher de personalidade, engraçadamente atrapalhada, mas uma arquiteta respeitada. A própria Maruska (Marília Pêra) era uma executiva de sucesso, mesmo que com poucos ou quase nenhum escrúpulo. 

Ou mesmo a Damiana ou Toinha, interpretada brilhantemente pela Bia Nunnes. Difícil julgar o que ela fez, se passar pela melhor amiga pra poder sair do sertão. Ela se revelou bem desequilibrada, mas o ato de se passar pela amiga não foi lá tão errado, dada as circunstâncias de miséria que ela vivia.Outra mulher forte foi Ana Girafa (Luís Salem) que nasceu como homem, se descobriu uma grande mulher, forte, cheia de caráter e bondade. 

Me divertia com as loucuras da Mãe Iara (Claudia Jimenez) e do Pai Joselito (Bruno Garcia). Detestei quando ela morreu, mas voltei a ver quando vi que ela continuava como se estivesse viva.  As duas portuguesas também estavam ótimas, já conhecia a Maria Vieira (Dona Dona Brites) e muito linda e carismática a Mariana Mota (Amália). Adorava o romance da personagem com o Joselito. 

Gostei muito da história da Belezinha (Bruna Marquezine), muito atual. Depois de uma festa o namorado Agenor (Fiuk) a assedia e consegue deitar com ela, só que como ela tinha bebido bastante, ela não lembra, acaba engravidando e sofre com a primeira vez que ela nem lembra e tão frustrante. Ela leva um bom tempo para voltar a querer namorar. Foi engraçada na trama ele ser filho do Fábio Jr.

Adorava o casal Ricardo (Frederico Reuter) e da Bernardete, mas achei muito moralista a trama da Camila (Fernanda Souza). Sim, ela só pensava nela e era uma insatisfeita crônica, mas não via nenhum mal dela ter se arrependido do casamento, do marido sem ambições e da falta de perspectiva profissional. Não vi nada de mais ela desejar buscar os sonhos e deixar o filho com o marido. A forma como ela fez foi meio atabalhoada, mas ela tinha o direito de buscar a sua felicidade.

Adorei a personagem da Maria Gladys (Eveva), do Orlandinho (Daniel Torres), da  Mirta (Jaqueline Laurence) E mais, Vera (Ângela Rebello), Herondi (Jhama), Raimundinha (Lana Gueleiro), Vicente (Ricardo Pereira), Raíssa (Mayara Maya),  Sebastião (Raoni Carneiro), Locanda Barbosa (Stella Miranda) e Brigitte (Juliana Didone). Gosto dos últimos capítulos das novelas, que dirá das novelas do Miguel Falabella, ele brinca bastante, tem a tradicional festa do elenco e equipe, é sempre muito animada.


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Blackout de Jessica Mein

Fui a exposição Blackout de Jessica Mein na Galeria Leme. É a primeira mostra dessa artista plástica brasileira. Gostei bastante do trabalho. Esse da foto é bem mais interessante vendo pessoalmente, a foto não tem o mesmo efeito. Jessica Mein mistura tecnologias digitais e meios mecânicos de reprodução. Várias obras são fios e estações de energia. A mostra vai até 5 de maio e é gratuita.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Os Agentes do Destino

Assisti Os Agentes do Destino (2011) de George Nolfi no Telecine Pipoca. Sim, mas não assisti dublado. Fui no botão amarelo do controle remoto e coloquei legenda, e no verde, no som original. Eu adoro o Matt Damon e a Emily Blunt. E gosto de filmes de ficção. Os Agentes do Destino é muito bom, o roteiro é bom, o argumento e desenvolvimento intrigam. O desfecho enfraquece um pouco, mas é um roteiro inteligente. Matt Damon é candidato nos Estados Unidos, ele acaba conhecendo uma mulher que o inquieta. Uns homens o vigiam e iriam atrapalhá-lo, mas ele chega antes na empresa e tudo está estranho, as pessoas estão sendo orientadas e reprogramadas. Ele é avisado que se questionar terá sua mente apagada, pedem que ele se afaste da mulher.

É bem interessante a discussão sobre controlar as escolhas, definir o que se acredita ser o melhor, algo que o americano conhece bem. Alguns outros do elenco são: Michael Kelly, Anthony Mackie, John Slaterrey e Terence Stamp.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 10 de abril de 2012

Marlene Dietrich - As Pernas do Século

Assisti a peça Marlene Dietrich - As Pernas do Século no Teatro Nair Belo. Eu queria muito ver esse espetáculo desde que estreou no Rio de Janeiro, fiquei muito feliz que chegou em São Paulo. O 007 foi ver comigo e também adorou, ele gosta muito de peças sobre o cinema. O texto é de Aimar Labaki, a direção cênica de William Pereira e a Marlene Dietrich é interpretada brilhantemente pela Sylvia Bandeira. Gostamos demais! Adoro esse trio! Começa com imagens de filmes com a Marlene Dietrich.

Depois a Sylvia Bandeira interpreta a Marlene Dietrich aos 90 anos. Ela recebe um entregador e começa a contar a ele a sua história. Adorei também que um grupo canta canções com música ao vivo, no palco está um piano, clarinete e violoncelo com os músicos Jefferson Martins (cello) Fernando Oliveira (clarinete) e Roberto Bahal piano e produtor musical . Os outros atores que também cantam além da Sylvia Bandeira são: Silvio Ferrari, Marciah Luna Cabral e José Mauro Brant.  Eu conhecia muito pouco da Marlene Dietrich, sabia que ela era a frente do seu tempo, de personalidade forte e realizadora, mas não tinha ideia o quanto. Fiquei com a sensação que não realizei nada, tal a profundidade das ações e personalidade dessa atriz. Ela  nasceu na Alemanha em 1901, passou por duas guerras, na segunda se naturalizou americana. Foi com os americanos na guerra, cantava para as tropas, para ajudar os americanos a livrar os alemães de Hitler. Dos 50 aos 75 anos fazia shows pelo mundo todo, veio inclusive para o Rio de Janeiro e São Paulo, um dos seus últimos shows. Adorei os cenários e a praticidade das cenas que se transformam que também são do William Pereira. A iluminação é de Paulo Cesar Medeiros. O programa é muito bonito, em preto e branco, papel brilhante, se transforma em um belo cartaz com a foto da Sylvia Bandeira interpretando a atriz. Marlene Dietrich - As Pernas do Século é um belo espetáculo que fica em cartaz em São Paulo até 27 de maio.

Beijos,
Pedrita