sábado, 11 de março de 2017

Cidade de Deus - 10 Anos Depois

Assisti Cidade de Deus - 10 Anos Depois (2012) de Caio Borges e Luciano Vidigal no É Tudo Verdade do Canal Brasil. Eu tinha ouvido falar muito desse documentário que procura alguns artistas que participaram do filme para saber o que fazem hoje. Nem lembrava que fazia tanto tempo que o filme tinha estreado.

A dupla Laranjinha (Darlan Cunha) e Acerola (Douglas Silva) recentemente tiveram uma nova série, agora como pais.

É interessante ver como alguns atores estão muito presentes e eu nem lembravam que tinham surgido no filme como Alice Braga. Ela conta que a foto promocional do filme no mundo todo era a que ela aparece e que por isso deu muitas entrevistas e abriu muitas portas. Que teve muitos convites depois.

 Não sabia que Seu Jorge tinha surgido no filme. Gosto dele como músico, mas muito como ator, vi filmes incríveis com ele, com ótimas interpretações.

Mas o documentário também mostra alguns que não conseguiram querer seguir a carreira artística. Que tiveram caminhos diferentes. Alguns satisfeitos, outros não. Gostei que falaram bastante do cachê que receberam, que era muito mais do que imaginavam, mas dado o sucesso do filme acharam pouco depois. O que é bastante comum, é difícil mensurar. Não é porque um filme fez sucesso no mundo todo que recebeu muito dinheiro, mas só quem é do meio que tem essa noção. Muitos tem a ideia que um filme fazendo muito sucesso, ganhou muito dinheiro. Depende. Interessante que entrevistaram alguns que contracenaram quando eram crianças. Bacana ver como estão agora. Um diz que o pai pegava todo o dinheiro da criança e que ele não quis mais ser ator. O pai dá depoimento e comenta que o filho achava que ganhava muito dinheiro, mas não era verdade. Pode ser verdade. Vai saber. Nas entrevistas eles falaram que muitos viajaram a primeira vez de avião quando foram para os festivais. Que quando voltaram para as suas vidas foi difícil lidar com o choque de realidade. 
Outra que não sabia que tinha surgido em Cidade de Deus foi a Roberta Rodrigues, como gosto dessa atriz. Como também o Thiago Rodrigues, que gosto muito. Ele conseguir ter uma carreira bem expressiva. Roberta conta que passou  um momento muito difícil, até que foi chamada para uma novela. Claro, o filme não conseguiria falar com todos, são muitos atores. Gosdo do Jonathan Haagensen, do Marcello Melo Jr. que também não foi entrevistado ou não ficou na edição. Após a realização do documentário os atores se uniram e criaram um grupo que dá cursos profissionalizantes e auxiliam para atuar em filmes e televisão.
Leandro Firmino também falou de sua experiência no filme já que o seu personagem Zé Pequeno ganhou muitos prêmios. Ele continua na carreira artística. O documentário mostrou que um está desaparecido. A mãe acha que ele está no tráfico. Gostei demais do documentário, quero sempre saber o que aconteceu, por onde andam. E acho importante mostrar o que um filme impactante como Cidade de Deus mudou ou não a vida das pessoas. Com a dificuldade de viver de arte no Brasil, a falta de incentivo e patrocínios, é compreensível que para alguns o filme mudou muito pouco, para alguns só na época do filme. 
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 10 de março de 2017

Conexão Francesa

Assisti Conexão Francesa (2014) de Cédric Jimenez no TelecinePlay. Esse filme está em Cult Independentes no Now, filme não chega a tanto. É um bom filme de ação sobre mafioso, sem ser cult. É a época do boom da heroína. Na década de 70, a heroína é uma droga que vicia muito rapidamente, criando muito descontrole e isso auxilia muito o comércio da droga.

Um policial investiga e ajuda dependentes para tentar descobrir traficantes. É então promovido a juiz. O ator é lindo, Jean Dujardin. Os policiais duvidam dele, acham que ele vai dar trabalho, mas ele consegue desestabilizar a principal facção do tráfico. Como não consegue chegar no chefão, ele entrega inúmeros mandados de prisão para os funcionários do esquema, os pequenos funcionários e isso desestabiliza o grupo. Em uma dessas conversas com dependentes, a moça percebe que o policial foi viciado em jogo.

Interessante quando sua esposa comenta que a obsessão dele em prender o chefe do tráfico é igual a quando ele estava viciado em jogo. Que não consegue parar. Realmente compulsões podem parar em um lado, mas podem partir para outro. A esposa é interpretada por uma atriz que adoro: Céline Sallete.

Tudo dá muito errado já que onde há muito dinheiro há muito envolvimento, inclusive da polícia e da política. O juiz vai para outro segmento. O tempo passa, surge um político que é contra a corrupção, o juiz volta a ser chamado, mas agora clandestinamente. Ele monta um grupo, um escritório e eles ficam afastados dos policiais e dos políticos. O mafioso é interpretado por Gilles Lellouche. O elenco é bem extenso, alguns são: Mélanie Doutey, Guillaime Gouix, Bruno Todeschini e Benoît Magimel. Ótima reconstituição de época e adorei a trilha sonora.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 8 de março de 2017

Gata Velha Ainda Mia

Assisti Gata Velha Ainda Mia (2014) de Rafael Primot no Canal Brasil. Queria muito ver, pena que perdi o debate. Regina Duarte recebeu muitos elogios por esse filme que teve inúmeras críticas favoráveis. A estrutura do filme me agrada muito. É uma boa solução para orçamentos mais enxutos e filmes em tempos de crise. Não acho que deva ser fórmula, mas é um caminho.

Há tantos segredos, que o melhor é ir descobrindo-os. Que roteiro inteligente, feminino. Que conhecimento dos conflitos humanos. Que texto maravilhoso, que interpretação de Regina Duarte. Uma jornalista procura uma escritora para uma entrevista. A escritora está muito nervosa tentando resolver uma questão da edição do livro e expulsa a jornalista. E ficamos sabendo que faz tempo que a jornalista tentava essa entrevista.
A jornalista volta outro dia, a escritora convida para um jantar e começa um embate maravilhoso entre as duas. Além do texto incrível e das ótimas interpretações, a agilidade dos diálogos é fascinante. A edição também é impecável. Dá até a sensação que não há cortes. Dá a ilusão de ser sem cortes. Bárbara Paz também está incrível. A entrega das duas impressiona. De vez em quando uma vizinha aparece interpretada por Gilda Nomacce. Além do filme debater questões fundamentais, tem muito, mas muito suspense, muitas revelações ou não. Amei também a importância dos objetos, como os objetos são importantes para contar uma história, ou não. Dependendo do ponto de vista. Gata Velha Ainda Mia fala também muito do ofício de escrever. A trilha sonora é igualmente incrível.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 6 de março de 2017

Holly Wood Actors

Assisti a peça Holly Wood Actors de Hermano Leitão e Gabriel Monteiro no Teatro Bibi Ferreira. É muito engraçada! Um diretor, o Geraldo Antony Celsius, vai fazer testes para montar a peça Carmencita. O diretor é interpretado pelo hilário Gabriel Monteiro, esse ator é engraçado demais, genial!

São muito engraçados os testes. Os atores precisam dançar, cantar e encenar. Divertidíssimos!! Dois não passam, então voltam disfarçados com outros nomes e outro estilo e passam. Eu adoro o Pedro Lemos, adorava os personagens dele em Chiquititas. Eu já sabia que ele cantava bem e é sempre muito engraçado. Hermano Leitão também está genial, quando volta com a peruca então, hilário demais! Não tinha ideia que Hermano Leitão cantasse tão bem, foi uma grande surpresa.

Só a bonitona que não sabe fazer nada é que passa rapidamente e tudo é perdoado. Ela é interpretada divertidamente por Elisa Romero. Holly Wood Actors tem então muita música, canto, dança, muito legal!

As fotos são de Rafael Amaral
Adoro a Luana Martins e a personagem é muito engraçada. O sonho dela é ser assistente desse grande diretor, então ela aceita trabalhar de graça. Muito inteligente criticar o mal hábito de profissionais de renome de explorarem outros colegas. O personagem é muito divertido porque é o único que realmente sabe o que está fazendo. Ela é dedicada e estudiosa, sabe estilos teatrais, técnicas. Muito engraçado ela ser a única que sabe alguma coisa. Mas claro, como acontece com profissionais famosos, tudo o que ela diz é menosprezado e não dão nenhuma credibilidade. Até porque se dessem, iam ter que aceitar que eles não sabem nada. Ótima sacada. Holly Wood Actors fica em cartaz até 24 de junho.



Beijos,
Pedrita

sábado, 4 de março de 2017

Sacrifício

Assisti Sacrifício (2016) de Peter A. Dowling no TelecinePlay. Eu gosto bastante desse gênero. É bom. O fato de ser ambientado nos dias de hoje atrapalha um pouco, mas de qualquer forma é um bom roteiro. É  baseado no livro de Sharon Bolton.

Uma médica obstetra está indo fazer um parto quando perde o bebê que estava esperando. Passa um tempo e ela segue com o marido para uma ilha na Escócia, onde vive a família dele. Lá ela irá adotar uma criança.  Engraçado que ela é médica mas não desconfia que uma ilha tenha tanta criança disponível para adoção. E que muitas grávidas morassem em um hospital isolado até darem a luz. Ela consegue emprego no hospital da cidade, ajudada pelo pai do rapaz que é de uma família rica e tradicional do lugar.

Por um mero acaso ela acha um corpo enterrado sem o coração. Ela acaba vendo o raio-x e descobre que a morta estava com o útero aumentado porque tinha dado a luz pouco antes de morrer. Todos querem fazer ela acreditar que o cadáver era de séculos atrás, que o musgo da região não permite a decomposição. Mas ela começa a investigar. Ela é muito inteligente e vai começando a desconfiar. Há uns riscos em vários lugares e ela descobre que são escritas inspiradas em rituais antigos, mas as escritas são recentes. Toda a trama da investigação inicial é muito interessante. Ela acha uma artigo de uma universidade americana que fala desses rituais, vê que a moça foi morta da mesma forma.
A médica acha uma família que aceitou ajuda para tratar uma irmã com câncer e começa a descobrir toda a farsa. Mas a ilha fabrica um culpado, que assume todos os erros. É daí que o filme desanda um pouco. Primeiro, ela tinha acesso a internet, bons celulares, porque nunca avisou alguém de outra cidade? Porque não entrou em contato com o universitário pelos rituais? Por que não avisou a imprensa de outras cidades? Ela aceita com muita facilidade o culpado criado, 8 meses passam e ela consegue adotar o bebê e nem desconfia. Fica burra de repente. Na festa para comemorar a adoção ela começa a investigar a casa do sogro e descobre tudo. Há um grande corre corre, muitas mortes. E o fim acaba bem de supetão. Mas pelo menos explicam bem. A médica é interpretada Radha Mitchell. O marido por Rupert Graves. Outros do elenco são: David Robb, Liam Carney e Joanne Crawford.

Beijos,
Pedrita