sexta-feira, 17 de maio de 2019

Ele Não Está Afim de Você

Assisti Ele Não Está Afim de Você (2009) de Ken Kwapis no Max. Eu não sou fã desse gênero, mas há uns anos uma amiga comentou que o filme é interessante, com um olhar bastante feminino sobre as ilusões, principalmente femininas, sobre o desinteresse masculino. Realmente é bem bonitinho e essa questão é bem elucidada. O quanto as mulheres são treinadas desde pequenas a não visualizar os maus tratos masculinos e ainda estimuladas a acreditar que são sinais de amor e não de ódio.

Eu imagino que essa comédia romântica tenha sido feita para o Dia dos Namorados dos Estados Unidos. Anualmente eles estreiam filmes com vários casais, várias situações e muitos atores famosos, esse não é diferente. Como sempre são pessoas muito diferentes entre si e gostei de mostrar várias formas de amar e de não amar no filme. A protagonista que tem problema de auto estima e acha que qualquer um está apaixonado por ela e vai ligar é interpretada por Ginnifer Goodwin. O amigo que ajuda a ela entender como as pessoas agem quando estão interessadas é interpretado por Justin Long.
Gostei do casal vivido por Jennifer Aniston e Ben Aflleck. Eles se amam profundamente, vivem juntos há 7 anos, mas ela quer casar, então se separam. Bem feitas as cenas quando o pai dela fica doente, ela fica na casa dele e os familiares não ajudam em nada, muito pelo contrário. Do egoísmo das pessoas e da fuga as suas responsabilidades.

Achei meio clichê a trama da gostosona, a única que fica sozinha, como se uma mulher sensual, livre e interessante fosse ficar sozinha mesmo. Ela é interpretada pela Scarlett Johansson. Ela se envolve com um homem casado interpretado por Bradley Cooper. Mas gostei que ela não fica com um rapaz que era apaixonado por ela e que eles tinham tido algo morno no passado. Ela até tenta, mas não tinha sentimentos que justificassem uma relação. ele é interpretado pelo Kevin Connolly. Esses filmes com várias histórias e atores famosos sempre deixam alguma trama meio apressada. A parceira que surge pra esse personagem vem assim, e é interpretada pela Drew Barrymore, bem mal aproveitada na trama.

Em compensação o casal em crise com a Jennifer Connelly é bem realista. Eles namoraram desde a adolescência, ele achou que por esse motivo deviam se casar, mas claramente a relação já está em crise e só piora. Ela tem muitos problemas de arrumação. Achei interessante ela não se importar que ele a traiu já que eles não vinham transando, mas ele fumar escondido era inadmissível. Gostei de mostrar que os fatos que desencadeiam um fim ou desentendimentos nem sempre são os mesmos valores para todos. Também gostei que mesmo ela sendo belíssima é a mulher rejeitada da trama. 
Gostei do filme falar desse tema que não se resume somente nas relações amorosas. Em amizade, família, e mesmo no segmento profissional. Em amizades, relações pessoais, quem está afim procura, é interessado, pode não ter o costume de ligar, mas é atencioso, tem tempo para o outro. Quem não está afim só tem desculpas. No trabalho é parecido. O profissional que é esquecido na empresa, que poucos interagem, cobram, pedem, é porque algo não está indo bem e que pode ir para uma demissão. A empresa que está interessada no funcionário estimula, cobra, interage, chama para os eventos.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Bushwick

Assisti Bushwick (2017) de Jonathan Milott e Caryn Murnion no Telecine Action. Então, eu quase não ia falar desse filme no blog, acho que se tivesse posts na fila, eu ia pular esse. Não sei se vale a pena ver esse filme. É interessante, bem realizado, mas quando terminou eu fiquei pensando porque tinha assistido. Uma sensação de que perdi meu tempo.

Eu estava olhando o que ia passar às 22h e fiquei curiosa com esse, só ia olhar, não queria assistir, mas me prendeu até o final, então tem lá o seu mérito. Uma jovem sai do metrô e o bairro Bushwick está um caos, em guerra. O companheiro dela é morto logo na saída do metrô. Ela encontra um homem e eles vão a casa da avó dela. Praticamente todo o filme é ela andando pelo bairro e tentando fugir dos ataques, em planos sequências longos e bem feitos. Praticamente o filme são só os dois, Britanny Snow e Dave Bautista, e as pessoas que interagem.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Eva

Assisti Eva (2011) de Kiké Mailló na ClaroTV. Não sabia da existência desse filme e adoro ficção científica. Mas esse filme é mediano, mais romântico que tecnológico, infelizmente. Fica tempo demais em um triângulo amoroso e um segredo que é mal contado.

Eu adoro o Daniel Brühl mas esse filme não exige muito dele. Ele chega em uma cidade muito fria, com muita neve. Ficamos sabendo que ele voltou a cidade para um projeto tecnológico secreto. Ele quer ficar em sua antiga casa. Ele projeta robôs, é um projeto secreto e vai fazer uma criança. Ele se espelha então em uma criança alegre e dinâmica da cidade. Os melhores personagens são essa criança, Claudia Vega, e o funcionário robô, Luís Llomar, que vai cuidar da casa do cientista.
O triângulo amoroso se faz com os personagens de Marta Etura e Alberto Ammann, que faz o irmão do protagonista. O filme tem pouquíssima tecnologia.

O que eu mais gostei foi do gato robô, adoraria ter um, mas é bom também pra quem não gosta muito de bicho, pra aqueles que querem desligar o bicho, ou se livrar dele quando vão viajar. É só desligar e religar quando voltam. Não precisam ter um ser vivo, basta ter um brinquedo que parece de verdade, mas você desliga quando quer. Além de linda a cidade também é bacana, repleta de cientistas, robôs e protótipos.

Beijos,
Pedrita

sábado, 11 de maio de 2019

Buscando...

Assisti Buscando... (2018) de Aneesh Chaganty na HBO on Demand. Eu não sabia nada desse filme e foi uma grata surpresa. É um filme que fala muito de tecnologia e como entrou na nossa vida. Como podemos usar. Um suspense e tanto, mas muito bem criada a parte tecnológica.

O filme começa com o computador chegando na família. A filha é pequena, o pai cria um usuário pra cada um. Começam os vídeos da menina, da família. A chegada do facebook. Boa parte do filme é no computador, o que vemos da família são os vídeos no computador. Pelo computador que ficamos sabendo que a mãe está doente porque a filha pesquisa a doença na internet. Aí a filha coloca no calendário a data que a mãe volta pra casa e vai adiando essa data até retirar a alta. E vemos as duas, a mãe já muito debilitada.
Ficam então só a filha e o pai. A filha liga para o pai, diz que está em um grupo de estudos de biologia na casa de amigos e que vai dormir por lá. O pai vai dormir. De madrugada a filha liga três vezes, mas ele está dormindo. Como pelo sofrimento ele tem dificuldade de dormir, passa a tomar medicação e não acorda. No dia seguinte passa a perguntar sobre a filha que não voltou. Nos Estados Unidos é possível ligar para a polícia sobre um desaparecimento assim que acha que algo aconteceu. No Brasil era só depois de 48 horas que é um absurdo.
Uma policial é designada para investigar o caso. Assim que a policial fala ao telefone com o pai ele já está buscando informações sobre a profissional na internet. E é assim o tempo todo, o pai ajuda muito na investigação.
É muito triste o pai ligando para os amigos da filha e descobrindo que ela não tinha amigos. A garota que a filha foi estudar biologia disse que só estava estudando com a colega porque precisava passar. O rapaz que está nas montanhas só convidava a garota porque a mãe era amiga da mãe da moça e fica claro que era por pena. É de cortar o coração. Mas o filme é inteligente em vários aspectos. Quando esse caso ganha a mídia, esses amigos que não eram amigos, na mídia, viram os melhores amigos da garota, que estavam sempre juntos. O oportunismo pra sair na mídia. O filme é muito, mas muito inteligente. O pai é interpretado brilhantemente por John Cho. A garota por Michelle La, várias outras crianças fazem a garota em vários momentos da vida dela. A policial por Debra Missing. Além de um ótimo filme policial, é fundamental por esmiuçar muito a forma como lidamos com a tecnologia. Não é moralista, mas muito realista. Buscando... ganhou prêmio no Festival de Sundance.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 9 de maio de 2019

O Tradutor

Assisti no cinema O Tradutor (2018) de Rodrigo e Sebastián Barriuso. Eu tinha visto matérias sobre esse filme e o FabioTV também comentou que tinha visto. Foi difícil achar um sessão que desse pra ver em geral filmes não comerciais ficam pulverizados em salas alternativas, em horários quase inconfessáveis.

Os diretores são irmãos cubanos e contam a história do pai deles. Apesar que há interferências ficcionais. O pai deles era professor de literatura russa e é designado a ser tradutor em um hospital para crianças de Chernobyl. Ele reluta, mas em Cuba não pode-se escolher o que deseja fazer. Mas ele acaba se envolvendo demais e ajudando muito aquelas crianças. O filme é doloroso, mas imagino que a situação das crianças deveria ser muito pior do que a mostrada.

 Ele é casado com uma renomada artista plástica e tem um filho pequeno. O trabalho além de exaustivo é à noite e ele tem muita dificuldade de inverter o horário de sono. A enfermeira arruma uma medicação para ele dormir. Então mal fica em casa. De dia dorme, e à noite trabalha. Eles tinham uma vida confortável, mas com a queda do muro de Berlim e as mudanças na Rússia começa a faltar tudo em Cuba. Não há mais combustível, comida, o filho começa a emagrecer muito, a esposa fica grávida. Ele tem que andar quilômetros de bicicleta até o novo trabalho. Rodrigo Santoro é e está maravilhoso, que atuação difícil. Tem muita criança no elenco. A enfermeira que o ajuda é interpretada por Maricél Álvarez. A esposa por Yondra Suárez. Em uma matéria, Santoro disse que teve pouco tempo para decorar foneticamente o idioma russo. Mas muitas crianças falavam espanhol e eram dubladas depois, mas como ele tinha que contracenar com crianças e não é sempre fácil, ele se preparava muito para as cenas para conseguir interagir melhor, caso tivesse algum imprevisto. Só uma criança falava russo realmente. O filme começou no Canadá, onde os diretores agora vivem, e depois seguiu para Havana.
Beijos,
Pedrita