sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Bruxinha Que Era Boa

Assisti ao espetáculo infantil A Bruxinha Que Era Boa da República Ativa de Teatro no SESC Bom Retiro. Esse é mais um espetáculo da série O Real Imaginário que monta peças baseadas nos belos textos de Maria Clara Machado. É uma graça! E me diverti muito com a criançada interagindo, como gostam desse espetáculo.

A Bruxinha Que Era Boa só queria passar na sabatina para ser a melhor bruxa pra poder ganhar a vassoura supersônica, supersônica acho que é por minha conta, mas era uma vassoura superpotente. A Bruxinha Que Era Boa é interpretada pela Vivi Gonçalves, a lindinha de A Menina e o Vento. Irreconhecível o Leandro Ivo como o Bruxão e a Nathália Neme como o Vice-Bruxo. Os dois estão no elenco do espetáculo Quem Apagou a Luz? que adorei. A direção é do Rodrigo Palmieri. O Pedrinho é interpretado pelo Thiago Ubaldo, ele é engraçadíssimo e já tinha adorado as graças dele também no espetáculo A Menina e o Vento! As outras bruxas hilárias são intepretadas pelas Daniela Diniz, Fernanda Oliveira e Thelma Luz. Como sempre os cenários, figurinos da República Ativa do Teatro são ótimos. Os cenários são de Zé Valdir Albuquerque. Os figurinos são divididos por Nathalia Neme e Thelma Luz.

Esse vídeo é da República Ativa do Teatro, mas de outra montagem, com mudanças no elenco.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Recital de Contrabaixo e Piano

Fui ao Recital de Contrabaixo e Piano no Centro de Música Brasileira no Cultura Inglesa Vila Mariana. Duas musicistas da OSESP se apresentaram. Ana Valéria Poles no contrabaixo e Dana Radu ao piano. Que recital maravilhoso! Que musicistas! E que repertório! Foi emocionante! Elas interpretaram só obras brasileiras, várias compostas especialmente para elas. Queria muito ouvir a obra de Pedro Cameron, belíssima, Reinvenção para contrabaixo solo. Outra obra dedicada especialmente para Ana Valéria Poles foi a Pequena Suíte de Osvaldo Lacerda. Ana Valéria Poles contou que procura sempre apresentar obras compostas especialmente para contrabaixo, mas que como gosta muito da obra Canto do Cisne Negro de Villa Lobos, resolveu fazer a transposição para contrabaixo e piano. Ela disse que o som do contrabaixo é sempre mais escuro e que essa obra iria ficar muito bem e ela tinha razão.

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Eu já conhecia a bela interpretação da Dana Radu, lindas as obras que ela interpretou da Eunice Catunda.  Foi um belíssimo recital que encerrou a Temporada 2012 do Centro de Música Brasileira. A presidente Eudóxia de Barros contou que no ano que vem essas apresentações acontecerão na Cultura Inglesa da rua Ferreira de Araújo em Pinheiros.

Segue o repertório completo desse recital:

Radamés Gnatalli - Canção e Dança para contrabaixo e piano


Pedro Cameron – Reinvenção para contrabaixo solo - 1979 - dedicado a Ana Valéria Poles



Edmundo Villani-Côrtes - Fonte Eterna para contrabaixo e piano


Eunice Catunda - La Dame e la Licorne - petite suite (1982)
                           "La Dame e sasuivante"
                           "Les Lièvres"
                           "La Licorne"
                           "Les Étendards Lunaires"
                           "Les Joyaux e les Fruits"
                           "Le Lion"

Villa-Lobos - Canto do Cisne Negro - transcrição para contrabaixo e piano de Ana Valéria Poles

Osvaldo Lacerda - Choro Seresteiro
                             Chacona
                             Pequena Suíte ( I - Desafio - II - Canção - III - Afro) - dedicada a Ana Valéria Poles 

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quando Eu Estou Amando

Assisti Quando Eu Estou Amando (2006) de Xavier Giannoli no Max. Eu fiquei bastante impactada com esse filme. É sobre um cantor decadente, um "velho cafona" como ele mesmo se intitula que canta em bares para terceira idade. Raramente há jovens no salão, até que ele conhece a bela Marion. Eles tem uma noite de amor, mas ela depois se arrepende. Mesmo assim eles começam a se aproximar e ter uma amizade.

Os dois tiveram perdas amorosas, mas não sabemos muitos detalhes. Quando Eu Estou Amando fala de decadência e da solidão dos dias de hoje. Em bailes todos dançam e conversam, mas em suas casas todos são solitários. Não sei se todos tem a mesma sensação que eu, mas eu achei o filme melancólico e triste. Achei muito triste ver esses cantores que foram jovens e atraentes na juventude, ainda atraírem pessoas, em menor número e mais velhas que eles. O casal é interpretado brilhantemente por Gerárd Depardieu e Cécílle de France. Alguns outros do elenco são: Mathieu Amalric e Christine Citti.  A trilha sonora é toda de canções românticas e melosas.

Beijos,
Pedrita

sábado, 1 de dezembro de 2012

Edino Krieger - Notas Contemporâneas

Fui a gravação do Notas Contemporâneas com o compositor Edino Krieger no MIS - Museu da Imagem e do Som. É a terceira gravação que vou do Notas Contemporâneas que tem a curadoria de Cleber Papa. Esse programa quem entrevistou foi o Cadão Volpato. Eu já tinha ouvido algumas obras desse compositor, poucas, e já tinha ouvido falar na qualidade do seu trabalho. Edino Krieger vive no Rio de Janeiro e vi que seria uma ótima oportunidade de conhecer parte de sua biografia e obra. Ele contou suas influências, sempre achei que era carioca, mas Edino Krieger nasceu em Brusque, Santa Catarina. Estudou violino com o seu pai. Só depois que se estabeleceu no Rio de Janeiro e lá suas obras ganharam o mundo. Ele também teve vários cargos culturais e falou da importância de um órgão do governo editar as partituras e de inscrevê-las em festivais internacionais como acontece em outros países e como o Brasil faz com o cinema. Ele disse que o pouco que tem de composição brasileira em festivais internacionais se devem unicamente do esforço do próprio compositor. Enquanto conversava foram interpretada várias obras. Edelton Gloeden interpretou A Ritmata, pela sua complexidade, era muito apresentada em concursos. Edino Krieger contou que chegou uma época que vinha inclusive escrito que qualquer obra podia ser apresentada, menos A Ritmata.

Outras obras que foram apresentadas:

Improviso para flauta solo
Monica Camargo

Miniaturas para flauta e Piano

Monica Camargo e Marcos Aragoni
Seresta para violoncelo e piano - homenagem a Villa-Lobos
Denise Ferrari e Marcos Aragoni
Sonatina para Piano
Marcos Aragoni
Sonancias II para violino e Piano
Maria Constança Audi Almeida Prado e Marcos Aragoni
Trio Tocata
Maria Constança Audi Almeida Prado, Denise Ferrari e Marcos Aragoni

Seguem algumas das obras apresentadas com outros intérpretes.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Paga de um Soldado

Terminei de ler Paga de um Soldado (1926) de William Faulkner da Coleção do Prêmio Nobel de Literatura, patrocinada pela Academia Sueca e pela Fundação Nobel, Editora Delta. É uma edição caprichada que comprei vários em um sebo, de capa dura branca. Confesso que acho os livros grandes e pesados demais. Seriam mais funcionais menores e mais leves. Mas é uma edição bonita e parece que esse livro atualmente só é encontrado em sebos. Essa edição vem sempre com textos de discursos da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel, muito interessante o que fala de William Faulkner. Eu tinha lido desse autor o incrível Luz em Agosto, que comentei aqui, e aí resolvi ler esse que já tinha antes mesmo do outro. Paga de um Soldado é o primeiro livro de William Faulkner e da primeira fase desse autor, não foi o que determinou o Prêmio Nobel. William Faulkner é mais elogiado pelas suas obras da segunda fase, onde está incluído Luz em Agosto.

Obra The Flame (1938) de Jackson Pollock.

Eu gostei bastante de Paga de um Soldado, mas não foi tão apaixonante como Luz em Agosto. As características posteriores de suas obras estão lá. Destinos que não escolhemos, que nos foi imposto, no caso desse livro pela guerra. Uma figura feminina forte, criticada pela sociedade conservadora, mas mesmo criticada é forçada a buscar um destino que não deseja pela imposição social.

Primeira frase de Paga de um Soldado de William Faulkner:

“Lowe, Julian, número tal, ontem Cadete da Aviação, Esquadrão Tal, considerado “Um Às” pelos outros ases embriônicos de sua esquadrilha, contemplava o mundo com um olhar amarelo, enfarado.”

Beijos,
Pedrita